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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA- UNIPÊ

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA (PROAC)


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

DOUGLAS LOPES QUERUBINO NEVES

Metodologia de execução do pavimento de calçadas revestidas


com bloco intertravado e concreto convencional em Avenidas da
cidade de João Pessoa/PB

JOÃO PESSOA
2019
DOUGLAS LOPES QUERUBINO NEVES

Metodologia de execução do pavimento de calçadas revestidas


com bloco intertravado e concreto convencional em Avenidas da
cidade de João Pessoa/PB

Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado


ao Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ,
em cumprimento aos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora: Dra. Julliana de Paiva Valadares Fernandes

JOÃO PESSOA
2019
N511m Neves, Douglas Lopes Querubino.
Metodologia de execução do pavimento de calçadas
revestidas com bloco intertravado e concreto convencional
em Avenidas da cidade de João Pessoa/PB /
Douglas Lopes Querubino Neves - João Pessoa, 2019.
52f.

Orientador (a): Prof ª Julliana de Paiva Valadares


Fernandes, DSc.
Monografia (Curso de Engenharia Civil) –
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.

1. Concreto. 2. Revestimento. 3. Execução

UNIPÊ / BC CDU 625.84


DOUGLAS LOPES QUERUBINO NEVES

Metodologia de execução do pavimento de calçadas revestidas


com bloco intertravado e concreto convencional em Avenidas da
cidade de João Pessoa/PB

Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado


ao Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ,
em cumprimento aos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovada em............/......../...............

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________
Prof.ª Drª. Julliana de Paiva Valadares Fernandes
Orientadora UNIPÊ

_______________________________________
Prof.ª Esp. Julyérica Tavares de Araújo
Examinadora UNIPÊ

_____________________________________
Prof.ª Drª. Maria Ângela Pereira Xavier
Examinadora Externa
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por todos os ensinamento e por estar


presente durante toda essa jornada, encorajando-me e dando forças para continuar
firme.
Quero agradecer a minha família por todo o apoio, tanto emocional quanto
financeiro, que foi depositado em mim.
A professora Julliana de Paiva Valadares Fernandes, pelos conhecimentos
técnicos repassados, por aceitar meu convite para ser minha orientadora e por estar
sempre disponível para ajudar mesmo possuindo diversas tarefas para realizar.
A todos os professores que me transmitiram conhecimentos técnicos na
graduação para o meu engrandecimento profissional.
Enfim, a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para a
realização deste trabalho, o meu sincero: Muito Obrigado.
NEVES, Douglas Lopes Querubino. Metodologia de Execução do pavimento de
calçadas revestidas com bloco intertravado e concreto convencional em
Avenidas da Cidade de João Pessoa/PB. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).

RESUMO

O presente trabalho trata da metodologia de execução dos pavimentos de


calçadas com diferentes tipos de revestimentos, no qual estão localizadas na capital
paraibana, João Pessoa. O primeiro revestimento abordado é o concreto
convencional in loco, onde a obra se localiza na Avenida Ministro José Américo de
Almeida, mais conhecida como Avenida Beira Rio; a segunda obra no qual
apresenta revestimento de intertravado de concreto, se localiza na Avenida Cabo
Branco. Primeiramente foi descrito definições de pavimento e calçada.
Posteriormente foi explicado e mostrado como foi executado cada etapa do
pavimento revestido com concreto convencional in loco, onde começado pelo
subleito no qual onde também se executa as contenções laterais, passado pela base
e posteriormente finalizado com o devido revestimento. Logo em seguida é descrito
e mostrado o pavimento da calçada revestida com intertravado de concreto, no qual
começa pelo subleito juntamente com a colocação da contenção lateral,
posteriormente executada a camada de base, onde dá a possibilidade da execução
do revestimento, finalizado pelos ajustes e o rejuntamento. E por fim, onde discute e
mostra com imagens os resultados das calçadas já executadas.

Palavras-chaves: Concreto, revestimento, execução


NEVES, Douglas Lopes Querubino. Methodology for the Execution of the
Pavement of Calcins Coated with the Intertravado and Conventional Column in
Avenues of the City of João Pessoa / PB. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).

ABSTRACT

The present work deals with the methodology of execution of pavements of


pavements with different types of coverings, in which they are located in the capital of
Paraíba, João Pessoa. The first coating is conventional concrete in loco, where the
work is located in the Avenida Ministro José Américo de Almeida, better known as
Avenida Beira Rio; the second work in which it presents concrete interlocking lining,
is located on Avenida Cabo Branco. Firstly, definitions of pavement and sidewalk
were described. Afterwards, it was explained and shown how each step of the floor
was coated with conventional concrete in loco, where started by the subgrade in
which also where the lateral restraints are executed, passed through the base and
later finished with the appropriate coating. Next, the sidewalk pavement covered with
concrete interlocking is described and shown, in which it begins with the subgrade
together with the placement of the lateral containment, after which the base layer is
executed, where it gives the possibility of the execution of the coating, finalized by
the adjustments and the grouting. And finally, where he discusses and shows with
images the results of the sidewalks already executed.

Keywords: Concrete, coating, execution


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Faixa de granulometria determinada para a camada de assentamento


das
peças.........................................................................................................................37
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Divisão de faixas de uma calçada ...........................................................17


Figura 2 – Camadas do pavimento ..........................................................................18
Figura 3 – Componentes do pavimento intertravado ...............................................20
Figura 4 – Formas de se assentar pavers ................................................................21
Figura 5 – Tipos mais usuais de formatos de blocos ...............................................22
Figura 6 – Formato de blocos de concreto tipo 1 .....................................................23
Figura 7 – Formato de blocos de concreto tipo 2 .....................................................24
Figura 8 – Formato de blocos de concreto tipo 3 .....................................................24
Figura 9 – Formato de blocos de concreto tipo 4 .....................................................24
Figura 10 – Preparação do terreno para recebimento do meio fio ...........................25
Figura 11 –Recebimento de meio fio para a colocação ............................................25
Figura 12 – Meio fio colocado ...................................................................................26
Figura 13 – Solo natural in loco ................................................................................26
Figura 14 – Solo natural in loco retirado, pronto para a limpeza e regulamentaçã...27
Figura 15 – Base sendo compactada .......................................................................28
Figura 16 – Base pronta para recebimento das fôrmas ...........................................29
Figura 17 – Fôrmas executadas sobre a base .........................................................29
Figura 18 – Despejo do concreto e nivelamento da calçada ....................................30
Figura 19 – Preparação da contenção lateral ...........................................................32
Figura 20 – Contenção lateral executada .................................................................32
Figura 21 – Solo natural do local compactado .........................................................33
Figura 22 – Material da base sobre o subleito .........................................................34
Figura 23 – Base nivelada ........................................................................................35
Figura 24 – Base nivelada e compactada ................................................................36
Figura 25 – Colher, desempenadeira e colher .........................................................36
Figura 26 – Desenho do projeto da calçada a ser executada ..................................38
Figura 27 – Assentamento dos blocos de intertravados de concreto .......................39
Figura 28 – Execução dos ajustes e arremates da calçada .....................................40
Figura 29 – Areia de rejunte sobre a calçada ...........................................................41
Figura 30 – Localização da capital paraibana ..........................................................43
Figura 31 – Localização da Avenida Ministro José de Almeida ................................43
Figura 32 – Localização da Avenida Cabo Branco ...................................................44
Figura 33 – Calçada revestida com concreto convencional executada ....................45
Figura 34 – Calçada revestida com concreto convencional executada ....................45
Figura 35 – Calçada revestida com intertravado executada .................................... 47
Figura 36 - Calçada revestida com intertravado execuada........................................47
Figura 37 – Custo do intertravado colorido e natural ................................................49
Figura 38 – Composição de custo do concreto .........................................................49
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12

