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Taro de Marselha
Taro de Marselha
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© 2000 EDITORA SÉCULO XXI LTDA. ® ESec21 Editora Século XXI Ltda.
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A CHAVE DO TARÔ
DE MARSELHA
© 2000 EDITORA SÉCULO XXI LTDA. ® ESec21 Editora Século XXI Ltda.
CHAVE DO TARÔ DE MARSELHA
PARTE I
INTRODUÇÃO
O Tarô
As Origens Primitivas do Tarô
Interpretação e aspectos positivos do Tarô
Os arcanos maiores do Tarô
Os arcanos menores
Simbolismo das cores no Tarô de Marselha
Simbolismo Hermético dos 22 arcanos do Tarô
PARTE II
OS 22 ARCANOS MAIORES DO TARÔ DE MARSELHA
PARTE III
O Naipe de Espadas
O Naipe de Copas
O Naipe de Ouros
O Naipe de Paus
PARTE IV
MÉTODOS DE TIRAGEM NO TARÔ
ÚLTIMA PÁGINA
PARTE I
INTRODUÇÃO AO TARÔ
No século XV todo tipo de baralho foi combatido pelo clero, e o tarô, como os
demais baralhos, não escapou de ser tachado de obra de Satanás destinada a corromper
os homens e conduzi-los à idolatria. Todavia, os humanistas, bem menos rigorosos e
bem mais esclarecidos e inteligentes, viam no tarô uma forma encoberta das antigas
tradições.
Em 1781, Anthony Gébelin examinou o baralho e concluiu que sua origem proce-
dia mesmo do Egito antigo, e que seu nome derivava de TAR, que tem o significado de
caminho, estrada ou ROTA, mais RO, = rei ou real, de modo que, em última instância,
tarô quer dizer “Caminho Real”. Note-se também a coincidência: os 22 arcanos maiores
equivalem ao mesmo número de letras do alfabeto hebreu; e ainda aos 22 capítulos do
Livro do Apocalipse.
O tarô é também uma profecia de alcance mundial e pessoal e isso será objeto de
um futuro livro que estou para lançar.
Eliphas Levi, como já foi dito, é o codificador do tarô moderno. Um de seus discí-
pulos, Jean Baptiste Pitois, cujo pseudônimo era Paul Christian, concordava com seu
mestre quanto à origem egípcia do baralho, e afirmou que o candidato à iniciação era
conduzido por um corredor onde estavam expostos os 22 arcanos – 11 de cada lado –
recebendo instruções sobre o significado arcano de cada um deles.
O tarô é um dos mais antigos jogos de cartas, e nele funciona um mundo de sím-
bolos. Não se pode duvidar de seus ensinos esotéricos secretamente transmitidos por
séculos. A decifração de suas origens é muito difícil, senão impossível de resolver. Des-
de Court Gébelin, no século XVIII, que era um apaixonado pela sua interpretação, vá-
rias teorias foram desenvolvidas. Que veio da China, das Índias, do Egito, que é o
mesmo trabalho de Thoth-Hermes Trismegisto, o baralho dos boêmios, dos alquimistas,
dos cabalistas, ou de um grande sábio entre muitos sábios.
Fato é que o Tarô, com a iconografia que conhecemos hoje, apresenta um figurino
distintamente medieval, e vários símbolos do cristianismo. Sob sua forma mais tradicio-
nal, o Tarô de Marselha, este jogo está composto de 78 lâminas: 22 arcanos maiores, ou
principais, e 56 arcanos menores, ou secundários. Arcano quer dizer misterioso, oculto.
Estes números merecem um exame. Notemos primeiro que o número 22 é o mes-
mo das letras hebréias que, de acordo com a Cabala, o Universo se mostra. Este número,
no tarô, é, de fato, de vinte e um arcanos numerados, mais O Louco. O número 21, ou 3
x 7, que se recorde, representa O Mundo. Não é difícil perceber que o arcano O Louco
está ajustado para dar animação a esta perfeição.
Os 56 arcanos secundários, chamados arcanos menores, estão divididos em quatro
grupos, que se poderia dizer estão dispostos como 4 colunas de quatorze lâminas.
A interpretação pode começar a partir de uma única carta dos arcanos maiores. Es-
sa carta receberá as influências das outras cartas que, em sendo sequencialmente tiradas,
são colocadas a seu lado.
