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= 2.
Finalmente,
1 2 3 4 n
+ + + +...+ n +... = 2.
2 4 8 16 2
HM Gabarito AD02 2
Solução: O teorema de Wilson diz: p é primo se, e somente se, p | (p − 1)! + 1. Para:
p=4
(p − 1)! + 1 = (4 − 1)! + 1 = 3! + 1 = 3 × 2 × 1 + 1 = 6 + 1 = 7 .
Como 4 † 7, então 4 não é primo.
p=5
(p − 1)! + 1 = (5 − 1)! + 1 = 4! + 1 = 4 × 3 × 2 × 1 + 1 = 25 .
Como 5 | 25, (25 = 5 × 5), então 5 é primo.
p=6
p=7
Questão 3 [2,5 pts]: Newton descobriu um procedimento para aproximar os valores das raı́zes reais
de uma eqüação numérica, aplicável tanto para eqüações algébricas como para eqüações transcen-
dentes. Esse procedimento que hoje se conhece por Método de Newton diz o seguinte nesta sua
variante:
Seja f : [a, b] → R uma função derivável até 2a ordem tal que f (x) = 0 tem uma única raiz real
em ]a, b[ com f 0 (x) e f 00 (x) conservando o sinal em ]a, b[. Chamemos de r essa raiz. Seja x 1 uma
primeira aproximação para r. A reta tangente t1 ao gráfico de f em x1 , f (x1 ) tem por eqüação
Logo,
f (x1 )
x2 = x 1 − ,
f 0 (x1 )
desde que f 0 (x1 ) 6= 0.
A reta tangente t2 que passa por x2 , f (x2 ) tem por eqüação
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Logo,
f (x2 )
x3 = x 2 − ,
f 0 (x2 )
desde que f 0 (x2 ) 6= 0 e assim sucessivamente. A fórmula de recorrência é
f (xn )
xn+1 = xn − , n = 1, 2, 3, . . . ,
f 0 (xn )
com f 0 (xn ) 6= 0.
y
PSfrag replacements
gráfico de f t1
x1 , f (x1 )
x2 , f (x2 )
t2
O a[ r x3 x2 x1
]b
x
f (r) = 0
a) (1,0 pt) Seja f (x) = x3 − 2x − 5 para x ∈ [2, 3]. Confirme que existe uma única raiz entre 2
e 3 para esta eqüação.
(Sugestão: Começando com x1 = 3 utilize o Método de Newton até n = 4 com três casas decimais).
Obs.: Os itens (a) e (b) correspondem a análise do exemplo original de Newton (1669).
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Solução:
Nota: A condição f 00 (x) conservando o sinal em ]a, b[, nem sempre é considerada em alguns autores.
Observe que na figura ilustrativa a curva que representa o gráfico de f apresenta duas concavidades,
o que equivale a dizer, dois sinais para f 00 (x).
a) Notamos que f (2) = −1 < 0 e f (3) = 16 > 0. Logo, pelo Teorema do Valor Intermediário,
tendo em conta que f é uma função contı́nua, pois é uma função polinomial, existe uma raiz em
[2, 3]. Por outro lado, como f 0 (x) = 3x2 − 2 > 0 para x ∈ ]2, 3[ temos que essa raiz é única.
b) com x1 = 3, temos:
f (3) 16
x2 = 3 − 0
=3− = 2, 36 .
f (3) 25
Daı́,
f (2, 36)
x3 = 2, 36 − = 2, 36 − 0, 232 = 2, 128
f 0 (2, 36)
e
f (2, 128)
x4 = 2, 128 − = 2, 128 − 0, 032 = 2, 096 .
f 0 (2, 128)
Observamos que:
x34 − 2x4 − 5 = 0, 016 .
Assim, vemos que x4 é uma boa aproximação para essa raiz.
Solução:
2 2
x3 + x 2 = x2 (x + 1) = x4 (x + 1)2 = x4 (x − (−1))2 = (x − 0)4 (x − (−1))2 .
3
2x2 + 4x − 2
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Como √ √
2 −4 ± 32 −4 ± 4 2 √
2x + 4x − 2 = 0 ⇔ x = = = −1 ± 2 ,
4 4
√ √
a expressão se anula para x = −1 + 2 e x = −1 − 2 . Logo:
3 √ √ 3
2x2 + 4x − 2 = 2(x − (−1 + 2 ))(x − (−1 − 2 ))
√ 3 √ 3
= 8 x − (−1 + 2 ) x − (−1 − 2 )
√ 3 √ 3
= 8 x+1− 2 x+1+ 2 .