2 - OBJETIVOS .................................................................................................. 13

2.1 - GERAL ....................................................................................................... 13

2.2 – ESPECÍFICO ............................................................................................. 13

3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 14

3.1 – DEFINIÇÃO DE PAVIMENTO ................................................................... 14

3.2 – DEFINIÇÃO DE CALÇADA ....................................................................... 15

3.3 - REVESTIMENTO DE CALÇADA COM CONCRETO CONVENCIONAL IN


LOCO.................................................................................................................. 18

3.4 – REVESTIMENTO DE CALÇADA COM INTERTRAVADO DE CONCRETO


............................................................................................................................ 21

3.4.1 – TIPOS DE PAGINAÇÃO DE BLOCOS DE INTERTRAVADOS DE


CONCRETO ....................................................................................................... 21

3.4.2 – TIPOS DE INTERTRAVADOS ................................................................ 22

4 – EXECUÇÃO DA CALÇADA DE CONCRETO CONVENCIONAL IN LOCO . 25

4.1 – CONTENÇÃO LATERAL ........................................................................... 25

4.2– SUBLEITO .................................................................................................. 27

4.3 – BASE ......................................................................................................... 28

4.4 – REVESTIMENTO....................................................................................... 30

5 – EXECUÇÃO DA CALÇADA DE INTERTRAVADO DE CONCRETO ........... 31


5.1 – CONTENÇÃO LATERAL ........................................................................... 31

5.2 – SUBLEITO ................................................................................................. 33

5.3 – BASE ......................................................................................................... 34

5.4 – REVESTIMENTO....................................................................................... 37

5.5 – AJUSTES E ARREMATES ........................................................................ 40

5.6 – REJUNTAMENTO ..................................................................................... 41

6 – METODOLOGIA ........................................................................................... 42

6.1 - CARACTERIZAÇÃO DA OBRA.................................................................. 42

7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 44

7.1 – CALÇADA REVESTIDA COM CONCRETO CONVENCIONAL IN LOCO


EXECUTADA ...................................................................................................... 45

7.2 – CALÇADA REVESTIDA COM INTERTRAVADO DE CONCRETO ........... 46

7.3 – ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A CALÇADA DE CONCRETO X


INTERTRAVADO DE CONCRETO .................................................................... 49

8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 51

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 52
12

1 - INTRODUÇÃO

O Brasil, por ser um país em constante desenvolvimento, onde a população


urbana cresce de maneira acelerada, primordialmente em regiões metropolitanas.
Surgiu uma disputa no que se refere a utilização dos espaços urbanos por um
número crescente de usuários por conta desse aumento na população. Desta forma,
compete as cidades brasileiras determinar ações de planejamento pensando numa
maneira que possa garantir uma melhor qualidade na infraestrutura. É o caso das
calçadas. São elas que evidenciam quais foram os conceitos aplicados de espaço
público e acessibilidade no dia a dia. Onde toda a população brasileira utiliza
diariamente desse elemento e no qual com o decorrer do tempo acabaram perdendo
para o cenário viário das grandes cidades que hoje aparecem como prioridade em
detrimento dos pedestres (PESSOA, 2017).
Segundo o CTB da Lei nº 9.503 (1997), a calçada é definida como a “parte
da via, onde se apresenta segregada em um nível distinto, onde não tem sua
destinação à circulação de veículos, destinada ao trânsito de pedestres, e quando
admissível, é implantado mobiliário urbano, vegetação, sinalização e outros fins”.
O objetivo principal da existência de calçadas é a segura e livre circulação de
pedestres. É o local da via pública indicada ao trânsito da população das mais
variadas idades e condições físicas. Por mais que tenha um papel importante no
direito de locomoção do cidadão, elas, quando existentes, não faz parte da devida
manutenção ou até mesmo do planejamento urbano para acesso do cidadão, indo
contra a liberdade fundamental de locomoção (PINHEIRO, 2014).
Muitas vezes a má execução tem influenciado de maneira muito negativa
quando se fala em revestimento de calçadas, podendo vir a causar sérios problemas
em relação a locomoção, como também a ocorrência de acidentes provenientes de
má execução, sem contar do dinheiro gasto posteriormente com manutenção
levando em conta que ocasionará uma manutenção prematura do revestimento da
calçada.
Decorrente disso, esse trabalho teve como enfoque a execução correta de
calçadas de dois tipos de revestimento, onde foram buscados em manuais e em
Normas Regulamentadoras as corretas execuções dos tipos de calçadas revestidas
com os tipos materiais aqui abordados.
13

2 - OBJETIVOS

2.1 - GERAL

Esse trabalho tem como objetivo apresentar a metodologia usada na


execução das obras das calçadas de algumas avenidas de João Pessoa-PB,
calçadas essas executadas com intertravado de concreto e de concreto
convencional in loco.

2.2 – ESPECÍFICO

1. Descrever sobre calçadas executadas com intertravados.


2. Descrever sobre calçadas executadas com concreto convencional in loco.
3. Mostrar a metodologia de execução da calçada com intertravados.
4. Mostrar a metodologia de execução da calçada com concreto convencional in
loco.
14

3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 – DEFINIÇÃO DE PAVIMENTO

Segundo Senço (2001), pavimento se dá por ser uma estrutura devidamente


construída sobre terraplanagem e com destinação econômica, técnica e
simultaneamente onde deverá resistir e distribuir os esforços verticais gerado
através do tráfego; aprimorar as condições de rolamento no qual se refere ao
conforto e segurança; suportar a degradação. A devida estrutura do pavimento no
qual é construído pode haver variação na espessura, aos materiais ali usado e
também com a própria finalidade que a via poderá desempenhar.
Conforme Balbo (2007), o pavimentos tem as funções: para que tenha um
conforte melhor para passagem de veículos, deverão apresentar que se encontre
mais regular; uma superfície que se encontre com uma boa aderência, para que haja
mais segurança para pista que esteja úmida ou molhada; e para que ocorra um
desgaste ambiental menor nas vias da área urbana e nas áreas rurais, uma
superfície no qual se apresente menos ruidosa.
A composição do pavimento se dá por várias camadas onde suas
espessuras são finitas, onde tem a função de suportar aos esforços solicitantes
proveniente pelo tráfego de veículos e também o clima, sem conta que auxilia para
que ocorra uma melhoria nas condições de seu rolamento, com conforto, economia
e segurança aos seus usuários (SENÇO, 1997). Ou seja, no que se refere as
cargas, estas são distribuídas de maneira compatível com a devida resistência de
cada camada do pavimento, como qualquer outra estrutura da construção civil
(MOTTA, 1995).
Segundo Danieleski (2004), os objetivos principais do pavimento são
divididos em quatro: capacidade de resistir cargas onde são previamente
dimensionadas, conforto na sua rodagem, conforte visual (se refere a sua estética) e
segurança. Conforme isso, sob posicionamento técnico e do usuário, um pavimento
que se adequa é aquela no qual sua superfície de rolamento se apresente
apropriado, onde suporta cargas, apresentando uma ligação boa e segura entre
15

