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ASSUNTOS DIVERSOS

Boletim Imposto de Renda n° 01 - 1ª Quinzena.


Publicado em: 05/01/2022

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

NORMAS DO COAF
Finalidade e Comunicação de Operações Financeiras

Roteiro 

1. Introdução
2. Conceito
2.1. COAF Compreendido Como Unidade de Inteligência Financeira
2.2. COAF Compreendido Como Órgão de Supervisão
2.2.1. Órgãos Reguladores e Fiscalizadores
3. Obrigatoriedade de Prestar Informações
3.1. Cadastramento e Habilitação
3.1.1. Obrigatoriedade de Cadastramento
3.1.2. Obrigatoriedade de Cadastramento em Órgãos Reguladores
3.2. Obrigações
4. Responsabilidade do Profissional Contábil
5. Declaração
5.1. Comunicação de Ocorrência
5.1.1. Comunicação de Operação em Espécie (COE)
5.1.2. Comunicação de Operação Suspeita (COS)
5.2. Declaração Negativa
6. Penalidades

1. . Introdução
A presente matéria tem por escopo abordar as linhas gerais sobre o COAF e sua atuação na implantação de mecanismos e procedimentos de controle
financeiros no Brasil para fins de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Além disso, este estudo visa esclarecer aspectos da obrigatoriedade do envio de comunicações de ocorrência e de não ocorrência ao COAF, relativamente a
eventos financeiros com suspeita de origem ilícita.

2. Conceito
O Conselho de Controle das Atividades Financeiras (COAF) foi criado pela Lei n° 9.613/98, com o objetivo de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e
ao terrorismo.

Trata-se de um órgão de inteligência cuja finalidade consiste em identificar recursos provenientes de crimes e evitar que eles sejam ocultados e, por fim,
integrados à economia formal como se fossem de origem lícita. Além disso, também tem a finalidade de estabelecer a interlocução com organismos
internacionais de inteligência financeira, no intuito de coibir a circulação de recursos de origem ilícita entre países.

Em atendimento a recomendações de órgãos de inteligência financeira internacional dos quais o Brasil é membro (Gafi, Gafilat e Grupo Engemont), foi
editada a Medida Provisória n° 893/2019 (DOU de 20.08.2019) com o objetivo de que o COAF fosse reestruturado por meio da criação da Unidade de
Inteligência Financeira (UIT), vinculado ao Banco Central do Brasil, que consistiria no órgão centralizador de comunicações de operações suspeitas e outras
informações importantes para a prevenção da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. (Gafi, Recomendação 29)

Entretanto, com a conversão da Medida Provisória na Lei n° 13.974/2020 (DOU de 08.01.2020), a UIT não teve continuidade, de modo que o nome do órgão
de inteligência voltou a ser COAF, sendo mantida, porém, a vinculação ao Banco Central do Brasil. (Lei n° 13.974/2020, artigo 2°)

2.1. COAF Compreendido Como Unidade de Inteligência Financeira


O COAF compreendido como órgão de inteligência financeira constitui-se no coordenador brasileiro de inteligência financeira em cooperação com
organismos internacionais, que detém jurisdição nacional e autonomia operacional de cunho técnico. (Lei n° 13.974/2020, artigos 2° e 3°)

Mesmo com a reestruturação do COAF, cumpre salientar que não houve mudança na sua competência funcional, prevista no artigo 3° da Lei 13.974/2020,
que assim dispõe:

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Art. 3° Compete ao COAF, em todo o território nacional, sem prejuízo das atribuições estabelecidas na legislação em vigor:

I - produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro;

II - promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais, estrangeiros e internacionais que tenham conexão com suas
atividades.

Como pode ser extraído do dispositivo legal, o COAF não tem por incumbência promover investigações, bloqueio de recursos, detenção de pessoas,
interrogatórios ou outras funções dessa mesma natureza. Sua função é auxiliar, sendo de sua atribuição a identificação de operações suspeitas e a difusão
de informações às autoridades competentes no Brasil e no mundo.

