Você está na página 1de 52

Jorge Alves Paulo

Projecto de Telecomunicações

Universidade Rovuma
Nampula
2022
ii

Jorge Alves Paulo

Projecto de Telecomunicações

Projecto De Telecomunicação de Carácter


Avaliativo, curso de Engenharia Eletrónica,
Pós-laboral a ser apresentado ao docente da
cadeira de Projecto de telecomunicações.

Sidónio Cipriano Turra, PhD.

Universidade Rovuma
Nampula
2022
iii

Índice
Lista de Gráficos .............................................................................................................................. v
Lista de figuras ............................................................................................................................... vi
Dedicatória..................................................................................................................................... vii
Agradecimentos ............................................................................................................................ viii
Lista de Abreviatura ....................................................................................................................... ix
Resumo ............................................................................................................................................ x
Abstract ........................................................................................................................................... xi
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12
CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................ 13
1.1 Tema ........................................................................................................................................ 13
1.2 Problematização....................................................................................................................... 13
1.3 Justificativa .............................................................................................................................. 13
1.4 Objectivos do Estudo ............................................................................................................... 13
1.4.1 Objectivo Geral..................................................................................................................... 13
1.4.2 Objectivos Específicos ......................................................................................................... 14
1.5 Hipóteses ................................................................................................................................. 14
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 15
2.1 Projecto de Telecomunicações ................................................................................................ 15
2.2 Rede de telecomunicações ....................................................................................................... 15
2.3 Vantagens de implementar uma radio comunitária ................................................................. 15
CAPÍTULO III – METODOLOGIA ............................................................................................. 16
3.1 Metodologia de Pesquisa ......................................................................................................... 16
3.2 Tipo de Pesquisa ...................................................................................................................... 16
3.3. Amostra da pesquisa ............................................................................................................... 16
CAPÍTULO 4: DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS ............................................................... 17
4.1 Análise de estruturas de tores de Telecomunicações e implementação de novas PTS em
Moçambique .................................................................................................................................. 17
4.2 Impacto socioambiental dos sinais de ondas eletromagnéticas na sociedade província de
Nampula. ....................................................................................................................................... 18
4.2.1. Campos electromagnéticos .................................................................................................. 19
iv

4.2.2. Impactos na saúde humana .................................................................................................. 20


4.2.3. Poluição electromagnética e sua precaução......................................................................... 21
4.3. Segurança do sistema de software dos sistemas de telecomunicações ................................... 22
4.3.1. Ameaças a segurança ........................................................................................................... 23
4.3.2. Intercepção das comunicações............................................................................................. 24
4.3.3. Execução de software malicioso que altera ou destrói dados .............................................. 25
4.4 Serviços de Telecomunicações e o impacto no desenvolvimento em áreas rurais de
Moçambique. ................................................................................................................................. 29
4.4.1. Telemóvel e a monitoria de governação .............................................................................. 29
4.5 Implementação de Centrais fotovoltaicas acopladas as centrais de comutação e controle em
áreas rurais em Moçambique ......................................................................................................... 32
4.6 Análise de estruturas e impacto dos serviços de sistemas de radar quanto aos sistemas de
navegação aérea e náutica.............................................................................................................. 35
4.6.2. Equipamento De Detecção Da Distância (Dme) ................................................................. 36
4.6.3. Detetor automático da Direção ADF ................................................................................... 37
4.6.4. Sistema ATC ....................................................................................................................... 37
4.6.5. Sistema De Radar Meteorológico ........................................................................................ 38
4.8: Benefícios da manutenção preventiva em sistemas de telecomunicações ............................. 42
4.8.1 Gestão de manutenção .......................................................................................................... 43
4.8.2. Descrição funcional ............................................................................................................. 43
Gestão de recursos ......................................................................................................................... 44
4.9 Importância da Electrónica na operação de equipamentos das telecomunicações .................. 45
4.9.1. A Modernização Das Telecomunicações ............................................................................ 46
4.9.2. Vantagens Da Telecomunicação ......................................................................................... 46
4.9.3. Desvantagens Da Telecomunicação .................................................................................... 47
4.10 Implementação de novas tecnologias de comunicações ........................................................ 47
4.10.1. Vantagens Da Tecnologia .................................................................................................. 48
4.10.2. Desvantagens Da Tecnologia ............................................................................................ 48
Conclusão ...................................................................................................................................... 50
Referencias Bibliográficas ............................................................................................................. 51
v

Lista de Gráficos

Gráfico 01: comparação do nível de segurança entre UE e EUA……………………………25

Gráfico 02: contaminação do vírus na EU entre 2000 a 2001…………………………….….26


vi

Lista de figuras

Figura 01: Torres de Comunicação…………………………………………...…………………17

Figura 02 Sistema fotovoltaico…………………………………………………………………..34

Figura 03:………………………………………………………………………………….……..36

Figura.04: Sistema de radar……………………………………………………………………...36

Figura 5: Modelo genérico da manutenção……………………………………………………...43

Figura 6: A detecção de problemas e as outras subfunções de manutenção…………………….45


vii

Dedicatória

Dedico este projecto aos meus meus filhos e a minha que me dão força sempre pra continuar com
os meus estudos.
viii

Agradecimentos

Agradeço a Deus a vida e oportunidade de chegar ate aqui.

Agradeço minha família por sempre estarem do meu lado nessa batalha.

A minha família por me apoiarem sempre nos momentos difíceis e por sempre confiarem em
mim.
ix

Lista de Abreviatura

OEM Ondas Electromagnéticas;

DME DISTANCE MEASURING EQUIPMENT

UHF HIGH FREQUENCY

ATC Air Traffic Control

RADAR RÁDIO DETECTION AND RANGING

NIEHS National Institute of Environmental Health Sciences


x

Resumo

O presente estudo fala sobre projecto de telecomunicação, o objectivo principal desse trabalho é
de Fundamentar sobre projectos de telecomunicações, e os objectvos específicos são de
Conceitualiza projecto de telecomunicações; apresentar as vantagens e desvantagens das ondas
eletromagnéticas; Abordar sobre a importância do projecto de telecomunicações; O trabalho
apresenta o desenvolvimentos de dez tópicos relacionados com as telecomunicações apesentadas
no capitulo 4, ou seja, o ultimo capitulo.

Palavras-chave: Telecomunicação, Vantagens, ondas eletromagnéticas.


xi

Abstract

The present study talks about telecommunication project, the main objective of this work is to provide a
foundation on telecommunication projects, and the specific objectives are to conceptualize a
telecommunication project; present the advantages and disadvantages of electromagnetic waves; Discuss
the importance of the telecommunications project; The work presents the development of ten topics
related to telecommunications presented in chapter 4, that is, the last chapter.

Keywords: Telecommunications, Advantages, electromagnetic waves.


12

INTRODUÇÃO

O presente projecto de telecomunicações, tem como tema de estudo: Projecto de


telecomunicações, nele esta apresentado as vantagens e desvantagens de um projecto de
telecomunicações, estão desenvolvidos dez temas que abordam sobre telecomunicação.

Estrutura do trabalho

O trabalho esta estruturado da seguinte maneira:

• Capítulo I: Apresenta aspectos introdutório sobre o tema em estudo;


• Capítulo II: Apresenta a fundamentação Teórica do Tema em estudo;
• Capítulo III: Apresenta a Metodologia, o tipo de pesquisa
• Capítulo IV: Apresenta o tipo a fundamentação dos dez temas ligados a
telecomunicações.
13

CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO DO TEMA

1.1 Tema

LAKATOS & MARCONI (1991), “tema é um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode
surgir de uma dificuldade prática, pela curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura
de outros trabalhos ou da própria teoria.” O tema em estudo é: Projecto de Telecomunicações

1.2 Problematização

Segundo LAKATOS & MARCONI (2003), problema “é uma dificuldade, teórica ou prática, no
conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução”.

Neste sentido a questão norteadora do presente projecto é a seguinte: O que fazer para
implementar uma radio comunitária no bairro de Wacinku?

1.3 Justificativa

GIL (2008) refere que a “Justificativa trata de uma apresentação inicial do projecto, que pode
incluir factores que determinam a escolha do tema, argumentos relativos a importância da
pesquisa e a referência da sua possível contribuição para o conhecimento de uma questão teórica
ou pratica”. Desta forma justificando fica:

O bairro de wacinco é um bairro onde os moradores não tem acesso a informação dos
acontecimentos do nosso país e do mundo, isto porque, eles não têm condições de comprar uma
TV digital, ou celular com essas capacidades. Mas implementando uma rádio comunitária, a
população do bairro, saberá o que realmente esta acontecimento no mundo.

1.4 Objectivos do Estudo

A pesquisa tem como os seguintes objectivos:

1.4.1 Objectivo Geral

• Fundamentar sobre projectos de telecomunicações.


14

1.4.2 Objectivos Específicos

• Conceitualiza projecto de telecomunicações;

• Aprsentar as vantagens e desvantagens das ondas eletromagnéticas;

• Abordar sobre a importância do projecto de telecomunicações;

1.5 Hipóteses

Segundo GIL (2008) define hipótese como sendo: “Uma preposição que pode ser colocada a
prova para determinar sua validade”.