pneu e superfície, tanto no rolamento quando no quesito frenagem, no qual ainda


possui, uma boa aparência.
Conforme Balbo (2007), são essas as camadas que compõem o pavimento:
 Subleito: é considerada a fundação do pavimento, por ser encontrar na
camada mais interna do pavimento, ou seja, o material encontrado
naturalmente daquela região no qual tem a pretensão de inserir no pavimento;
 Reforço do subleito: pode haver a melhora da capacidade na resistência de
carga do subleito, onde apresenta uma característica técnica com uma certa
inferioridade a da camada superior (sub-base), e onde apresenta
superioridade a do material do subleito, no qual esse reforço apresenta uma
camada com espessura variável. Onde é usada, onde apresentar uma
capacidade de resistência à carga do material de subleito muito baixa;
 Sub-base: onde ela é executada em cima do subleito ou sobre o reforço do
subleito, no qual apresenta a mesma função da base;
 Base: camada no qual é destinada ao recebimento dos esforços verticais
provenientes do tráfego e posteriormente distribuir as camadas subjacentes.
 Revestimento: é a camada que tem a função de receber as cargas tanto
verticais quando horizontais provenientes do tráfego, no qual irá transmitir as
camadas que estão subjacentes. Sem conta que melhora a superfície de
rolamento no que se diz respeito às condições de segurança e conforto, e
além do mais resiste as degradações.

3.2 – DEFINIÇÃO DE CALÇADA

Depois de examinar-se maneira mais prática, tem-se a afirmar que calçadas


são basicamente caminhos pavimentos para a circulação de pedestres e no que se
refere a superfície, devem ser revestidas por materiais que tenha uma boa
resistência às intempéries e à circulação sobre elas (CATTANI, 2007). Descrevendo
de uma forma mais técnica, a calçada normalmente segregada e em apresentando
níveis diferentes, calçada é a parte da via não destinada à circulação de veículos,
destinada ao trânsito de pedestres e, sempre que possível, à implantação de
mobiliário urbano, vegetação, sinalização e entre outros fins (BRASIL, 1997).
16

De acordo ainda com o decreto n 58.611 (2019), a organização das


calçadas deverão ser em 3 (três) faixas, e tendo nela a composição dos seguintes
requisitos:
I – Faixa livre, no qual é destinada de forma exclusiva à circulação livre de
pedestres, tendo que atender às seguintes característica:

a) A superfície apresentar-se regular, firme, contínua, antiderrapante e que não


possa chegar a causar trepidação em dispositivos com rodas sob qualquer
circunstância;
b) Apresentar inclinação no sentido longitudinal sempre seguindo a topografia da
rua;
c) Apresentar inclinação constante no sentido transversal e não sendo superior
a 3% (três por cento);
d) Sempre se apresentar livre de qualquer maneira de interferência ou barreira
arquitetônica e destituída de equipamentos de infraestrutura urbana,
obstáculos, vegetação, mobiliário, rebaixamento de guias para acesso de
veículos ou qualquer outro tipo de interferência permanente ou temporária;
e) No qual se refere à altura, ser livre de interferências construtivas de, no
mínimo, 3,00m (três metros) tendo como base o nível da calçada e de
interferências de instalações públicas, exemplos de abas ou cobertura de
mobiliário urbano, toldos retráteis e placas de sinalização, de, no mínimo,
2,10m (dois metros e dez centímetros) do nível da calçada;
f) Evidenciar-se de forma visual na calçada através de cores, texturas ou juntas
de dilatação no que se refere às demais faixas;
g) Apresentar largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), sempre
respeitando as Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT;
h) Está em concordância a, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da largura
geral da calçada, no caso dela tiver mais de 2,40m (dois metros e quarente
centímetros) de largura;

II – Faixa de serviço, com destinação a acondicionar o mobiliário urbano, os postes


de iluminação ou sinalização, a vegetação, que deverá ir de acordo com os
seguintes requisitos:
17

a) No qual deve situar-se em posição adjacente em relação á guia, á exceção


em situação que não são típicas, de acordo com a autorização da
Subprefeitura;
b) Poderá acomodar rampa ou inclinação relacionada ao rebaixamento de guia
para fins de ser possível o acesso de veículos em edificações, postos de
combustíveis e outros fins similares;
c) Apresentar largura mínima de 0,70m (zero vírgula sete metros).

III – Faixa de acesso, com destinação á acomodar as interferências que são


resultados da implantação, do uso e da ocupação das edificações, tão somente nas
calçadas com mais de 2,00m (dois metros) de largura, no qual poderá conter:

a) Áreas que apresente permeabilidade e vegetação, contanto que atendam aos


requisitos de implantação;
b) Implantação no qual se refere ao acesso a estacionamento em recuo frontal,
contanto que seja respeitada a faixa de transição entre o alinhamento do
imóvel e a faixa livre, apresentando inclinação máxima de 8,33% (oito vírgula
trinta e três cento) no sentido transversal e, no caso de existir um degrau
separador entre o estacionamento e a faixa de acesso, no qual deva possuir
com até 5cm (cinco centímetros) de desnível, nas calçadas de imóveis em
que já sejam existentes e devidamente regularizados até a data de publicação
do Decreto nº 57.776, de 7 de julho de 2017;
c) Elementos de mobiliário que tenham permanência temporária, tais como
cadeiras, toldos e mesas, desde que obedecidas às disposições das Leis nº
12.002, de 23 de janeiro de 1996, e nº 12.260, de 11 de dezembro de 1996;
d) Rampa que destinada a acomodar o acesso imóvel com inclinação máxima
de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) no sentido transversal.

Segue abaixo a figura 1 que representa a divisão das faixas da calçada previstas
por norma.
18

Figura 1 – Divisão de faixas de uma calçada

Fonte: (ABCP, 2015)

3.3 - REVESTIMENTO DE CALÇADA COM CONCRETO CONVENCIONAL IN


LOCO

Conforme a concepção de BATTAGIN (2007), a descrição do concreto é uma


mistura de forma homogênea de cimento, agregados miúdos e graúdos, tendo ou
não a incorporação de componentes minoritários (aditivos químicos e adições), no
qual desenvolve suas prioridades pelo endurecimento da pasta.
A calçada no qual apresenta revestimento convencional in loco serão
iniciados a partir da contenção lateral tendo que está de no mínimo a 15cm do nível
da rua, onde posteriormente irá ser preparado o subleito apresentando solo natural
ou proveniente de empréstimo (troca de solo). Depois de realizado a preparação do
subleito, inicia-se a base, no qual será constituída de material granular ou de areia,
onde o projeto irá determinar. E executadas todas as etapas determinadas,
finalmente será executado o revestimento com concreto, onde será despejado
dentro da fôrma depois de colocadas de acordo com todos os requisitos assim
ordenados (ABCP, 2010).
19

Figura 2 – Camadas do pavimento

Fonte: IPLAN (2016)