A partir da identificação de operações que tenham fundados indícios de que ilícitos foram cometidos ou até mesmo a existência de crimes, o COAF elabora
Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e os encaminha para as autoridades competentes, a fim de amparar eventuais procedimentos investigativos.

2.2. COAF Compreendido Como Órgão de Supervisão


Não obstante seja o COAF um órgão que tenha por fundamento a produção de inteligência financeira, ele desempenha também a função de supervisão de
setores da economia que não tenham órgãos próprios de regulação ou fiscalização nos assuntos ligados à prevenção à lavagem de dinheiro e ao
financiamento do terrorismo.

Nesse caso, caberá ao próprio COAF a regulamentação, o monitoramento, a fiscalização e a aplicação das sanções cabíveis, conforme o artigo 14, § 1° da
Lei n° 9.613/98.

O objetivo do COAF como supervisor consiste em implementar e efetivar mecanismos e procedimentos de controle que impeçam algumas pessoas, físicas
ou jurídicas, ligadas a determinadas atividades de serem utilizadas para fins ilícitos por seus clientes.

2.2.1. Órgãos Reguladores e Fiscalizadores


Determinadas atividades possuem seus próprios órgãos reguladores ou fiscalizadores. Nesses casos, é deles a incumbência de exercer diretamente o poder
normativo e punitivo no que se refere ao mecanismo de controle nos assuntos ligados à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Ou seja, é da atribuição deles estabelecer as normas, os regulamentos, o monitoramento e a fiscalização das atividades sujeitas ao controle financeiro,
assim como aplicar as sanções, com o fito de evitar e/ou combater práticas financeiras suspeitas ou ilícitas. (Perguntas e Respostas do COAF, Letra “H”, item
2).

H) Comunicação de Não Ocorrência

...

2) Quem está obrigado a efetuar a Comunicação de Não Ocorrência ou “Declaração Negativa”?

Dentre os setores regulados pelo Coaf são obrigados a efetuar a comunicação:

- Fomento mercantil (factoring); e

- Comércio de joias, pedras e metais preciosos.

As demais pessoas obrigadas reguladas pelo Coaf não estão sujeitas a este tipo de comunicação.

Outros setores abrangidos pela Lei n° 9.613, de 1998, que possuam órgãos reguladores próprios, também devem efetuar a Comunicação de Não
Ocorrência / “Declaração Negativa”, nos prazos e condições estabelecidos pela regulamentação específica de cada segmento.

3. Obrigatoriedade de Prestar Informações


O artigo 9° da
Lei n° 9.613/98 apresenta um rol em que define todas as pessoas obrigadas ao mecanismo de controle para fins de prevenção e combate ao
crime de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

3.1. Cadastramento e Habilitação


De acordo com o inciso IV do
artigo 10 da
Lei n° 9.613/98, é obrigatório o cadastramento das pessoas obrigadas a prestar informações ao COAF. Assim,
deve ser mantido o cadastro atualizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no COAF, nos termos por ele estabelecidos.

As entidades que não forem cadastradas no COAF deverão solicitar a permissão de acesso ao SISCOAF, de modo a viabilizar o encaminhamento de
comunicações ao COAF conforme prevê o inciso II do artigo 11 dessa Lei.

3.1.1. Obrigatoriedade de Cadastramento


Atualmente, apenas as atividades descritas nos setores econômicos a seguir possuem obrigatoriedade de cadastramento no COAF:

Atividade descrita na Lei n° 9.613/98 Norma 


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Comércio de joias, pedras e metais preciosos Resolução Coaf n° 23/2012

Comércio de bens de luxo e alto valor Resolução Coaf n° 25/2013

Fomento comercial (factoring) Resolução Coaf n° 21/2012

Alienação ou aquisição de direitos de atletas e artistas Resolução Coaf n° 30/2018

3.1.2. Obrigatoriedade de Cadastramento em Órgãos Reguladores


As entidades que desempenham atividades em outros setores da economia devem realizar o cadastramento diretamente em seus órgãos reguladores.

Regulador/Fiscalizador Atividade descrita na Lei n° 9.613/98 Norma

Agência Nacional de Saúde Resolução Normativa ANS n°


Operadoras de planos de assistência à saúde
Suplementar (ANS) 117/2005

Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


Banco Central do Brasil (BCB) Circular Bacen n° 3.978/2020
funcionar pelo Banco Central do Brasil

Entidades administradoras de mercados organizados.