Nesta pesquisa tem as seguintes hipóteses:

• Fazer um projecto de implementação de uma radio comunitária e apresentar a INCM;


• Informar as desvantagens da não existência das radio comunitária naquele local.
15

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Projecto de Telecomunicações

Segundo Madeira (2017) Projecto de telecomunicações, é a responsável por projectar com perícia
técnica toda estrutura dos sistemas de telecomunicação, conforme as necessidades de suas
operações. Se tratando de estruturas internas e externas de comunicação em uma edificação para
uma organização, por exemplo, seu planeamento é indispensável para o bom resultado na
transmissão dos dados de voz, internet, Mídias, vídeos e telefonia”.

2.2 Rede de telecomunicações

As redes de telecomunicações estão sendo aperfeiçoadas para suportar a transmissão de


informações com a introdução de novas tecnologias, tanto do lado dos equipamentos da rede

(elementos de rede), quanto dos meios de transmissão e dos sistemas de operação para
gerenciamento. (Romana, 2019)

Uma rede de telecomunicações pode ser composta de várias sub-redes, dependentes do tipo de
serviço que é provido ao consumidor. Os serviços utilizados pelos assinantes são dispostos em
categorias. As categorias mais comuns são: Telefonia fixa, Telefonia celular, Telefonia pública,
Comunicação de dados (Romana, 2019)

2.3 Vantagens de implementar uma radio comunitária

Segundo Carnelo (2007) uma das principais vantagens de uma radio comunitária é que as pessoas
terão informação sobre o que acontece no Pais e no mundo.
16

CAPÍTULO III – METODOLOGIA

3.1 Metodologia de Pesquisa

Para LAKATOS & MARCONI (2007), definem método como sendo o caminho pelo qual se
chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão, de
modo reflectido e deliberado. Sendo assim o método usado para a realização do trabalho é a de
revisão bibliográfica.

3.2 Tipo de Pesquisa

A pesquisa é qualitativa, porque a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade


numérica, O estudo teve enfoque qualitativo, pois este assume que a realidade é a construção
afirma LAKATOS & MARCONI (2007).

3.3. Amostra da pesquisa

Para a concretização da pesquisa, necessita-se de uma amostra de 10 pessoas que vivem na zona
de wacinku na Cidade de Nampula.
17

CAPÍTULO 4: DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS

4.1 Análise de estruturas de tores de Telecomunicações e implementação de novas PTS em


Moçambique

Uma torre de telecomunicações é uma estrutura de 30-70 metros de altura feita de vigas de ferro
que são pintadas de vermelho e branco. Uma torre de telecomunicações serve como uma artéria
para qualquer sistema de telecomunicações. Elas estão localizadas ao nível do solo ou, às vezes,
até mesmo no topo dos edifícios mais altos.

Figura 01: Torres de Comunicação. Fonte: (JOL, 1998)

As torres de telecomunicações e Moçambique, geralmente incorpora até seis longas antenas em


forma de barra que são vistas apontando para o céu. Uma torre de telecomunicações também
inclui transmissores e receptores no topo.

A principal função de uma torre de telecomunicações é garantir a elevação adequada das antenas,
pois elas são responsáveis pela recepção e transmissão de sinais electrónicos ou de microondas de
rádio, televisão, telefone, telefones celulares e outros dispositivos sem fio.

A principal vantagem de uma torre de telecomunicações é que ela oferece melhores taxas de
transferência de dados e conectividade.
18

No entanto, há certos factores que impactam o desempenho de uma torre de telecomunicações.


Eles são:

• Altura da antena acima de seu entorno;


• Reflexão ou absorção de energia de rádio pelos arranha-céus ou vegetação ao redor;
• Condições meteorológicas;
• Fatores geográficos;

Às vezes, na tentativa de facilitar as preocupações estéticas da comunidade, as torres de


telecomunicação são camufladas para se parecerem com árvores ou mastros.

Para dar uma ideia de como uma torre de telecomunicação funciona, aqui está um exemplo.
Quando é feita uma chamada telefónica, o sinal de rádio emitido procura a torre mais próxima. A
antena de recepção da torre de telecomunicações recebe o sinal de rádio e inicia o processo de
procura do receptor. Uma vez encontrado, os sinais de rádio são transmitidos de volta para o
chamador e a comunicação é estabelecida com o movimento de ir e vir dos sinais de rádio.
(Eleanor, 2017).

4.2 Impacto socioambiental dos sinais de ondas eletromagnéticas na sociedade província de


Nampula.

Uma condição ambiental, criada pela acção técnica do homem, na qual a sociedade moderna está
inserida e é dela cada vez mais dependente, provoca intensa divergência entre os cientistas em
relação ao impacto na saúde humana. Trata-se do campo electromagnético que permeia quase
todas as aglomerações humanas. Vive-se, hoje, em um ambiente dominado por ondas
eletromagnéticas oriundas da telefonia celular, das redes sem fio, de aparelhos de diagnóstico e
mesmo de aparelhos de micro-ondas, de modo que se torna premente a análise do impacto nas
condições gerais de saúde das populações. O vínculo entre saúde e condições ambientais é
conhecido há tempos e não causa qualquer espanto quando se faz a relação entre ar e água
poluídos e o surgimento de diversas doenças, nem entre um desastre ambiental e o aparecimento
de quadros mórbidos nas populações afectadas.
19

4.2.1. Campos electromagnéticos

O National Institute of Environmental Health Sciences, elenca os campos eléctricos e


electromagnéticos como agentes ambientais passíveis de estudos pertinentes à relação entre meio
ambiente e saúde humana. Estão, portanto, no rol de agentes ambientais estressores. Agentes
ambientais estressores incluem desde produtos químicos até partículas e energia dispersos no
ambiente a que os seres humanos estão expostos e que podem causar efeitos adversos à saúde. O
NIEHS define campos eléctricos e magnéticos como áreas invisíveis de energia, muitas vezes
referidas simplesmente como radiação. Os campos electromagnéticos são tipicamente
caracterizados pelo comprimento de onda ou frequência e divididos em uma de duas categorias
radioactivas: não ionizante, que contém radiação de baixo nível, geralmente percebido como
inofensivo aos seres humanos, e ionizante que compreende radiação de alto nível e tem o
potencial de causar dano celular e no DNA. Radiação não ionizante está presente em fornos de
micro-ondas, computadores, redes sem fio (Wi-Fi), celulares, dispositivos Bluetooth, linhas de
energia e ressonâncias magnéticas. Radiação ionizante está presente na luz ultravioleta, nos raios
X e em alguns raios Gama. (Nascimento, 2017)

Em relação ao impacto dos campos electromagnéticos na saúde humana, o NIEHS informa que,
durante a década de 1990, a maioria das pesquisas se focava em exposições a frequências
extremamente baixas, decorrentes de fontes de energia convencionais, como linhas de energia,
subestações eléctricas, ou electrodomésticos. Embora alguns desses estudos tenham demonstrado
uma ligação possível entre intensidade do campo e aumento do risco para leucemia infantil, as
descobertas indicam que essa associação seria fraca. Nos dias atuais, na era dos telefones
celulares, rateadores sem fio e dispositivos de GPS portáteis (fontes conhecidas de radiação),
muitas preocupações a respeito de uma possível conexão entre campos electromagnéticos e
efeitos adversos à saúde ainda persistem, embora as pesquisas actuais continuem a apontar à
mesma associação fraca. Além disso, os poucos estudos que têm sido realizados em adultos
mostram nenhuma evidência de ligação entre exposição a campos electromagnéticos e câncer em
adultos, como leucemia, câncer no cérebro ou de mama. Contudo, e o que é mais interessante é
que o NIEHS recomenda educação continuada sobre formas práticas de reduzir a exposição a
campos electromagnéticos, ou seja, embora não se tenha confirmado cientificamente a relação
20

entre alteração na saúde e exposição a campos electromagnéticos, há indicação de que os estudos,


nessa área, devam prosseguir. Não há comprovação de um possível impacto na saúde, mas o
instituto aconselha que a exposição a campos electromagnéticos seja reduzida e a pessoas
informadas de como poderiam fazê-lo.

4.2.2. Impactos na saúde humana

Alguns indivíduos alegam sentir desconforto quando expostos a ondas electromagnéticas. As


queixas envolvem dores de cabeça e pelo corpo, problemas de pele, fadiga, problemas digestivos,
náuseas, dentre outros. Em certos casos, o incómodo é tanto que as pessoas vivem em ambientes
adaptados para bloquear ondas ou optam por abandonar emprego e família para viver em
completo isolamento ou em locais livres de qualquer tipo de magnetismo, como a chamada “zona
livre de ondas de rádio”. Contudo, o grupo de sintomas por eles relatado não guarda correlação
com qualquer outra doença conhecida e descrita até o momento. A esse quadro de sintomas dá-se
o nome de hipersensibilidade electromagnética [Electromagnetic Hypersensitivity] (EHS),
doença que não é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e cuja existência
divide a comunidade científica. Há, contudo, posicionamentos de diversos grupos de pessoas
leigas que se reúnem para trocar experiências e buscar compreender a relação entre os sintomas
que sentem e as ondas electromagnéticas. Embora não seja reconhecida como uma doença, a
EHS é estudada em países como Canadá, Estados Unidos e Suécia (o primeiro a reconhecer), já
em 1995, como um comprometimento funcional, uma condição mais leve que a deficiência, que
significa que parte do corpo daquela pessoa não está exercendo suas funções correctamente. A
OMS não admite que os sintomas relatados por pessoas que se consideram electro sensíveis
sejam realmente causados pelos aparelhos da vida moderna, dentre os quais o celular, sob o
argumento de que não há base científica que relacione os sintomas de EHS à exposição a campos
electromagnéticos. Em informe datado de 2005, a OMS noticia que alguns estudos foram
realizados em indivíduos que apresentaram sintomas relacionados à EHS. O objectivo era
provocar os mesmos sintomas sob condições controladas de laboratório. Tais indivíduos foram
expostos a campos electromagnéticos similares aos que os pacientes atribuíam serem a causa de
seus males. A maioria dos estudos indicou que indivíduos com EHS não conseguem detectar a
exposição a ondas electromagnéticas com mais precisão do que indivíduos não portadores da
condição. Os estudos demonstraram, então, que os sintomas não foram correlacionados à
21