Em relação ao manuseio, há uma certa facilidade devido a sua plasticidade e


homogeneidade, logo trata-se do sistema mais utilizado para execução de
pavimento. A sua execução pode ser feita no local da obra ou adquirido no mercado,
do tipo usinado. É admitido uma resistência mínima de 250 kg/m². O solo para seu
posterior lançamento tem que estar muito bem compactado. O acabamento é
permitido tanto de maneira texturizada quanto estampada. Dependendo do
acabamento que irá finalizar a superfície, a mão de obra exige maior especialização.
Tem que haver sempre um profissional habilitado e registrado acompanhando a sua
execução, no qual irá estabelecer a resistência, o material que deverá ser utilizado,
como também o traço e o sistema executivo necessários. Esse modelo de piso
requer juntas de dilatação e deve ser executado em forma de módulos no qual
devem ser regulamentados pelo município (BARBOSA, 2015).
O concreto convencional que é usado em obras não é preciso a necessidade
da utilização de equipamento para bombeamento do concreto. Por conta da baixa
trabalhabilidade desse concreto, torna-se necessário que se use equipamentos de
vibração para um bom adensamento. Esse bom adensamento é crucial para que se
evitem nichos de concretagens, no qual irá influenciar diretamente na durabilidade
da estrutura. Esse tipo de concreto demanda uma quantidade grande de mão de
obra por conta da sua aplicação manual (PORTAL DO CONCRETO, 2013).
Segundo Nakamura (2009), o processo executivo deste tipo de pavimento
com tal revestimento é bastante simplificado, porém tem uma menor resistência e
durabilidade que os demais tipos de revestimentos de concreto. Sua utilização é
restringido em áreas onde existem grandes necessidades de suporte de carga,
20

sendo sempre indicada de maneira geral para casos onde a quantidade de juntas
não chegue a prejudicar a vida útil do pavimento.
Conforme Oliveira (2010), a quantidade de cimento tem que ser elevada para
que possa haver o aumento da resistência do material e combater os devidos
esforços de compressão e flexão. Por conta disso, no caso destes tipos pavimentos,
o concreto deve apresentar o fator/cimento de maneira reduzida e o processo de
cura deve está adequado como alternativa de combate às fissuras por retração
hidráulica.
Segundo a ABCP (2010), pra se obter uma boa execução e assim evitar atrasos na
obra, todos os equipamentos devem estar à disposição ao início da obra, nos quais
são:

 Pá
 Régua
 Serra de corte para concreto
 Mangueira de Nível
 Carrinhos de transporte
 Aspersor de cura
 Lápis
 Desempenadeira de mão
 Desempenadeira de canto
 Desempenadeiras com cabo
 Sarrafos de madeira

Os materiais utilizados deverão sempre ser pensados e comprados da


maneira correta para à execução, no qual o concreto tem que apresentar um fck
20 Mpa, qual a se deve usar brita no lastro para a base, materiais esses que irão
compor toda as etapas da execução da citada pavimentação, qual emprega o
subleito, base e o revestimento (ABCP, 2010).
21

3.4 – REVESTIMENTO DE CALÇADA COM INTERTRAVADO DE CONCRETO

De acordo com NBR 15953/11, deve-se aplicar a pavimentação intertravado


com peças de concreto sujeita ao tráfego de pedestres, veículos dotados de
pneumáticos e áreas que se armazena produtos.
Conforme a SINAPI (2017), pavimento intertravado é um tipo de pavimento
flexível no qual apresenta estrutura composta por uma camada de base (ou base e
sub-base), seguida por camada de revestimento constituída por peças de concreto,
assentadas sobre camada de areia ou pó de pedra, e travada entre si por contenção
lateral. As jutas entre as peças devem ser preenchidas por material de rejunte. A
Figura 3 apresenta os componentes do pavimento intertravado.

Figura 3 – componentes do pavimento intertravado

Fonte: SINAPI (2017)

3.4.1 – TIPOS DE PAGINAÇÃO DE BLOCOS DE INTERTRAVADOS DE


CONCRETO

A figura 4 irá apresentar as três maneiras mais comuns de assentamento


dos blocos de intertravados da forma retangular: espinha de peixe, fileiras e trama.
22

Figura 4 - Formas de se assentar pavers: (a) fileiras; (b) trama; e (c) espinha-de-
peixe

Fonte: Cruz (2003, p. 19)

Na durabilidade dos pavimentos intertravados, os pesquisadores entraram


em consenso que a questão do formato dos pavers não irá influenciar. Porém, de
certa forma há concordância em relação ao desempenho dos pavimentos oriundos
da maneira de se arrumar os pavers, visto que o sentido do tráfego dos veículos é
de suma importância no estudo da tendência em que se desloca os blocos (CRUZ,
2003).

3.4.2 – TIPOS DE INTERTRAVADOS

Conforme o manual de pavimento de intertravados da Associação Brasileira


de Cimento Portland (ABCP, 2010), no qual são definidos três tipos básicos de
formatos de blocos no qual serão descritos a seguir e ilustrados na Figura 5:

 Tipo 1: Sua constituição se dá em formatos retangulares, no qual sua


produção e colocação em obra apresenta uma certa facilidade, no qual onde
também se destaca pela sua facilidade no que se trata de construção de
detalhes. Se referindo a sua dimensão, de maneira geral, suas faces laterais
podem apresentar retas, curvilíneas ou poliédricas, no qual o comprimento
tem 20cm (vinte centímetros) por 10cm (dez centímetros) de largura;
 Tipo 2: De maneira genérica, sua montagem somente pode ser feita em
fileiras travadas, e tendo sua representação em formato de “I”. Se falando de
suas devidas dimensões, usualmente irá apresentar 20cm (vinte centímetros)
de comprimento por 10cm (dez centímetros) de largura;
23

 Tipo 3: Devido ao seu peso e o seu tamanho, esse tipo de bloco não dá a
possibilidade de ser recolhido com apenas uma mão (apresentando
dimensões de, no mínimo, 20 x 20cm).

Figura 5 –Tipos mais usuais de formatos de blocos

Fonte: ABCP (2010)

Já de acordo com a ABNT NBR 9781/13, no Brasil, os tipos de formatos


de blocos de concreto utilizado para pavimentação passaram a ser
acompanhados em quatros categorias, no qual:
 Tipo 1 – Blocos de concreto no qual apresenta formato próximo ao formato
retangular, com relação comprimento/largura sendo igual a dois, que são
arranjados entre si nos quatro lados e sendo possível serem assentados
em fieira ou em espinha-de-peixe, conforme mostrado na Figura 6;

Figura 6 – Formato de blocos de concreto tipo 1

Fonte: ABNT NBR 9781 (2013)

 Tipo 2 – Blocos de concreto que apresentam uma formatação única, onde


só podem ser executados o seu assentamento em fileiras, diferentemente
dos retangulares, conforma mostra a Figura 7;
24

Figura 7 – Formato de blocos de concreto tipo 2

Fonte: ABNT 9781 (2013)

 Tipo 3 – Esses tipos de blocos de concreto possuem uma formatação


geométricas específicas, tais como triedros, trapézios, hexágonos etc.,
onde apresentam seu peso acima de 4kg, onde são ilustrados na Figura 8;

Figura 8 – Formato de blocos de concreto tipo 3

Fonte: ABNT NBR 9781 (2013)

 Tipo 4 – Agrupamento de blocos de concreto que apresentam tamanhos


diferentes, ou possa demonstrar um bloco único no qual tenha juntas
falsas, onde seu assentamento possa chegar a ser utilizado com um ou
mais padrões, como ilustrado na Figura 9.

