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É uma zoonose comum ao cão e ao homem[3]. É transmitida ao homem pela picada de mosquitos
flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia (chamados de "mosquito palha" ou
birigui) e Phlebotomus.
No início do século XX, o médico paraense, Gaspar Viana, iniciou estudos sobre a
leishmaniose. A doença também pode afetar o cão ou a raposa, que são considerados os
reservatórios da doença, conforme referido pelo médico sanitarista Thomaz Corrêa Aragão, em
1954
Diabetes insipidus
O diabetes insipidus pode ser causado por uma deficiência na síntese ou liberação do hormônio
antidiurético (diabetes insipidus central) ou falha dos túbulos renais em responder ao hormônio
antidiurético (diabetes insipidus nefrogênico). Esta endocrinopatia caracteriza-se por poliúria
(PU) intensa e polidipsia (PD) compensatória.
Alguns animais perdem peso devido ao forte desejo de beber água que supera a sensação de
fome. Sinais neurológicos podem ser observados particularmente se o diabetes insipidus for
decorrente de um tumor hipofisário.
Diabetes mellitus
Estabelecido o diagnóstico, deve ser iniciado imediatamente o tratamento cujo objetivo primário
é a redução da sintomatologia conseqüente à hiperglicemia e glicosúria, bem como evitar a
ocorrência de complicações associadas a pacientes diabéticos, como cetoacidose e infecções
secundárias.
Hiperadrenocorticismo
O HAC hipófise-dependente é a causa mais comum de HAC espontâneo, sendo responsável por
aproximadamente 80 a 85% dos casos. Neste caso, observa-se excesso da produção de ACTH,
oriundos de tumores hipofisários (na maioria adenomas e em alguns casos carcinoma). A
secreção excessiva de ACTH resulta na hiperplasia adrenocortical bilateral e excesso na
secreção de cortisol. O feedback normal da inibição da secreção de ACTH pelos níveis
fisiológicos de glicocorticóides não está presente. Assim persiste a secreção adrenocortical de
cortisol.
O HAC iatrogênico resulta da administração crônica de glicocorticóides via oral ou tópica (por
exemplo, colírios, pomada, shampoo). Independentemente da etiopatogenia, os sinais clínicos
mais comuns nos cães são poliúria, polidipsia, polifagia, abdômen distendido e rarefação pilosa
bilateral simétrica.
Para se estabelecer o diagnóstico é necessário uma avaliação completa, a qual deve incluir
hemograma, perfil bioquímico, urinálise e se possível ultra-sonografia abdominal, além do
testes funcionais (teste de supressão com dexametasona ou teste de estimulação com ACTH).
Estabelecido o diagnóstico, o protocolo terapêutico a ser adotado deve levar em consideração o
quadro clínico do paciente e a etiopatogenia da doença. É importante a monitoração do paciente
pelo médico veterinário especializado em endocrinologia e metabologia veterinária e pelo
médico veterinário clínico geral.
Hiperlipidemia
Hipertireoidismo
Hipoadrenocorticismo
Hipotireoidismo
Os sinais clássicos desta doença incluem obesidade, letargia, fácies trágica, alopecia e outras
alterações dermatológicas (hiperqueratose, hiperpigmentação, seborréia, foliculite, piodermite e
furunculose recidivantes). Podem ocorrer anormalidades reprodutivas, anormalidades
envolvendo o sistema nervoso central e periférico, sistema cardiovascular e gastrointestinal,
anormalidades hematológicas e coma por mixedema.
Estabelecer o diagnóstico desta endocrinopatia não é uma missão muito fácil, devido à falta de
um único teste que forneça uma confirmação acurada do diagnóstico clínico. Além disso, a
presença de fatores como raça, doença sistêmica e administração de medicamentos podem
alterar os resultados dos testes de função tireoidiana, tornando difícil a sua interpretação. As
anormalidades mais freqüentes são a hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e uma discreta
anemia normocítica normocrômica não regenerativa. O diagnóstico deve ser determinado com
base nos achados clínicos, exames laboratoriais de rotina e testes de função tireoidiana.
Embora a mensuração sérica de T4 possa ser utilizada como teste de triagem inicial, somente a
avaliação criteriosa de um painel tireoidiano proporciona uma análise mais informativa do eixo
hipófise-tireóide e da função da tireóide, e conseqüentemente, maior probabilidade de se
estabelecer o diagnóstico correto.
A Endocrinovet não recomenda o diagnóstico terapêutico, pois a resposta ao tratamento com
suplementação de levotiroxina não é específica. A utilização de levotiroxina pode promover
resposta positiva em cão com hipotireoidismo como também em cão eutireoideo doente. Dessa
maneira, o tratamento deve ser conduzido pelo médico veterinário especializado em
endocrinologia e metabologia veterinária e o paciente também deve ser acompanhado pelo
médico veterinário clínico geral.
Obesidade
Atualmente a obesidade é a desordem nutricional mais freqüente tanto em cães como também
em gatos. Em todo o mundo a incidência da obesidade em cães varia entre 25 a 40%. O
aumento na incidência de obesidade deve-se principalmente ao sedentarismo em que têm vivido
os animais de companhia. Além disso, o desenvolvimento de alimentos altamente calóricos e
palatáveis para cães e gatos contribuem para o desbalanço energético que leva à obesidade.
A incidência deste distúrbio metabólico aumenta com a idade, sendo mais freqüente em fêmeas
quando comparadas a machos da mesma faixa etária. Outro fator predisponente é a esterelização
dos animais (a obesidade é duas vezes mais freqüente em animais esterelizados,
independentemente do sexo).
Uma técnica bastante simples e válida para a rotina clínica baseia-se na inspeção e palpação dos
animais. Nos cães e gatos as costelas devem ser facilmente palpáveis, e além disso, quando
vistos de cima esses animais devem apresentar forma de ampulheta. Apesar deste método não
ser ideal (devido a sua subjetividade), é o método mais utilizado.
A obesidade é na realidade um distúrbio nutricional que acarreta aos seus portadores disfunções
na fisiologia de diferentes sistemas orgânicos (cardiovascular, osteoarticular, imunológico,
digestório e endócrino) além de um prejuízo óbvio à qualidade de vida e conseqüente redução
na expectativa de vida.
Um programa bem sucedido de emagrecimento é um processo composto por várias etapas que
exige comprometimento do proprietário do animal, um plano nutricional, programa de
exercícios físicos acompanhados, monitoramento metabólico e hormonal do paciente e
acompanhamento do médico veterinário especializado em endocrinologia e metabologia
veterinária e do médico veterinário clínico geral.