exposição electromagnética. Embora os sintomas sentidos por algumas pessoas consideradas


como portadoras de EHS podem surgir de factores ambientais alheios ao ambiente permeado de
ondas electromagnéticas ou de factores psicológicos e psiquiátricos preexistentes. Acredita-se,
também, que, nas pesquisas das quais participaram indivíduos que se consideram hipersensíveis a
campos electromagnéticos tenham desenvolvido o efeito nocivo, que corresponde à tendência que
algumas pessoas apresentam de se sentirem mal quando pensam que tenham sido expostos a algo
perigoso. As conclusões apresentadas pela OMS foram que a EHS se caracteriza por uma
variedade de sintomas não específicos, que variam de indivíduo para indivíduo, cujos sintomas
são reais e podem variar muito em sua gravidade. Qualquer que seja sua causa, a EHS pode ser
um problema incapacitante para o indivíduo afectado. A condição não tem critérios diagnósticos
claros e não há base científica para vincular sintomas de EHS à exposição a ondas
electromagnéticas. Além disso, a EHS não configura um diagnóstico médico e nem está claro que
representa um único problema médico. A própria OMS, contudo, coordena um projecto
internacional cujo objectivo é identificar as necessidades de investigação e coordenar um
programa mundial de estudos sobre campos electromagnéticos, a fim de permitir uma melhor
compreensão dos riscos à saúde associados com a exposição a tais campos, com especial ênfase
sobre as eventuais consequências à saúde, decorrentes da exposição a ondas de baixa frequência,
aquelas originadas do uso de equipamentos corriqueiros como telefone celular. Ou seja, a OMS
não reconhece, no presente momento, a relação entre exposição a campos electromagnéticos e o
surgimento do grupo de sintomas denominado EHS, mas a própria organização coordena e
estimula estudos, a fim de aprofundar o conhecimento nesse aspecto. Ainda que não se tenha, até
o momento, reconhecido a hipersensibilidade electromagnética como uma doença, a preocupação
com possíveis impactos das ondas electromagnéticas persiste em outros campos de estudo.
(Nascimento, 2017)

4.2.3. Poluição electromagnética e sua precaução

Os campos electromagnéticos, especialmente aqueles relacionados à comunicação sem fio,


configuram uma condição ambiental que, a depender dos resultados de pesquisas científicas,
pode ser considerada como poluição. Especialmente nos grandes centros urbanos, tal condição é
ensejada pelo uso dos celulares e pelas chamadas estações rádio base (ERBs), que configuram um
conjunto de antenas transmissoras e receptoras estruturadas em torres, postes e suportes, que
22

recebem e emitem sinais através de ondas, cujo funcionamento dá-se através de radiofrequência
ou micro-ondas, que produzem uma radiação não ionizante. (Nascimento, 2017)

4.3. Segurança do sistema de software dos sistemas de telecomunicações

As redes são sistemas nos quais os dados são armazenados e processados e através dos quais são
transmitidos. São formadas por componentes de transmissão (cabos, ligações sem fios, satélites,
encaminhadores, pontos de interconexão, nós de comutação, etc.) e serviços de suporte (sistema
de nomes de domínio, incluindo os servidores-raiz, serviço de identificação da linha que chama,
serviços de autenticação, etc.). Há uma gama crescente de aplicações (sistemas de entrega de
correio electrónico, programas de navegação, etc.) e equipamentos terminais (telefones fixos,
servidores, computadores pessoais, telemóveis, organizadores pessoais, aparelhos domésticos,
máquinas industriais, etc.) ligados a redes. Actualmente, as redes são detidas e geridas
essencialmente pelo sector privado. Os serviços de comunicações são oferecidos em regime de
concorrência, sendo a segurança uma componente da oferta do mercado. No entanto, muitos
clientes continuam a ignorar o nível dos riscos de segurança a que estão sujeitos quando se ligam
a uma rede, tomando as suas decisões numa situação de informação incompleta.

Pode considerar-se que os requisitos genéricos de segurança das redes e dos sistemas da
informação consistem nas seguintes características interrelacionadas:

• Disponibilidade – significa que os dados estão acessíveis e os serviços estão


operacionais, apesar de eventuais eventos perturbadores, como cortes de energia,
calamidades naturais, acidentes ou ataques. Esta característica é especialmente crítica em
contextos onde as falhas nas redes de comunicações podem causar quebras noutras redes
críticas, como as do transporte aéreo ou do abastecimento de energia.
• Autenticação – é a confirmação da identidade reivindicada por entidades ou utilizadores.
São necessários métodos de autenticação adequados para muitas aplicações e serviços,
como a celebração de um contrato em linha, o controlo do acesso a determinados dados e
serviços (p. ex., para teletrabalhadores) e a autenticação de sítios Web (p. ex., para
bancos na Internet). A autenticação deve prever a possibilidade de anonimato, já que
muitos serviços não exigem a identidade do utilizador, mas apenas a confirmação segura
23

de determinados critérios (as chamadas credenciais anónimas), como a capacidade de


pagamento.
• Integridade – é a confirmação de que os dados enviados, recebidos ou armazenados estão
completos e inalterados. Esta característica é especialmente importante para a
autenticação no contexto da celebração de contractos (JOL, 1998) (comissao, 1997) ou
quando a exactidão dos dados é vital (dados médicos, projecto industrial, etc.).
• Confidencialidade – é a protecção das comunicações ou dos dados armazenados contra a
intercepção e a leitura por pessoas não autorizadas. É especialmente necessária na
transmissão de dados sensíveis, sendo um dos requisitos na abordagem do problema da
privacidade sentido pelos utilizadores das redes de comunicações. É necessário abranger
todos os eventos que ameacem a segurança e não apenas os de natureza maliciosa. Do
ponto de vista dos utilizadores, ameaças como incidentes ambientais ou erros humanos
que afectem o funcionamento da rede podem ter custos tão elevados como os dos ataques
maliciosos. (comissao, 1997)

Assim, a segurança das redes e da informação pode ser entendida como a capacidade de uma rede
ou sistema da informação para resistir, com um dado nível de confiança, a eventos acidentais ou
acções maliciosas que comprometem a disponibilidade, autenticidade, integridade e
confidencialidade dos dados armazenados ou transmitidos e dos serviços conexos oferecidos ou
acessíveis através dessa rede ou sistema.

4.3.1. Ameaças a segurança

As empresas que dependem da rede para as suas vendas ou para organizarem as suas entregas
podem ficar paralisadas na sequência de um ataque que bloqueie o funcionamento do serviço.
Pode haver intercepção e utilização abusiva de informações pessoais e financeiras. Pode haver
ameaças à segurança nacional. Estes exemplos fornecem uma indicação das ameaças decorrentes
de uma segurança inadequada. Há que distinguir ataques intencionais e eventos não-intencionais.
O objectivo é especificar os tipos de riscos de segurança com vista a definir uma base para o
estabelecimento de um quadro político para a melhoria da segurança.
24

4.3.2. Intercepção das comunicações

As comunicações electrónicas podem ser interceptadas e os dados copiados ou alterados. A


intercepção pode realizar-se de diversos modos, incluindo o acesso físico às linhas da rede (p. ex.,
ligação com fios) e a monitorização das transmissões via rádio. Os pontos mais críticos para a
intercepção do tráfego de comunicações são os pontos de gestão e concentração da rede, como
encaminhadores, pontos de interconexão, nós de comutação e serviços de operações da rede.

Deve fazer-se uma distinção entre intercepção maliciosa ou ilegal de comunicações e actividades
legais de intercepção. A intercepção de comunicações por motivos de segurança pública está
autorizada em casos específicos para um número reduzido de fins, em todos os Estados membros
da união Europeia.

Potenciais danos - A intercepção ilegal pode causar danos tanto através da invasão da privacidade
das pessoas como da exploração dos dados interceptados, como senhas (passwords) ou dados
relativos a cartões de crédito, para fins comerciais ou para sabotagem. É considerada como um
dos maiores inibidores da implantação do comércio electrónico na Europa.

Potenciais soluções – A defesa contra intercepções pode ser realizada pelos operadores, tornando
a rede segura, como lhes é exigido, inter alia, nos termos da Directiva 97/66/CE, e pelos
utilizadores, cifrando os dados transmitidos através da rede.