Figura 9 – Formato de blocos de concreto tipo 4


25

Fonte: ABNT NBR 9781 (2013)

4 – EXECUÇÃO DA CALÇADA DE CONCRETO CONVENCIONAL IN LOCO

4.1 – CONTENÇÃO LATERAL

Os meios-fios devem ser executados no decorrer dos bordos da pista para


execução dos passeios, de acordo com os locais indicados em projeto, sendo que a
altura mínima será de 15cm (quinze centímetros) acima da superfície do asfalto. O
meio fio deverá ser engastado ao pavimento para que possa evitar o acontecimento
de tombamento. No que se trata do rebaixamento do meio fio, indicados pela
fiscalização deverão ser executados antes da cura do concreto para que se possa
permitir um acabamento desejável (SECRETARIA DE TRANSPORTE, OBRAS E
URBANISMO, 2016), conforme figuras representativas 10 a 12.

Figura 10 – Preparação do terreno para recebimento do meio fio


26

Fonte: Próprio Autor (2019)

Figura 11 – Recebimento de meio para a colocação

Fonte: Próprio autor (2019)

Figura 12 – Meio fio colocado


27

Fonte: Próprio autor (2019)

4.2– SUBLEITO

Conforme a CDURP (2014), a providência inicial que deve ser tomada é a


verificação de subleito, no qual será a “fundação” para o pavimento. Esta camada
pode ser constituída de solo natural proveniente do local ou solo de empréstimo (no
caso de troca de solo), conforme figuras 13 e 14.

Figura 13 – solo natural in loco.

Fonte: Próprio autor (2019)


28

Figura 14 – Solo natural in loco retirado, pronto para a limpeza e regulamentação

Fonte: Próprio autor (2019)

Segundo a ABCP (2010), no qual devem ser reparados após terem


observado, quando preciso, as seguintes particularidades:
 O solo não pode apresentar-se expansível – não pode haver inchamento
na presença de água.
 No que se refere ao caimento da água, deve estar em conformidade com
a especificação do projeto. É recomendado que o caimento seja, de no
mínimo, 2% (dois por cento) para facilitar o escoamento de água.
 A superfície não pode apresentar buracos nem calombos.
 A superfície deve estar em conformidade na cota prevista em projeto.

4.3 – BASE

A composição dela é realizada de material granular (brita graduada) de, no


mínimo, 10cm (dez centímetros) para fluxo de pedestres, mas depende de cada
projeto, onde será determinado a espessura e qual melhor material se encaixa. Mas,
em se tratando de locais onde o clima não é frio, aplicando areia na base, irá
atender os requisitos do projeto, em caso de calçadas de tráfego leve, porém em
caso de outras condições climáticas, poderão rachar o concreto sobreposto
(HANDYMAN, 2019).
De acordo com ABCP (2010), para garantir que, ao compactá-lo obtenha um
bom arranjo, é necessário que o material esteja livre de iodo, pó e sujeira, ou seja,
29

esteja limpo, no qual se apresente bem graduado, ou seja, tenha grãos de diversos
tamanhos. Como mostra a figura 15.
Figura 15 – Base sendo compactada

Fonte: Próprio autor (2019)

Conforme a IPLAN (2016), devem ser executadas as juntas de dilatação de


um centímetro e meio, no caso de executadas com ripamento, devem ser
distribuídas no sentido transversal, no qual o seu espaçamento seja de no máximo
dois metros, conforme figuras 16 e 17.

Figura 16 – Base pronta para recebimento das fôrmas

Fonte: Próprio autor (2019)


30

Figura 17 – Fôrmas executadas sobre a base

Fonte: Próprio autor (2019)

4.4 – REVESTIMENTO

O concreto simples deverá ser pré-misturado e fornecido na obra em


caminhões-betoneira, por empresas especializadas, no qual a mistura deva ser
espessa – não líquida – pois quanto mais úmida a mistura, mais fraco o concreto
(HANDYMAN, 2016).
Conforme dito pela ABCP (2010), deve-se sempre prezar pela qualidade do
concreto que será utilizado, pois é um dos fatores preponderantes para o sucesso
da execução do piso.
Logo imediatamente após ter ocorrido o adensamento, deve inicializar a
etapa de sarrafeamento do concreto, no qual deverá ser executada com uma régua
metálica seguidamente do movimento vaivém, até que enfim possa ser obter uma
superfície completamente plana (CDURP, 2014), como mostra figura 18.
31

Figura 18 – Despejo do concreto e nivelamento da calçada

Fonte: Próprio autor (2019)

5 – EXECUÇÃO DA CALÇADA DE INTERTRAVADO DE CONCRETO

5.1 – CONTENÇÃO LATERAL

Conforme as premissas da ABCP (2010), a contenção lateral é de extrema


importância, o pavimento deverá obrigatoriamente ter as contenções laterais para
que possa evitar o deslizamento dos blocos de concreto. O confinamento é parte de
extrema importância do pavimento.
De acordo ABNT NBR 15953 (2011), contenção é definida como dispositivo
que está ali permanentemente ou provisoriamente ou estrutura que é utilizada com o
objetivo de manter as peças de concreto e o material de rejuntamento na adequada
posição proporcionando o satisfatório intertravamento.
De acordo com o ICPI (2006) e ABNT NBR 15953/11, antes de instalar a
camada de assentamento e os blocos de concreto, deve ser executado a colocação
das contenções laterais. Porém, contenções do tipo plástico, aço e alumínio dão a
possibilidade de serem instaladas após a colocação de concreto.
As contenções têm a finalidade de confinar os blocos fortemente, permitindo
que haja consistência do intertravamento das unidades de o pavimento completo.
Elas servem para prevenir que ocorra os deslocamentos dos blocos sob a ação de
forças provenientes horizontalmente do tráfego. As contenções são projetadas para
que deva permanecer estáticas durante a recepção de impactos provenientes da
32

fase construtiva, por conta de veículos e de ciclos de congelamento e congelamento


(RIBEIRO, 2016)
Existem dois tipos de confinamento: o interno, que envolve as estruturas que
se encontram dentro dele (jardins, bocas-de-lobo, canaletas etc.), e o externo, que
envolve o pavimento em seu perímetro (geralmente meio-fios e sarjetas)
(RIBEIRO,2016)
De acordo com OLIVEIRA (2010), a maneira ideal para o confinamento é que
seja de parede vertical, para que possa ficar em contato direto com os blocos
intertravados. Por conta disso, devendo serem normalmente fabricado com concreto
de resistência característica à compressão simples, medida aos 28 dias de idade,
igual ou superior a 25 Mpa, sendo desejável que seja pré-moldado ou moldado no
local. Tem que estar firmes, sem a possibilidade de ocorrer risco de desalinhamento,
e com sua altura sendo suficiente para que penetre na camada de base, ver figuras
19 e 20.

