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DIREITO ADMINISTRATIVO

PODERES ESTATAIS FUNÇÕES TÍPICAS – FUNÇÕES ATÍPICAS –


principais, próprias Secundárias, atípicas
Legislativo Legislativa • Executiva – ex.
Compra de
material
• Judiciária
Executivo Executiva • Legislativa – Ex.
MP
• Judiciária
Judiciário Judiciária • Executiva – Ex.
Concessão de
férias
• Legislativa.

Cada esfera tem sua competência, chamada de função típica, o intuito


pelo qual ele foi criado. Ex. Executivo, administrativo, porém, é possível que
exerça funções atípicas, como o Administrativo editando uma Medida
Provisória (legislativa) ou o judiciário concedendo férias.
Direito Administrativo – É o conjunto harmônico de princípios que
regem os órgãos, agentes e atividades públicas, tendentes à realização
concreta, direta e imediatamente para fins dos Estados.

Princípios de Direito Administrativo:

Supremacia do interesse público sobre o particular:


Havendo um eventual conflito de interesses entre ambos, sempre
prevalece o interesse público. O interesse público deve prevalecer:
• Primário – O verdadeiro interesse da coletividade;
• Secundário – É o interesse da Administração ou do próprio
administrador. Sempre deve permanecer o interesse público primário,
o secundário JAMAIS. Ex. Desapropriação.

Indisponibilidade do Interesse Público:


Ele é indisponível, irrenunciável, sempre o interesse público
primário. O administrador não pode dispor de algo que não lhe pertence.
Como em um caso de um funcionário que faz algo errado, ele deverá ser
punido. Não há possibilidade de escolha, pois, ele DEVE punir
diferentemente da Administração privada.

Ps: Embora não estejam escritos, esses são dois princípios basilares.

Princípio da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e


Eficiência:
Também conhecido como L.I.M.P.E. Há autores que fazem a
diferenciação entre os princípios da Administração Pública (art. 37, CF, esses
5) e os outros restantes seriam referentes ao Direito Administrativo.
• Legalidade – A Administração só pode fazer aquilo que a lei permite /
determina. Os administrados (particulares) podem fazer tudo o que a

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lei não impede, portanto, são diferentes. A Administração precisa
obedecer ao disposto em lei, portanto, a ausência de lei significa uma
proibição, diferentemente do que ocorre com o particular, que se
subentende uma autorização. Esse princípio traz garantias aos
particulares administrados, até porque a Administração Pública tem
inúmeras prerrogativas.
• Impessoalidade – Este princípio se aproxima muito ao da finalidade.
Há dois aspectos:
* Impessoalidade em face do administrador público: Ele
deve ter uma conduta pura, neutra, sem autopromoção.
Art. 37, §1º, CF- Ex. Use camisinha, sábado haverá vacinação,
o bom do Brasil é o brasileiro, A publicidade não
pode conter nome, símbolo, imagem que promova o
administrador.
* Impessoalidade em face dos administrados: A
Administração deve tratar seus administrados de
forma impessoal, sem favoritismos, sem perseguição, pois
todos são iguais. Nos concursos públicos, como o de guarda
- nacional exigindo homens que meçam ao menos
1,80m, está correto, é possível fazer essa diferenciação, é
legal, pois houve a pertinência lógica entre a discriminação e o
desempenho do cargo. O mesmo não poderia ocorrer com
um juiz, exigir que ele tenha no mínimo 1,80, pois não há
a pertinência lógica.

• Moralidade – A conduta do administrador além de legal deve ser


moral. Ética, boa-fé.. estão em torno da moralidade. Um ato normal
pode ser assim considerado por um e por outro não. Porém, aqui se
trata da moralidade Administrativa. A moralidade com finalidade do
interesse público. Lei é diferente de moral, portanto, uma coisa legal
pode ser imoral. Ex. Abaixa o IPTU nos últimos meses do mandato para
complicar o sucessor.
• Publicidade – A Adm. Sempre deve divulgar seus feitos, de forma
ampla, com orientação social (art. 37, §1º). É necessário, pois as
pessoas devem tomar ciência e cumprir aquela nova imposição para
que eles impugnem, para que se comece a correr o prazo. Ex.
(Mandado de Segurança – 120 dias, da data da ciência). Na licitação há
a modalidade convite, nesse caso não é preciso da ampla divulgação /
publicidade, da carta-convite, basta que ela seja enviada no mínimo a
três licitantes e afixe em algum lugar (fórum, prefeitura) Não precisa
divulgar. O princípio da publicidade tem uma aplicação mitigada, ou
seja, diminuída.
• Eficiência – Alem de legal e moral, a atuação do administrador deve
ser eficiente (art. 37, ´caput´, CF), ou seja, fazer o melhor que pode
com o que possui. Prestar serviços de forma satisfatória - ex. Não
basta fornecer água, deve ser ininterrupta, limpa – qualitativa e
quantitativamente. Há institutos que decorrem desse princípio:
 Tribunal de contas de União (TCU) – Ele quem fiscaliza
 Agências reguladoras (Aneel, Anatel...).
• Autotutela – A Administração deve controlar, tomar conta, tutelar
seus próprios atos. Ela irá revogar atos inconvenientes ou
inoportunos, provocando os efeitos ex nunc, aquele que não

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retroage, ou seja, do ato revocatório em diante. A Administração DEVE
(princípio da legalidade), anular os atos ilegais, efeitos ex tunc.

ADM. Revoga Atos inconvenientes/inoportunos


EX NUNC

Anula Atos Ilegais EX TUNC

A Administração poderá ser provocada para anular ou revogar, ou


ainda, fazer de ofício.

Revogação - FATO NOVO, justificando que algo era conveniente e oportuno


e deixou de sê-lo. Ex. libera uma rua para os moradores fazerem uma festa
junina, porém, depois se percebe que haverá um comício ali perto, portanto,
deve revogar. Ex. Se o fiscal descobrir que um processo de aposentadoria,
alguém que deveria receber $1000 está recebendo $2000, o fiscal DEVE
anular, pois houve a ilegalidade, produzindo efeitos ex tunc, deverá devolver
tudo o que recebeu a mais. Súmula 473 STF – Lembrar que é sempre DEVER,
em razão da indisponibilidade do interesse público. Poder-dever. Havendo
ilegalidade não pode se pode falar em direito adquirido. No ato revocatório
pode, pois é aquele que produz efeitos ex nunc.
No Brasil adota-se o sistema inglês de controle de atos – jurisdição
única – O judiciário é competente para controlar todos os atos, havendo
litígios particulares, administrativos, tudo vai para o judiciário
(diferentemente do sistema francas, onde há uma corte própria para
julgamento de atos administrativos). O judiciário, quando provocado poderá
anular (revogar não) pela ilegalidade, com efeitos ex tunc.

Espécies de Atos:

Ato Discricionário – maior margem de liberdade.

Ato vinculado – Diz-se aquele que está na lei, mas é incorreto, pois o
discricionário também está na lei. A diferença está na margem de liberdade
de atuação do agente. No vinculado, a lei traz como e quando o
administrador deve agir, não há margem de liberdade, diferentemente do
discricionário (há uma margem de liberdade de escolha, de acordo com o
que a lei permite – Ambos estão na lei).

