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MINERAÇÃO X MEIO AMBIENTE: MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


CAUSADOS PELA MINERAÇÃO A CÉU ABERTO DE BASALTO

1
Alexsandra Gleci Bernardino
2
Guilherme Semprebom Meller
3
André Luiz Amorim Smaniotto

Resumo: ​em pouco mais de vinte anos, a gestão ambiental na mineração brasileira
evoluiu significativamente. O grande propulsor foi a lei, que se tornou
progressivamente mais rígida em consequência da crescente importância que a
proteção ambiental foi alcançando na sociedade, que não só fez avançar as
exigências como também impediu retrocessos (Silva-Sánchez, 2000). Neste sentido,
este trabalho apresenta um modelo, cuja proposta é a análise dos impactos
ambientais oriundos da atividade de mineração de basalto, baseada na matriz de
interação de Leopold, elaborada em 1971, que é uma das mais conhecidas e
utilizadas mundialmente, projetada para avaliar os impactos associados a
praticamente todos os tipos de implantação de projetos (BECHELLI, 2010). A
metodologia mostrou-se eficaz para a avaliação proposta. As análises acerca das
intervenções nas quatro atividades estudadas resultaram numa amostragem
abrangente dos impactos que ocorrem, auxiliando profissionais da área de avaliação
de impacto ambiental, na escolha ou na fusão das melhores metodologias a serem
aplicadas, visando sua compatibilidade com a natureza do empreendimento ou fator
causador de alterações ambientais estudadas.

Palavras-chave​: Mineração. Impactos Ambientais. Medidas Mitigadoras.

1 INTRODUÇÃO

A mineração está presente no dia a dia da população, atuando como base


na maioria dos segmentos industriais, desempenhando um papel considerável na
economia do país, tanto como geradora de empregos e impostos, como no
desenvolvimento de cidades e regiões.
O setor mineral provê para a sociedade um significativo número de

1
Graduanda em Engenharia de Minas. E-mail: alexsandralm@hotmail.com;
2
Graduando em Engenharia de Minas. E-mail: guilhermeller@hotmail.com
3
Professor da disciplina de Introdução a Engenharia de Minas. E-mail: andre.smaniotto@satc.edu.br.
2

matérias-primas e insumos imprescindíveis para a manutenção da vida, fornecendo


conforto e desenvolvimento para a população. Entretanto, o processo de extração
mineral é considerado como uma das atividades mais degradantes trazendo consigo
inúmeros impactos sobre o meio, tais como: poluição da água, ar, solo, sonora,
visual, vibração e danos à saúde. No entanto, a atividade de mineração é
responsável não somente por aspectos relacionados aos impactos ambientais
negativos, mas também, por aqueles que resultam em impactos positivos através da
melhoria da condição social das pessoas, pela geração de emprego e renda,
juntamente com o aumento da arrecadação tributária e crescimento da balança
comercial que são os responsáveis pelo desenvolvimento e o progresso do Brasil.
É evidente que no mundo moderno, a mineração assume contornos de
importância decisivos para o desenvolvimento, principalmente no que diz respeito à
produção de agregados que muito contribui para o desenvolvimento econômico. No
entanto, muitos processos de extração incluem métodos, operações e materiais que
podem produzir grandes impactos ambientais, lesões à integridade física e até
mesmo efeitos adversos à saúde, trazendo consigo uma imagem negativa da
atividade perante a população.
Porém, nos dias de hoje, existem diversas normas regidas pela legislação
de Segurança e Saúde no Trabalho e pelo DNPM que protegem e asseguram o
desenvolvimento da atividade de mineração de forma sustentável, propiciando a
compatibilização da atividade, produto ou serviço com a qualidade ambiental.
Em vista disso, foram criadas pelo DNPM através da Portaria nº 237/2001
e alterada pela Portaria nº 12/2002, as Normas Reguladoras da Mineração – NRM,
para conciliar a atividade de mineração com o desenvolvimento do país de forma
sustentável, através da utilização e aproveitamento dos recursos minerais de forma
racional e controlada, resultando assim em um benefício para toda sociedade.
A produção de agregados, como é o caso da brita utilizada na construção
civil, objeto deste artigo, também é considerada uma atividade impactante,
principalmente nas etapas de desmonte de rochas com o uso de explosivos e o
processo de beneficiamento, no qual igualmente à mineração de outras substâncias,
podem resultar em danos ao meio ambiente e até mesmo efeitos adversos à saúde
3