√ √ 5
x2 − 2 2x + 3
√ √
Para a equação x2 − 2 2x + 3 = 0 temos:
√ 2 √ √
∆ = − 2 2 − 4(1)( 3 ) = 8 − 4 3 > 0 .
√ √
• Raı́zes da equação x2 − 2 2x + 3 = 0.
Como
√ p √ √ p √ q
2
√ √ 2 2 ± 8 − 4 3 2 2 ± 2 2− 3 √ √
x − 2 2x + 3 = 0 ⇔ x = = = 2± 2− 3,
2 2
√ p √ √ p √
a expressão se anula para x = 2 + 2 − 3 e x = 2 − 2 − 3 . Logo:
√ √ 5 √ p √ 5 √ p √ 5
x2 − 2 2x + 3 = x−( 2+ 2− 3 ) x−( 2− 2− 3 )
√ p √ 5 √ p √ 5
= x− 2− 2− 3 x− 2+ 2− 3 .
4
x2 − 3x + 4
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b)
grau P (x) = 4 + 2 + 3 + 3 + 5 + 5 + 4| {z
+ 4} = 30 .
| {z }
Notação (∗)
Questão 5 [1,5 pts]: Mostre segundo a definição de limite de Weierstrass (dita “por ε − δ”) que
lim x2 = 4 .
x→2
∀ ε > 0 , ∃ δ = δ(ε) > 0 tal que 0 < |x − 2| < δ , x ∈ Dom(f ) ⇒ |f (x) − 4| < ε .
| {z }
x2 −4<ε
Nosso trabalho aqui é mostrar que existe um número real positivo δ que depende de ε, real positivo
dado, tal que
0 < |x − 2| < δ ⇒ x2 − 4 < ε .
Certos problemas de existência em Matemática são resolvidos “de frente para trás”. A idéia é
descontruı́rmos a tese para ver como aquele objeto existente a engendrou, identificando-o nesse
momento.
No caso do limite fazemos da seguinte maneira:
|f (x) − 4| < ε
⇑
˛ 2 ˛
˛x − 4˛ < ε
⇑
˛ ˛
˛(x + 2)(x − 2)˛ < ε
⇑
|x + 2| · |x − 2| < ε
⇑
` ´
|x| + |2| |x − 2| < ε
⇑
ε ε
|x − 2| < =
|x| + |2| |x| + 2
⇑
(
|x| + 2 < 5
|x − 2| < ε/5
⇑
(
|x| < 3
|x − 2| < ε/5
⇑
(
|x| < 2 + 1
⇔ |x| − 2 < 1 ⇔ |x| − |2| < 1
|x − 2| < ε/5
⇑
(
|x − 2| < 1 (∗∗)
|x − 2| < ε/5
⇑
|x − 2| < δ = ε/5
⇑
0 < |x − 2| < δ = ε/5 (∗ ∗ ∗)
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Chegamos ao inı́cio da cadeia de implicações. Assim, escrevendo a definição de limite para a nossa
questão temos:
∀ ε > 0 , ∃ δ = δ(ε) > 0 , δ = min{1, ε/5} tal que 0 < |x − 2| < δ , x ∈ Dom(f ) ⇒ x2 − 4 < ε .
Daı́:
|x| − |y| ≤ |x − y| , x, y ∈ R .
Obs2.: Com relação à restrição que assumimos para δ, δ ≤ 1, ela não é a única possı́vel. Qualquer
outra restrição, δ ≤ 1/3 ou δ ≤ 7, por exemplo, funcionaria bem da mesma forma.
(∗∗) Estamos considerando apenas pontos tais que |x − 2| < 1 (estamos nos restringindo a valores de x satisfazendo |x − 2| < 1), sem
perda de generalidade. De fato, estamos considerando δ ≤ 1
(∗ ∗ ∗) Ainda, estamos tomando δ = ε/5 sujeito à restrição δ ≤ 1. Por isso é comum escrevermos δ = δ(ε) = min{1, ε/5}. Certamente
δ ≤ ε/5 cumprirá as exigências da definição. Quer dizer: dado ε > 0, o valor de δ não é único.
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