 ATENÇÃO:
• Autorização para porte de armas – ato discricionário
• Licença para construir – ato vinculado.

Poder Judiciário – Só pode anular, não pode revogar, pois não pode
adentrar no mérito administrativo.

 Mérito Administrativo = Conveniência + Oportunidade.


O judiciário NÃO pode analisar o mérito administrativo, mas o judiciário
pode analisar os atos Vinculados e Discricionários, ambos sempre com

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relação à legalidade do ato.sem entrar no mérito. A pessoa quer um porte de
arma – algo discricionário – Se na Receita Federal (e não na Polícia) ela
obtiver essa autorização, o judiciário pode anular o ato, pois foi
incompetente.

• Razoabilidade e Proporcionalidade – A Administração Pública além


de respeitar as condutas legais, morais e eficientes, deve ser razoável.
Significa dever agir sem excessos e sem omissões é agir dentro do
padrão moral. Há autores que entendem que a proporcionalidade não
é a mesma coisa, mas na verdade, a proporcionalidade é igual à
medida da razoabilidade, ser proporcional é ter muitos e fins
compatíveis. Ex. Não se abatem pardais usando tiros de canhão, é o
princípio da proporcionalidade, meios desproporcionais ao fim. Um
fiscal vai a um restaurante e encontra um cabelo na sopa, deve punir o
proprietário, porém, ele não deve interditar o estabelecimento por um
ano...
• Princípio da Segurança Jurídica – É um princípio geral do Direito.
Todos os ramos jurídicos devem defender a estabilidade das relações
jurídicas, ex. Coisa julgada, ato jurídico perfeito, prescrição. Ex. Um
indivíduo tem uma licença para construir – ela tinha uma ilegitimidade
– o cidadão, sem saber, foi lá e construiu mesmo assim – o fiscal
passou pela obra e viu a ilegalidade, o que o levou a querer demolir a
casa. Não se pode falar em legalidade em benefício do cidadão, pois
nesse caso, o fiscal tinha razão. Portanto, caberia ao advogado pedir
que o fiscal não destruísse a casa, tendo em vista o princípio da
segurança jurídica, o advogado pede a convalidação do ato.

ATOS ADMINISTRATIVOS

Todos os poderes, em exercício de poder atípico, poderão exercer atos


administrativos. Ex. Judiciário dando férias ao seus funcionários. Lembrar da
diferença:

PERFEIÇÃO VALIDADE EFICÁCIA

 Ato Perfeito – Aquele ato completo, concluído.


 Ato Válido – Aquele de acordo com a lei
 Ato Eficaz – Aquele ato que produz efeitos.

É possível que o ato jurídico seja perfeito, porém inválido. Ex. Um


decreto expedido pelo Ministro, sendo que este só poderia ser criado pelo
Chefe do Executivo.
O fato de ser completo não significa que será legal. É possível que um
decreto seja expedido pelo Chefe do Executivo (perfeito e válido), porém,
com prazo de 90 dias para entrar em vigor, ou seja, nesse período ele é
ineficaz.

Elementos do Ato Administrativo: FO.FI.C.O.M.

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Aqui é trazido tudo o que o ato administrativo precisa para existir,
entrar no plano da existência. Os atributos são diferentes, relacionados às
características, qualidades, elementos que diferenciam um ato
administrativo dos outros atos. Os atributos são:

 Presunção de Legitimidade
 Impetatividade
 Auto-executoriedade
 Tipicidade

Um ato jurídico comum precisa ter: * Forma


* Competência
* Objeto

O ato administrativo precisa de 5 elementos: * Forma


* Finalidade
* Competência
* Objeto
* Motivo
Forma – Deve estar previsto em lei. Pode ser oral – Ex. Apito do guarda. É a
exteriorização do ato, ex. despacho.
Finalidade – Objetivo almejado pela Administração Pública. Deve ter
interesse público específico – Ex. remoção como sanção – desvio de
poder ou finalidade.
Competência – Sujeito – relacionado com a pessoa que pratica o ato
(competente e capaz) – Ex. excesso de poder
Objeto – Aquilo que o ato enumera, modifica –É o efeito jurídico do ato.
Moral, lícito, possível, determinado – Forma (despacho) – objeto (demissão).
Motivo – Teoria dos motivos determinantes – o fato que determina ou
autoriza a prática do ato. Existente e verdadeiro.

Teoria dos Motivos Determinantes:


O motivo dado a um ato, vincula a sua validade. Se o motivo for falso
ou inexistente, o ato será inválido.

TIPOS DE INVALIDADE – Critério da Convalidação


Quando o ato administrativo contém um vício, uma invalidade:

• Atos Inexistentes – Aquele que tem um vício muito grave


chegando a beirar o absurdo jurídico, podendo chegar a ser
criminoso. Esse tipo de ato não possibilita a convalidação . Ex. O
INSS cobrando dos devedores com ameaça de morte.
• Atos Nulos –Também há um vício, porém ele não é tão grave
quanto o inexistente. Não se convalida também. Ex. Nomeação
de um servidor sem concurso.
• Atos Anuláveis – Admite convalidação – Ex. Um fiscal deveria
fiscalizar a zona norte e vai para a zona sul. É possível que o
fiscal da zona sul retifique o a ato do outro fiscal. Portanto, há
uma nulidade relativa. A convalidação é discricionária, há
doutrina que entende que deve haver a convalidação (pela
segurança jurídica).
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• Atos Irregulares – Aqueles que possuem vício irrelevante. Não
há convalidação, pois não precisa. O vício aqui é muito pequeno.

FORMAS DE EXTINÇÃO:

• Renúncia – Na renúncia o ato é extinto, pois o particular abriu mão da


vantagem que lhe foi concedida. Ex. Uma banca de jornais tem uma
permissão, autorização, resolve fechar.
• Cumprimento de seus efeitos – Ato consumado ou exaurido
Ex. Concede férias para um servidor, após seu cumprimento, acaba.
• Desaparecimento do sujeito ou do objeto – Há um bem
público tombado, vem um terremoto e destrói o bem, extingue-se o
objeto.
• Cassação – Há extinção do ato administrativo em razão do
particular não ter cumprido com seus deveres. Ex. Licença para
fazer um hotel.. foi lá e construiu um bordel.
• Caducidade – Extinção do ato administrativo em razão de uma
lei nova não permitindo mais a prática do ato. Ex. Transporte de
vãs.
• Contraposição / Derrubada – Extinção do ato administrativo
em razão da prática de um novo ato contrário, antagônico ao anterior.
Ex. A exoneração é ato contrário à nomeação.
• Revogação – O ato é revogado em razão de conveniência e
oportunidade – ex nunc. – Privativo da Administração Pública.
• Anulação – Ilegalidade – Ex tunc.- Pode ser feita pela
Administração Pública ou pelo judiciário.

LICITAÇÃO – Lei 8666/93

Finalidade - A finalidade da licitação é buscar a proposta mais vantajosa.


Lembrando que, nem sempre é o mais barato, não é menor preço. Também
tem o princípio da isonomia, pois todos têm direito de participar da licitação.

Regra – LICITAÇÃO. A Administração Pública SEMPRE, segundo essa regra,


deve licitar, não importa qual o nível. Art. 1, §1º.
!!!!!!!!!!Todo mundo licita para fazer tudo!!!!!!!!