humana.
Devido aos danos ambientais inerentes à atividade de mineração e
também aos danos à integridade física do trabalhador é que se deve seguir dentro
da empresa o que consta nas NRM, pois elas contribuem para o desenvolvimento de
projetos, buscando a excelência na realização da atividade de extração mineral para
que esta seja compatível com a busca permanente da produtividade, conservação
ambiental, segurança e saúde dos trabalhadores.
Diante do exposto, este trabalho visa avaliar os impactos ambientais
resultantes da atividade de mineração a céu aberto de basalto (pedreira). A
avaliação dos impactos ambientais será feita através da aplicação da matriz de
aspectos x impactos e a partir dos resultados obtidos, será possível sugerir medidas
mitigadoras e/ou compensatórias.
Este artigo se justifica na importância da elaboração e aplicação da matriz
de aspectos x impactos para atividade de mineração, porque são ferramentas
importantes para prever os impactos ambientais que a atividade pode causar
fazendo com que sejam planejadas com antecedência as medidas mitigadoras e
compensatórias para os referidos impactos. Dessa forma pode ser mantido o
equilíbrio entre o processo de mineração, o desenvolvimento sustentável e a
segurança e bem-estar dos trabalhadores e comunidade. Apesar da brita e demais
subprodutos resultantes do desmonte de rochas serem de extrema importância para
o desenvolvimento econômico e social de uma região, através da construção de
moradias, estradas, dentre outras obras civis, a produção dos mesmos deve ser
realizada de forma segura, garantindo a preservação ambiental, a saúde e a
segurança dos trabalhadores.
1.
2. 2 MINERAÇÃO NO BRASIL

O Brasil possui um dos maiores potenciais mineiros do mundo devido a


sua grande diversidade geológica, sendo formado em 42% por terrenos antigos e
ricos em depósitos minerais de grande importância econômica (SHINTAKU, 1998).
4

Segundo Germani (2002) as ocorrências das diversas substâncias


minerais encontradas na superfície do solo brasileiro começaram a ser lavradas nos
primórdios de nossa colonização, sendo que as massas retiradas eram sempre
muito pequenas, pois eram adotados métodos rudimentares na sua extração.
“As atividades precursoras de mineração no Brasil tiveram importante
papel na germinação de novos pólos de atividade econômica, promovendo a
integração e o desenvolvimento regional” (CALAES, 2009, p. 6).
Conforme Calaes (2009) o primeiro ciclo de atividade aurífera ocorreu
durante o século XVIII, no qual o Brasil se apresentava como o maior produtor
mundial.
Os primeiros garimpos foram feitos em São Paulo, São Vicente e no Vale
da Ribeira, sendo espalhados posteriormente pelos bandeirantes paulistas para
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso (GERMANI, 2002).
A extração mineral não se restringiu apenas ao ouro, o século XVIII
também conheceu o diamante, no vale do rio Jequitinhonha. Neste período não se
dava a ​mínima importância para este bem mineral, sendo ele utilizado na época
como ficha para jogos (CALAES, 2009).
Somente após três décadas que D. Lourenço de Almeida governador de
Minas Gerais, enviou algumas pedras de diamantes para serem analisadas em
Portugal, que imediatamente aprovou a criação do primeiro regimento para os
diamantes, estabelecendo então a cobrança do quinto, onde era cobrado dos
mineradores que viessem a trabalhar ​naquela região 1/5 do que rendesse os
diamantes encontrados em suas colônias (LINS; LOUREIRO, 2000).
Segundo ​Lins; Loureiro (2000) o principal centro de extração de
diamantes foi Arraial do Tijuco, hoje denominado de Diamantina no estado de Minas
Gerais, que em razão da importância deste bem valioso foi elevado à categoria de
Distrito Diamantino.
No século XIX surgiram as primeiras pedreiras no Brasil. A extração das
rochas era utilizada na construção civil a fim de atender aos artífices trazidos pelos
colonizadores (GERMANI, 2002).
5

