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Definição

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha


sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.
Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos,
que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será
chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso,
algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não
significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.
Pacientes com epilepsia podem apresentar diferentes tipos de crise epiléptica,
dependendo da região que é envolvida pela atividade elétrica cerebral. Isso faz com que
a pessoa caia, contraia os músculos de todo o corpo, podendo inclusive morder a língua,
salivar demais, respirar de forma ofegante e até perder o controlo esfincteriano (urinar e
defecar).

Causas

A maioria dos casos de epilepsia é de origem desconhecida. No entanto, nalguns pacientes, a


causa identificável pode ter origem numa lesão cerebral. Entre alguns dos “gatilhos” mais
comuns para o aparecimento da epilepsia estão:

 Falta de oxigénio durante o parto;


 Traumatismos cranianos durante o nascimento ou acidentes na adolescência ou fase
adulta;
 Tumores cerebrais;
 Tendência genética resultante de lesões cerebrais, como por exemplo a esclerose
tuberosa;
 Infeções como a meningite ou a encefalite;
 Acidente vascular cerebral (AVC) ou qualquer outro tipo de danos no cérebro;
 Níveis elevados de sódio ou açúcar no sangue.
Tratamento
O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas
cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.

Cabe ao médico determinar o tratamento mais adequado para manter a doença sob controlo,
bem como ajustar as doses. Algumas pessoas passam meses ou anos sem crises. Cumprir
rigorosamente a terapêutica é fundamental.

No caso das adolescentes, os antiepiléticos podem interferir com a pílula anticoncecional, pelo
que é recomendável o aconselhamento médico nestes casos.

Quando a epilepsia surge na adolescência, o prognóstico é favorável e o tratamento pode ser


até interrompido no futuro, mas nunca por iniciativa própria.

Cirurgia de epilepsia

A cirurgia para epilepsia não é uma situação de último recurso. Ela deve ser pensada
precocemente, após falhar duas medicações. Para isso é necessária avaliação especializada, só
assim a pessoa terá como saber quais são as melhores opções para o controle de suas crises.
Medicamentos da epilepsia
O Tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas
elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.

O medicamento para as crises não tem efeito imediato. Portanto não adianta usar o
medicamento só por ocasião das crises ou sem acompanhamento médico.

O tratamento costuma ser longo e implica em muita força de vontade do paciente, a fim de ser
chegar ao controle das crises.

Os medicamentos normalmente necessitam ser ingeridos a cada 8,12 ou 24 horas,


dependendo da medicação prescrita. Tomar os medicamentos na quantidade e na hora
indicada pelo médico é um dos passos importantes para obter sucesso no tratamento.

A consulta periódica ao médico permite que a quantidade de medicamentos seja ajustada à


necessidade individual, além de possibilitar a identificação de fatores que possam estar
contribuindo para o aumento das crises (fatores desencadeantes), e também para a verificação
dos efeitos colaterais que às vezes aparecem com o uso dos medicamentos. Esses efeitos não
costumam interferir nas atividades diárias, mas, caso isso ocorra, é necessário a orientação
médica.

É importante lembrar que a falta de controle das crises epilépticas pode ocorrer porque as
pessoas esquecem de tomar os medicamentos, ou suspendem o remédio abruptamente sem
orientação médica, ou outras vezes podem estar fazendo a “experiência” de parar o
medicamento imaginando-se já curadas. Essas condutas geralmente levam ao fracasso do
tratamento.

Os medicamentos mais usados para tratar alguns sintomas de epilepsia são:

 Amato; Carbamazepina; Clonazepam; Clopam; Diamox; Diazepam; Depakene;


Fenitoína; Fenitoína sódica; Gabaneurin; Gabapentina; Hidantal; Lyrica;
Oxcarbazepina; Rivotril; Topiramato.
Como viver bem com a epilepsia ´
O portador de epilepsia bem controlada pode fazer tudo que qualquer um faz: estudar,
trabalhar, praticar exporte, namorar, constituir família... Apenas deve evitar o que favorece
crises.

A gravidez também está liberada, mas deve ser planejada, segundo os especialistas, com
antecedência de um ano e contar com uma ampla interação entre obstetra e neurologista.
Ocorre que alguns anti-convulsivantes têm potencial de causar malformações fetais e, para
reduzi-lo, pode haver necessidade de troca da medicação ou redução de sua dose, o que
precisa ser feito sempre antes da concepção. Da mesma forma, o uso do ácido fólico, que
previne defeitos do tubo neural no bebê, costuma ser implementado nessa fase prévia à
gestação.

Praticar atividade física é mais do que recomendado para portadores da doença. Uma pesquisa
da Universidade Estadual de Campinas concluiu que os exercícios aumentam a autoestima, a
resiliência e a qualidade de vida desses indivíduos, além de reduzirem sintomas depressivos,
comuns em pessoas com epilepsia (link para matéria de Atividade física e humor). Apenas as
modalidades aquáticas devem ser praticadas ao lado de um instrutor. Já os esportes radicais
são pouco incentivados porque, mesmo em dupla, há risco de acidentes em caso de crise.

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