Princípios da Licitação:

*Vinculação ao instrumento convocatório – Pode ser o edital ou a carta-


convite (usada na modalidade convite). Tanto a Administração Pública
quanto os contratados estão vinculados ao edital/carta-convite, é a lei
interpartes. Fez-se o edital para comprar caneta e quiser comprar borracha
também não pode, pois deve-se cumprir o edital, a Administração Pública
também.

*Adjudicação Compulsória – É uma das fases da licitação. Há duas fases:

 Fase interna – Delimita-se o objeto, etc – dentro da Administração


Pública.

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 Fase externa – É composta por subfases:
* Publicação do edital ou carta-convite (chamamento)

* Habilitação – Abre-se o primeiro envelope e avalia se os licitantes são


qualificados (técnica e preço), para arcar com o contrato de licitação.

* Julgamento e Classificação das propostas – Os que foram habilitados terão


seus envelope de propostas aberto (na habilitação foi aberto o primeiro
envelope). Para o julgamento devem-se analisar os tipos de licitação (critério
para a proposta mais vantajosa), que poderá ser:
• Menor preço
• Melhor técnica
• Técnica e preço
• Maior lance/oferta
Ps: Tipos de licitação (esses 4), os quais servem para selecionar a proposta
mais vantajosa, são diferentes das modalidades de licitação (concorrência,
leilão, pregão...). Portanto, esses 4 são formas de se julgar. Se o edital pediu
menor preço, julga-se pelo menor preço.

* Homologação – É a declaração da autoridade competente dizendo que o


procedimento ocorreu de forma regular.

* Adjudicação – Uma fase da licitação – O objeto da licitação será atribuído


ao licitante vencedor. Portanto, pelo princípio da adjudicação compulsória, só
o licitante vencedor poderá ter a adjudicação.
PS: Quem ganha a licitação NÃO tem direito ao contrato. A Administração
Pública só contrata se quiser (discricionário). O vencedor somente terá
preferência no caso de contração. Ex. Uma pessoa passa no concurso
público, depois não é chamado. Tem o direito de não ser preterido, somente.

Música: (Claudinho e Bochecha – Eu não existo longe de você)


Competência e Motivo, ato Administrativo, elementos eu vou dizer;
Forma e Finalidade, Objeto é verdade, elementos eu vou dizer;
E agora eu vou falar então, modalidade de licitação;
Tem a tomada de preços, convite, concorrência, concurso leilão e pregão.
Eu vou passar no exame da OAB, comemorar junto dos meus amigos,
Sair cantando desde o dia D, essa canção de administrativo.

EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR:


Ps: A regra é que todo mundo licita para tudo – art. 1º, §único – Lei 8666/93.

1 – INEXIGIBILIDADE (pela natureza da coisa) – art. 25, Lei 8666/93 –


Aqui não licita, pois a competição é inviável. Ex. Quer comprar o quadro da
Monalisa. Não há como licitar, ainda que o administrador quisesse licitar. O
artigo traz 3 situações exemplificativas:
* Fornecedor/revendedor exclusivo – Só uma pessoa faz aquilo.
* Serviços técnicos profissionais especializados (art. 13) – Não basta
que a situação se encontre lá para configurar a inexigibilidade .
Além disso, é necessário que seja:
Natureza singular

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Prestado por profissional de notória

especialização
*Contratação de artistas – É necessário que o artista conhecido pelo
público e pela crítica.

2 – DISPENSA:
É possível de fato licitar, mas a lei dispensa. Há competição, mas a lei
faculta.
• Licitação Dispensável: O administrador tem discricionariedade para
licitar ou não, caso queira, art. 24, Lei Licitações – ROL TAXATIVO – Ex.
Contratos de baixo valor.
• Licitação Dispensada: A lei dispensou, igual na inexigível e o
administrador não poderá licitar, há um rol taxativo – art. 17, Lei
Licitações – Alienação de bem público – Portanto, é possível fazer a
licitação, mas não pode!! Conclusão, decorar que: a alienação de
bens públicos dispensa; As outras, portanto, é dispensável.

Licitação Deserta:
Aquela onde há a abertura da licitação, porém não há contratantes,
licitantes, ninguém quis participar. Art. 24, V, Para uma licitação desertar ser
considerada licitação dispensável – uma exceção ao dever de licitar – desde
que se comprove que uma nova licitação traria prejuízo e, ademais, deve-se
manter as mesmas características, condições do edital anterior.

Licitação Fracassada (diferente da deserta):


AS pessoas foram para participar, iniciou-se, porém, foram
considerados inabilitados ou suas propostas foram desclassificadas. Na
licitação fracassada não pode haver a dispensa da licitação, deverá se fazer
uma nova licitação.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO:

Concorrência:
Usada para transações de alto vulto. O instrumento convocatório é o
edital. Todo mundo pode participar da concorrência – princípio da
universalidade. Aqui deve haver a ampla divulgação, mostrar a todos. Às
vezes se obriga a fazer a concorrência, ainda que o valor não seja tão alto,
Ex. Contratos de Concessão, compra de imóvel pela Administração Pública.
• Alto valor
• Todos podem participar – princípio da universalidade
• Exige-se ampla publicidade

Tomada de Preço:
É usada para valores médios: O instrumento convocatório é o edital.
Pra participar dela devem ser:
• Valores médios – Obras e serviços de engenharia até R$ 1,5 milhão.
Demais serviços e comprar  até R$ 650 mil.
• Cadastrados
• Ainda não cadastrados, mas que preencherão todas as condições para
o cadastro até 3 dias antes do recebimento das propostas.

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Convite:
• Obras e serviços de engenharia, até R$ 150.000,00
• Compras  até R$ 80.000,00
• Somente convidados, no mínimo 3
• Não convidados que forem cadastrados
• Aqueles que apresentem seu interesse em até 24h após a
apresentação.
O instrumento convocatório é a carta-convite. Aqui não é preciso dar ampla
divulgação da carta-convite. Basta que ela seja enviada a no mínimo 3
pessoas e depois colocá-la em um local adequado.
• Publicidade Mitigada – Basta o envio das cartas-convite e uma cópia
deve ser afixada em local adequado.

Concurso:
Para selecionar o melhor trabalho (pessoas e trabalhos) técnico,
científico – Há também o edital. Aqui se exige ampla divulgação.