A indústria cimenteira de acordo com Germani (2002) começou lavrando


as ocorrências de calcário nos arredores de São Paulo alimentando a primeira
fábrica em Perus, onde após alguns anos deslocou-se para Minas Gerais e Nordeste
e atualmente está presente em quase todos os estados do país.
Já em relação ao carvão mineral Germani (2002) relata que a atividade de
extração mineral no país teve início em 1855 quando foi aberta a primeira mina de
carvão em Arroio dos Ratos no estado do Rio Grande do Sul, porém em 1827 já se
tinha notícias de reservas de carvão em Santa Catarina, no município de Lauro
Muller.
De acordo com Quaresma (2009) a primeira jazida de minério de ferro no
Brasil foi descoberta em 1967, quando o helicóptero com o geólogo Breno dos
Santos sobrevoava a região da Serra dos Carajás. O geólogo percebeu a existência
de diversas clareiras na mata e ao posar em uma dessas clareiras foi descoberta
então uma imensa reserva de minério de ferro.

As pesquisas na região foram iniciadas no mesmo ano, mas as obras do Projeto Carajás,
encampadas pela Vale do Rio Doce, começaram somente no ano de 1978.
Três anos depois, foi feita a primeira detonação para a abertura da mina e
em 1985 entrou em operação o primeiro trem de minério da região
(QUARESMA, 2009, p. 12).

Segundo Chaves ​et al (2001) o Brasil tem evoluído de forma significativa


no setor de extração mineral e após a Revolução Industrial começou a aprimorar
cada vez mais os equipamentos de extração e suas técnicas.

O perfil do setor mineral brasileiro é composto por 95% de pequenas e médias minerações. Os dados
obtidos nas concessões de lavra demonstram que as minas no Brasil nos
últimos anos estão distribuídas regionalmente com 4% no Norte, 8%
Centro-Oeste, 13% no Nordeste, 21% no Sul e 54% no Sudeste, sendo o
estado de Minas Gerais o mais produtivo (CARAMEZ ​et al,​ 2008, p. 26).

Nos últimos anos o Brasil passou a produzir cerca de 70 bens minerais


diferentes, sendo 21 do grupo de minerais metálicos, 45 dos não-metálicos e 4 dos
energéticos (CHAVES ​et al​, 2001).
6

Segundo DNPM (2008 apud Toillier, 2009), o Brasil apresenta um


potencial mineral muito elevado, classificando-se como um dos maiores mineradores
do mundo, ao lado da Rússia, Estados Unidos, Canadá, China e Austrália.

2.1 A IMPORTÂNCIA DA MINERAÇÃO EM UM CONTEXTO GERAL

Para Farias (2002 apud Toillier, 2009), a extração mineral é um dos


setores mais importantes da economia do país, contribuindo de forma decisiva para
o bem estar e melhoria da qualidade de vida da população, sendo fundamental para
o desenvolvimento de uma sociedade igualitária.
Segundo Tanno; Sintoni (2003) a dependência do homem em relação aos
recursos minerais nos tempos modernos ocorre, pois são os minerais que fornecem
os principais elementos para a sustentação básica e comodidade da vida.
A mineração dispõe para a humanidade um elevado número de
matérias-primas e insumos que são imprescindíveis para manutenção básica da vida
e desenvolvimento da civilização, onde os bens minerais podem ser empregados em
vários segmentos, tais como: construção, agricultura, medicina, ciência, tecnologia,
transportes, comunicações, manufaturados, bens de consumo, artes entre outros
(TANNO; SINTONI, 2003).

