Universidade Federal de Minas Gerais

Prática 3 – Amplificador transistorizado - Emissor

Comum com resistência de emissor

Diego Gomes Ferreira

Felipe Cerqueira Lyra
Professor Maurilio Nunes Vieira

Belo Horizonte, Abril de 2018

1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

O circuito da Figura 1 e um amplificador básico com transistor na configuração emissor

comum com resistência de emissor. O amplificador pode ser polarizado por uma fonte de tensão
negativa através de uma resistência ou uma fonte de corrente. A função dessa estrutura e
fornecer condições que assegurem que a junção base-emissor fique diretamente polarizada e a
junção base-coletor com polarizada reversa, de maneira que o transistor opere na região ativa.

Os capacitores Cc1, Cc2 impedem que alguma componente CC presente na fonte de sinal
CA altere o ponto de operação do amplificador, ou uma componente continua seja aplicada a
carga., sendo denominados esses capacitores de desacoplamento. O capacitor CE é denominado
capacitor de passagem, normalmente é calculado para que seja o polo principal definindo a
frequência de core para baixas frequências.

Figura 1: Amplificador Emissor comum e característica de polarização

As características dos amplificadores com transistores dependem da configuração

utilizada, sendo que cada uma possui determinadas aplicações. Independentemente da
configuração utilizada, todos podem ser representados através de um dos quatro modelos ideais
de amplificadores: Tensão, Corrente, Transcondutância e Transresistência.

A Figura 2 mostra o amplificador de tensão ideal, representados pelos parâmetros em

pequenos sinais do modelo do transistor, com a fonte de sinal e sua respectiva resistência de
saída, assim como a carga, representada através de um resistor.

Figura 2 – Amplificador de Tensão Ideal - Modelo T

2. TRABALHO PREPARATÓRIO

Escolhemos a 3ª topologia dentre as propostas e realizamos os cálculos a seguir

 Em seguida, com os valores obtidos nos cálculos, realizamos a simulação do seguinte
circuito:

Figura 3 – Circuito utilizado na simulação

As formas de onda para a tensão CA e a resposta em frequência do circuito estão

registradas abaixo. Os resultados CC e outros resultados estão apresentados nas tabelas a
seguir.

Figura 4: Tensões CA do circuito simulado

Figura 5: Resposta em frequência da tensão de saída

3. RESULTADOS

Tensões CC – Polarização do Transistor

Valores Simulados Valores Medidos
Vb (V) Vc (V) Ve (V) Vb (V) Vc (V) Ve (V)
-2,2 1,8 -3,2 -0,87 1,96 -1,47

Tensões CA
Valores Simulados Valores Medidos
Vb (V) Vc (V) Ve (V) Vb (V) Vc (V) Ve (V)
0,2 1,2 0,1 0,26 2,4 -

Percebemos uma diferença entre os valores simulados e os valores medidos. Isso se deu
por conta da alteração do transistor. Na simulação utilizamos o modelo 2N222, porém, este não
se encontrava disponível. Desta forma, utilizamos o componente BC547. A alteração do ẞ
implica em uma mudança significativa nos parâmetros do circuito, incluindo ganhos e tensões,
e está aí o motivo das diferenças.

Abaixo estão representadas as medições obtidas com o osciloscópio, dos valores acima
registrados.

(a) (b)

(c)

Figura 6: (a) Medição de Vc e Vb, (b) medição de Ve e -Vc, (c) medição das tensões CA
4. CONCLUSÃO

Através da prática desenvolvida, foi possível determinar alguns parâmetros de um circuito amplificador,
baseado no uso de transistores com resistência de emissor. Estes circuitos são amplamente utilizados no
ramo da eletrônica e por isso, é de fundamental importância que um bom engenheiro eletricista conheça
o seu funcionamento.

Através da análise eletrônica, definimos os valores dos componentes a serem utilizados. É importante
ressaltar que foi necessário realizar a troca do transistor 2N222 pelo transistor BC547 por conta de
indisponibilidade do primeiro.

Apesar dos resultados obtidos apresentarem significativa diferença, foi possível observar bem o
comportamento do circuito, notando as relações de ganho e manutenção das ordens de grandeza. Dado
o cenário, consideramos os resultados satisfatórios.

Além do grande aprendizado sobre o assunto, o grupo pode colher experiências importantes para
projetos eletrônicos, que farão diferença em futuros experimentos.