Fundamentalmente, uma leitura ou tiragem de tarô começa com um questionamen-
to íntimo e não pronunciado pelo consulente, a respeito do assunto que ele quer ver re-
solvido ou conhecido. O tarô enviaria mensagens inconscientes ao exterior, reorientando
o consulente para uma nova tomada de postura. Na verdade, a pessoa liberaria material
inconsciente, e o tarô seria o caminho – o caminho real – para o autoconhecimento, faci-
litando ao consulente lidar melhor com suas angústias, projetos e crises existenciais. Por
exemplo: ao sair uma carta como A MORTE, o consulente reage frente ao seu simbo-
lismo, exteriorizando seu medo a tão funesto acontecimento. Quando o consulente a vê,
pode automaticamente ligar a carta a uma morte próxima - sua ou de alguém que ama
ou lhe está próximo. Todavia, o sentido dessa carta, aparentemente tenebrosa (a ponto
de fazer com que alguns intérpretes mudassem o seu nome ou a excluíssem do jogo),
depende de suas relações com outras cartas que lhe estão próximas, podendo até, com
isso, ser benéfica. Está justamente aí a magia do tarô!
O tarô teria ainda a magia de fazer brotar no consciente do consulente intuições
barradas por conceitos errados. Essa magia é estimulada pelo conhecimento inconscien-
te que todos nós temos dos símbolos. É evidente que isso não acontece com qualquer
jogo de cartas de tarô, que são inúmeros. Nesse ponto, é imperioso afirmar que o tarô de
Marselha é o único que ainda conserva informações hereditárias arcanas mais próximas
do tarô original.
Não se pode dizer que pelo tarô se pode prever o futuro. Melhor seria dizer que
pelo tarô se traçam coordenadas – tendências – futuras, caminhos reais e posicionamen-
tos psicológicos que fazem com que o consulente veja o problema ou desejo por outro
ângulo, solução que em sua mente comum estava barrada. O tarô indicaria as conse-
quências futuras de nossos posicionamentos psicológicos no passado e no presente, reo-
rientando o consulente no caminho a seguir. Esses posicionamentos psicológicos - mui-
tas vezes imperceptíveis -, ainda que aconteçam no nível consciente, determinam as
tendências futuras. É nisso que o simbolismo do tarô é de rara valia, mostrando os as-
pectos da personalidade que serão as atuantes e atenuantes do futuro.
Os esclarecidos vêem no Tarô o que seu termo significa: O Caminho Real – o ca-
minho de GeoHeva, que experimenta conscientemente a ele mesmo – o único deus em
TODO, capaz do bem e do mal, este último acima do primeiro, porque “GeoHeva colo-
cou a terra acima do céu”.
Os 22 arcanos do tarô representam o drama da viagem espiritual do ser humano-
GeoHeva, desde sua tomada de consciência, quando caiu no “pecado”, representado na
teologia na estorinha da queda de Lúcifer, este Lúcifer que, na verdade, é o arcano O
LOUCO, e não o arcano 15, O DIABO, como se pensa. Lúcifer, sendo precipitado na
terra por sua loucura em desafiar a ordem estabelecida, obrigou o homem a ser expulso
do paraíso. Um rebelde, sim... mas ainda um anjo! Lúcifer então encarna o ser humano,
pelo que se diz que Lúcifer é um rebelde... mas, ainda um anjo! Pelo que, então, o ser
humano, sempre direcionado à maldade, tem dentro de si todo o Amor do universo, mas
não se conhece, não conhece a sua verdade, razão pela qual Jesus sabiamente disse:
“Conhecei a verdade e ela vos libertará”. Decididamente, esta verdade está embutida
no simbolismo dos arcanos maiores do tarô. Quando essa verdade for conhecida – e ela
será algum dia compartilhada pelos homens, depois dos dias do Armagedom – então
será como dizem as promessas da Bíblia: não haverá mas pranto ou dor, e nem mesmo a
morte – a ciência terá vencido a si mesma!
Esta é então a viagem que o ser humano – O LOUCO - tem que fazer, para passar
de uma esfera de atuação para a outra, reverter os pólos atuais do homem-terra, e colo-
car seu céu acima de sua terra. Nesse ponto nos tornamos co-criadores com a divindade,
chamada na religião dos homens de Deus. É uma tarefa hercúlea, cheia de dor e de re-
compensa final para os que conseguirem mudar o seu mundo interior (arcanos O JUL-
GAMENTO e O MUNDO) e não se deixarem seduzir por uma ilusão que a queda na
matéria necessariamente causou.