Para a obtenção de alimentos, diversas substâncias minerais são utilizadas como fertilizantes
(fosfatados, nitrogenados, potássicos, misturas e micronutrientes) ou como
condicionadores de solo (dolomitos, calcários, turfa e vermiculita) e outras
ainda na composição de rações animais (calcário, caulim, fosfato, etc.) ou
na preparação de suplementos alimentares. Vários minerais são também
empregados na preparação, conservação e armazenamento de alimentos
(sal, bentonita, diatomita, talco, etc.), ressaltando-se ainda a importância da
substância mineral água (TANNO; SINTONI, 2003, p. 5).

De acordo com Tanno; Sintoni (2003) no que tange o sistema construtivo


brasileiro, todos os materiais empregados na construção de moradias são
substâncias minerais ou produtos transformados a partir do minério como: cimento,
cerâmicas, vidros e tintas.
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Almeida (1999 apud Toillier, 2009), afirma que a importância da produção


mineral no desenvolvimento da vida moderna ocorre pelo fato de a mineração ser a
base da indústria de transformação, sendo este o processo de industrialização que
agrega valor à matéria-prima.
Tanno; Sintoni (2003) destacam que os principais benefícios oriundos da
mineração para a sociedade são: investimento em infraestrutura, transporte, energia
e serviços, geração de empregos, impostos e compensações financeiras para os
municípios.

2.2 MÉTODO DE LAVRA PARA EXPLORAÇÃO DO BASALTO

O método de lavra utilizado para extração de basalto pelas pedreiras é o


de lavra a céu aberto, com o desmonte dos maciços feitos através do uso de
explosivos (COUTO, 1990).
Segundo Cavalcanti (2005) a sequência operacional da lavra conta com
as seguintes etapas: decapeamento, preparação e produção, perfuração, desmonte,
carregamento e transporte para o local da britagem (Figura 01).

Figura 01: Fluxograma básico das operações de lavra.


8

Fonte: Dos autores (2018)

a) Decapeamento:

O processo consiste na remoção da camada do solo, promovendo a


exposição da rocha. O solo natural é reservado para utilização futura na
recomposição vegetal das áreas mineradas.
A atividade de decapeamento pode ser realizada com a utilização de
trator de esteiras e escavadeiras hidráulicas.

b) Perfuração e produção:

A etapa de preparação para o início dos trabalhos de lavra é constituída


pela abertura dos cortes com os avanços tanto transversais como longitudinais ao
maciço.
9

As frentes de lavra tomam a forma de bancadas possuindo uma leve


inclinação no sentido de avançamento dos cortes, para permitir o escoamento
natural das águas precipitadas, drenando-se por gravidade através de valetas que
são posicionadas nas laterais das cavas.
Em cada bancada, na crista do talude, são construídas bermas de
segurança, com o posicionamento de pedras de maior diâmetro, oriundas da
fragmentação da rocha.
Já a perfuração do maciço rochoso deve obedecer ao plano de fogo
elaborado por técnicos habilitados. A perfuração pode ser executada por uma
perfuratriz pneumática sobre esteira.

c) Desmonte com explosivos:

O desmonte da rocha a céu aberto para finalidade de exploração de


pedreiras é feito através de bancadas, formadas durante o desmonte e
correspondem a uma conformação do maciço favorável ao arrancamento de fatias
de rocha em cada ciclo.
Para a exploração do maciço rochoso é empregado o método de
bancadas sucessivas, sendo a praça da bancada superior o topo da bancada
inferior, ficando esculpido uma série de degraus.

d) Carregamento e transporte:

O material, após ser detonado e fragmentado, é removido e transportado


com a utilização de carregadeiras frontais e caminhões basculantes para a unidade
de britagem (beneficiamento).

2.3 IMPACTOS AMBIENTAIS DA MINERAÇÃO A CÉU ABERTO


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De acordo com a NBR ISO 14.001 (2004, p.2) impacto ambiental “é


qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo
ou em parte, dos aspectos ambientais da organização”.
O Art. 1º do CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, conceitua impacto
ambiental como:

[...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que direta ou indiretamente afetam: a saúde, segurança e
bem-estar da população; atividades sociais e econômicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos
recursos ambientais (BRASIL, 1986).