Para os operadores, a protecção da rede contra potenciais intercepções é uma tarefa complexa e
dispendiosa. Tradicionalmente, os operadores de telecomunicações têm introduzido segurança na
rede através do controlo do acesso físico às instalações e de orientações para o pessoal. O tráfego
só ocasionalmente era cifrado. Nos casos em que se implantaram soluções sem fios, existe o ónus
de garantir uma cifragem adequada das transmissões rádio. Os operadores de comunicações
móveis cifram o tráfego entre o telemóvel e a estação de base. A robustez da cifragem na maioria
dos países da UE é inferior à tecnicamente possível, dados os requisitos de facilitação da
intercepção legal. Pela mesma razão, a cifragem pode ser activada ou desactivada nas estações de
base sem que o utilizador se aperceba de tal. (comissao, 1997)

Os utilizadores podem decidir cifrar dados ou voz independentemente do regime de segurança da


rede. Os dados cifrados adequadamente, ainda que interceptados, são incompreensíveis para
25

qualquer pessoa, com excepção do destinatário autorizado. Existe software e hardware de


cifragem largamente difundido para praticamente todos os tipos de comunicações. Determinados
produtos especiais podem cifrar uma conversação telefónica ou uma transmissão por fax. As
mensagens de correio electrónico podem ser cifradas recorrendo a software especial ou software.
Um sistema seguro habitualmente utilizado na Internet é o “Secure Socket Layer” (SSL). O SSL
cifra a comunicação entre um servidor Web e um navegador Web do utilizador. No passado, os
controlos das exportações restritivos dos EUA eram um inibidor da implantação desta tecnologia,
especialmente da versão mais robusta (128 bits). Recentemente, o regime de controlos das
exportações dos EUA foi revisto na sequência da adopção de um regime comunitário mais liberal
para as exportações de produtos e tecnologias de dupla utilização. As estatísticas indicam que o
número de servidores Web seguros na Europa é muito inferior ao dos EUA (ver gráfico).

Gráfico 1: comparação do nível de segurança entre UE e EUA. (comissao, 1997)

4.3.3. Execução de software malicioso que altera ou destrói dados

Os computadores funcionam com software. Infelizmente, o software pode também ser utilizado
para desactivar um computador e apagar ou alterar dados. Como descrito acima, se um
computador tiver funções de gestão de uma rede, o seu mau funcionamento pode ter sérias
consequências. Um vírus é uma forma de software malicioso. É um programa que reproduz o seu
próprio código, introduzindo-se noutros programas de modo que o código do vírus é executado
quando o programa infectado é executado. (comissao, 1997)
26

Existem vários outros tipos de software malicioso: alguns causam danos apenas no computador
em que foram copiados e outros difundem-se para outros computadores em rede. Por exemplo, há
programas (coloridamente denominados ‘bombas lógicas’) que se mantêm em hibernação até
serem activados por um evento, como uma data específica (frequentemente sexta-feira 13).

Outros programas aparentam ser benignos, mas, quando abertos, lançam um ataque malicioso
(conhecidos como ‘cavalos de Tróia’). Outros programas (denominados ‘vermes’) não infectam
os restantes programas como os vírus, mas criam réplicas de si próprios que, por sua vez,
continuam a reproduzir-se até afogar o sistema.

4.3.4. Potenciais danos

Os vírus podem ser muito destrutivos, como revelam os altos custos associados a alguns ataques
recentes (p. ex., ‘I Love you’, ‘Melissa’ e ‘Kournikova’). O gráfico abaixo mostra, em panorama,
o número crescente de vírus que os utilizadores da Internet na EU encontraram entre Outubro de
2000 e Fevereiro de 2001 (por Estado-Membro). Em média, cerca de 11% dos utilizadores
europeus da Internet sofreram a infiltração de um vírus no seu PC doméstico.

Gráfico 2: contaminação do vírus na EU entre 2000 a 2001. Fonte (comissao, 1997)

Potenciais soluções - A principal defesa consiste na utilização de software antivírus, disponível


sob várias formas. Por exemplo, os detectores e desinfectantes de vírus identificam e eliminam os
vírus conhecidos. O seu ponto fraco principal reside no facto de dificilmente fazerem frente aos
novos vírus, mesmo quando actualizados periodicamente. Outro exemplo de defesa antivírus é o
27

verificador de integridade. Para infectar um computador, um vírus deve introduzir alterações no


sistema. A verificação de integridade poderá identificar essas alterações, mesmo quando são
causadas por vírus desconhecidos.

Apesar da existência de produtos de defesa relativamente bem desenvolvidos, os problemas com


o software malicioso têm aumentado. Existem para tal duas razões principais. Em primeiro lugar,
a abertura da Internet permite que os atacantes aprendam uns com os outros e desenvolvam
métodos para contornar os mecanismos de protecção. Em segundo lugar, a Internet continua a
crescer e a ganhar novos utilizadores, muitos dos quais não têm consciência da necessidade de
tomar medidas preventivas. A segurança depende do grau de utilização do software de protecção.

4.3.5. Novos desafios de segurança de Software

A segurança das redes e da informação tornar-se-á, muito provavelmente, um elemento-chave no


desenvolvimento da sociedade da informação, dado que a ligação em rede desempenha um papel
crescente na vida económica e social. Há duas grandes razões a ter em conta: os crescentes danos
potenciais e os novos progressos tecnológicos.

i) As redes e sistemas da informação transportam dados cada vez mais sensíveis e informações
com um valor económico cada vez maior que constituem incentivos crescentes à realização de
ataques. Estes ataques podem ser em escala reduzida e não ter consequências a nível nacional (p.
ex., no caso de desfiguração de um sítio Web pessoal ou de reformatação de um disco rígido por
um vírus). No entanto, as perturbações podem também ocorrer a níveis muito mais críticos, a
ponto de produzir interferências com comunicações muito sensíveis, cortes de energia
importantes ou perdas significativas de negócios através de ataques bloqueadores de serviços ou
de violações da confidencialidade.

É difícil avaliar a extensão exacta dos danos reais e potenciais devidos a quebras na segurança
das redes. Não existe um sistema de informação sistemática e muitas empresas preferem não
confirmar a existência de ataques, com receio de publicidade negativa. Assim, as provas
existentes são essencialmente testemunhos individuais. Os custos em causa são, além dos custos
directos (perda de receitas, perda de informações valiosas, custos de mão-de-obra para restaurar a
rede), muitos custos não-materiais difíceis de avaliar associados aos ataques, nomeadamente
deterioração da reputação.
28

ii) A segurança das redes e da informação é uma questão dinâmica. O ritmo das mudanças
tecnológicas gera continuamente novos desafios; os problemas de ontem desaparecem e as
soluções de hoje já não fazem sentido. O mercado oferece quase diariamente novas aplicações,
serviços e produtos. No entanto, alguns processos constituirão desafios significativos para uma
política de segurança privada e pública:

Através das redes serão transmitidos diferentes objectos digitais, como objectos multimédia,
software descare (Joanguete, 2015)gável ou agentes móveis com medidas de segurança
incorporadas. A noção de disponibilidade, entendida hoje como a possibilidade de utilizar as
redes, evoluirá no sentido de utilização autorizada, como seja o direito de utilizar um jogo vídeo
durante um certo tempo, o direito de criar uma só cópia de um programa de computador, etc.

No futuro, os operadores de redes IP poderão querer aumentar a segurança monitorizando


continuamente o tráfego na rede, para permitir apenas tráfego autorizado. No entanto, estas
medidas devem conformar-se com as regras aplicáveis para a protecção dos dados.

Os utilizadores adoptarão um regime de ligação permanente à Internet, o que alarga as


oportunidades para os atacantes e cria vulnerabilidades em terminais não-protegidos, permitindo
que os atacantes mais facilmente evitem a detecção.

Vai generalizar-se a implantação de redes domésticas que ligam diversos aparelhos, o que abre
novas vias para os ataques e aumenta a vulnerabilidade dos utilizadores (p. ex., os alarmes podem
ser desligados remotamente);

A implantação em grande escala de redes sem fios (p. ex., lacete local sem fios, redes locais sem
fios, comunicações móveis de terceira geração) traz consigo o desafio de uma cifragem eficaz dos
dados transmitidos através de sinais rádio.

Consequentemente, será cada vez mais problemática a exigência legal de cifragem pouco robusta
desses sinais.

As redes e os sistemas da informação serão omnipresentes, numa combinação de comunicações


fixas e móveis, e proporcionarão uma ‘inteligência ambiente’, ou seja, funções auto-organizadas
activadas automaticamente e que tomam decisões que antes eram tomadas pelos utilizadores.
29

Aqui, o desafio consistirá em evitar vulnerabilidades inaceitáveis e integrar a segurança nas


arquitecturas. (comissao, 1997)

4.4 Serviços de Telecomunicações e o impacto no desenvolvimento em áreas rurais de


Moçambique.

De acordo com os estudos da CEPAL intitulado La Nueva Revolucion Digital, publicado sob a
tutela das Nações Unidas, em Junho de 2015, indicava que em 2014 estimava-se que havia 3.600
milhões de pessoas subscritores de serviços de telefonia móvel no mundo e 2.923 milhões de
habitantes usavam a Internet.

A massificação de tecnologias sociais e as infra-estruturas de telecomunicações aumentou o fluxo


global de comunicação. Em consequência disto, reduziu os custos das transacções e produção e
distribuição de bens e serviços digitais.

Um dos factores da massificação do telefone pela população africana deve-se à expansão das
infra-estruturas de telecomunicações para as zonas rurais e a consequente concorrência entre as
empresas fornecedoras de serviços. Enquanto em Moçambique, o sucesso de telefone móvel
associa-se aos motivos acima invocados e ao barateamento dos dispositivos móveis, graças à
penetração massiva destes dispositivos produtos comerciais África/China.