O arcano O Louco, como se sabe, pode ser colocado tanto no início do jogo (nú-
mero zero) como no fim (número 22). O LOUCO, como zero à esquerda (domínio de
Lúcifer) da unidade é nulo, quando muito, diminui. Mas este mesmo zero, quando colo-
cado à direita, aumenta... aumenta... aumenta! Há que se ressaltar ainda que na numero-
logia egípcia, chamada hoje numerologia no alfabeto caldeu, o 22 é um número desfa-
vorável que indica traições, desapontamentos, falsos amigos e depressão. Em seus rela-
cionamentos numéricos devem ser evitados os números 4 (número da matéria, do cor-
po), o 6 (número dos instintos e das emoções ligadas ao sexo) e o 8 (número “Daquele”
que vem para destruir, o 8o. rei citado no livro do Apocalipse).
A imagem que O Louco nos passa é de alguém que perdeu o rumo, seus bens e sua
herança espiritual (recorde-se aqui a parábola do filho pródigo). O que restou a O
LOUCO depois de sua queda na matéria densa foi senão trapos, que ele carrega em sua
trouxa como fruto do seu pecado original, como fruto de todas as suas encarnações que
terá que passar para resgatar O TARÔ – O CAMINHO REAL. Esse pleno cumprimen-
to se realiza no arcano 21 - O MUNDO - que, em termos proféticos, indica o século do
fim deste caminho e do recomeço de um novo tarô pelo eleitos.
Então, a cada um de nós, como O LOUCO-LÚCIFER compete escolher onde que-
remos ficar: mortos e nulos à esquerda do CAMINHO REAL (porque o preço do “peca-
do” é a morte), ou vivos e transformados no caminho infinito, à direita de “Deus-Pai”,
com o Cristo (arcano 19 – O SOL). Esses últimos brilharão no reino do Pai (Pan), con-
forme nos promete Jesus, enquanto os primeiros serão precipitados no lago de fogo do
inferno do homem-terra para uma nova viagem no caminho de O LOUCO, nesta terra
que, como Jesus nos revela, é o reino de Satanás, senhor do Tempo.
Assim, os sete primeiros arcanos do tarô representam o homem físico, segundo os
princípios que encontramos expostos na Teosofia e outras verdadeiras sofias. Como fim
último, o tarô é uma profecia de alcance universal e individual, visto que o homem nada
mais é que um microcosmo que atua no macrocosmo. Todos nós somos profetas, pois a
cada momento predizemos nosso futuro, construído por nós mesmos, e fazemos o nosso
caminho real na esfinge de nossa pirâmide física.
Os sete primeiros arcanos do tarô codificam o sistema hermético universal dos ini-
ciados, denominados sete princípios do homem. Os 22 arcanos contém e contam, se-
quencialmente, a história da evolução espiritual do homem.
O MAGO representa nosso corpo físico. Embora relegado pela Religião ortodoxa,
o corpo físico é o pão nosso cotidiano capaz de transmutar pelo sacrifício – como magia
alquímica – nossa personalidade, representada no Tarô pela GRÃ-SACERDOTISA. A
IMPERATRIZ tem o mesmo simbolismo que a “rainha do sul” que veio a Jerusalém ver
Salomão, e se levantará para julgar essa geração adúltera e má (Mateus, 12): representa
as nossas ações, nosso astral que, como uma sombra, nos acompanha na vida atual e
reinam sobre o nós que acreditamos ser.
O IMPERADOR representa o corpo-emocional, a matéria viva - o corpo-
emocional que reina e impera, porque “O Senhor colocou a terra acima do céu”. Esses
quatro arcanos representam os quatro princípios terrenos. Fortes princípios, de carga
negativa.
O SUMO SACERDOTE já se encontra no nível dos princípios superiores, e perfaz
a mixagem das forças da terra e do céu, ou seja, a RAZÃO – ou livre-arbítrio. Nosso
livre-arbítrio determina tudo, é o sumo sacerdote que conhecemos como nosso eu. Res-
salte-se que a palavra sacer em latim tanto significa sacro como abominável, ou seja, o
TODO está contido em cada de um nós.
O NAMORADO representa o sexto princípio, celeste – o Amor do radioso sol (a-
qui, o símbolo do Cristo interior, em função de estar acompanhado do anjo), sempre
presente em nós, mas que, sempre ocupados que estamos com as coisas mundanas –
especialmente o apelo sexual – palidamente percebemos essa presença do Cristo em
nós.