Pessoas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como


atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a
Comissão de Valores Mobiliários custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,
Instrução CVM n° 617/2020
(CVM) intermediação, consultoria ou administração de títulos ou
valores mobiliários e a auditoria independente no âmbito do
mercado de valores mobiliários.

Demais pessoas sujeitas à regulação da CVM

Pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividades de


Conselho Federal de Corretores de
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis, em caráter Resolução Cofeci n° 1.336/2014
Imóveis (Cofeci)
permanente ou eventual, de forma principal ou acessória

Conselho Federal de Contabilidade Profissionais e organizações contábeis, quando no exercício de


Resolução CFC n° 1.530/2017
(CFC) suas funções

Conselho Federal de Economia Pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviços de


Resolução Codefon n° 1.902/2013
(Cofecon) economia e finanças

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Cartórios e Registradores Provimento CNJ n° 88/2019

Departamento de Registro
Juntas Comerciais Instrução Normativa DREI n° 76/2020
Empresarial e Integração (DREI)

Polícia Federal (PF) Empresas de Transporte e Guarda de Valores Instrução Normativa PF n° 132/2018

Instituto do Patrimônio Histórico e Comércio de antiguidades e/ou obras de arte de qualquer


Portaria Iphan n° 396/2016
Artístico Nacional ( Iphan) natureza

Secretaria de Avaliação,
Loterias e promoções comerciais mediante sorteio ou métodos
Planejamento, Energia e Loteria Portaria MF n° 537/2013
assemelhados
(Secap)

Sociedades seguradoras e de capitalização, resseguradores


Superintendência de Seguros
locais e admitidos, entidades abertas de previdência Circular Susep n° 612/2020
Privados (Susep)
complementar

Superintendência Nacional de
Entidades fechadas de previdência complementar Instrução Previc n° 34/2020
Previdência Complementar (Previc)

3.2. Obrigações 
As obrigações das pessoas sujeitas ao mecanismo de controle constam nos artigos 10 e 11 da
Lei n° 9.613/98.
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Basicamente, estas obrigações servem para:

a) identificar os clientes;

b) manter a guarda de registros; e

c) comunicar as operações financeiras.

4. Responsabilidade do Profissional Contábil


É de responsabilidade do profissional contábil a identificação dos riscos e das operações que possam configurar indícios da ocorrência de ilícitos e fazer a
comunicação relativa a essas atividades.

Assim, de acordo com a Resolução CFC n° 1.530/2017, os profissionais e as organizações contábeis devem apresentar a comunicação de ocorrência ou de
não ocorrência de eventos que constituam crimes ou contenham indícios de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.

No caso de ocorrência de operação suspeita, o profissional contábil deverá efetuar comunicação no sítio eletrônico do COAF, no prazo de 24 horas, contadas
a partir do momento em que ele julgar que a operação deva ser reportada, sem que tal ato seja cientificado aos clientes. (Resolução CFC n° 1.530/2017,
artigo 9°)

Caso não tenha ocorrido nenhuma ocorrência de operações suspeitas durante o ano-calendário, o profissional contábil deverá fazer uma comunicação de
não ocorrência até 31 de janeiro do ano subsequente, por meio do site do Conselho Federal de Contabilidade. (Resolução CFC n° 1.530/2017, artigo 10)

Porém, é importante salientar que não são todos os profissionais de contabilidade que estão sujeitos à comunicação de não ocorrência.

Os profissionais da contabilidade que tenham vínculo empregatício com escritórios de contabilidade estão dispensados de entregar a comunicação de não
ocorrência de eventos suspeitos de lavagem de dinheiro ou financiamento de terrorismo. (Resolução CFC n° 1.530/2017, artigo 11)

Também estão dispensados da comunicação os profissionais de contabilidade que realizarem trabalhos de perícia contábil e de auditoria forense.
(Resolução CFC n° 1.530/2017, artigo 8°, parágrafo único)

A comunicação de não ocorrência ao COAF deve ser procedida pela organização contábil. No caso de esta não proceder na comunicação, a obrigatoriedade
de fazer comunicação recai aos sócios ou titulares, que deverão apresentá-la individualmente.