Os estudos mais recentes sobre o telemóvel em África apontam para as potencialidades do seu
uso em diversos campos sociais. Regista-se, sobretudo, o crescimento nos pagamentos de
serviços e transferências bancárias; alfabetização, monitoria da governação e reforço dos médios.
Este crescimento significa que os serviços de telemóveis estão a atingir rapidamente as
comunidades rurais, antes marginalizada pelos sistemas formais e burocráticos.

4.4.1. Telemóvel e a monitoria de governação

A elevada taxa de penetração de serviços de telefonia móvel na sociedade moçambicana provoca


impactos profundos no sistema de governação. Por um lado, os telemóveis permitem a conexão à
Internet e às redes sociais, consequentemente, aumenta o fluxo de informação e partilha de ideias,
facto que resulta numa sociedade civil reforçada, por outro, em consequência do primeiro
impacto, obrigam a reavaliação das estruturas de governação.
30

O uso do telemóvel já está a ser aplicado por algumas organizações da sociedade civil
moçambicana, não só para monitorar o atendimento no sistema nacional de saúde, o projecto
pretende abranger as áreas de educação e de serviços de segurança pública e de trânsito.

A operação do processo de gestão das informações poderia ser entregue a sociedade civil, no caso
de prevenções de desastres humanitários, através de criação de um centro de agregação de
informação e de atendimento das chamadas, facto que poderá melhorar significativamente a
intervenção em incidentes de desastres naturais ou humanitários, bem como transmitir a
informação às outras organizações da sociedade civil. A capacidade de prevenção de crimes
violentos nos novos ambientes rurais, também poderá ser reforçada com a instalação de centros
de atendimento de chamadas que por sua vez transmite informações relevantes aos comandos das
operações nos terrenos.

O aproveitamento das potencialidades de telemóveis em Moçambique está assumir todas as


acções transversais à simples comunicação interpessoal. A informação em tempo real é deveras
importante quer para a polícia quer para a sociedade civil.

Em Moçambique foi lançada a plataforma de monitoria das eleições designada “Tcheka-lá”,


adaptação do “Check up”. Ela foi criada com vista ao envolvimento dos cidadãos na monitoria
das eleições, reportando incidentes com a campanha eleitoral e o processo de votação bem como
a monitoria de contagem de votos nos bairros ou comunidades.

O serviço de Tcheka-lá permite que os cidadãos enviem e SMS, e-mail, Twitter e Facebook ou
façam download de aplicativos para enviarem relatório de problemas de campanhas eleitorais.
Toda a informação enviada vai a central de Tcheka-lá e visualizada no site criado para o efeito. A
partir destes relatórios, as organizações da sociedade civil e a média podem aceder e divulgar nos
respectivos órgãos de comunicação social.

Como se pode notar, o envolvimento do cidadão na monitoria de eleições confere o papel activo e
participativo na observação eleitoral, impulsionando a integridade eleitoral, promovendo a
prestação de contas e desenvolvendo a democracia participativa, evitando que a monitoria seja
assumida por entidades parciais e colaborativas de fraudes e violência eleitoral.
31

O uso de dispositivo móvel pelo cidadão permite a inclusão social das populações marginalizadas
nos processos decisória da política. Neste sentido, o aspecto mais importante das comunicações
por telemóvel são as transmissões de dados via

Short Message Service, SMS, porque apresenta uma série de benefícios: poupança de tempo;
capacidade de mobilizar ou organizar pessoas rapidamente; capacidade de chegar a audiência que
eram difíceis ou impossíveis de alcançar anteriormente; capacidade de transmitir dados com
maior rapidez e precisão e capacidade de recolher dados com maior rapidez e exactidão.

4.4.2. O telemóvel no processo comunicativo nas novas ruralidades moçambicanas

Nos últimos anos, o sector de telecomunicações móveis em Moçambique tem vindo a crescer de
forma assinalável em função de investimento das companhias operadoras. Consequentemente, a
cobertura geográfica e a tele densidade móvel tem vindo a dar maior cobertura territorial. Para
um processo que começou nas zonas urbanas, hoje em dia as operadoras de telemóveis estão a
expandir os seus serviços para as zonas rurais onde a aderência é maior, graças ao crescimento do
poder de compra.

Em 1997, os serviços de telecomunicações registavam uma média de 65.606 subscritores para


serviços de telefone fixo e 2.500 usuários de telemóvel. Nessa altura o mercado era dominado
apenas por duas companhias:

Telecomunicações de Moçambique, TDM, para os serviços fixos e Moçambique Celular, MCEL,


param serviços móveis (ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE COMUNICAÇÕES DE
PORTUGAL, s/d)

Com aprovação da Lei Base das Telecomunicações, a Lei 14/99, de 1 de Dezembro de 1999 e
com a reforma do sector das telecomunicações em 2002, o panorama das telecomunicações
mudou radicalmente com entrada em 2003 da nova companhia de serviços móveis, sobretudo da
operadora VODACOM-Moçambique, que tornou o mercado da telefonia móvel mais dinâmico e
competitivo e, consequentemente, o asfixiamento da única companhia estatal de serviços fixos,
TDM. (IBDEM, s/d). Actualmente as operadoras de telefonia móvel como a MCEL detém 5.3
milhões de usuários, ainda continua a ser a companhia mais urbanizada juntamente com a
VODACOM-Moçambique detentora de 3 Milhões de usuários. Uma terceira companhia móvel,
32

MOVITEL, entrou no mercado em 2012, que resulta da parceria entre o grupo moçambicano
SPI-Gestão e Investimento (20%), a IVESPAR (10%), subsidiária do grupo SPI e a empresa
VIETTEL (70%), controlada 100% pelo Ministério da Defesa do Vietname. A MOVITEL
investiu inicialmente 177 Milhões de dólares, tendo instalado 12.500 quilómetros de fibra óptica
e 1.800 estações de base para as redes 2G e 3G.

MOVITEL foi a primeira a avançar para as zonas mais recônditas de Moçambique através de
cabo de Fibra óptica e linhas áreas.

Em 2013, um ano depois da sua entrada no mercado, a MOVITEL começou a operar em mais de
78 distritos, no universo de 140 distritos.

Actualmente, a MOVITEL fala de forte presença no mercado negligenciado pelas operadoras


MCEL e VODACOM-Moçambique. A MOVITEL reivindica ter conquistado 80% do mercado
nacional de rede móvel, com 2 Milhões de usuários do mercado rural moçambicano. Através das
três companhias que operam no território nacional, Moçambique possui um pouco mais de 9.5
milhões de usuários de telemóvel, um número que apresenta tendência de crescimento para a
metade da população moçambicana, nos próximos anos.

4.5 Implementação de Centrais fotovoltaicas acopladas as centrais de comutação e controle


em áreas rurais em Moçambique

Vive-se, actualmente, uma época em que a energia se tornou um vetor essencial para o
desenvolvimento das nações, constituindo o motor que alimenta o seu progresso. A contrapartida
do uso intensivo de energia, nas suas diversas formas, releva-se na destruição progressiva do
meio ambiente e na degradação da qualidade de vida.

A electricidade produzida directamente da luz solar é chamada de fotovoltaica que é a junção de


duas palavras: foto, que significa luz, e voltaica, que vem da palavra Volt.

Os sistemas fotovoltaicos geram poucos impactes ambientais, permitindo o aproveitamento de


um recurso renovável para produzir electricidade sem gerar emissões atmosféricas. No entanto,
ocorrem alguns impactes ambientais negativos associados a esta forma de energia, sobretudo
33

decorrentes da ocupação de áreas relativamente extensas e do processo e materiais envolvidos na


produção das células. Os principais impactes ambientais ocorrem assim nas fases de produção,
construção e desmantelamento dos sistemas, sendo os impactes na fase operacional bastante
reduzidos.

Em 2012 a Painhas aposta no mercado africano em parceria com o grupo Angolano Omatapalo.
Surge a PA OMATAPALO, empresa líder no mercado Angolano e com operações de sucesso em
Moçambique e em outras geografias africanas

Em 2014 foi criada a ERI Moçambique, e investe no mercado francês com a PA ENERGIE,
sucursal da Painhas SA, onde até aos dias de hoje a presença do grupo é extremamente relevante.

Em Moçambique, os sistemas de energia solar vulgarmente conhecidos por sistemas


fotovoltaicos são fontes alternativas a partir das quais se pode obter energia eléctrica nos locais
onde a electricidade da rede geral de distribuição não se encontra ainda disponível.

Esta energia é obtida através da utilização de células fotoeléctricas que têm a particularidade de
converter directamente a energia do sol em electricidade, ou seja, quando um raio de sol incide na
superfície dessa mesma célula solar, o material que a constitui, absorve algumas das partículas de
luz denominadas por fotões. Cada fotão contém uma pequena quantidade de energia. Quando um
fotão é absorvido, desencadeia-se um processo de libertação de electrões no material da célula
solar.

Como ambos os lados da célula estão ligados electricamente através de um fio, gera-se uma
corrente quando o fotão é absorvido. Nessa altura, a célula solar começa a produzir electricidade,
que se pode utilizar imediato ou armazenar numa bateria.
34

Figura 02 Sistema fotovoltaico. (NOVAES, 2018)

Este sistema garante energia solar autónoma nos lugares onde não existe abastecimento de
energia eléctrica. Esta representa a melhor solução tanto do ponto de vista económico como
ambiental, obtendo-se desta forma uma energia limpa, útil e amiga do ambiente.