O CARRO, o sétimo princípio, é uma reunião dos princípios inferiores da terra
com os princípios superiores do céu – a divisão da carta indica isso. Representa o Car-
ma, o fruto de nossas ações - a própria AÇÃO. Dois cavalos conduzem o carro (nossos
princípios de escolha, mal e bem). Ambos olham na mesma direção indicando que o
homem pode perfeitamente conciliar seu aspecto terreno material com o espírito divino,
à semelhança de Jesus: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um
glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justifi-
cada por suas obras” (Mateus, 11). Quer dizer: Não precisamos ser um asceta para nos
chegarmos a Deus, mas tão somente agir segundo Deus espera de nós. Supremo, o Car-
ro (que se liga ao arcano 1, o Mago - observar a semelhança da figura humana, o mesmo
olhar na mesma direção, e a posição dos braços abertos), nos conduz de acordo com
nossos juízos, fazendo A JUSTIÇA e nos levando a refletir – figurado no ERMITÃO –
sobre os nossos atos. O que fomos ou fizemos antes (vidas passadas, ou A MORTE),
determinam o andamento de nossa RODA DA FORTUNA nesta vida – o destino -
sempre traçado por nós mesmos. A Roda do Destino é fortemente influenciada pelos
três princípios inferiores – representados na lâmina pelos 3 animais: instintos, paixões e
emoções astrais. As paixões tanto nos cegam que em vez de usarmos o princípio divino
do Amor para superar o Destino, preferimos A FORÇA de nossa jovem personalidade
(a carta liga-se à Grã- Sacerdotisa) e tentamos matar um leão a cada dia para sobrevi-
vermos. Asfixiado, o homem acaba ENFORCADO na própria corda que fabricou, preso
pelos pés (seu passado cármico) e pelo mundo, de cabeça para baixo para o divino,
quando, ao contrário, deveria dirigir seu olhar para os céus. O resultado disso, como diz
a Bíblia, é o pecado, e o preço do pecado é a Morte – tanto física como espiritualmente.
É certo que quando vivemos para o mundo morremos para Deus.
Para sairmos desse estado de letargia espiritual, temos que usar A TEMPERAN-
ÇA das águas do Espírito. A temperança, a partir da humildade, é o portal do céu no
homem. Só assim poderemos superar O DIABO que habita no coração de cada um de
nós, que nos acorrenta pelos instintos (observar as partes sexuais expostas da figura) e
pelos demais princípios animais inferiores (observar os animais humanos atados, e num
nível inferior à figura central). Essa força pecaminosa em nós destrói A CASA DE
DEUS em nós, e nos cega para A ESTRELA do Amor de Deus que derrama suas águas
de misericórdia – humildemente – no rio que faz fluir a nossa vida. Desse modo, sobre a
nossa LUA – signo da personalidade terrena inferior nos mistérios – que é suportada
pelo sol (a vida), para quem os lobos da matéria uivam, brilhará O SOL do Cristo, em
nos tornarmos como crianças: “Em verdade vos digo que, se não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus, 18).
Seremos julgados pelos nossos atos, seremos postos nus diante do JULGAMEN-
TO ao qual cada um de nós será submetido. Haverá um juízo para a terra no fim do sé-
culo XX ou não muito longe do XXI (segundo o deslocamento da numeração das cartas,
que acontece conforme se posiciona a lâmina O LOUCO no início ou fim do baralho).
Os eleitos herdarão O MUNDO prometido por Deus pela boca de seus profetas, um
mundo onde o boi e o leão coabitarão em paz (vide Isaías), onde o homem divino (re-
presentado pelo anjo) e o homem animal (representado pela águia) farão as pazes, e o
homem será despido de sua capa que acoberta sua divindade, como resultado de suas
ações em suas diversas vidas na matéria. O nulo, O LOUCO, o tolo, o que caminhou
sem direção nesse mundo, os que viveram segundo suas concupiscências, e nas várias
oportunidades que tiveram para retificar o seu erro não só não o fizeram como ainda
acrescentaram mais abominações à sua Vida, para esses, como diz a Bíblia, está reser-
vado o lago de fogo.
PARTE II
OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ DE MARSELHA
I. O MAGO
PALAVRAS-CHAVE: CRIAÇÃO
O Início, esforço incansável - ação - movimento - trabalho - começo.
• Consultante homem: Pode representar uma mulher na vida deste, uma conse-
lheira, a mãe, a esposa que auxilia.
• Consultante mulher: A própria pessoa que consulta.
PALAVRAS-CHAVE - GESTAÇÃO.
Mistério, segredo guardado com prudência - sabedoria em todos os planos - sere-
nidade - objetividade - segurança - dar à luz ou gestar novas idéias - emoções ocultas
seguras - relacionamentos platônicos - renascimento - busca da verdade.