Leilão:
É o utilizado para alienar bens públicos - também através de edital
• Móveis – Inservíveis e bens móveis apreendidos ou penhorados;
o Inservíveis
o Apreendidos (penhorados)
• Imóveis – Oriundos de dação em pagamento ou imóveis provindos de
decisões judiciais.
o Oriundos de Dação em Pagamento
o Procedimento Judicial

Pregão – Lei 10520/02


Só é usado para o tipo MENOR PREÇO. Só é utilizado para a compra de
bens e serviços comuns (art. 1, § único, lei 10520). Ex: Para comprar uma
caneta. Ps: O pregão NÃO tem valor. Pode-se comprar 10.000.000000000
de canetas. Porém, deve ser bens e serviços comuns. Só pode ocorrer
pregão do tipo menor preço.
O pregão inverte a ordem do procedimento – habilitação com a
classificação. (edital/carta-convite – habilitação – propostas – homologação –
Adjudicação – essa é ordem). No pregão há a inversão, primeiro olha-se a
melhor proposta (no caso, o menor preço), depois vem a fase de habilitação,
caso não seja habilitado, chama-se o segundo.
O pregão não só analisa as propostas: Ex. A-100; B-93; C-90; D-91; E-
130; F-92; G-110..  Aqui o C tem o menor valor, vai para a habilitação.
Nesse caso, quem ganhou e todos os outros que tenham valor até 10%
superior do menor preço darão valores verbais e sucessivos. Portanto: C + B
+ D + G = Eles vão dar lances, isso tudo antes da habilitação. Só vai para a
habilitação quem ganhar.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Todo contrato é um acordo de vontades, inclusive o administrativo.


Ninguém está obrigado a contratar. Porém, a partir do momento que a
pessoa contrata deve respeitar o regimento jurídico diferenciado. Há várias
coisas diferentes. É um contrato regido por um regime jurídico de Direito

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Público. Ninguém é obrigado a contratar com a Administração Pública, mas
se o fizer, a ele submeter-se-á. São dotados de várias características.

Atributos:

• Presunção de Legitimidade – Os tos administrativos são


presumidamente legais e verdadeiros, também conhecidos como atos
legais e verdadeiros. Ex. O que um fiscal disser, presume-se verdadeiro,
cabendo ao particular fazer a prova em contrário. O mesmo ocorre com o
Policial, qualquer agente público. Essa presunção é iuris tantum, ou seja,
presumida, passível de prova em contrário.
• Imperatividade – Os atos administrativos são impostos a
terceiros, independentemente de sua vontade. A imperatividade permite
que a Administração Pública constitua o particular em obrigação de
forma unilateral. Ex. O fiscal dizendo que deve consertar, o Policial dando
multa, a pessoa não tem a prerrogativa de não aceitar.
• Auto-executoriedade – É o atributo que permite que a
Administração Pública pratique seus atos sem precisar de autorização ou
consulta ao judiciário. Ex. O fiscal manda fazer , o particular não faz, a
Prefeitura faz e manda a conta ao particular. O carro estacionado em
local proibido, o policial manda tirar, o particular não o faz, portanto,
chama-se o guincho em conta do infrator. O ato administrativo, para que
seja auto-executável, deve ter:
• Previsão legal OU
• Situação de Emergência
A multa é uma exceção, se ela não for paga, deverá haver uma ação
de execução, para que haja a cobrança. O particular é diferente. A auto-
executoriedade é exceção ao particular, como no caso da legítima defesa.
• Tipicidade – Os atos administrativos devem corresponder às
figuras previamente trazidas em lei.

Características:

Cláusulas Exorbitantes:
Vão além, só se encontram nos contratos administrativos. Ex: Pode
rescindir unilateralmente o contrato; pode alterar unilateralmente o contrato
– art. 58, Lei Licitação; fiscalização do contrato e a execução do contrato e
execução do contrato; aplicar sanções; ocupar bens. Nos contratos civis não
pode haver a rescisão unilateral.

Necessidade da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro


Significa o equilíbrio entre direitos e deveres, que se verifica na
assinatura do contrato, o qual deve se manter por toda a execução. Ex.
Contratou com 10% de reajuste, conforme inflação. Porém, a inflação ficou
bem abaixo, é possível que se reduza também esse reajuste. Porém, deve-se
reduzir também as obrigações do contratante. Deve-se manter o equilíbrio
econômico-financeiro. Pede-se a revisão contratual. Ex. Fez um pedágio
estipulando um X de carros e depois não se atingiu esse tanto.

Exceção do contrato não cumprido – Exceptio non adimplenti contractus


Isso significa que é uma matéria de defesa, a pessoa justifica não ter
cumprido o contrato pois a Administração Pública não cumpriu a sua. Aqui
não se aplica essa exceção ou em alguns casos, se aplica de forma mitigada.
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Ex. Um restaurante fornecendo marmitex à cadeia, com pagamento
semanal, se a Administração Pública não pagar por 3 semanas, não pode
deixar de fornecer. Só pode passar de fornecer 90 dias, após a cessação do
pagamento. Há o princípio da continuidade.

Causas que ensejam a revisão contratual:


As situações que dão ensejo à revisão contratual são situações
IMPREVISTAS ou IMPREVISÍVEIS.. O reajuste já vem previsto no contrato,
diferentemente da revisão que é algo incerto. Teoria da Imprevisão 
Situações que podem prejudicar a execução. O particular pedirá a revisão
contratual para manter o equilíbrio financeiro.

1 – Fato do Príncipe:
Fato geral do poder público que afeta o contrato, embora não tenha
sido praticado especificamente direcionado àquele contrato. Ex. A
Administração Pública contrata com o particular para fazer um viaduto. Se
estipulou só poder usar cimento americano  o U$D 1 = R$ 1, o cimento
custava U$D 10, o dólar se valorizou e foi para R$ 2, portanto, afeta o
contrato, cabe revisão.

2 – Fato da Administração:
Ação ou omissão da Administração dirigida ao contrato, atrapalhando
sua execução. Ex. Ia começar a construção na segunda-feira, porém, na data
o terreno não havia sido desapropriado  revisão.

3 – Interferências imprevistas ou Sujeições Imprevistas – Prévio.


Um obstáculo NATURAL é descoberto, na execução do contrato. É
descoberto um óbice natural que vai prejudicar a execução do contrato. Ex.
Estava construindo o viaduto e se encontrou um lençol freático.

4 – Caso Fortuito/Força maior:


No caso fortuito = Força do homem.
Na força maior = Força da natureza.
Diferença = A força maior é algo que aconteceu depois da contratação,
diferentemente da interferência que já existia.

EXTINÇÃO CONTRATUAL – Formas de Extinção do Contrato


Administrativo:

• Advento do termo – Fim do prazo estipulado


• Conclusão do objeto – Faz a obra contratada, acaba
• Rescisão unilateral / administrativa – Cláusula exorbitante
• Rescisão amigável / bilateral – As partes acordam pelo fim do
contrato
• Rescisão judicial - O judiciário é quem faz. O pedido deve ser feito
normalmente, pois a Administração pública pode rescindir
unilateralmente (não precisa do judiciário).

TIPOS DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:

* Consórcios Públicos – lei 11107/05

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É um contrato que só pode ser celebrado entre entes da federação . Só
eles podem participar desse tipo de contrato. A União pode contratar, via
consórcio, desde que o Estado onde está o município participe. Ex. Tupã +
União, desde que o Estado de São Paulo participe.
 Tem personalidade jurídica – Ou seja, possui direitos e obrigações, o
consórcio. Se for processar, não se processa os contratantes e sim o
consórcio.
 O consórcio pode ser:
1. Direito Público – integram a Administração indireta dos entes
consorciados, será uma espécie de autarquia, o consórcio ,
critica-se pois a autarquia deve ser criada por lei.
2. Direito Privado – Atos registrados no seu local próprio
Ps:Consórcios são diferentes de Convêncios Públicos.