Tipicamente um sistema fotovoltaico acoplados a centrais de comutação e controle em áreas


rurais consiste dos seguintes componentes:

1. Painéis Solares;

2. Baterias;

3. Reguladores;

4. Inversores;

5. Lâmpadas do tipo LED (baixo consumo e alta luminosidade);

6. Interruptores e tomadas de corrente;

7. Conversor de tensão para rádios e celulares;

(de 12 VCC para 9 VCC ou 6 VCC) ;

8. Protecção contra curto-circuitos (Fusíveis);


35

9. Compartimento para baterias;

10. Estruturas para fixação dos painéis solares;

11. Cabos eléctricos, e acessórios para instalação;

12. Para raios.

Observação: Todos os equipamentos aplicados em Sistemas Solares são de baixa potência,


necessitando de apenas pequenas quantidades de electricidade para operar.

Eles são apropriados para operar com base na electricidade solar, na medida em que apenas um
pequeno número de módulos é requerido no sistema.

ATENÇÃO: Equipamentos que produzem muito calor, como fogões eléctricos ferros de engomar
e chaleiras eléctricas, têm consumos de energia na ordem de grandeza de

Quilowatts (kW), por isso não são incluídos na lista de equipamentos que podem operar com base
em Sistemas Solares.

Entretanto, possíveis esses equipamentos operarem com Sistemas Solares mas iriam precisar de
um número bastante maior de módulos, o que teria como consequência custos elevados.

4.6 Análise de estruturas e impacto dos serviços de sistemas de radar quanto aos sistemas
de navegação aérea e náutica.

O sistema mais comum de comunicação hoje em dia é o sistema VHF. Além deste equipamento,
as aeronaves de grande porte são geralmente equipadas com sistema HF de comunicações.

Os sistemas de comunicações das aeronaves variam consideravelmente em tamanho, peso,


consumo de energia, qualidade de operação e custo, dependendo da operação desejada.

Muitos sistemas de comunicação VHF e HF das aeronaves utilizam transceptores. Um


transceptor comporta simultaneamente o transmissor e o receptor, e apresenta circuitos comuns
tais como: a fonte de alimentação, a antena e o sistema de sintonia. O transmissor e o receptor
36

operam ambos na mesma frequência, sendo que, o botão do microfone controla o momento em
que o transmissor deve operar. Na ausência de transmissão, o receptor

4.6.2. Equipamento De Detecção Da Distância (Dme)

O objectivo do DME é fornecer uma indicação visual constante da distância que o avião se
encontra de uma estação de terra. A leitura apresentada pelo DME não é uma indicação
verdadeira da distância, ponto a ponto, medida sobre a terra. O DME indica a distância directa
entre a aeronave e a estação de terra. O erro da distância aumenta à medida que a aeronave se
aproxima da estação. Entretanto, entre 30 e 60 milhas este erro é desprezível. O DME opera na
gama de frequência UH do espectro de Radio. As frequências de transmissão compreendem dois
grupos: de 962MHz a 1.024MHz e de 1.151MHz a 1.212MHz; as frequências de recepção estão
entre 1.025MHz e 1.149MHz. As frequências de transmissão e sua recepção formam um par que
corresponde a uma frequência de VOR.

Em algumas instalações, o seletor de sinais do DME é operado conjuntamente com o selector do


VOR, simplificando, assim, a operação. A figura 13-11 apresenta um painel típico de controle do
DME.

Figura 03: Controle Típico De Navegação DME. (JOL, 1998)


37

4.6.3. Detetor automático da Direção ADF

O equipamento de navegação ADF é constituído basicamente por um receptor (rádio) equipado


com antena direcionais, e utilizadas para determinar a direção da origem do sinal recebido. A
maioria dos receptores ADF possui provisão para a operação manual, além da detecção
automática de direção. Estando a aeronave dentro do alcance da estação de rádio, o equipamento
ADF fornecerá, com apreciável precisão, sua posição em relação à estação. O ADF opera no
espectro de baixa e média frequência: de 190 KHz a 1.750 KHz. A direcção da estação é
apresentada por um indicador localizado no painel de instrumento, e que fornece a proa da
aeronave em relação à estação. O equipamento ADF é constituído por um receptor, antena
direccional ("LOOP"), antena não direccional ("SENSE"), indicador e caixa de controlo. Em
aviões de pequeno porte, o receptor de ADF acha-se montado no painel de instrumentos. Seus
controles e o indicador acham-se na parte frontal da unidade.

4.6.4. Sistema ATC

O sistema ATC, também conhecido como "TRANSPONDER", é utilizado em conjunto com o


radar de observação de terra, com a finalidade de fornecer uma identificação positiva da aeronave
na tela de radar do controlador.

O equipamento ATC instalado a bordo recebe uma "interrogação" do radar de terra em cada
"varredura" da antena deste, e automaticamente transmite um sinal codificado, conhecido como
"réplica"(REPLY).

Os TRANSPONDERS instalados nas aeronaves geralmente operam com dois tipos de códigos: A
e B. O código da identificação de voo (um dígito de quatro números) é designado para a aeronave
durante o procedimento do plano de voo.

Alguns TRANSPONDERS são também dotados de um codificador da altitude em que se


encontra a aeronave, de modo que possa informá-la ao controlador do radar de terra sempre que
for devidamente interrogado.

Há vários tipos de sistemas ATC utilizados a bordo. Todos desempenham a mesma função e
possuem circuitos básicos idênticos. A diferença maior está na construção: uma única unidade ou
uma unidade extra para o controle remoto do TRANSPONDER.
38

A antena utilizada no sistema ATC é do tipo curto e chato (coberta ou não), sendo geralmente
instalada na superfície inferior da aeronave. Para um teste operacional do sistema ATC é
aconselhável o uso do equipamento de teste adequado.

4.6.5. Sistema De Radar Meteorológico

O radar é um equipamento destinado a detectar determinados alvos na escuridão, nevoeiro ou


tempestades, bem como em tempo claro. Além do aparecimento destes alvos na tela do radar,
suas distâncias e azimute são também apresentadas.

O radar é um sistema electrónico que transmite pulsos de energia electromagnética (RADIO),


recebendo o sinal reflectido do alvo. Esse sinal recebido é conhecido como "eco": o tempo
compreendido entre a emissão do pulso e o recebimento do eco é computado electronicamente, e
apresentado na tela do radar (PPI) em termos de milhas náuticas.

Um sistema radar é constituído pelo transceptor/sincronizador, por uma antena parabólica


instalada no nariz do avião, uma unidade de controle e um indicador ou tela fosforescente,
instalados na cabine de comando. Um guia de onda interliga o transceptor à antena.

Figura.04: Sistema de radar. (Redação, 2019)

Rádio frequência através do guia de onda à antena parabólica. Numa instalação padrão, a antena
irradia esta energia, concentrando-a num feixe de 3,8° de largura. Parte da energia transmitida é
reflectida por objectos (alvos) situados ao alcance do feixe, e recebida pela antena parabólica.
Durante a transmissão do pulso, a antena é simultaneamente ligada transmissora, e desligada do
receptor por comutação electrónica. Após a transmissão do pulso, a antena é comutada do
transmissor para o receptor. O ciclo de comutação é realizado para cada pulso transmitido.
39

O tempo necessário para que as ondas do radar alcancem o alvo e sejam reflectidas para a
antenada aeronave, é directamente proporcional à distância entre eles. O receptor mede o
intervalo tempo entre a transmissão dos sinais de radar e a recepção da energia reflectida,
utilizando esta informação para apresentar a distância do alvo.

A rotação ou varredura da antena e, consequentemente, do feixe de radar, proporciona indicações


de azimute. No indicador, um feixe luminoso gira em sincronismo com a antena. Indicador
apresenta o local e tamanho relativo do alvo, e também sua posição em azimute relativa direcção
do voo.

O radar meteorológico aumenta a segurança do voo, pois permite ao piloto detecta tempestades
na sua rota e, consequentemente, contorná-las

O radar ainda possibilita o mapeamento do terreno, mostrando a linha da costa, ilhas ou outros
acidentes geográficos ao longo da rota. Estas indicações são apresentadas no indicador visual
(PPI) com à distância e o azimute relativo à proa da aeronave.

O teste operacional do sistema radar consiste no seguinte:

1) Posicionar a aeronave em local afastado de edifícios ou aeronaves estacionadas.

2) Ligar o equipamento (STBY), e aguardar o tempo necessário para o aquecimento do


equipamento.

3) Movimentar a antena para cima.

4) Iniciar a operação do radar, observando o indicador quanto a apresentação de possível alvos.

4.6.6. Sistema Rádio Altímetro

Os rádios altímetros são utilizados para medir a distância da aeronave à terra. Isto é realizado
Transmitindo-se energia de radiofrequência, e recebendo o sinal refletido.

Os rádios altímetros modernos são, em sua maioria, do tipo de emissão de pulso, sendo a altitude
calculada pela medição do tempo necessário para o pulso transmitido atingir a terra e retornar à
40

aeronave. O indicador do radio altímetro apresentará a altitude verdadeira da aeronave, seja sobre
água, montanhas, edifícios ou outros objectos sobre a superfície da terra. Actualmente, os radio
altímetros são basicamente utilizados durante o pouso, sendo uma exigência para a Categoria II.

As indicações do altímetro determinam o ponto de decisão para continuar o pouso ou arremeter.

4.7: Avaliação dos benefícios da facilidade de comunicação móvel em zonas rurais.