III - A IMPERATRIZ:
Influenciada por Vênus e Mercúrio, esta carta busca o encanto, a harmonia, a téc-
nica e a inteligência. Ocupando o terceiro lugar no jogo de Tarô, ela domina a dualidade
e permite a comunicação.
A Imperatriz leva a uma solução dos problemas por sua lucidez e discernimento.
Leva ao bom êxito, multiplicação e mudança. Significa comunicação, racionalidade,
dinamismo, clareza. Uma mulher de autoridade (uma matrona ou uma mãe autoritária,
mas justa). Um empreendimento que cresce. Conselhos importantes que vêm de uma
mulher. Estão ligados a esta carta o domínio feminino, o talento natural, a fertilidade, a
intuição, o poder de decisão e ação. Está ligada à personalidade. Na mitologia grega é a
poderosa Hera, a prima-dona do Olimpo, esposa de Júpiter (que se representa no Tarô
pelo Imperador). Representa os valores materiais, o domínio de um poder "da esquer-
da" - ela tem o cetro na mão esquerda. A Bíblia diz: "O alongar-se da vida está na sua
mão direita; na sua esquerda riquezas e honra" (Provérbios, 3: 16). Sua mão está aber-
ta: isso significa que se deve usar esse poder de forma receptiva e não autoritária.
IV - O IMPERADOR:
Outras representações: Pode ser uma carta ligada às Leis, assuntos de legalida-
de, com o triunfo ou vitória em favor do consulente. Pode, entretanto, tomar o efeito
reverso, conforme o andamento do jogo.
VI - O ENAMORADO:
VII - O CARRO
VIII - A JUSTIÇA
No jogo do Tarô ela este arcano está colocado em oitavo lugar. Esse número, o oi-
to, simboliza o infinito. Vênus e Saturno estão associados a esta lâmina e dão a esta car-
ta uma grande necessidade de justiça e de verdade. Esta carta indica um equilíbrio e
uma imparcialidade sem falhas.
A Justiça representa a decisão, a sentença, o resultado; mas é também uma indi-
cação de equilíbrio e igualdade.
Significa equidade, justiça irrevogável, reação, alternância. Indica um balanço
com uma recompensa ou uma punição. Assuntos ligados à lei, uma estabilização das
finanças.
Esta carta se associa à austeridade, à imparcialidade, à integridade, à disciplina, à
decisão e à prontidão. Significa a busca do equilíbrio pelo Carro da Vida - tanto na vida
prática quanto na espiritual. Ela alerta para o senso de justiça universal que todos deve-
mos ter, de que receberemos segundo nosso merecimento, que colheremos segundo o
que plantamos, agora ou em nossas vidas futuras. O broto verde que aparece no canto
esquerdo simboliza tanto a podridão que trazemos de nossas mortes anteriores como o
renascer na esperança, de modo que a justiça se torne
manifesta sobre a terra.
X - A RODA DA FORTUNA:
PALAVRAS-CHAVE: MUDANÇA
Mudança de posição - movimento - fortuna - destino - ascensão - felicidade.
XI - A FORÇA
XIII - A MORTE
O número treze, ocupado pelo arcano A Morte no jogo do Tarô, indica uma re-
construção. Apesar do nome desta carta causar temor, na verdade esta lâmina, influenci-
ada por Saturno, sublinha a moderação das coisas no tempo, e marca, de certo modo, a
fatalidade.
A Morte assinala o fim de uma época, de um período da vida; mas é também o
fim de um acontecimento. Não significa necessariamente a morte.
Malgrado seu nome, esta carta não é necessariamente negativa. Pressagia de fato o
fim de uma ação ou de um empreendimento, por outro num nível superior. É um renas-
cimento. Note-se que no antigo tarô de Marselha esta carta não tem esse nome, mas é
nomeada "O arcano sem nome". Em alguns jogos o nome da carta aparece no topo da
carta, mostrando o temor que se tem por essa carta. Essa é uma das razões do 13 ser
tomado como número de azar. No entanto outros, como o
ex-técnico da seleção brasileira, Zagallo, o tomam como
número de sorte (prefiro antes essa acepção também).
Esta carta está ligada à transformação, renascimen-
to, libertação dolorosa, mudança de país, cidade ou casa,
lucidez mental, insegurança financeira, paga dos erros.
Esse arcano não representa propriamente a morte
física, mas a superação e a transformação para algo novo.