5. Declaração
As pessoas listadas no artigo 9° da
Lei n° 9.613/98 estão obrigadas a fazer a “declaração negativa” ou “comunicação de não ocorrência” ao órgão regulador
ou fiscalizador da sua atividade.

Dentre os setores sob supervisão do COAF, apenas deverão realizar a comunicação os setores de fomento mercantil, comércio de joias e metais preciosos.
Os demais setores sob supervisão do COAF estão dispensados de fazer a comunicação. (Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 2)

5.1. Comunicação de Ocorrência


O ato pelo qual a pessoa obrigada comunica uma suspeita ou indícios de ilicitude é denominado de “comunicação de ocorrência”. (Lei n° 9.613/98, artigo 11,
inciso I)

Nos termos do inciso II do


artigo 11 da
Lei n° 9.613/98, a comunicação de ocorrência deve ser efetuada no prazo de 24 horas, devendo o comunicante
abster-se em dar ciência de tal ato a qualquer pessoa.

A comunicação de ocorrência deve ser feita diretamente ao órgão regulador ou fiscalizador da atividade relacionada à pessoa obrigada. Porém, caso esteja
sob supervisão do COAF, deverá apresentar a comunicação direta a ele. (Lei n° 9.613/98, artigo 11, inciso II)

Verificada a existência de fundados indícios de ilicitude nas operações reportadas ao COAF, as informações recebidas serão utilizadas para embasar o
Relatório de Inteligência Financeira (RIF) que será caminhado às autoridades competentes. (Lei n° 9.613/98, artigo 11, §§ 1° e 3°)

Existem duas formas de comunicação a serem recebidas dos setores obrigados, sendo uma relativa a operações em espécie e outra a operações suspeitas.
(Cartilha do COAF, página 9)

5.1.1. Comunicação de Operação em Espécie (COE)


Esta comunicação refere-se àquelas comunicações que são feitas diretamente ao COAF na ocasião em que as pessoas obrigadas detectam que seus
clientes realizaram transações acima do valor permitido em lei.

A comunicação de operações em espécie está ligada a operações individuais. Nela deve constar o valor da operação, o titular da conta bancária e os dados

cadastrais bancários. (Circular Bacen n° 3.978/2020, artigo 49)
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5.1.2. Comunicação de Operação Suspeita (COS)


Esta comunicação refere-se às operações consideradas suspeitas, em que as pessoas obrigadas percebem indícios que transações financeiras de seus
clientes estejam relacionadas com lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo ou outras atividades ilícitas.

A comunicação de operações em espécie está ligada a políticas de controle e critérios que visam encontrar motivos razoáveis de suspeita das transações,
por estas envolverem mais riscos de que as operações dos clientes estejam relacionadas a ilícitos.

Diante disso, é necessário a definição de critérios e procedimentos no sentido de poder identificar e a qualificar os clientes, bem como a origem dos recursos
utilizados nas operações, os beneficiários e a finalidade. (Circular Bacen n° 3.978/2020, artigo 48)

5.2. Declaração Negativa


Entende-se por “declaração negativa” ou “comunicação de não ocorrência” o ato periódico de prestar informações ao COAF, por meio do qual se informa a
inexistência da ocorrência de eventos suspeitos ou indícios de ilicitude. (Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 1)

H) Comunicação de Não Ocorrência

1) O que é a “Comunicação de Não Ocorrência de Operações” ou "Declaração Negativa"?

A “Comunicação de Não Ocorrência” ou “Declaração Negativa” é o ato pelo qual a pessoa obrigada deverá comunicar ao órgão regulador ou
fiscalizador da sua atividade a não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas ao Coaf na periodicidade
e forma definidas por eles.

Alguns reguladores definiram em suas normas a utilização do Siscoaf para o envio da comunicação de não ocorrência. Nesse caso, a pessoa
obrigada deve acessar o Siscoaf.