A massificação do telemóvel em ambiente rural deve-se a pouca exigência do dispositivo e a


baixa infra-estrutura física, facto que reduz os custos de investimento em poder chegar as áreas
rurais de uma forma mais rentável do que outras tecnologias como a Internet ou linhas de
telefone fixo. É sem dúvida, a exploração das potencialidades das tecnologias móveis no
ambiente rural moçambicano elas podem ter um grande impacto no desenvolvimento das áreas
como da governação democrática, da educação, da agricultura, do emprego e prevenção das
calamidades naturais.

No que tange à governação, os telemóveis podem oferecer novas possibilidades de capacitação


do cidadão de modo a ampliar o acesso aos canais de informação e comunicação.

4.7.1. Economia móvel

De acordo com o documento da UNESCO Reading in Mobile Era e o relatório da GSMA, The
Mobile Economy, trazem à tona uma informação importante relativa às potencialidades do
telemóvel como recurso de desenvolvimento das competências de leitura em crianças, que não
têm acesso ao texto. O estudo da UNESCO recomenda a expansão de leitura móvel para as
regiões sem recursos aos materiais didácticos convencionais porque trazem benefícios
educacionais, sociais e económicos. Por isso, o benefício da exploração das suas potencialidades
pode aumentar o nível de alfabetização e aprendizagem nas comunidades carentes.

O impacto do telemóvel em ambiente rural vai muito além de instrumento de desenvolvimento de


processo de ensino/aprendizagem, ele também contribui para ampliar as possibilidades de
prestação de serviços, particularmente, nas transacções electrónicas através de serviços de
transferências bancárias, pagamentos de serviços, compras, etc.
41

No sector da saúde e dos Mídias, tem havido iniciativas pioneiras de resposta à emergência e
transmissão de informação em áreas que são de difícil acesso, bem como para educar e manter o
cidadão informado nas questões ambientais, mudanças climáticas e gestão ambiental sustentável.

Os estudos acima mencionados trazem à discussão a questão do reaproveitamento das outras


potencialidades dos telemóveis para as populações sem grandes recursos. As reflexões
apresentadas não adiantam em nenhum momento as diversas formas de subvenção para que todos
tenham acesso à Internet móvel.

O uso do Mobile Banking para transferir dinheiro e gerir as poupanças de populações pobres
aumenta a renda das famílias, mas estes programas ainda apresentam fraca massificação dos
serviços para as regiões rurais, porque as empresas de telecomunicações ainda não completaram
o processo de conectividade para o interior, pior ainda, alguns serviços de dinheiro móvel têm
uma taxa de transacção proibitiva para as populações que vivem abaixo da linha de pobreza.

A institucionalização de serviços financeiros por meio de telemóvel em Moçambique representa


actualmente 1 por cento, segundo o inquérito nacional levado a cabo pela Financial Sector
Deepening, uma organização Não Governamental ligada ao sector financeiro. O enquadramento
jurídico do Mobile Banking é sustentado pela Lei Nº 09/2004, de 21 Julho actualizada pela Lei nº
15/99, de 1 Novembro sobre as instituições de crédito. Neste contexto, a Companhia Celular de
Moçambique, MCEL, introduziu serviços financeiros através de telemóvel designado M-Kesch.
A sua implementação é conseguida através da plataforma Mobile Banking.

Os serviços de M-kesch permitem o acesso fácil e seguro a serviços financeiros, abertura de uma
conta bancária e fácil adesão ao serviço, sem requerimento de saldo bancário nem despesas de
manutenção, de forma semelhante, a companhia de telefonia VODACOM-Moçambique, que
possui o mesmo tipo de serviço, mas com a designação M-Pesa. Trata-se de um serviço
financeiro móvel que permite transferir e levantar dinheiro, comprar e pagar serviços através do
celular. A Movitel também implementou recentemente os serviços financeiros designados E-mola
que permitem também a movimentação financeira por telemóvel.

Tanto os serviços M-kesch, o M-pesa, e actualmente o E-mola, apresentam empecilhos de acesso


aos cidadãos das zonas rurais. Tais obstáculos relacionam-se com a fraca infra-estrutura da
42

Internet; falta da rede eléctrica de energia; elevados custos de transporte; elevados custos da
Internet móvel e fraca alfabetização financeira da população.

4.8: Benefícios da manutenção preventiva em sistemas de telecomunicações

A manutenção para as redes de telecomunicações é caracterizada por um vasto número de


relatórios que tem de ser correlacionados para um número pequeno de hipóteses de falhas e pela
condição de que a manutenção em qualquer parte da rede, não deve afectar o funcionamento total
do sistema. A manutenção é decomposta num conjunto de quinze subáreas funcionais
recomendações CCITTT M’20, M21.

Nº De Ordem Subáreas funcionais da Manutenção


01 Gestão de Manutenção
02 Detecção de problemas
03 Protecção de Sistema
04 Recurso do sistema fora de serviço
05 Recuperação do Sistema
06 Notificação de problemas e relatórios
07 Verificação de problemas
08 Diagnóstico e localização de problemas
09 Escala de manutenção
10 Manutenção preventive
11 Teste
12 Supervisão de reparação
13 Verificação de reparação
14 Terapia
15 Recolocar ao serviço
Tabela 1: subáreas funcionais da manutenção
43

Figura 5: Modelo genérico da manutenção.

4.8.1 Gestão de manutenção

Para que qualquer sistema trabalhe devidamente, além da disponibilidade de recursos


tecnológicos, existe a necessidade de conhecer a forma de integrar todos recursos de modo a
permitir uma gestão total. É responsável pelo planeamento, operação, coordenação e
melhoramento de toda a organização de manutenção de SW e HW do sistema. Esta relacionada
com a manutenção correctiva s e de supervisão.

4.8.2. Descrição funcional

Trata de aspectos referentes à análise, desenvolvimento e definição dos conceitos de manutenção


e consequente definição de procedimentos e objectivos estratégicos principalmente quando vai
ser adoptado um novo sistema de telecomunicações usando uma nova tecnologia. Os serviços
44

desta função são basicamente procedimentos que coordenam e suportam a operação normal do
sistema de manutenção.

Entradas: são recebidas da gestão de topo( objectivos estratégicos) e de todas as outras funções de
gestão de telecomunicações aos níveis de negocio, serviço, rede e elemento.

• Acções: trata de reclamações dos utilizadores. São contabilizados para estatísticas


classificadas em relação às prioridades e mais tarde submetidas à detecção de problemas
para testes de serviços e possivelmente testes de rede ou de elementos. Inclui também
emissão de relatórios de manutenção e estado de reparação ao aprovisionamento e à
pesquisa e controlo pelo cliente.
• Planeamento de manutenção: define as estratégias de manutenção baseadas tanto na
estratégia de negócio como nos requisitos de manutenção do serviço e da rede. A
avaliação do custo de manutenção e a optimização tarefas dentro da função de
planeamento que trata dos aspectos financeiros pela manipulação da informação de custo.
Este actualiza um plano de manutenção que inclui aspectos ao nível do serviço, rede e
elementos em relação à manutenção correctiva, preventiva e de supervisão.
• Manutenção correctiva: limitação de tempo para a execução de reparação de acordo co o
desempenho da rede.
• Manutenção baseada na supervisão: define as acções para os diferentes tipos de rede.
• Manutenção preventiva: periodicidade de substituição de acordo com o papel do
elemento no serviço na rede.

Gestão de recursos

Erata de dois tipos de recursos que são: equipamentos e pessoal.

Equipamentos- organiza e mantem o equipamento necessário à manutenção da rede de


telecomunicações, possivelmente através da coordenação com outras funções de gestão de
telecomunicações;

Pessoal: coordena a disponibilidade e adequalidade do pessoal técnico de forma a executar as


actividades de manutenção da rede de telecomunicações.
45

Avaliações estatísticas: processa e guarda todos os dados de manutenção considerados relevantes


para utilização futura.

Como estratégia de entradas de subáreas, os registos de alarmes, informação recebida da gestão


de desempenho (monitorização) e a informação recebida da gestão de manutenção em relação a
reclamações de clientes, efectuam-se de seguida as acções possíveis para garantir um bom
desempenho na rede de telecomunicações.

Figura 6: A detecção de problemas e as outras subfunções de manutenção.

4.9 Importância da Electrónica na operação de equipamentos das telecomunicações

A electrónica é a ciência que estuda a forma de controlar a energia eléctrica por meios eléctricos
nos quais os elétrons têm papel fundamental. Pode-se dizer que a electrónica é o ramo da ciência
que estuda o uso de circuitos formados por componentes eléctricos e electrónicos, com o
objectivo principal representar, armazenar, transmitir ou processar informações além do controle
de processos e servo mecanismos. (Petry., 2013)

Um Engenheiro Electrónico e de Telecomunicações pode actuar em empresas na área


de electrónica, de telefonia, de rádio e televisão, multimídia, de fabricação de equipamentos
voltados para as telecomunicações
Para um país com as dimensões de Angola, as telecomunicações são de fundamental importância.

Importância das telecomunicações na sociedade actual desde muito cedo, as pessoas têm a
necessidade comunicar entre si. Assim, desenvolveram-se as telecomunicações que facilitam a
46

forma como as pessoas comunicam, podendo contactarem-se de qualquer parte do mundo.


Telecomunicações são a transmissão, emissão ou recepção (por fio, sem fios ou por qualquer
outro processo) de caracteres, imagens e som de qualquer tipo.