A morte de uma situação e o renascimento consciente
para outra: a pessoa está saindo de um estado de letargia
mental e se vivificando em Deus. O oposto, porém, tam-
bém é válido, daí a duplicidade do azar e sorte.
PALAVRAS-CHAVE: TRANSFORMAÇÃO
Morte - destruição - transformação - renovação - mudança radical e necessária.
XIV - A TEMPERANÇA
XV - O DIABO
No jogo do Tarô, A Casa de Deus ocupa o 16o. lugar. O número 16 (duas vezes 8)
tem dois gumes: constrói e destrói. Esta lâmina é influenciada por Plutão, o que acentua
o aspecto violento e destruidor. Essa carta anuncia per-
turbações de natureza muito diferentes. É necessário con-
fessar um comportamento versátil é excessivo. A nature-
za ciclotímica do consulente se faz particularmente des-
norteante, pois sob sua gentileza pode se esconder uma
reação pelo menos feroz. Sobressaltos de humor podem
ser a causa de muitos conflitos. No setor profissional,
rupturas não são de se excluir.
A Casa de Deus representa reviravoltas inespera-
das, as provas, acidentes, incêndio. É á derrocada de um
empreendimento muito pretensioso, a torre de Babel. Os
projetos serão colocados a dura prova, a provas de vê-los
destruídos. É também o choque que retorna, pelo que se
deve pagar por aquilo que se fez. Ela pressagia ruína,
senão um possível resgate das faltas.
Esta carta está ligada à destruição, dificuldade, pre-
sunção, orgulho, fracasso, vaidade, timidez e malogro. O
raio do Todo-poderoso dando a paga segundo as obras de
cada um, e no corpo, em forma de doença: a torre simbo-
liza tanto um empreendimento como o corpo. A torre está edificada sobre um monte de
terra vermelha, indicando o egocentrismo do empreendimento, o orgulho ante os olhos
dos homens justos, que será derrubado pela justa ira (raio) de Deus. Indica também que
a pessoa não soube permanecer firme quando fez sua reconciliação com seu Deus inte-
rior, e está sofrendo as consequências de ter mentido para si mesma.
Generalidades - Com a lâmina 16, chega a Casa de Deus, arcano muitas vezes si-
nônimo de dificuldade, por vezes sem razão.
Em certas versões, ela leva muito justamente o nome de "A Torre", pois não é o
que representa esta lâmina? Uma torre muito sólida, que de súbito se arruína, e vê-se
que não é pouco... !
No plano fisiológico, esta lâmina se liga a um acontecimento brutal: uma queda,
um acidente, uma hospitalização… Ela encarna um ataque, um golpe inesperado, verti-
gens… De um modo geral, a Casa de Deus deve ser vista como uma advertência para se
colocar de sobreaviso! Ela pode indicar o fracasso de um empreendimento, uma discór-
dia, um embrulho, um problema inesperado e relativamente importante. Ela é a ruptura
sentimental, a licenciosidade profissional abusiva a fim de um contrato, a ruptura de
uma associação. Ela encarna o erro, o risco mal calculado, o excesso, a inadaptação, a
febrilidade, a disputa, a cólera, a ruína, a falência, as devastações e pilhagens, a doença,
os prejuízos. Pode ser uma catástrofe natural, uma guerra, uma revolução, um atentado,
uma repressão, um atentado insensato.
A Casa de Deus é muitas vezes uma experiência de vida penosa, mas que pode ser
salutar. De uma ruptura sempre nasce uma nova partida, um fim é sempre associado a
uma nova evolução ou a outra perspectiva.
EFEITOS DIVINATÓRIOS - Simboliza o desmoronamento, a reviravolta: vai-
dade destinada ao fracasso, castigo dos orgulhosos. Luta de uns contra os outros, destru-
ição de planos e sonhos, conflitos internos e externos, intrigas, submissão a vícios es-
cravizantes, doença (principalmente causadas pelo mau uso do livre-arbítrio). Pode
indicar dificuldades em todos os aspectos da existência, destruição mental e física cau-
sadas por orgulho, vaidade e autoritarismo. No plano financeiro, corte de dinheiro ou de
bens. No sentido afetivo, rejeição.
PALAVRAS-CHAVE: REVIRAVOLTA
Projetos desfeitos - ruína - catástrofe - destruição - acidentes - ruptura - aborto -
divórcio.
XVII - A ESTRELA
O número 18, lugar ocupado pela Lua no jogo de Tarô, designa uma insatisfação.