Figura 19 – Preparação da contenção lateral

Fonte: Próprio autor (2019)


33

Figura 20 – Contenção lateral executada

Fonte: Próprio autor (2019)

5.2 – SUBLEITO

Conforme a ABNT NBR 15953/11, subleito é definido como o terreno que é a


fundação do pavimento.
De acordo com OLIVEIRA (2010), a constituição dessa camada pode ser
tanto de solo natural já existente no local ou de solo de empréstimo.
Segundo a CDURP (2014), no qual devem ser reparados após terem observado,
quando preciso, as seguintes particularidades:
 O solo não pode apresentar-se expansível – não pode haver inchamento
na presença de água.
 No que se refere ao caimento da água, deve estar em conformidade com
a especificação do projeto. É recomendado que o caimento seja, de no
mínimo, 2% (dois por cento) para facilitar o escoamento de água.
 A superfície não pode apresentar buracos nem calombos.
 A superfície deve estar em conformidade na cota prevista em projeto.
De acordo com Burak (2002), uma etapa de extrema importância para o
subleito é a compactação do solo, pois além de melhorar o desempenho do
intertravado, também possibilitará a minimização de recalques (figura 21).
34

Figura 21 – Solo natural do local compactado

Fonte: Próprio autor (2019)

5.3 – BASE

De acordo com Luís (2017), no que se trata da camada de base, atribui


espessura à estrutura do determinado pavimento no qual se encarrega da
distribuição do carregamento na parte superior do subleito.
De acordo com a ABNT NBR 1595/11, “materiais pétreos (agregados
industriais, agregados reciclados, cascalho ou misturas que são estabilizadas com
adição de cimento poderá constituir a referida camada de base ou de sub-base”.
Usualmente, a “bica corrida” é utilizada na camada de base, no caso de sua
especificação de sido de maneira correta, sempre tomando os cuidados rotineiros
para que se evita que se segregue o material durante o seu transporte, descarga e o
seu espalhamento (OLIVEIRA, 2010), conforme figura 22.
35

Figura 22 – Material da base sobre o subleito

Fonte: Próprio autor (2019)

Inúmeros projetistas têm constantemente ignorado a utilização de bases


estabilizadas e do assentamento da camada, quando se trata de pavimento que
estão sujeitos ao tráfego leve. Algumas pesquisas feitas têm recomendado que, no
caso dessa situação, os devidos blocos não são equivalentes a materiais
betuminoso como no caso de pavimentos com suas bases devidamente
estabilizadas, pois foi verificado que quando blocos são posicionados diretamente
sobre o material que seja granular, os níveis que se deformam permanentemente
medidos apresentam até duas vezes maiores que os valores medidos em
pavimentos betuminoso em condições semelhantes (COOK E KNAPTON, 1996).
De acordo com ABCP (2010), a regularização e a compactação da camada
de base é onde precisam das maiores atenções nos aspectos referentes a
construção. Para que não possa ocorrer a perda de muita areia da camada do
devido assentamento das peças de concreto, a superfície deve ficar com o mínimo
de vazios que se possa chegar, ou seja, a superfície da camada de base deve ficar
o mais fechada possível. Onde a camada da base deva ser nivelada de maneira
manual através de uma régua usada para nivelar (sarrafo) passando sobre a base
nivelada e compactada. Na parte de fora, dois auxiliares passarão lentamente a
régua sobre as mestras, uma única vez ou duas vezes, em movimentos de vaivém.
Por conta disso, é importante que a superfície se apresente plana, sem a existência
de calombos e buracos.
36

Figura 23 – Base nivelada

Fonte: Próprio autor (2019)

Figura 24 – Base nivelada e compactada

Fonte: Próprio autor (2019)

Após pronta, não se deve entrar em contato com a base. Em caso de


ocorrer algum dano, deve-se consertar antes de colocar os blocos. A superfície da
base deve se apresentar lisa e inteira. Antes do assentamento dos blocos, em caso
de haver danificação (por culpa de veículos, pessoas, animais etc.), a área que se
encontra com defeito deve ser solta com um certo rastelo e sarrafeada novamente
com uma régua de tamanho inferior, desempenadeira ou colher de pedreiro (ABCP,
2010).
37

Figura 25 – Colher, desempenadeira e colher

Fonte: Google imagens (2019)

Conforme dito por Carvalho (1998), a camada em que será assentada é


composta por areia, tendo silte com no máximo 5% e argila (em forma de massa) e,
deve ter material que foi retido na peneira de 4,8 mm de abertura com no máximo de
10%, como é mostrado na tabela 1.

Tabela 1 – Faixa de granulometria determinada para a camada de assentamento


das peças

Fonte: Carvalho (1998)

Consequentemente, maioria dos defeitos que são apresentados


prematuramente dos pavimentos feitos com intertravados estão associados com
uma má qualidade de execução da camada em que irá se assentar (FIORITI, 2007).

5.4 – REVESTIMENTO

O revestimento recebe diretamente o carregamento de tráfego transferindo


esforços para as camadas inferiores. De maneira geral o revestimento é
economicamente mais caro por ser constituído de material resistente ao desgaste.
38

Subjetivamente ao revestimento são atribuídas características tais como aparência e


acessibilidade (LUÍS, 2017).
Conforme ABCP (2010), o momento em que se coloca é definida como uma
das etapas mais cruciais de toda a construção do pavimento, no qual é responsável,
em uma boa parte, pela qualidade apresentada no final. A partir dela que irão
depender alinhamento do padrão de assentamento, largura das juntas, níveis,
regularidade da superfície etc., que são essenciais para que haja um acabamento
desejável e uma boa durabilidade do pavimento. Por ser uma atividade manual, no
qual participam muitas pessoas, é de suma importância que tenha um rigoroso
controle das atividades.

Figura 26 - vista da padronagem da calçada a ser executada

Fonte: Próprio autor (2019)

Segundo a ABNT NBR 15853/11, o momento da execução em que se vai


assentar as peças de concreto deve seguir tais parâmetros:
 A primeira fiada deve ser assentada conforme o que foi estabelecido em
projeto, sempre respeitando o alinhamento previamente no qual foi marcado e
o esquadro;
 Através dos meios manuais ou mecanizados é como podem ser assentadas
as peças, no qual deve ser executada sem que modifique a espessura e
uniformidade da camada em que se assenta;
 Executar os devidos ajustes das peças seguindo o alinhamento, no qual
deve-se manter as espessuras das juntas de maneira uniforme;
39

 Na camada de assentamento não pode haver o arraste das peças até chegar
na sua posição final;
 As linhas-guias devem ser mantidas à frente no qual se refere a área de
assentamento das peças, onde se verifica regularmente o alinhamento nos
sentidos longitudinal e transversal.

De acordo com a ABCP (2010), o correto alinhamento dos blocos é uma


maneira de indicar a sua qualidade desejável (dimensões uniformes) e no que se diz
a atenção que foi dada durante a etapa de construção do pavimento. Não há
diferença no rendimento do trabalho entre executar a colocação dos blocos de forma
cuidadosa no seu alinhamento ou deixá-los à mercê dos desvios no qual possa
ocasionar o procedimento utilizado, porém o resultado obtido, tirando como base o
ponto de vista estético, será muito diferente.
Conforme Fioritti (2007), não pode haver deslocamento dos blocos já
assentados no momento da colocação dos pavers e, também, no que se diz respeito
a camada de assentamento já nivelada, não poderá haver deformação da mesma.