Aspecto ambiental “é elemento das atividades ou produtos ou serviços de


uma organização que pode interagir com o meio ambiente” (NBR ISO 14.001, 2004,
p. 2).
O termo degradação ambiental é definido como “qualquer alteração
adversa dos processos, funções e componentes ambientais, ou como uma alteração
adversa da qualidade ambiental” (SÁNCHEZ, 2006, p. 27).
Kopezinski (2000) afirma que o setor de mineração apesar de utilizar
tecnologias avançadas e modernas possui procedimentos necessários na sua fase
de implantação ocasionando então impactos ambientais inevitáveis ao meio.
“Os principais problemas oriundos da mineração podem ser englobados
em seis categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição sonora, poluição do
solo, subsidência do terreno e poluição visual” (SILVA, 2007, p. 3).
Segundo Dias (2001) é comum dividir os impactos causados pela
atividade de mineração em meio físico, biótico e antrópico, onde a maior parte dos
efeitos atinge primeiramente o meio físico, sendo que os impactos sobre os demais
são decorrentes do primeiro.
Para Silva (2007) assim como toda exploração de recurso natural, a
atividade de mineração provoca significativos impactos sobre os meios: físico, biótico
e antrópico, podendo estes impactos ser adverso ou benéfico.
Para Dias (2001) os principais impactos sobre o meio físico, biótico e
antrópico resultantes da mineração a céu aberto são:
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● Meio físico: ​degradação da paisagem; alteração superficial da


topografia; alteração da qualidade do solo; alteração da qualidade das águas;
alteração do regime de escoamento superficial e subterrâneo; e alteração da
qualidade do ar.
● Meio biótico: ​destruição dos habitat terrestres; alterações das
populações de animais; afugentamento da fauna; modificação e destruição da
vegetação nativa.
● Meio antrópico: ​impacto visual; desconforto ambiental; exposição
ocupacional dos trabalhadores; e poluição sonora.

2.4 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS MINERADAS

De acordo com a Constituição Brasileira (1988) em seu Art. 225


estabelece que “aquele que explorar os recursos minerais fica obrigado a recuperar
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
ambiental competente na forma da lei” (BRASIL, 1988, p. 174).
Para Bitar; Braga (1995) entende-se por restauração a reprodução das
condições exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela
intervenção.
Recuperar é reparar o dano causado deixando mais próximo possível das
condições anteriores à intervenção (BITAR; BRAGA, 1995).
A Lei nº ​9.985/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidade de
Conservação, no seu Art. 2 traz as seguintes definições para recuperação e
restauração:
“Recuperação é a restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua
condição original” (BRASIL, INCISO XIII, 2000).
“Restauração é a restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original” (BRASIL,
INCISO XIV, 2000).
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De acordo com a norma técnica NBR 13.030 a reabilitação de áreas


degradadas é definida como “conjunto de procedimentos através dos quais se
propicia o retorno da função produtiva da área degradada ou dos processos naturais,
visando adequação ao uso futuro” (ABNT, 1999, p. 2).
Segundo Bitar; Braga (1995) o termo recuperação é amplamente
utilizado, por incorporar os sentidos de restauração e reabilitação (Figura 02).

Figura 02: Diferença entre os termos restauração, recuperação e reabilitação.

Fonte: Bitar ; Braga, (1995)

Para Sánchez (2010) no caso de uma mina em funcionamento o Plano de


Recuperação de Área Degradada - PRAD, trata-se de um projeto a longo prazo, que
começa a ser planejado antes do funcionamento da lavra e continua mesmo após o
fechamento da mina.
A implantação de PRAD em mineração envolve trabalhos que podem ser
classificados em grupos como: a) práticas de caráter topográfico; b) práticas de
caráter edáfico; c) práticas de caráter hídrico e d) práticas de caráter vegetativo
(SÁNCHEZ, 2010).
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Conforme o GTA (2018), para a recuperação de áreas mineradas a céu


aberto deve-se seguir algumas etapas como ilustra a (Figura 03).