A influência lunar sublinha a passividade e o linfatismo. Esta lâmina simboliza o sonho,
a imaginação, a sensibilidade e a intuição. Indica certa atração por tudo aquilo que diz
respeito aos sonhos e desvarios, dificuldade de discernir a diferença entre o sonho e a
realidade. Também exprime falta de discernimento, que
pode conduzir na direção de situações destinadas ao fra-
casso.
A Lua representa as ilusões, os enganos, a mulher,
a mãe, o nascimento.
Esta carta reflete sentimentos de preocupação, pai-
xões enlouquecedoras. Pressagia uma situação ainda pre-
ocupante que tarda a se decantar. Indica superstições,
idéias quiméricas, mentiras. Está ligada a todo tipo de
ilusão, obscuridade, advertência, forças ocultas, desilu-
são, entorpecimento e superficialidade. Indica confusão
de sentimentos, depreciação de si, busca tola. É preciso
olhar para dentro e descobrir o que nos faz sentir de de-
terminada maneira ou o que nos mantém presos a certa
situação.
PALAVRAS-CHAVE: DECEPÇÃO
Perigo - inconstância - erro - trevas - temores - aviso - desilusão - obscuridade -
magia má influência - falsidade.
RELAÇÃO COM AS OUTRAS CARTAS: Depende das cartas que estão ao seu
redor. Normalmente esse arcano indica forças do inconsciente agindo para uma inversão
de planos. Mas pode ter um efeito reverso ou atenuado quando está na companhia de O
Sol, O Sumo Sacerdote, O Mundo, O Carro, etc. Quando esta cara aparece uma consulta
deve servir como sinal de alerta, revelando que forças ocultas estão agindo contra o
consultante.
XIX - O SOL
PALAVRAS-CHAVE: FELICIDADE
Realização - satisfação - luz - desembaraço - triunfo - sorte - sucesso - amor - ale-
gria - devoção - egoísmo, pomposidade.
XXI - O MUNDO
O número 21, lugar ocupado por esta lâmina, assinala a sabedoria e a virtude. Está
influenciada pelo Sol que traz a glória e a radiosidade. É a carta da boa estrela, de gran-
de confiança em si mesmo. Também estão associadas honras, reserva energética poten-
te, perfeccionismo de alma, e o esforço para fazer o possível para que os objetivos
sejam atingidos.
O Mundo encarna o triunfo, o sucesso, uma recompensa. É a realização, o nirvana,
a felicidade, o sucesso. É uma recompensa depois de uma vida de prova, uma felicidade
muito merecida, a realização dos sonhos. Sem conteste, é a melhor carta do jogo.
Esta lâmina está ligada à boa sorte, recompensa, re-
alização, finalização de obras, integridade e totalidade,
encontro de amor, lucidez, liberdade irrestrita e felicida-
de. Decorrente. É a realização plena e total (complemen-
to da carta anterior). A três cores (corpo, mente e alma)
se harmonizam numa mesma guirlanda, envolvendo a
mulher - Eva - a Vida do homem. Sua perna cruzada
indica a matéria, a superação da matéria, do egoísmo, o
cumprimento das promessas de Deus como se vê no livro
do Apocalipse (carta anterior, o Julgamento). As quatro
figuras que aparecem nos cantos representam os quatro
elementos da natureza (terra, fogo, ar e água) que confe-
rem equilíbrio ao mundo. Representa a síntese de tudo
que conhecemos, a vitória sobre a Morte (arcano 13).
Aqui, o reino do mundo deixa de ser de Hades (arcano
15) e se torna o reino do nosso Cristo (arcano 19).
OS ARCANOS MENORES
ESPADAS
Ás de Espadas
Três de Espadas
Quatro de Espadas
SENTIDO REVERSO – Cansaço mental ou físico, repouso forçado: que se está cons-
trangido de se afastar ou de parar. Solidão, despeito.
Cinco de Espadas
Seis de Espadas
Sete de Espadas
Oito de Espadas
O Oito de Espadas retrata uma situação de medo em função das necessidades de
escolhas. Isto pode levar o consulente a uma situação de sentir-se preso pelas circuns-
tâncias. A pessoa sente sua parcela de culpa, que agiu cegamente, mas se sente num
impasse, pois as escolhas que tem que fazer são difíceis ou desagradáveis. Aqui, ao
contrário do 7, até mesmo o tato e a sutileza se tornaram arma-
dilhas, e a pessoa se sente impossibilitada de agir por medo das
consequências. Sabe que precisa decidir, mas que qualquer
decisão será dolorosa.