Figura 27 – Assentamento dos blocos intertravados de concreto

Fonte: Próprio autor (2019)

A média que deve existir entre as juntas dos blocos tem que ter 3 mm (três
milímetros), onde o apresente o mínimo de 2,5 mm (dois vírgula cinco milímetros) e
máximo de 4 mm (quatro milímetros). Em alguns casos, os blocos já têm
separadores facilitando a correta separação das juntas. Os blocos não podem ser
40

executados apresentando suas juntas muito fechadas, ou seja, não podem estar
juntas de forma que não seja desejável, de maneira excessiva (ABCP, 2010).

5.5 – AJUSTES E ARREMATES

Conforme a ABNT NBR 15853 (2011), deve haver a execução dos ajustes e
arremates na camada de assentamento de revestimento após ter concluído o
assentamento das peças inteiras em cada trecho da frente do serviço, no qual é de
extrema importância para um bom aproveitamento dessa etapa utilizar a serra de
disco com no qual seja de material diamantado.
Não se deve utilizar pedaços de blocos no qual não apresente ¼ do seu
tamanho de origem; nessas ocasiões, no que se refere ao acabamento deve ser
executado com argamassa caracteristicamente seca (uma parte de cimento para
quatro de areia), buscando sempre proteger os blocos que estão ao lado com papel
que apresente material grosso e fazendo-se, com uma colher de pedreiro, as juntas
que existiram em caso fosse utilizado peças de concreto, inclusiva aquelas junto ao
confinamento (ABCP, 2010), conforme mostra a figura 28.

Figura 28 – Execução dos ajustes e arremates da calçada

Fonte: Próprio autor (2019)


41

5.6 – REJUNTAMENTO

De acordo com a ABNT NBR 15953 (2011), deve-se espalhar o material de


rejunte sobre o pavimento, material estando seco, no qual forme uma camada fina
regular; onde a execução do preenchimento das juntas deve ser feitas através do
processo de varrição, até que as juntas sejam totalmente preenchidas. Livre de
materiais friáveis, torrões de argila e impurezas de natureza orgânica (OLIVEIRA,
2010).
A selagem das juntas (seu preenchimento com areia) é necessária para o
bom funcionamento do pavimento. Por isso, é importante empregar o material
adequado e executar a selagem o melhor possível, simultaneamente com a
compactação final do pavimento. Se as juntas estiverem mal seladas, os blocos de
concreto ficarão soltos, o pavimento perderá intertravamento e se deteriorará
rapidamente. Isso se aplica tanto a pavimentos recém-construídos quanto a antigos
(ABCP, 2010), conforme mostra a figura 29.

Figura 29 – Areia de rejunte sobre a calçada

Fonte: Próprio autor (2019)


42

6 – METODOLOGIA

A descrição da pesquisa de uma metodologia é:

Atitude e teoria de uma prática onde se busca


de maneira constante uma definição de um
processo intrinsecamente no qual inacabada e
permanente. No qual é uma atividade básica das
ciências onde se busca a descoberta da
realidade e a sua indagação. Uma atividade que
busca uma aproximação de forma sucessiva da
realidade que jamais se esgota, gerando
particularmente uma combinação entre teoria e
dados (MINAYO, 1993).

No trabalho abordado, foi desenvolvido um trabalho qualitativo, no qual


todas informações aqui abordadas foram retiradas de livros, teses, artigos, na
busca das melhores e mais confiáveis informações.
Todas as imagens capturadas pelo autor, foram tiradas diretamente no
campo das determinadas obras apresentadas, no intuito de mostrar com clareza
as etapas das execuções.

6.1 - CARACTERIZAÇÃO DA OBRA

As obras escolhidas para serem objetos de estudo foram obras de


pavimentação no qual estão localizadas na capital paraibana, no qual onde João
Pessoa é determinado como o mais predominante no estado no que se refere à polo
financeiro e econômico. Onde apresenta uma população, estimada em 800.323
habitantes de acordo com o levantamento feito em 2018, no qual se apresenta como
a oitava cidade mais populosa da Região nordestina e ficando na 23º (vigésima
terceira posição) do Brasil, e sendo no seu estado, o com a maior população. No
qual é Ilustrado pela Figura 30.
43

Figura 30 – Localização da capital paraibana

Fonte : Abrantes (2017)

A obra que irá utilizar o método de intertravados está localizada na avenida


Cabo Branco, local turístico de muita movimentação. Cabo Branco é caraterizada
por ser um bairro nobre onde se localiza no lado extremo da Zona Leste, na capital
paraibana, João Pessoa. Sua avenida principal (avenida Cabo Branco) recebe seu
nome homônimo e se encontra paralelamente à praia, no qual é localizada a maior
parte do comércio. Avenida essa bastante utilizada para a prática de atividade física
como: ciclismo, caminhadas e corridas, no qual ilustra a Figura 31.

Figura 31 - Localização da Avenida Cabo Branco


44

Fonte: Google Maps (2019)

E a obra seguinte no qual foi utilizado o método de execução de concreto


convencional, está localizado na Avenida Ministro José Américo de Almeida, mais
conhecida como Avenida Beira Rio. Essa avenida é dividida em dois trechos que foi
executado com maneiras diferentes de pavimentação. O trecho que usa o mesmo
método adotado pela obra anterior (cabo branco), o método de intertravados
(pavers) vai do Lyceu Paraibano até o Hospital Alberto Urquiza Wanderley. Já o
trecho executado através do método de concretagem convencional, tem início no
Hospital Alberto Urquiza Wanderley e vai até a antiga “pomba gira” que dá acesso
ao bairro do Altiplano, no qual ilustra a Figura 32.
Figura 32 – Localização da Avenida Ministro José Américo de Almeida

Fonte: Google Maps (2019)

7 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
45

7.1 – CALÇADA REVESTIDA COM CONCRETO CONVENCIONAL IN LOCO


EXECUTADA

Todas etapas de execução foram acompanhadas in loco, no qual através de


normas e manuais foram possíveis seu acompanhamento adequado, onde sempre
auxiliado pelo engenheiro responsável e o mestre de obra.
Após o fim de cada etapa de onde teve início da preparação do subleito, que
também pode ser denominada como a “fundação” do pavimento, onde foi utilizado o
solo existente em caso de boas condições, onde passava apenas por regularizações
e compactação, mas, quando não possível o solo do local, era adicionado solo novo,
no qual o mesmo procedimento de regularização e compactação era feita.
Logo após executado o subleito, dava-se início a colocação das contenções
laterais, no qual foi utilizado meio fio, onde eram colocado no decorrer dos bordos da
pista com altura de no mínimo 15cm (quinze centímetros) acima da superfície do
asfalto, sempre buscando a correta colocação no seu correto engastamento para
que se evitasse o tombamento.
Em seguida, a camada de base, no qual foi utilizado areia como seu material
de preenchimento por atender os requisitos assim estabelecidos pelo projetista.
Assim que executado a regularização do terreno e após compactado, havia a
colocação das fôrmas no qual sua finalidade é a de juntas de dilatação da calçada,
sendo executadas com ripamento tendo espaçamento de no máximo 2m (dois
metros) de um para o outro.
E por fim, o despejo do concreto convencional na calçada feito através da
presença de caminhão betoneira, onde acompanhado de profissionais capacitados
onde tinham a responsabilidade do correto sarrefeamento do concreto com o uso de
régua metálica, sempre na busca da melhor execução possível, onde tinha a
fiscalização do estagiário, mestre de obra e engenheiro.
Conforme mostram as figuras 31 e 32, temos o resultado da calçada já
executada.