Consórcio Convênio
Entre entes da federação Pode participar a Adm. Indireta
Tem personalidade jurídica Não tem personalidade jurídica
Interesses divergentes Ambas as partes com o mesmo
objetivo
Não é contrato

Atualmente permite-se entre:


• Entre entes de espécies diferentes, mas  Se envolver Município X
União, o Estado deve participar.
• O consórcio passou a ter personalidade jurídica.

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

São prerrogativas, instrumentos, colocados à disposição da


Administração Pública para que possa atingir o objetivo, ou seja, o interesse
público!
Esses poderes são de utilização COMPULSÓRIA, ou seja, devem ser
usados obrigatoriamente. São conhecidos como poderes-deveres.

Poder vinculado:
É aquele que a Administração Pública usa diante de uma situação clara
e objetiva e só pode tomar um comportamento, produz atos vinculados,
portanto, há uma mínima margem de liberdade de escolha, quase nada. Um
exemplo: Licença para construir.

Poder Discricionário:
Quando puder verificar: * Conveniência
* Oportunidade diante de uma situação,
produz atos discricionários, há uma
margem de escolha. Ex. autor. de porte de arma.
Alguns autores entendem que esses dois poderes não são poderes, e
sim, características de outro poder, ex. Poder de policia e discricionário.

Poder Hierárquico

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É utilizado pela Administração Pública para se estabelecer relações de
coordenação e subordinação, quem manda em quem. Ex. Dar ordem  o
chefe da ordens e os subordinados devem cumpri-los, salvo se
manifestamente ilegais, a ele é tido um dever de representar contra o seu
chefe:
• Fiscalizar – o superior fiscaliza e a revisão em face da atividade do
subordinado.
• Delegar – o superior pode delegar atribuições, passar atribuições,
competências ao subordinado, com exceção  Art. 13, Lei 9784/99.
Delegação de decisão de recursos; expedição de atos normativos e
matéria de competência exclusiva.
• Avocar – O chamamento da competência do subordinado a si. A
doutrina diz ser uma excepcionalidade, pois traz instabilidade e traz
desprestígio aos subordinados.
No judiciário não há hierarquia apenas para as funções típicas, para as
demais atípicas (executiva e legislativa) há hierarquia.

Poder Disciplinar
É utilizado para punir, sancionar, disciplinar seus servidores em face
uma prática de falta funcional. Ex. O funcionário faz algo errado, dentro de
suas atribuições, deve ser punido. Alguns autores defendem que ele está
dentro do poder hierárquico, pois o subordinado não pode punir seu superior.
Mas, para a OAB, é um poder à parte. Alguns autores dizem que, além de
atingir funcionários, atinge também a todas as pessoas que de alguma forma
estão sob as ordens da Administração Pública. Regra  Só os servidores.
Legislativo e Judiciário - Pode haver o poder disciplinar?? SIM, quando
em exercício atípico de suas atribuições, quando age em competência
administrativa. Ex. Um juiz pedindo férias ao desembargador  pode.
O exercício do poder disciplinar é vinculado ou discricionário? A
atuação é vinculada, a punição é vinculada, porém é discricionário na
escolha da pena, ex: Advertência ou suspensão.

Poder Normativo ou Regulamentar


O normativo é utilizado para expedir atos normativos em geral (ex.
portarias, instrução normativa, resoluções). O poder regulamentar só é
utilizado para expedir regulamentos (A diferença do decreto é que ele
veicula em regulamento, portanto o regulamento é feito por um decreto – a
forma). Só o chefe do executivo pode expedir decretos. Há vários tipos de
decretos pela doutrina.
• Decreto de execução – Existe para que as pessoas possam dar fiel
cumprimento à lei, detalha uma lei, pormenores dela. Sem ele não se
pode cumprir a lei. O decreto não pode modificar a realidade, art. 84,
IV, CF.
• Decreto autônomo – Não detalha a lei, ele vem no lugar de uma lei (do
legislativo). Ele, pedindo pelo executivo, vem como se fosse uma lei.

O decreto só será válido se houver um fundamento em uma lei –


decreto de execução.Já o decreto autônomo não passa pela lei, só se
fundamenta na CF.
No Brasil não havia o decreto autônomo, porém com a EC/31-01, criou-
se o art. 84, VI – Alguns autores entendem que esse inciso trouxe o decreto
autônomo pois ele se diferencia dos decretos de execução.

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PS: PARA A OAB NÃO HÁ DECRETO AUTONOMO NO BRASIL!!!!!!!
Portanto, sempre precisa haver uma lei anterior para haver um decreto
(execução).

Poder de Polícia
É utilizado pela Administração Pública para limitar, restringir,
condicionar, FRENAR, direitos e liberdades, propriedade e exercício de
atividades dos particulares, em benefício da coletividade. Portanto, ele frena
direitos individuais em beneficio da coletividade. Ex. Não pode construir
prédio alto perto do aeroporto, vender o material contrabandeado, construir
indústrias em bairros residenciais. O poder de polícia limita, mas não
aniquila o direito. Dá-se de forma:
• Atos concretos - Há um destinatário específico. Ex. Vigilância
sanitária, há fechamento de um restaurante.
• Atos gerais – Sem destinatário específico. Ex. Soltar balões, é
proibido, proibido fumar em locais fechados.

CARACTERÍSTICAS:
 Autoexecutoriedade – Permite que os atos administrativos sejam
executados independentemente de autorização judicial
 Coercibilidade – É coercitivo, é um poder imposto, não há possibilidade de
escolha, ex. O rodízio de carros.
 Discricionariedade – Esta é a regra, porém, em alguns casos ele é
vinculado Ex. licença para construir.

Abuso de Poder
Os poderes devem ser utilizados sem abuso, abuso de poder /
autoridade. Deve estar dentro da lei, dentro da moral, respeitar a finalidade
dada para a qual aquele ato foi criado. Há duas espécies:

Excesso de Poder - Aparece quando a autoridade é competente ao ato,


porém, ela se excede. Ex. Um fiscal da vigilância sanitária multa o
restaurante pois ela não tinha o extintor de chamas.

Desvio de Finalidade – A autoridade é competente ao ato, atua no limite da


competência, mas com finalidade diversa da prevista em lei. O ato é
praticado com finalidade diversa. Ex. O delegado recebe o mandado de
prisão, porém vai prender o indivíduo no seu casamento. Usou o ato com
finalidade de humilhar. Ex. A pessoa trabalha e mora na zona sul, seu
subordinado cometeu falta, o chefe, para punir, desvia-o para a zona norte
como punição – não pode ter remoção como punição – há o desvio de
finalidade.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:

Administração Direta - União


Estados
Distrito Federal

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Municípios

Os órgãos da Administração direta também são entes da Administração


direta (ex. Ministérios, Câmaras, secretarias..). Isso pois, os órgãos não têm
personalidade jurídica (diferentemente das entidades).
Ps: Os órgãos não têm personalidade jurídica, portanto, não é sujeito de
direitos e obrigações. Diferentemente dos entes.

Administração Indireta -
Autarquias
Fundações Públicas
Empresas Públicas
Sociedades de economia mista
Agências reguladoras
Agências executivas

Ps: Entidades para-estatais NÃO pertencem à Administração Indireta. São


privados.

