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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico: Lucas Borssodi Serafim R.A.: 20016865-5

Curso: Licenciatura em Matemática

Disciplina: Análise Matemática

Valor da atividade: 3,5 pontos Prazo: 01/10/2021

Instruções para Realização da Atividade


1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o trabalho de
ambos sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, renomeie
e envie em forma de anexo no campo de resposta da atividade MAPA;
5. Formatação exigida para esta atividade: documento Word, Fonte Arial ou Times New
Roman tamanho 12, Espaçamento entre linhas 1,5, texto justificado;
6. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referencie conforme as normas da
ABNT;
7. É necessário responder as DUAS PARTES da Atividade.
8. Os cálculos e fórmulas devem ser realizados no próprio arquivo word (TEMPLATE
disponível no Material da Disciplina). Para isso utilize o EQUATION, que é a
ferramenta inserida no próprio word, ou outra ferramenta disponível. NÃO SERÃO
ACEITOS TRABALHOS FEITOS À MÃO E INSERIDOS NO ARQUIVO.

Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador.

Bons estudos!

PARTE 1 – Teorema do Valor Intermediário.


a) Enuncie e Demonstre o Teorema do Valor Intermediário para
funções reais de uma variável real.

Seja f uma função f contínua no intervalo fechado [a,b] → ℝ. Se f(a) <d<f(b),

com f(a) ≠ f(b). Então existe um valor c ∈ (a,b) tal que f(c)=d.

Demonstração: Caso particular.

Seja f: [a,b] uma função contínua qualquer tal que f(a) < 0 e f(b) > 0. Vamos

mostrar que existe um número c ∈ (a,b)de forma que f(c)=0.

Temos os intervalos:

I 0= [a,b]
I 1=[a1,b1]
I 2=[a2,b2]

I n= [a n,b n]

Observemos que o comprimento do intervalo tende a zero, com n tendendo


(a , b)
ao infinito, pois |ln|= n
2

E ainda que: I 0 ⊇ I 1 ⊇ I 2 ... ⊇ ln

Com isso podemos utilizar Teorema dos Intervalos Encaixados, que diz:
Seja ln= [na,bn], n=1,2..., uma família de intervalos fechados e encaixados,
isto é I 0 ⊇ I 1 ⊇ I 2 ... ⊇ ln ⊇... Então Existe pelo menos um número c pertencendo a
todos os intervalos ln (ou, o que é o mesmo, c ∈ l1∩ l2 ... ∩ ln ∩...).
Se além das hipóteses feitas, o comprimento |ln|= bn – na do n-ésimo
intervalo tender a zero, então o número c será único, isto é l1∩ l2 ... ∩ ln ∩... = {c}.

Logo, como I 0 = [a,b] ⊇ I 1 ⊇ I 2 ... ⊇ ln, pelo Teorema dos intervalos


encaixados sabemos que a interseção desses intervalos é um único ponto c.
Podemos observar ainda que c é interior ao intervalo I 0.Ou seja, não é um
ponto dos extremos e portanto c ∈ (a,b).

Demonstração por absurdo:


Agora precisamos provar que f(c)= 0.
f(a n) < 0 e f(b n) > 0.
Vamos supor, por absurdo, que f(c) > 0.
Como f é contínua, existe uma vizinhança (Vδ) de c na qual a função é
positiva.
Ou seja, existe um intervalo A= (c-δ,c+δ) tal que f(x) > 0 ∀ x ∈ A. Esse
resultado é um absurdo, pois com n suficientemente grande então ln ⊂ Vδ e f(na) <
0.
O resultado para f(c) < 0 é análogo.

Demonstração: Caso geral TVI

Demonstrado o caso particular, vamos provar agora o TVI geral:


Seja f:[a,b] uma função contínua tal que f(a) < d, f(b)> d.
Vamos considerar uma função auxiliar tal que g(x)= f(x)-d à fim de transladar
nosso problema para o zero.

Sabemos que g é contínua, pois f é contínua. Além disso, temos que g(a) <
0, pois g(a)= f(a) - d < 0 uma vez que f(a) < d, e g(b) > 0, pois g(b) = f(b) - d e f(b) >
d.
Logo, pelo demonstrado no caso particular, sabemos que existe c tal que
g(c)= 0.
Assim, g(c)= 0, então:
g(c) = f(c) – d
0= f(c) – d
f(c) = d CQD
b) Dentre as hipóteses do Teorema do Valor Intermediário,
existe uma condição muito importante que garante a
existência de tais pontos. Qual é essa hipótese?

A condição muito importante dentro das hipóteses do Teorema do Valor


Intermediário é a hipótese que a função f é contínua no intervalo.

c) Enuncie pelo menos um corolário diretamente ligado ao


Teorema do Valor Intermediário.

Uma função real contínua em intervalos aberto onde f:[a,b] → ℝ e f(a) e f(b)
tem sinais opostos, então existe pelo menos c entre a e b tal que f(c) = 0.

C ∈ (a,b) onde f(c) = 0.

d) Resolva a seguinte situação-problema.