Figura 03: Etapas a serem seguidas na execução do PRAD.

Fonte: GTA, 2012 (Adaptado)

Para Sánchez (2010) se todos os procedimentos forem adequadamente


executados, ao final das atividades de lavra a área estará totalmente reabilitada para
o uso futuro definido no projeto.
Ao final da atividade de recuperação deve-se fazer a verificação na área
para certificar se a recuperação está de acordo com o que foi proposto no
planejamento do PRAD sendo necessária então a demonstração dos resultados
cientificamente fundamentados através da realização de monitoramento (ALMEIDA;
SÁNCHEZ 2010).
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3 ANÁLISE DOS DADOS

A metodologia utilizada na análise dos impactos ambientais oriundos da


atividade de mineração de basalto foi baseada na matriz de interação de Leopold,
elaborada em 1971, sendo uma das mais conhecidas e utilizadas mundialmente,
projetada com o intuito de avaliar os impactos associados a quase todos os tipos de
implantação de projetos (BECHELLI, 2010).
A referida Matriz é baseada em uma lista de 100 ações com potencial de
possíveis provedores de impacto ambiental e 88 características ambientais
(FINUCCI, 2010). Este tipo de matriz é organizado de modo a mostrar as atividades,
os efeitos e os impactos ambientais.

Quadro 01: Matriz de aspectos x impactos x medidas mitigadoras / compensatórias.


MEDIDAS MITIGADORAS /
ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO
COMPESATÓRIAS
Implantação e manutenção de valas de
Alteração do regime do drenagem e bacias de decantação para
escoamento deposição do material particulado
carreado pela água.
Remoção da camada superficial do solo
Alteração da qualidade do solo e armazenamento em local livre de
processos erosivos.
Elaboração e Execução do Programa de
Diminuição da fauna Monitoramento e Manejo da Fauna
Terrestre.
* Restringir os danos aos remanescentes
de vegetação adjacentes às áreas de
supressão;
Destruição do habitat terrestre * Otimizar a utilização dos recursos
naturais vegetais existentes na área de
Remoção da cobertura implantação do empreendimento;
vegetal * Resguardar o patrimônio genético
existente nas áreas de interferência.
Decapeamento * Controle de estabilidade dos taludes
em solo e em rocha nas áreas de
mineração e dos depósitos de estéril
com os seguintes procedimentos:
* Acompanhamento visual de surgimento
de processos físicos como trincas e
Alteração superficial da fraturas nos taludes em rochas, e de
topografia processos erosivos e de deslizamento
localizadas nos taludes em solo;
* Implantação de marcos topográficos de
concreto, superficiais, para controle de
deformações do maciço;
* Cadastramento de eventuais
surgências de água nos taludes de
cobertura argilosa.
Alteração da qualidade das Condução dos resíduos até à bacia de
águas decantação.
Geração de resíduos
sólidos Implantação do Plano de Gerenciamento
Alteração da qualidade do solo de Resíduos Sólidos (PGRS) que tem
por objetivo identificar todos os tipos de
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materiais e/ou resíduos que poderão ser


reaproveitados, reciclados e/ou
comercializados.
Alteração da população de Manutenção da vegetação de entorno
animais para o deslocamento da fauna.
* Uso obrigatório de EPI’s por parte dos
Geração de ruídos Desconforto aos trabalhadores funcionários;
e vizinhança do entorno da * Operações de decapeamento somente
mina em horário comercial;
* Implantação de cortina verde.