DESCENTRALIZAÇÃO há mais de uma pessoa jurídica, há uma Distribuição de


competências externas.
DESCONCENTRAÇÃO onde há a distribuição de competência interna, há
apenas órgãos, hierarquias (relacionado à subordinação, só presente na
desconcentração). A descentralização pode ser por:
• Outorga – vem da lei – Indeterminado – Administração indireta. Ex.
Autarquias, fundações, sociedades de economia mista – Banco do
Brasil.
• Delegação – Advinda de lei / contrato, por tempo determinado – aqui
se gera a permissão / concessão.
1. Através de lei
2. Através de contrato

DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO

* Mais de uma pessoa * UMA pessoa

* Entidades * Órgãos

* Vinculação * Hierarquia
Matéria

Grau

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Outorga Delegação
Território
*Lei *Ato ou contrato
*Indeterminados *Determinados
*Adm. Indireta Permissão/concessão

Na desconcentração por matéria – Há a União e os Ministérios da Saúde,


Defesa. é a União se subdividindo.
Na desconcentração por grau – pode ter Ministério da Defesa – Secretaria –
Delegacia – São órgãos, uma pessoa jurídica só, tudo é a União.
Na desconcentração por território – todas estão no mesmo nível, porém em
Estados diferentes. Ex. Secretaria da Defesa em SP, outra em RS, todos são
órgãos em outros estados.

AUTARQUIAS – Art. 37, XIX, Constituição Federal.


São pessoas jurídicas de direito público. São criadas por Lei
Específica (não é só lei). Para desempenhar atividade típica da
Administração Pública. Ex. O INSS, a OAB, Universidade Pública, CADE.
• autarquias comuns – INSS, CADE.
• Autarquias fundacionais – É uma fundação pública de direito público.
Ex. FUNAI, FEBEM.
• Autarquias especiais – O especial é quando não é comum. É preciso ler
a lei específica criadora, pois é lá que será trazida alguma coisa que a
torne especial.

 Autarquias Especiais:
• Profissionais – OAB, CRM, CREA;
• Agências Reguladoras – São autarquias criadas pela União – ANATEL,
ANA, ANVISA, ANTT – Cada agencia tem uma lei específica criadora.
Aqui, no caso das autarquias especiais de agencias reguladoras,
possuem características especiais que as diferenciam das demais.
1. Fiscalização e regulação dos setores.
2. Investidura especial dos agentes – os dirigentes são
nomeados pelo presidente da república e aprovação do
legislativo.
3. Os dirigentes possuem mandato com prazo fixo.
4. Os dirigentes têm estabilidade, no prazo do mandato fixo,
não poderão ser mandados embora, exceto se renunciarem
ou houver processos.
5. Os dirigentes de agencias reguladoras devem cumprir a
quarentena (4 a 12 meses, depende), não podendo
trabalhar nas agências que regulou, nas empresas que
ajudou a fiscalizar e nenhum outro cargo público.
• Outras – CADE, CVN, BACEN; Universidades Públicas
são autarquias especiais, de acordo com suas próprias leis específicas.

RESUMINDO: As autarquias, portanto:


• Pessoa Jurídica de Direito Público
• Criadas por lei específica
• Atividade típica da Administração
• Concurso Público
• Os funcionários poderão ser CELETISTAS ou ESTATUTÁRIOS

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• Os bens são públicos
• A responsabilidade é objetiva
• Há a diferenciação de prazos – Na citação (quando a surpresa é
maior), prazo em quádruplo; duplo para recorrer.
• Imunidade tributária recíproca – art. 150, VI, CF – A União, Estados,
Distrito Federal, Municípios, não podem tributar impostos sobre
patrimônio, renda ou serviço uns dos outros – Somente esses três
casos há a imunidade. Qualquer outro imposto, taxa é pago!!
• Licitação – As autarquias devem licitar para TUDO.
• Vinculação – A autarquia está vinculada e não subordinada.

FUNDAÇÕES PÚBLICAS:
Ex. FUNAI, FEBEM.
Pessoa jurídica de direito público, porém há doutrina que entende ser
de direito privado ou ambos.
Não são criadas por lei específica. No art. 37, XVIX, CF, as fundações
são autorizadas pelo poder público.
Exerce atividades de caráter social. Tudo o que foi visto para
autarquias também vale para fundações. Tanto que, o STF costuma a
chamar as autarquias de autarquias fundacionais.

AGÊNCIAS EXECUTIVAS:
Não é uma nova entidade, é uma autarquia, uma fundação que ganhou
o título de agência mediante um contrato. O prazo mínimo é e um ano,
visando ganhar mais autonomia, mas por outro lado, deve cumprir metas
pré-determinadas.
Faz-se um contrato de gestão para ganhar autonomia, devendo
atingir algumas metas previstas no contrato celebrado. O INSS poderia ser
uma agência executiva, mas não tem.
• Pessoa jurídica de Direito Público – há posições em sentido contrário
• Autorizadas por lei específica – art. 37, XIX, Constituição Federal –
depois se cria o Estatuto e leva-se ao Registro de Títulos e
Documentos.
• Exerce uma atividade social Ex saúde, educação: IBGE, FEBEM, FUNAI –
não exerce atividade econômica.
• Os demais itens são iguais às Autarquias.

EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA:

Entidades Paraestatais ou entes de cooperação:


 São entes privados e não pertencem à administração direta ou indireta,
porém recebem dinheiro, bens, pessoal...
 Serviços sociais autônomos – Ex. SESC, SESI, SENAI
 Organizações Sociais – Há um contrato de gestão – Ex. Santa Casa
 Organização da Sociedade Civil (OSCIPI´s) – Onde há um termo de
parceria.
 São autorizadas por lei específica
Ps: Tudo isso serve para as duas, tanto que são chamadas de empresas
estatais ou governamentais.
A empresa pública não é empresa estatal, pois é essa ultima pode ser uma
sociedade de economia mista. Portanto:
Empresas Estatais

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Sociedade de Economia Mista

Empresas Públicas

São Pessoas de direito PRIVADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (PS: O STF entende ser


semi-público (híbrido ou misto).
São autorizadas por lei específica
Há duas formas:
• Empresas estatais que prestam serviço público
1. Empresa Pública – Correios
2. Sociedade de Economia Mista – SABESP.
• Explora atividade econômica
1. Segurança Nacional
2. Relevante interesse coletivo – Ex. Fábrica de remédios.

Pelo art. 170, CF, o Estado Brasileiro não tem objetivo de explorar a
atividade econômica, o Brasil adotou a livre iniciativa, com exceção dos
casos de segurança nacional e relevante interesse coletivo.
Em ambos os casos é necessário o concurso público para o ingresso na
empresa estatal. Os funcionários são CELETISTAS.
Só são bens públicos os afetados à prestação de serviço público.