A circulação de informação (com ou sem som/imagem) é transmitida à distância por cabo ou


sem cabo (ondas electromagnéticas).

Actualmente, as telecomunicações estão muito evoluídas. Isso deve-se essencialmente ao uso de


satélites artificiais e cabos de fibra óptica. As tecnologias de informação e comunicação (TIC)
são o novo campo de tecnologia que resulta da fusão da informação com as telecomunicações.
Telemática é o conjunto de serviços informáticos fornecidos de uma rede de telecomunicações.
Imagina um bairro de lata que não tem água nem electricidade

O acesso a estas redes é melhores nas cidades do que nas aldeias. A Internet é uma importante
telecomunicação, permite ligar mercados e sociedades com apenas um clique.

As telecomunicações constituem um ramo da engenharia eléctrica que contempla o protejo, a


implantação e a manutenção dos sistemas de comunicações. A principal finalidade das
telecomunicações é suprir a necessidade humana de se comunicar à distância. É comum
o prefixo tele ser omitido e, com isto, usar-se a palavra comunicações. (Tec, 2020)

4.9.1. A Modernização Das Telecomunicações

Outro ponto a destacar é o progresso tecnológico das telecomunicações. Elas transmitem


símbolos, caracteres, textos, imagens e sons. Usam fios, cabos metálicos, cabos de fibra óptica,
ondas de rádio, meios digitais e outros.

Os avanços recentes mostram uma capacidade cada vez maior de transmitir grandes quantidades
de informações a longa distância pelos meios modernos são chamados fluxos telemáticos.

4.9.2. Vantagens Da Telecomunicação

• Contactar em tempo real com pessoas que se encontram afastadas fisicamente;


• Facilitar a vida ao homem, podendo fazer negócios sem sair de casa, levar sem ir ao
banco, obter informações sem ir a uma biblioteca;
47

• Não é preciso viajar para conhecer lugares, basta ligar a internet, ver um CD-ROM ou um
DVD pois os factos de conhecimento vêm ter connosco;
• Permitir novas descobertas em menos tempo e conhecer outras culturas através do
contacto virtual, com pessoas de outros países.

4.9.3. Desvantagens Da Telecomunicação

• Não há tempo para brincar, ler..., tornando o homem mais individualista;


Perda dos valores de solidariedade, afetividade;
• Quebra de laços familiares e de amizades; A internet pode tornar-se um vício, levando ao
desmembramento familiar;
• A automatização origina desemprego, sendo o trabalho feito por Máquinas;
• Perda de contacto com a Natureza, passando de uma realidade concreta para uma
realidade virtual, de projectos de sistemas de comunicações, em órgãos governamentais.
(Tec, 2020)

4.10 Implementação de novas tecnologias de comunicações

A tecnologia é uma necessidade absoluta, não podemos escapar. Ela tem um papel muito grande
na maioria dos aspectos de nossas vidas. Em outras palavras, ela responde a maioria dos
problemas da humanidade. A importância da tecnologia está apontando para maior conforto de
utilização em qualquer forma. Ela sempre orienta para a facilidade na vida.

A tecnologia móvel, por exemplo. E o mais rápido do mundo está se movendo, mais os recursos
são oferecidos. Laptop fica mais fino e menor. Torna-se mais compacto a cada ano oferece mais
recursos e uma performance de topo.

A necessidade de ser capaz de comunicar a qualquer hora, em qualquer lugar, tem inspirado os
cientistas a criar o celular. E tornar-se cada vez menores. Com mais recursos, mais jogos, mais
entretenimento, agora mais profissional como ter um computador no bolso. (Tec, 2020).
48

4.10.1. Vantagens Da Tecnologia

Dependendo de como usamos a tecnologia moderna ela pode ser muito benéfica para nós.
Notemos algumas vantagens:

• Computadores: nos poupam de tarefas tediosas, possibilitam que façamos compras,


operações bancárias sem sair de casa, nos ajudam também a manter contactos com
pessoas, empresas e outros por e-mails, correio de voz ou vídeos e acima de tudo fazer
amizade.
• ``Aparelho de TV: É a mais ponderosa ferramenta de ensino, com ela aprendemos sobre
terras, povos que nunca visitamos. Viajamos sem mesmo sair de casa, vemos notícias ao
vivo, recebemos informação sobre política, história, eventos actuais, etc. ela nos diverte,
instrui e influencia.

Telefones ou Celulares: são aparelhos indispensáveis na vida social. Com eles podemos ampliar o
nosso leque de amizade em pouco tempo em qualquer lugar, etc.

4.10.2. Desvantagens Da Tecnologia

A tecnologia da comunicação tem sido explorada de muitas formas e muitas das quais de maneira
negativa. Vejamos agora algumas desvantagens da tecnologia moderna.

Computadores: Por exemplo ao utilizarem algumas redes sociais por meio de computadores com
internet alguns jovens se evolveram em uma intimidação electrónica ou seja usaram a internet
para assediar, zombar, intimidar, humilhar, espalhar calúnias e falsificar a identidade própria e de
outros.

Segundo Dr. Briam Yeo no jornal electrónico The Business Times diz que "estar conectado
consome mais do seu tempo e se torna a actividade preferida da sua vida a ponto de deixar todo
resto de lado, isso com certeza é sinal de alguma coisa esta errada".

Outro lado negativo do uso de computadores com internet é que as amizades tendem a ser
superficiais falsas ou até mesmo perigosa. Alguns criam uma identidade que reflecte a pessoa que
49

eles querem ser em vens de quem eles são, por exemplo um jovem declara que tem 25 anos de
idade e vivi no Brasil quando na verdade ele tem 17 anos e vivi em Angola.

Aparelho de TV: A televisão é outro meio tecnológico em que os espectadores são afectados pela
constante exposição a violência e o sexo ilícito. Alguns críticos dizem que a violência na TV faz
com que as pessoas ajam de forma agressiva e tenham menos empatia com as vítimas de
violência na vida real.

Em muitos lares a televisão muitas vezes assume o papel de babá. Mas alguns especialistas em
saúde mental acreditam que a exposição excessiva e prematura á TV pode resultar em
desinteresse por exercícios físicos, confusão entre a realidade e fantasia, problemas emocionais e
quando a criança for a escola, falta de atenção.

Telefones ou Celulares: Uma pesquisa da TV Zimbo em Angola, concluiu que os motoristas que
falam aos telemóveis, mesmo que seja por viva voz ficam tão incapacitados de dirigir quantos
motoristas alcoolizados. Sem falar com inveracidade na troca de algumas informações.

Todos esses aspectos mostram que o uso excessivo e indevido da tecnologia pode causar danos
emocionais, físicos e sociais. (Tec, 2020)
50

Conclusão

Conclui-se que antes da montagem das torres de telecomunicações é necessário primeiro fazer-se
um projecto, para saber a altura da torre, o tipo de cabo a utilizar, o tipo de antenas, a potencia de
radiação dos mesmos. O projecto comunicação movel apresenta vantagens que podem ser
facilidade de comunicação e fácil obtenção dos serviços de telecomunicação movel. E por se
tratar de sistemas de telecomunicações moveis, trabalha-se com ondas eletromagnéticas usadas
para o transporta de dados, elas criar problemas sérios de saúde segundo Organização Mundial da
Saúde.
51

Referencias Bibliográficas

Carlos, L. (12 de Agosto de 2019). Novas Tecnologias. pp. 5-10.

comissao, c. d. (8 de OUTUBRO de 1997). Garantir a segurança e a confiança nas comunicaçoes.


pp. 2-13.

cornelo (5 de Agosto de 2007). Radios da região.

Eleanor, D. (04 de junho de 2017). Obtido de https://corujasabia.com/qna/22532/o-que-sao-


torres-de-telecomunicacoes

Fomo. (19 de Janeiro de 2020). Obtido em 10 de Janeiro de 2022, de https://www.ignilife.com/pt-


br/technostress/

Joanguete, C. V. (Agosto de 2015). O sucesso da inculturação do telemóvel nas comunidades.


telemovel nas comunidades rurais Moçambicanas, pp. 1-14.

JOL. (24-30 de 01 de 1998). diretiva a protecao dos dados nas telecomunicacoes.

Madeira, C. (2017). Projecto de Telecomunicações. Portugal.

Nascimento, S. M. (5 de Maio de 2017). Ondas eletromagnéticas e o impacto na saúde humana.


pp. 5-18.

NOVAES, I. (12 de Junho de 2018). PROJETO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO HÍBRIDO


PARA SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ÀS ESTAÇÕES RÁDIO BASE DE
UM SISTEMA DE v. Obtido em 04 de Janeiro de 2022

Petry., P. C. (2013). Introdução à Engenharia Eletrônica. Florianópolis: Instituto Federal Santa


Clara.

Redação. (2009 de Setembro de 2019). Obtido em 02 de Janeiro de 2022, de


https://www.apd.pt/tipos-de-seguranca-informatica-o-que-sao-e-como-sao-importantes/

Romana. (12 de Outubro de 2019). Obtido em 3 de Janeiro de 2022, de


https://metalica.com.br/torres-de-transmissao-de-energia/
52

Silva, M. (25 de Janeiro de 2010). Obtido em 6 de Outibro de 2022, de


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/radar.htm

Tec, K. (17 de Maio de 2020). Obtido de SoraTemplates:


https://trabalhosfeitosnavegante.blogspot.com/2015/02/a-importancia-das-
telecomunicacoes.html

Você também pode gostar