Alteração da população de Manutenção da vegetação de entorno


animais para o deslocamento da fauna.
* Uso obrigatório de EPI’s.por parte dos
funcionários;
Geração de ruídos Desconforto aos trabalhadores * Operações de decapeamento somente
e vizinhança do entorno da em horário comercial;
mina * Implantação de cortina verde;
* Adequação da carga de explosivos aos
limites aceitáveis de vibrações (NBR
9653/05).
Perfuração Alteração da qualidade do ar Aspersão periódica das estradas e
pátios e adensamento da cortina verde.
Geração de poeiras
Exposição ocupacional dos
trabalhadores Uso obrigatório de EPI’s.

* Verificação da fumaça preta emitida


pelos veículos e máquinas automotores;
Alteração da qualidade do ar * Realizar manutenção preventiva dos
Geração de gases equipamentos e maquinários utilizados
nas operações de desmonte de rochas.
Risco a saúde dos
Uso obrigatório de EPI’s.
trabalhadores
Alteração da população de Manutenção da vegetação de entorno
animais para o deslocamento da fauna.
* Uso obrigatório de EPI’s por parte dos
funcionários;
Geração de ruídos Desconforto aos trabalhadores * Operações de desmonte somente em
e vizinhança do entorno da horário comercial;
mina * Implantação de cortina verde;
* Adequação da carga de explosivos aos
limites aceitáveis de vibrações (NBR
9653/05).
Danos às construções civis Adequação da carga de explosivos aos
limites aceitáveis de vibrações (NBR
9653/05).
* Estabelecimento de um Programa de
Comunicação Social, informando a
população local quanto à atividade de
Desconforto a população detonação, aspectos de sinalização
vizinha sonora (sirene), horário da detonação
Geração de vibração (buscar fazê-lo sempre no mesmo
Desmonte com período do dia e hora), procedimentos
explosivos de segurança adotados.
Criação do Programa de Prevenção de
Acidentes, com Treinamento de
Riscos de incidente a vida funcionários; Simulações de acidentes e
ações de emergência; Inspeções e
vistorias em equipamentos e auditorias
de segurança.
Alteração da qualidade do ar Aspersão periódica das estradas e
pátios e adensamento da cortina verde.
Geração de poeiras
Exposição ocupacional dos Uso obrigatório de EPI’s.
trabalhadores
* Verificação da fumaça preta emitida
pelos veículos e máquinas automotores;
Alteração da qualidade do ar * Realizar manutenção preventiva dos
equipamentos e maquinários utilizados
Geração de gases nas operações de desmonte de rochas.

Risco a saúde dos Uso obrigatório de EPI’s.


trabalhadores
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Adequação da carga de explosivos aos


Danos às construções civis limites aceitáveis de vibrações (NBR
9653/05).
Ultralançamento de Criação do Programa de Prevenção de
fragmentos Acidentes, com Treinamento de
Riscos de incidente a vida funcionários; Simulações de acidentes e
ações de emergência; Inspeções e
vistorias em equipamentos e auditorias
de segurança.
Aspersão periódica das estradas,
Alteração da qualidade do ar acessos, pátios e adensamento da
Geração de poeiras cortina verde
Exposição ocupacional dos
Uso obrigatório de EPI’s.
trabalhadores
Alteração da população de Manutenção da vegetação de entorno
animais para o deslocamento da fauna.
* Uso obrigatório de EPI’s por parte dos
funcionários;
* Operações de carregamento e
Geração de ruídos Desconforto aos trabalhadores transporte somente em horário
e vizinhança do entorno da comercial;
mina * Implantação de cortina verde;
* Realizar manutenção preventiva dos
Carregamento e equipamentos e maquinários utilizados
transporte nas operações de carregamento e
transporte;
Alteração da qualidade do ar * Verificação da fumaça preta emitida
pelos veículos e máquinas automotores;
Geração de gases
Risco a saúde dos Uso obrigatório de EPI’s por parte dos
trabalhadores funcionários;
* Abastecimento dos veículos somente
em piso impermeável;
Comprometimento do solo * Destinação ambientalmente adequada
Vazamento de óleos, dos resíduos sólidos perigosos gerados
durante a atividade;
graxas, combustíveis
Instalação de Sistema Separador de
Comprometimento das águas Água e Óleo no entorno da pista de
abastecimento ou rampa de troca de
óleo;
Fonte: Dos autores (2018)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em geral, a mineração, e suas atividades correlatas, provocam um


