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Atividade – Análise do artigo: Sociedade da informação e seus desafios

Sociedade e Tecnologia

O autor trabalha o conceito de “sociedade da informação” fazendo um paralelo


com a “sociedade industrial” da centúria passada, comparando-os sob a ótica dos
insumos, anteriormente baseava-se no baixo custo dos insumos energéticos e
atualmente tem por base o baixo custo dos insumos de informação. Essa associação
ganha ainda mais sentido quando se analisa que até a década de 70 o petróleo
custava menos de US$ 2 por barril e a informação se restringia ao rádio, os poucos e
caros televisores e, principalmente, ao jornal impresso adquirido por custo unitário ou
assinatura mensal. Na última década, por outro lado, o barril do petróleo superou a
barreira dos US$ 100 enquanto tradicionais companhias jornalísticas fecharam as
portas diante do encolhimento do mercado de informação impressa, frente ao amplo
acesso à internet.
O autor se baseia na concepção de Castells (2000), segundo o qual a
tecnologia da informação parte de um novo paradigma em que:
 A informação é sua matéria-prima. – Essa ideia é corroborada com o
que hoje se chama de “Big Data”, em que grande quantidade de dados
brutos oriundos de servidores e usuários são trabalhados em
informações úteis numa quantidade e velocidade que antes era
inalcançável.
 Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade. – Apesar de
Castells teorizar essa dinâmica numa época em que a tecnologia da
informação se restringia aos computadores de mesa e laptops
massivamente dependentes de conexões cabeadas para se
comunicarem, é impensável atualmente conviver sem um smartphone e
todas as facilidades que a tecnologia nos provê, tornando essa uma
relação altamente dependente.
 Predomínio da lógica de redes. – As redes de sistemas de informação
nada mais são do que redes de interações humanas em sociedade. É a
partir dessa lógica que se colhe informações para se trabalhar
tendências.
 Flexibilidade. – Como a professora Acácia já bem lembrou em aula,
seria muito mais difícil enfrentar uma pandemia como essa no século
passado. A possibilidade de continuarmos a ter nossas aulas em
ambiente remoto é justamente fruto da flexibilidade oportunizada pela
tecnologia da informação.
 Crescente convergência de tecnologias. Um ótimo exemplo de
aplicabilidade ocorre com os smartwatches, o que antes marcava horas,
hoje possui conexão web, monitora sinais vitais, controla agenda,
navega, envia e recebe mensagens, etc.
Werthein sustenta que a ideia de determinismo e evolucionismo distorcem a
mudança social na qual as TIC – tecnologias da informação e comunicação – são
instrumentos de mudança utilizadas nas diferentes sociedades interconectadas num
mundo capitalista. Nessa senda o autor destaca ambientes de grande desigualdade no
acesso e integração às informações digitais, em especial na américa latina, situações
que ele pondera ser obstáculos para a constituição das sociedades da informação. Tais
ocorrências são descritas como desafios éticos que não podem ser vencidos
naturalmente ou pelo avanço tecnológico em si, mas somente por ação social
consciente, o que pode ser definido, no contexto do texto, como ações ativas e
positivas para integrar e ambientar os “excluídos”.
No artigo surge um novo conceito chamado “computopia”, galgado pelo novo
paradigma, sob o qual uma sociedade informatizada em que o desenvolvimento
tecnológico altera continuamente os processos sociais, traz fascínio e temor. Faço um
paralelo nesse meio com as belezas hoje oferecidas pela computação gráfica e pela
inteligência artificial, capazes de simular ambientes reais extremamente detalhados e
de interagir com seres humanos como se um desses fosse. Dessas maravilhas se
abstrai o receio de não saber distinguir entre o real e o virtual.
Vários conflitos éticos surgem com o advento da sociedade da informação,
dentre os quais a perda da identidade, da privacidade e a perda do sentimento de
controle sobre a própria vida, levantamento que o artigo destaca a necessidade de
maiores debates sobre estratégias eficientes de intervenção. Nesse contexto o autor
ressalta a relevância da colaboração global em prol de boas práticas para
acessibilidade e uso das redes como meio de inclusão, participação e desenvolvimento
dos povos.

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