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Conjuntivite
Especialidade Oftalmologia
CID-10 H10
CID-9 372.0
DiseasesDB 3067
MedlinePlus 001010
eMedicine emerg/110
MeSH D003231
Índice
1Classificação
o 1.1Infecciosa
o 1.2Alérgica
o 1.3Tóxica
2Sinais e sintomas
3Prevenção
4Tratamento
5Referências
6Ligações externas
Classificação
Olho com conjuntivite
Conjuntivite gonocócica
Infecciosa
A conjuntivite infecciosa é transmitida, mais frequentemente,
por vírus, fungos ou bactérias e pode ser contagiosa. O contágio se dá, nesse
caso, pelo contato. Assim, uso de objetos contaminados (toalhas), contato
direto com pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são
formas de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de
conjuntivite, pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite viral geralmente é causada por um adenovírus, mas também
pode ser transmitida por enterovirus tipo 70[5] (conjuntivite hemorrágica)
[6]
e coxsackie A4 (conjuntivite hemorrágica).[7] É muito comum em escolas, local
de trabalho, consultórios médicos, ou seja, todo local fechado, com contato
íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas características clínicas.
O tratamento consiste na utilização de compressas frias, vasoconstritor tópico
e lágimas artificiais. A propagação do vírus dura até 14 dias após o início dos
sintomas.[8] A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser purulenta.
Geralmente são causadas por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus e Haemophilus influenzae. Estes tipos são tratados
com antibióticos tópicos de espectro ampliado (cloranfenicol, neomicina, etc).[8]
Um tipo, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada por Neisseria
gonorrhoeae que é sexualmente transmissível. Pode ser transmitida na hora do
parto, mas é rara pois costuma-se aplicar uma gota de nitrato de prata 1% no
saco conjuntival. É tratada com antibióticos sistêmicos e oculares. [8] Não
tratada, a infecção gonocócica pode penetrar o olho íntegro e destruí-lo. [9]
A conjuntivite de inclusão é causada por Chlamydia trachomatis sorotipo D-
K, pertencente ao trato genital do adulto. Possui uma duração maior e acomete
geralmente jovens sexualmente ativos. Trata-se
com azitromicina ou doxiciclina.[8] É uma doença conhecida como tracoma. [9]
A conjuntivite fúngica é mais rara de ocorrer. Geralmente acontece quando
uma pessoa é acidentada com madeira nos olhos ou utiliza lente de contato. [10]
Alérgica
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas
a alergias (como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e geralmente
ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de
que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. [10] Pode ter
períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa
da conjuntivite alérgica.
É benigna por não envolver a córnea. Ocorre geralmente em regiões de clima
mais frio. O alérgeno mais comum é o pólen. São tratadas com anti-
histamínicos e estabilizadores de mastócitos.[8]
A conjuntivite papilar gigante é causada, sobretudo, por uso de lentes de
contato.[8]
Tóxica
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico,
que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza,
fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de
causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray,
maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve
se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a
causa for medicamentosa é necessário a suspensão do uso, sempre seguindo
uma orientação médica.
Sinais e sintomas
Em geral, apresenta:
Olhos vermelhos e lacrimejantes;
Pálpebras inchadas;
Sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
Secreções;
Coceira constante nos olhos.
Prevenção
Lavar as mãos frequentemente;
As mãos não devem entrar em contato com locais sujos e depois em
contato com os olhos;
Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes e
praias;
Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estas são
veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogénicos;
Não coçar os olhos;
Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro
e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a
crise;
Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer
outro produto de beleza;
Evitar contato direto com outras pessoas;
Não ficar em ambientes onde há bebês;
Não usar lentes de contato durante esse período;
Evitar banhos de Sol;
Evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a
doer mais.
Tratamento
Para melhor diagnosticar a causa da conjuntivite, é de todo aconselhável
a ida a um serviço de urgência oftalmológico, onde o médico poderá retirar
uma amostra (através de zaragatoa) das secreções purulentas produzidas
pelos olhos, que será analisada em nível bacteriológico, fungal e viral na
tentativa de descobrir qual o agente causador da conjuntivite. A prescrição
de antibióticos para conjuntivites virais não tem qualquer eficácia e é
incorreta, visto que vírus não podem ser mortos pela ação destes tipos de
medicamentos.[11]
Utiliza-se gaze e água filtrada ou mineral, ou ainda soro fisiológico, para
limpar as casquinhas que se formam em volta do olho. Água boricada não é
mais indicada pelos médicos para esse tipo de tratamento. [11]
Não deve ser tocado com a superfície das embalagens no olho ou
pálpebra quando da aplicação, para evitar a contaminação das soluções
(colírios e pomadas);
No caso do agente causador, o médico poderá prescrever um
tratamento com antibiótico (em caso de bactérias), antifungo (em caso de
fungo) ou antiviral (em caso de vírus), que será diferente consoante o tipo e
o grau de resistência do agente que causa a doença;