conjunto de efeitos não desejados que podem ser denominados de externalidades.
Algumas dessas externalidades são: alterações ambientais, conflitos de uso do solo,
depreciação de imóveis circunvizinhos, geração de áreas degradadas e transtornos
ao tráfego urbano e rural. Estas externalidades geram conflitos com a comunidade,
que normalmente têm origem quando da implantação de um novo empreendimento,
pois o empreendedor não se informa sobre as expectativas, anseios e preocupações
da comunidade que vive nas proximidades de sua empresa. (BITAR, 1997).
Neste sentido, a elaboração de uma Matriz de Aspectos e Impactos
Ambientais pode minimizar ou evitar a geração de conflitos com as comunidades do
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entorno e órgãos ambientais, operando a unidade mineira com responsabilidade


social e ambiental, considerando os preceitos do desenvolvimento sustentável.
Optou-se para o desenvolvimento da matriz referência, o método proposto por
Leopold (1971) elaborada em 1971 para o Serviço Geológico do Interior dos Estados
Unidos, sendo uma das mais difundidas nacional e internacionalmente, aliada a sua
praticidade, baixo custo e ampla abrangência.
A metodologia proposta mostrou-se eficaz para a avaliação de impactos
ambientais decorrentes de uma mineração a céu aberto de basalto. As análises
contempladas na metodologia acerca das intervenções nas quatro atividades
estudadas resultaram numa amostragem abrangente dos impactos que ocorrem,
podendo-se descrever os parâmetros principais, medidas mitigadoras e
compensatórias, auxiliando profissionais da área de avaliação de impacto ambiental
na escolha ou na fusão das melhores metodologias a serem aplicadas, visando que
sejam compatíveis com a natureza do empreendimento ou fator causador de
alterações ambientais que se deseja estudar.
Por fim, pode-se vislumbrar que é possível implantar uma mineração de
basalto a céu aberto, desde que esta for operada com responsabilidade social e
ambiental, considerando os preceitos do desenvolvimento sustentável, os impactos
da mineração sobre o meio antrópico e ambiental podem ser minimizados.

3. REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ​NBR 14.001:


Sistema de gestão ambiental – requisitos e orientações para uso.​ ​Rio de Janeiro,
2004. 27 p.

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conclusão de curso (Graduação em Engenharia Ambiental – Curso de Engenharia
Ambiental, União Dinâmica de Faculdade Cataratas) Foz do Iguaçu, 2009.

ABSTRACT

In just over twenty years, environmental management in Brazilian mining has evolved
significantly. The main driver was the law, which became progressively more rigid as
a result of the increasing importance that environmental protection has been reaching
in society, which not only pushed forward the demands but also prevented setbacks
(Silva-Sánchez, 2000). In this sense, this work presents a model, whose proposal is
the analysis of the environmental impacts from the basalt mining activity, based on
the Leopold interaction matrix, elaborated in 1971, which is one of the most known
and used worldwide, designed to evaluate the impacts associated with practically all
types of project implementation (BECHELLI, 2010). The methodology proved to be
effective for the proposed evaluation. The analyzes of the interventions in the four
studied activities resulted in a comprehensive sampling of the impacts that occur,
assisting professionals in the area of ​environmental impact assessment, in the choice
or fusion of the best methodologies to be applied, aiming at their compatibility with
the nature of the enterprise or factor cause of environmental changes studied.

Keywords:​ Mining. Environmental impacts. Mitigating Measures.


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AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Geólogo Márcio Luiz Geremias pela disponibilização das


informações relativas as operações de lavra de uma pedreira.

LISTA DE ABREVIATURAS

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente


DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral
GTA – Grupo Técnico de Assessoramento
ISO - International Organization for Standardization
NBR – Norma Brasileira
NRM – Normas Reguladoras de Mineração;
PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

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