* Responsabilidade: * prestação de serviço público 


objetivo,
Art. 37, §6º, CF.
*Exploradoras de atividade financeira 
subjetiva
* Os prazos processuais são simples.
* Não há imunidade tributária recíproca
* São vinculados!
* Licitação – É controvertido. Porém, as prestadoras de serviço é pacífico,
pode. Já as exploradoras de atividades econômicas, que concorrem com as
privadas, não poderão ser beneficiadas, a fim de se evitar uma disparidade
com os particulares. Se as exploradoras licitarem para tudo, perdem a
competitividade mas, como há dinheiro público, deve haver licitação.
A doutrina/jurisprudência prevê solução  As estatais prestadoras de serviço
econômico, se estiver relacionado com o objeto do contrato, à atividade
meio, precisa licitar; Se o objeto do contrato estiver relacionado à atividade
fim, não precisa licitar.
Ex. Um laboratório comprando canetas (meio  precisa) e comprando
substâncias químicas (fim  não precisa).
Diferença entre ambas:
CAPITAL:
• Empresa Pública – Capital Público
• Sociedade de economia mista – Capital misto
FORMA DE CONSTITUIÇÃO:
• Empresa Pública – Qualquer uma
• Sociedade de economia mista – S/A somente.

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FORO:
• Empresa Pública Estadual – Justiça Estadual
• Empresa Pública Federal – Justiça Federal
• Sociedade de economia mista (Estadual ou Federal) – Justiça
Estadual

Responsabilidade Civil do Estado:


Essa matéria diz respeito a como o Estado deve responder quando
causar danos. A responsabilidade civil do Estado teve outras fases:
1. Primeira Fase: Irresponsabilidade Civil: Da época absolutista,
monarquia
2. Segunda Fase: Responsabilidade Subjetiva: Para o Estado responder
ao particular deveria ficar provado:
• Ação
• Dano
• Nexo
• Dolo ou Culpa do Estado.
3. Terceira Fase: Responsabilidade Objetiva: Basta que se prove os
seguintes elementos para que haja a responsabilidade. Deve-se
provar:
• Ação ou Omissão
• Dano
• Nexo
No caso da omissão, HOJE, pela posição majoritária, adota-se a teoria
da culpa administrativa, a teoria da falta do serviço, em francês faute du
service. Além daqueles 3 requisitos, agora da terceira fase, deve-se provar a
culpa administrativa, ou seja, a Administração Pública não fez o que deveria
ser feito, ou:
• Não fez o que deveria ser feito
• Fez, mas fez atrasado
• Fez, dentro do prazo, mas mal feito.
Ex. X estava esperando o metrô, quando o trem vem ele se joga e morre. A
família que provar a responsabilidade do Estado. Houve a ação, dano e
nexo? Daí surgem as teorias do risco: *Risco administrativo; *Risco integral.

Teoria do Risco Administrativo:


É a adotada no Brasil. Por ela, há duas excludentes de
responsabilidade do Estado:
Culpa exclusiva da vítima

Caso fortuito ou força maior

Teoria do Risco Integral:


Não se admite nenhuma hipótese de excludente, mesmo que haja
culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito ou forca maior. A doutrina diz ser
essa teoria aplicada no caso de acidente nuclear.

Teoria da Culpa Administrativa – Omissão:


Culpa especial da Administração quando o serviço:
• Não foi prestado
• Foi prestado de forma inadequada – mal feito
• Foi tardiamente prestado – atrasado.

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 Para Celso Antonio Bandeira de Mello e o STF, há o entendimento:
Há uma nova teoria:

• Dano causado por ação estatal – Responsabilidade objetiva


• Dano causado pela omissão estatal – Responsabilidade subjetiva,
porém esta responsabilidade subjetiva é diferente da segunda fase.
Aqui, a responsabilidade subjetiva é igual à culpa administrativa
• Dano causado por guarda de pessoas ou coisa perigosa – Sempre é
objetiva.
No caso da pessoa que tem o muro rachado por obra da Administração
Pública – O Estado é responsável e paga a vítima.
Agora, o Estado poderá responsabilizar seu agente. Tentar se ressarcir como
o agente público, agora o Estado, em ação de regresso deve provar a
responsabilidade subjetiva: DOLO ou CULPA

Art. 37, §6º, Constituição Federal – O Estado responde objetivamente


perante o administrado. O agente público responde subjetivamente perante
o Estado.
Exceções:
O Estado só pode ser responsabilizado pela elaboração de lei em 2
casos (Ps: Em regra o Estado não responde por atos legislativos):
• Lei declarada inconstitucional pelo STF
• Lei de Efeito Concreto – Embora receba o nome de lei (haja vista advir
do legislativo), não tem efeito erga omnes (abstrato).

Em regra o Estado não responde por atos jurisdicionais. Mas há exceções:


Art. 5º, LXXV, Constituição Federal –
• Por erro do Judiciário
• Prisão superior ao tempo fixado na sentença.

SERVIÇOS PÚBLICOS:
• Continuidade – Essa é a regra. Porém há situações onde não são
consideradas interrupções:
o Situação de Emergência
o Poderá parar, após prévio aviso:
 Por razão técnica
 Por razão de segurança
 Permite-se, também, a interrupção pelo inadimplemento
do usuário – Ps: Quanto aos serviços essenciais há dois
posicionamentos:
• Pode, pela supremacia do interesse do Estado sobre
o particular e o princípio da igualdade.
• Não pode, pelo princípio da dignidade da pessoa
humana e pelo CDC.

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Princípio da Eficiência:
Prestar o serviço público de forma satisfatória. Deve ser algo eficiente
– art. 37, "caput", Constituição Federal.

Princípio da Universalidade – Generalidade:


O serviço público deve ser feito para todos.

Princípio da Modicidade das Tarifas: Módicas, baratas...

Princípio da Cortesia – O usuário do serviço público deve ser tratado com


cortesia.

Classificação:
Com relação à obrigatoriedade na obrigação:
• Compulsórias – De utilização compulsória, obrigada, ex. O serviço de
coleta de lixo;
• Facultativo – É uma opção, ex. o telefone.

Com relação aos usuários:


• Uti singuli – Usuários determinados e serviços divisíveis. Sabe-se quem
é que usou e quanto usou. Ex. Água, telefone...
• Uti Universi – Não se identifica que usou, ainda menos quem usou. Ex.
Asfalto, Iluminação pública.

Com relação às formas de prestação:


• De forma direta – Quem presta o serviço público é a Administração
Direta – União, Estados e Município.
• De forma indireta – Autarquias, fundações... a Administração Indireta
inteira e particulares, desde que não sejam serviços exclusivos do
Estado. Os casos onde isso acontece:
o Autorização
o Concessão
o Permissão

Autorização – Ex. despachante:


Ato administrativo,
• discricionário (há o juízo de valores da Administração Pública para
concedê-la).
• Precário – A administração pode revogar, a qualquer momento, por sua
livre conveniência e não gerar indenização
• Não precisa de licitação
• O maior beneficiado é o particular.

Permissão – Ex. Táxi

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• Ato Administrativo/ Contrato de Adesão – Há divergência no
posicionamento.
• Precário – Precisa de licitação
• INTERESSE DA COLETIVIDADE – Quem recebe a permissão deverá
utilizar-se dela obrigatoriamente.

Concessão – Ex. Estrada


• Contrato, com prazo
• Não é precário – A Administração Pública poderá rescindir o contrato,
pois ela tem as cláusulas exorbitantes, porém, ela deverá indenizar.
• Deve haver a licitação – Na modalidade concorrência
• Beneficiam-se o particular e a coletividade.

 Ler a lei 8987/95.

