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História

9.ºano
Os desafios culturais do nosso tempo
Massificação e pluralidade na cultura contemporânea

A hegemonia da cultura urbana

Desde tempos imemoriais que as cidades representam o topo da evolução de uma sociedade,
constituindo o ponto nevrálgico que atrai devido à variedade e quantidade de pressupostos que
oferece. Com o passar dos séculos, tem-se verificado uma intensificação do valor da cultura
urbana, em detrimento da rural, consequência, por exemplo, do avanço tecnológico que alterou
profundamente os padrões de distribuição da Humanidade. Assim, como foi nas cidades que se
deu uma maior concentração de serviços, indústria, entretenimento e informação, aquelas
tornaram- -se no alvo de elevada concorrência e afluência de pessoas que procuravam emprego
e melhoria das condições de vida, abandonando as zonas rurais.

A percentagem de população que vive em cidades nos países desenvolvidos chega a atingir os
70%, sendo que a quantidade de cidades é bastante elevada. É contudo nos países em vias de
desenvolvimento que as cidades possuem maior número de habitantes, destacando-se a Cidade
do México, Jacarta, Bombaim, Nova Deli e Xangai. As condições de vida nestas últimas cidades
são extremamente degradantes para a maioria dos cidadãos, que se amontoam em barracas e
sofrem as consequências da poluição e da falta de higiene pública, além de se verificarem
engarrafamentos de trânsito constantes.

A Segunda Revolução Industrial provocou igualmente, no início do século XX, uma intensificação
das ondas de migração que, com origem no campo, se deslocavam rumo à cidade. Este
crescimento dos núcleos urbanos, nascido da procura de trabalho mais rentável e com melhores
condições, exigiu a criação de mecanismos culturais que satisfizessem esta massa populacional.
De facto, deve observar-se que os cinemas, os museus, as bibliotecas e os grandes centros
desportivos, literários, musicais e científicos, ou seja, o acesso à arte e à cultura em geral, se
encontram nas cidades. Os núcleos rurais encontram-se cada vez mais desertificados porque se
criou uma série de necessidades sem infraestruturas fora das cidades, tornando-os apenas
locais de férias. Os valores que passaram a imperar foram os da moda, da informação
constante e atualizada, da tecnologia mais avançada do momento, das casas cada vez mais
confortáveis e, de uma maneira geral, da vida em sociedade, sendo necessário conseguir
cumprir todos os parâmetros para a aceitação por essa mesma sociedade. Por outro lado, a
possibilidade de criar, dentro ou na periferia das cidades, núcleos mais ou menos isolados, que
se assemelham um pouco aos rurais, auferindo contudo de todas as vantagens da cidade,
tornou desnecessária a mudança para o campo.

Hegemonia da Cultura Urbana. In Diciopédia X. Porto: Porto Editora, 2006.

Propostas de atividades:

Lê o texto, com atenção, para responderes às questões.

1. Em que zonas (rurais ou urbanas) se concentra a maioria da população mundial?

2. Justifica essa concentração populacional.

3. Define cultura urbana.

4. Constrói um texto, com cerca de 10 linhas, sobre as vantagens e as desvantagens de viver


na cidade.

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