O queniano Eliud Kipchoge se tornou o primeiro atleta a


correr uma maratona em menos de duas horas. O campeão
olímpico e recordista mundial marcou o tempo de 1 hora 59
minutos e 40 segundos neste sábado, em evento preparado
especialmente para a tentativa em Viena, na Áustria. Kipchoge foi
apoiado por 36 outros corredores que o acompanharam em grupos
alternados.

Disponível em: <https://veja.abril.com.br/esporte/eliud-


kipchoge-se-torna-primeiro-a-correr-uma-maratona-em-menos-de-
2-horas/>. Acesso em Out. 2019
Sabendo que uma maratona possui um percurso de 42,195
km, prove que, em pelo menos dois momentos distintos da corrida,
a velocidade instantânea de Eliud era de 5 metros por segundo.

V2= Vo2+2a

Onde, V = Velocidade Instantânea.

Vo = 0

t= 7180 segundos

d
d = v.t → v = onde,
t

d = 42195 m

Sendo assim,

V2 = 2a
Temos:
2
v2 d
a =2 portanto: v
2
= 2t
2

42195
V=
7180
= 5,876 m/s é a velocidade média do corredor.

Portanto, pelo Teorema do valor intermediário como a função v(t) é constante


tem que o corredor teve uma velocidade média de 5,876 m/s, com isso
podemos concluir que o corredor antes de atingir a velocidade média de 5,876
m/s ele em um determinado instante atingiu a velocidade de 5 m/s, e ao reduzir
a velocidade em outro instante após atingir a velocidade média ele atingiu
novamente a velocidade de 5 m/s. Com isso podemos concluir que o corredor
em pelo menos dois momentos distintos o corredor estava com a velocidade
de 5 m/s.
PARTE 2 – Teorema do Valor Médio.

a) Para a demonstração do Teorema do Valor Médio, um outro


teorema (também conhecido por um nome) é utilizado. Qual é
esse Teorema? Enuncie o Teorema em questão.

O teorema utilizado para demonstrar o Teorema do Valor médio é o Teorema de


Rolle. Que diz:

Dada uma função f:[a,b] → ℝ com f contínua e derivável em ] a,b [ , tal que f(a)=

f(b). Então existe c ∈ ] a,b [ tal que f´(c) = 0.

b) Agora que já sabemos qual é o Teorema necessário para


demonstrar o Teorema do Valor Médio, enuncie e demonstre o
Teorema do Valor Médio (de Lagrange). (Pode, quando
necessário, apenas citar o teorema visto anteriormente)

Enunciando o Teorema de Rolle:

 Função contínua em um intervalo [a,b]


 Derivável em (a,b)
 f(a)=f(b). Então existe pelo menos um ponto c ∈ (a,b) tal que f´(c)=0
Enunciado Teorema do Valor Médio:

Dada uma função contínua f definida num intervalo fechado [a,b] e


diferenciável em (a,b), existe algum ponto c em (a,b) tal que

f ( b ) −f ( a)
f´(c) = b−a .
Considerando a reta que passa pelos pontos (a,f(a)) e (b,f(b)). Temos que ela é a
função:
f ( b ) −f ( a)
t(x) =
b−a
. (x-a)+f(a)

Seja g(x)= f(x)- t(x) temos que :


g(x) = f(x) – ( f ( bb−a
)−f (a)
.( x−a)+ f ( a) )

Quanto x= a

g(a)= f(a) - ( f ( bb−a


)−f (a)
.( a−a)+ f (a) )=0

Quando x=b, temos:

g(b)= f(b) - ( f ( bb−a


)−f (a)
.(b−a)+ f (a) )=0

Com isso temos que g(a)= g(b).

Como tanto f(x) quanto t(x) são funções continuas em [a,b] e deriváveis em (a,b) a
função g que é a diferença entre f(x) e t(x) ela também possui essas características.
Logo, podemos usar o Teorema de Rolle, tal que g´(c)=0

Temos g´(c)= f´(c) - [ f ( b )−f (a)


b−a ]
0= f´(c) - [ f ( b )−f (a)
b−a ]
f´(c) = [ f ( b )−f (a)
b−a ]
Isso conclui a demonstração do Teorema do Valor Médio.
c) Resolva a seguinte questão:

Considere uma função f : R → R diferenciável em todo o seu domínio, tal


que f ' ( x ) ≤ x , ∀ x ∈ R . Se f ( 0 )=2, então, pelo Teorema do Valor Médio,
determine o valor máximo de f (4 ).

f´(x) ≤ x ∃ c ∈ (0,4): 0< c < 4


f´(c) ≤c
f(0)= 2

f ( 4 )−f (0)
f´(c) = 4−0 para f(0)= 2 e f´(c) ≤c temos:

f ( 4 )−2
c≥ 4 para c≥ 4 , temos:

f ( 4 )−2
4≥ 4

16 ≥ f ( 4 ) −2

f(4) ≤ 18
Esse é o valor máximo de f(4).

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