Parcerias Público-Privadas – PPP – Lei 11079/04:


É uma forma da concessão especial – há também a concessão simples.
A diferença: há uma contraprestação do parceiro público ao parceiro privado
(ordem bancária, cessões de direito...). Acontece quando o poder público
precisa investir, porém, não tem dinheiro. Então, cabe a ela fazer uma
concessão. A especial foi criada com o intuito de chamar a iniciativa privada,
pois se houver pagamento a ela, será bem mais atrativo para o particular:
Regra:
• Não pode usar a PPP se o valor for inferior a R$ 20 milhões;
• Não pode usar a PPP se o contrato for menor que cinco anos ou maior
que trinta e cinco anos;
• Não se usa a PPP se o contrato for de fornecimento de mão-de-obra;
• Não se usa a PPP se o contrato for de fornecimento de equipamento;
• Não se usa a PPP para a execução de obrar.
Significa que deve haver a prestação de um serviço público – em relação às
três ultimas.

Parcerias Público-Privadas PATROCINADA – PPP Patrocinada:


Além da forma de remuneração do parceiro privado, há a
contraprestação do poder Administrativo, porém, além disso, há a cobrança
de tarifa.
Ex. A construção de uma auto-estrada, há a PPP e depois há o pedágio, há a
remuneração.
Se mais de 70% da remuneração do parceiro privado vier do poder
administrativo, deverá haver autorização legislativa.

Concessão Administrativa:
A remuneração é paga integralmente, paga pelo Poder Público, pois ela
é usuária direta. Art. 2º, §2º, da Lei 11079/04 – Ex. Presídio e Hospital.

BENS PÚBLICOS:
Aquele bem que pertence à pessoa jurídica de direito público ou está
afetado à prestação de serviço público. Ex. O computador do INSS  para se
identificar – Pertence à Pessoa Jurídica de Direito Público??? Sim. Então é

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bem público. Basta ser positiva a resposta, apenas uma das questões. Ex.
Nova estrada – Há a concessão, uma empresa particular está construindo a
estrada te tem máquinas... pertence à Pessoa Jurídica de Direito Público??
Não. Então... está afetado à prestação de serviço público?? SIM!! Então, é
bem público.

Classificação:
• Uso comum do povo – Aqueles de uso comum do povo. Ex. Praças,
rios, mares. É possível que haja a cobrança do bem. Ex. Zona azul, o
exercício do Poder de Polícia. Limita-se o direito em benefício da
coletividade.
• Bens de uso especial - Aqueles destinados à prestação de serviço
público ou para servirem como estabelecimento de entidades públicas.
Ex. Museu, mercado municipal.
• Bens Dominicais (ou dominiais) – Os bens desafetados, sem destinação
pública, é destinação residual.

Regime Jurídico Diferenciado:

Imprescritível:
O bem público não pode ser usucapido, não sofre a ação de usucapião.
O usucapião é a aquisição. Não há, todos os bens são imprescritíveis.

Impenhorável:
O bem público não sofre penhora, não pode ser dado em garantia – o
pagamento de condenações judiciais é feito por precatórios – art. 100,
Constituição Federal. Os créditos de natureza alimentícia também serão
pagos por precatórios, porém entrarão em uma fila diferente, bem mais
rápida que a outra.

Ps: Essas duas são ABSOLUTAS.

Inalienáveis
Aqui há uma relativização. Significa que, em regra, o bem público é
inalienável, porém, há hipóteses em que ele é passível de alienação.Em
primeiro, o bem público deve ser desafetado (os dominiais não precisam pois
já são). Deve haver uma justificação:
• Autorização legislativa, caso imóvel pertença à Administração Direta,
autarquia e fundação.
• A licitação deverá ser na modalidade de concorrência – Art. 17, Lei de
Licitações.
Moveis  Interesse público, avaliação prévia, licitação, art. 17, II, Lei de
Licitações.

Formas de Utilização:
• Autorização – Ex. Fechamento de rua para quermesse;
• Permissão – Ex. Box em mercado municipal;
• Concessão – Restaurante em aeroporto.

Intervenção do Poder Público na Propriedade Particular:


Há formas – Com fundamento na supremacia do interesse público.

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Requisição Administrativa:
É uma intervenção que é restritiva, como as quatro próximas
hipóteses.
• Recai sobre bens móveis
• Imóveis e serviços
• Caráter de urgência
• Perigo – Ex. requisita o carro para perseguir um bandido.
Acabou a situação, devolve o bem. Só haverá a indenização posterior se
houver um dano. Sobre bem determinado e não aleatório.

Tombamento:
Não retira a propriedade. Ele pode recair sobre bens imóveis ou
móveis. A pessoa poderá vender o bem tombado. Num caso, pode se tombar
a fachada somente, por ex. É o particular quem deve mantê-lo, preservá-lo.

Servidão Administrativa:
Só recai sobre bens imóveis, só recai sobre a prestação ou obra. Ex.
Fios que passam pela propriedade; as placas de ruas em casas de esquina.
Não tem caráter transitório. Só haverá indenização se houver prejuízo – e ela
deve ser prévia. O bem também deve ser determinado.

Ocupação temporária;
Só recai sobre bens imóveis; em face de serviços ou obras como a
ocupação de um terreno do lado de uma construção pública; a ocupação de
uma escola particular para haver vacinação – não há indenização – se não
houver prejuízo. O caráter é transitório. Indenização posterior se houver
dano. O bem também é determinado.

Limitação Administrativa:
Ex. Não pode construir edifício maior que dois andares perto de
aeroporto; não pode haver fábrica em bairro residencial. A situação é para
todos: imóveis, móveis, atividades, interesse abstrato, não transitório. Não
cabe indenização, pois a restrição é prévia.

Desapropriação Administrativa:
Aqui é supressiva. Na desapropriação há uma indenização,
diferentemente do confisco – art. 243, Constituição Federal, onde não há
indenização pela perda da propriedade. Poderá ser em face de bens móveis
e imóveis. Em razão de utilidade pública, necessidade pública e interesse
social. A utilidade e a necessidade são regidas pelo decreto-lei 3365/41.
Todos os entes poderão desapropriar por elas. Na necessidade há um caráter
de urgência – na utilidade há um curto tempo. O pagamento da indenização
é prévio e em Dinheiro.
Quando é feita a desapropriação por interesse social, serve para
redução das desigualdades sociais, ex. para a construção de casas
populares. Haverá o pagamento prévio e em dinheiro. Todos os entes
poderão fazê-la.

Desapropriação por descumprimento da função social da


propriedade:
Urbana – art. 182, §2º, Constituição Federal.
Traz que a propriedade urbana deve seguir o plano diretor. Portanto,
só o município e o Distrito Federal poderão fazer a desapropriação. Também

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é conhecida como desapropriação urbanística. Aqui é uma sanção, pois o
cidadão não cumpriu o dever. O pagamento da indenização é feito em títulos
da dívida ativa pública, resgatáveis em 10 anos.

Rural – art. 186, Constituição Federal.


Traz os requisitos da propriedade rural para cumprir a função social. Só
a União desapropria. Serve para fazer a reforma agrária. Pagável a
indenização por títulos da dívida agrária, resgatáveis em 20 anos. Os entes
públicos também podem desapropriar os entes inferiores a si,

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