A apresentação da declaração negativa é anual. No que se refere aos profissionais da contabilidade, a apresentação deverá ocorrer até o último dia do mês
de janeiro do ano-calendário subsequente. (Resolução CFC n° 1.530/2017, artigo 10; Lei n° 9.613/98, artigo 11, inciso III)

A declaração negativa deve ser feita diretamente ao órgão regulador ou fiscalizador da atividade relacionada à pessoa obrigada, de acordo com os prazos e
as condições definidos pelas normas específicas de cada um deles. (Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 1)

Os órgãos reguladores ou fiscalizadores que não utilizarem o SISCOAF para a entrega da comunicação deverão ser consultados diretamente pelos
obrigados, a fim de se obter as orientações sobre o envio. (Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 3)

3) Procedimentos para envio da Comunicação de Não Ocorrência ou “Declaração Negativa”

O usuário deve acessar o site do Coaf no endereço www.gov.br/coaf/pt-br. Após acessar o site, selecione a opção "Acesso ao Siscoaf”, localizado
na parte superior, utilizando o CPF e senha ou o certificado digital do usuário, autorizado pela pessoa obrigada.

Caso não possua habilitação no sistema, acesse a opção Primeiro Acesso e efetue seu cadastramento no Coaf.

Após acessar o Sistema, acione a funcionalidade Comunicação de Não Ocorrência / ”Declaração Negativa”. Informe o ano para o qual será
realizada a Declaração Negativa e confirme o envio (Emitir Declaração Negativa). Caso o usuário seja autorizado a realizar declaração negativa
para mais de uma Pessoa Obrigada, deverá utilizar a opção “Alternar Comunicante” para selecionar a Pessoa Obrigada para qual fará a Declaração
Negativa.

Os setores cujo canal de registro da Comunicação de não ocorrência / “Declaração Negativa” não seja o Siscoaf, deverão consultar seu regulador
para orientações sobre o envio.

Nos casos em que o órgão tenha decidido utilizar o COAF para realizar a comunicação, a pessoa obrigada deverá fazer o envio por meio do SISCOAF.
(Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 1)

Consoante o disposto no inciso III do


artigo 11 da
Lei n° 9.613/98, a Declaração Negativa deverá ser apresentada na periodicidade, forma e condições
estabelecidas pelo COAF ou órgão regulador, se este for o caso, no tocante à não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem
comunicadas nos termos do inciso II.

A declaração negativa é obrigatória mesmo para as empresas com atividade encerrada, a qual deverá ser entregue até o último dia útil de janeiro do ano
subsequente ao do evento de encerramento das atividades. (Perguntas Frequentes do COAF, Letra “H”, item 6)

Neste sentido, aqui está o que dispõe o item 6 da Letra “H”, das Perguntas Frequentes do COAF:

A empresa é obrigada a registrar a “Comunicação de não ocorrência”, caso se enquadre na situação, até o último ano de atividade. Por exemplo,
se realizou operações em 2015, e não foram identificadas situações passíveis de comunicação ao Coaf, na forma disposta no art. 11 da
Lei n°
9.613, de 1998, a comunicação de não ocorrência deve ser efetuada até 31 de janeiro de 2016.


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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

No caso de mudança de segmento de atividade, a pessoa obrigada deverá observar a forma e os prazos dispostos no regulamento específico do segmento
que atua, conforme dispõe o inciso III do
artigo 11 da
Lei n° 9.613/98.

6. Penalidades
Conforme o artigo 12 da
Lei n° 9.613/98, poderão ser aplicadas penalidades às pessoas obrigadas, bem como aos administradores das pessoas jurídicas,
pelo descumprimento das obrigações previstas nos artigos 10 e 11 da referida Lei.

Poderão ser aplicadas as seguintes penalidades, cumulativamente ou não:

a) advertência;

b) multa pecuniária variável;

c) inabilitação temporária; e

d) cassação ou suspensão para o exercício da atividade, operação ou funcionamento.

No caso de descumprimento da obrigatoriedade de apresentar a comunicação de ocorrência no prazo estabelecido, é aplicável a penalidade de multa, nos
termos do artigo 12, § 2°, inciso IV, da
Lei n° 9.613/98.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

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