Figura 33 – Calçada revestida com concreto convencional executada


46

Fonte: Próprio autor (2019)

Figura 34 – Calçada revestida com concreto convencional executada

Fonte: Próprio autor (2019)

7.2 – CALÇADA REVESTIDA COM INTERTRAVADO DE CONCRETO

Etapas aqui mostradas foram supervisionadas diariamente no âmbito do


campo de atuação, onde sempre auxiliado pelas normas e manuais vigentes do
revestimento abordado acima, onde o engenheiro responsável e mestre de obra
sempre fiscalizando e auxiliando nas execuções.
47

Dada início a execução do subleito, também conhecida como a “fundação” do


pavimento, o subleito por condições favoráveis, não foi preciso adição de material,
sendo possível apenas a sua regularização e compactação.
Após passada a etapa de regularização e compactação, iniciava-se a colocação das
contenções laterais, onde foi utilizado meio fio, com o intuito de manter as peças e o
material de rejuntamento na sua adequada posição sempre procurando o correto e
satisfatório intertravamento, onde se deve obedecer a colocação do meio fio 15cm
(quinze centímetros) acima do pavimento do asfalto.
Então iniciava-se uma das partes mais importantes, a execução da camada
de base, no qual foi utilizado como base o pó-de-pedra, onde sua colocação sempre
acompanhada de regularização e compactação, realizada por profissionais
capacitados com os equipamentos necessários em mãos.
Logo após executadas todas as etapas acima citadas, enfim a base se
encontrando em plena capacitada de recebimento das peças de intertravados,
seguindo uma sequência decidida em projeto, iniciava-se a sua colocação, onde o
profissional capacitado para tal procedimento era encarregado tendo auxílio de um
ajudante.
Depois de concluído a etapa de ajustes e arremates, onde foi possível devido
a utilização de marquitão com disco de material diamantado, onde foi fiscalizado as
peças corretas para tal procedimento, não sendo possível a utilização de pedaços
de blocos inferior a ¼ do seu tamanho original.
E por fim, a etapa de rejuntamento da calçada onde foi utilizado areia no qual
deve se encontrar seca livre de materiais friáveis, torrões de argila e impurezas
orgânicas. Onde o preenchimento das juntas sendo possível através da utilização de
vassourões, no qual era feito o procedimento de varrição.
Conforme mostram as figuras 33 e 34, temos o resultado da calçada
executada.

Figura 35 – Calçada revestida com intertravado executada


48

Fonte: Próprio autor (2019)

Figura 36 – Calçada revestida com intertravado executada


49

Fonte: Próprio autor (2019)

7.3 – ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A CALÇADA DE CONCRETO X


INTERTRAVADO DE CONCRETO

Os dois métodos aqui mostrados, são revestimentos que quando executados


são satisfatórios para o qual são dimensionados, desde que se respeite tudo que for
proposto em projeto, no qual se utilize o material adequado auxiliado por
profissionais totalmente qualificados.
O revestimento de intertravado de concreto precisa de mão de obra um pouco
mais qualificada, por o assentamento dos blocos de concreto precisarem de mais
experiência na área, no qual não pode haver erro no momento em que se executa
tal assentamento. Pois caso se faça de maneira irregular irá prejudicar o
revestimento onde posteriormente irá causar prejuízo no que se refere a futura
manutenção, vindo a ocorrer prematuramente. Porém, em contrapartida, os blocos
de concreto tem um bom custo beneficio, sem contar que é um componente que tem
como característica a sua resistência ao desgaste, onde o valor do metro cubico
varia de acordo com a cor, como mostra a Figura 37; onde também é acrescido o
valor da mão de obra, onde nesse tipo de procedimento é pago 2 reais por metro
para o pedreiro.
Figura 37 – Custo do intertravado colorido e natural
50

Fonte: Empresa executora (2019)

Já o método de concreto, se trata de um procedimento mais simples, no qual


basta apenas que tenha um pouco de experiência no quesito de sarrafeamento,
método esse que não precisa de mão de obra qualificada, visto que é um
procedimento no qual qualquer um pode realizar o mesmo. Porém, tem um custo um
pouco elevado, no qual se usa diversos materiais como: areia, brita, concreto; e sem
contar no custo da mão de obra. No qual mostra a Figura 38 a composição de custo.
Figura 38 – Composição de custos da calçada de concreto

Fonte: empresa executora (2019)

Ambas as Figuras 37 e 38 foram cedidas pelo engenheiro responsável, afim de


mostrar com mais clareza a análise de custo.
51

8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

No trabalho abordado, a importância de seguir como foco principal a


execução das calçadas foi para que fosse visto o seu real valor a cidade. Construir
de maneira qualificada esse primordial espaço público é de real valor para o
desenvolvimento da cidade, que deveria ter um caráter menos fragmentado, sem
visões que limitem apenas na sua demanda, e sim com uma visão mais ampla em
compatibilizar todas as calçadas da cidade para que assim possa funcionar como
espaço facilitador da vida social como um todo. É de suma importância ampliarmos
nossa visão e perceber o real problema que todas as cidades vivem com relação a
calçadas mal executadas, pois todos, em algum momento de sua vida, irá utilizar de
tal espaço. Só a partir dai, que irá sempre buscar profissionais que prezem com uma
correta execução.
52

Os pedestres são os beneficiados com a correta execução de uma calçada


descente, que ai sim possa garantir o seu direito de ir e vir em segurança e conforto.
Existem bons exemplos a serem seguidos, porém, só isso não suficiente, pois é
preciso que o devido problema de más execuções sejam pautados e trabalhados de
maneira corriqueira e pontual em cada cidade, e enfim colocados em prática para
atender a realidade cotidiana.
No que se diz respeito ao controle das etapas da execução das camadas,
deverá garantir que sejam atendidas todas as especificações de materiais e serviços
apresentados em normas e manuais, no qual seja possível que o pavimento
apresente melhor desempenho possível, atendendo ao tráfego para o qual foi
dimensionado.
Após a conclusão do trabalho, fica explícito a importância de se realizar
todas as etapas do projeto de maneira clara e correta. No qual que as condições dos
pavimentos das calçadas afetam diretamente a sociedade, podendo ser de forma
positiva ou de forma negativa.
Por fim, por meio desse trabalho é recomendado que todos repensem de
forma a que se possa escolher uma gestão que olhe pelos interesses dos cidadãos,
onde uma simples execução correta de calçada facilita a vida de todos.

REFERÊNCIAS

ABCP. Guia prático para a construção de Calçadas. 2015.

ABRANTES. ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ANTE PROJETO


ARQUITETÔNICO UNIFAMILIAR COM CONCEITOS SUSTENTÁVEIS
INTEGRADOS. João Pessoa, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND – ABCP. Manual de


Pavimento Intertravado: Passeio Público. São Paulo, 2010.

BALBO, J. T. Pavimentação asfáltica: materiais, projetos e restauração. Oficina de


textos, São Paulo, 2007.
53

BATTAGIN, A.F. Uma breve história do cimento Portland. 2007. Disponível em


<http ://www.abcp.org.br/basico_sobre_cimento/historia.shtml> Acesso em: 25 maio.
2019

Brasil. DECRETO Nº 58.611, DE 24 DE JANEIRO DE 2019. Critérios para


padronização das calçadas, p.3. 2019.

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