O Oito de Espadas reflete principalmente os problemas
causados pelas decisões adiadas, geralmente por medo de se
ferir alguém ou a própria pessoa temer o seu futuro. Assumir
sua parcela de culpa e partir daí agir será sua melhor saída.
Nove de Espadas
Valete de Espadas
SENTIDO REVERSO - Pessoa ao redor de espírito voltado para o mal, que busca criar
problemas ao redor dela, sem o conhecimento das pessoas. Deve-se desconfiar: ela pode
prejudicar.
Cavaleiro de Espadas
Rainha de Espadas
Rei de Espadas
COPAS
Elemento: ÁGUA
Palavra-chave : SENTIMENTO
Ás de Copas
Dois de Copas
Três de Copas
Cinco de Copas
Seis de Copas
Sete de Copas
Oito de Copas
Nove de Copas
Dez de Copas
Valete de Copas
Cavaleiro de Copas
Rainha de Copas
Rei de Copas
Elemento:TERRA.
Palavra-chave: MATERIALIDADE
ÁS DE OUROS
SENTIDO REVERSO - Projeto que não decola ou que está ameaçado, tempos
difíceis no lado financeiro ou material. Falsa partida. Ouro de tolo, ilusão de alcançar a
riqueza ou o sucesso; revés financeiro. Instabilidade, ansiedade; avidez por dinheiro.
Dois de Ouros
Três de Ouros
Quatro de Ouros
SENTIDO REVERSO – Obsessão pelo dinheiro: pela falta ou por ter muito. Avareza,
rapacidade. Possessividade, controle, avareza, estagnação. Preconceituoso, cobiçoso.
Fraco espírito empreendedor e pouca originalidade, desconfiado. Problemas financeiros.
Recompensa financeira depois de sofrer uma perda.
Cinco de Ouros
Seis de Ouros
Sete de Ouros
Oito de Ouros
Nove de Ouros
Dez de Ouros
Valete de Ouros
Cavaleiro de Ouros
Rainha de Ouros
Rei de Ouros
PAUS
Elemento: fogo
Palavra-chave : CONCRETIZAÇÃO
Este naipe expressa força, poder e energia, ânimo para enfrentar qualquer situação.
Relaciona-se aos negócios e empreendimentos. Socialmente corresponde ao governo
civil, aos políticos, operários, empregados e camponeses. É um naipe enérgico, de cres-
cimento e novos começos, podendo ser construtivo ou destrutivo, conforme a numera-
ção.
O naipe de Paus representa o princípio ativo ou masculino que coloca as coisas a
caminho, e simbolizam a iniciativa de ação. Referem-se, sobretudo, ao mundo do traba-
lho, aos planos e projetos, aos movimentos.
As de Paus
Dois de Paus
POLARIDADE: positiva
POLARIDADE: positiva
Quatro de Paus
Cinco de Paus
POLARIDADE: negativa
Seis de Paus
POLARIDADE: positiva
SENTIDO NORMAL - Recompensas morais e reconhecimento pelo trabalho
cumprido. Avanço, triunfo, ganho, sucesso, vitória após a luta e o esforço. Prazer no
trabalho e nas relações de trabalho, amizades.
Sete de Paus
Oito de Paus
POLARIDADE: positiva
Nove de Paus
POLARIDADE: positiva
Dez de Paus
Valete de Paus
Em termos profissionais, esta lâmina pode indicar alguém que está se iniciando em
sua carreira, encarnando um futuro promissor, mas nem por isso isento de provocações
e problemas com outras pessoas, em função de sua inexperiência.
Em termos familiares ou afetivos: O consulente pode estar com carência afetiva,
querendo ser notado ou ter suas idéias reconhecidas. Sendo o consulente homem, pode
se tratar de alguém muito dengoso. Se jovem, pode estar procurando sua identidade
profissional ou sexual, estabelecer sua personalidade ou independência familiar. Sendo
mulher, se adolescente, a consulente está procurando sua identidade sexual e se
descobrindo como mulher. Se casada ou tendo um relacionamento estável, pode não
estar se sentindo desejada e/ou insegura quanto à presença de uma rival.
Cavaleiro de Paus
Representação Divinatória: O homem feito e antes dos 40, 45 anos, por aí. O
Cavaleiro de Paus, representando o homem, é o símbolo do desejo de novas aventuras.
É um tipo sedutor, adorado pelas mulheres, capaz de manuseá-las a ponto de ser
perdoado pelos seus deslizes. É bom de lábia, e super criativo nas desculpas, mas ele, na
verdade, só quer saborear o momento e nada mais.
Representação Prática: Uma análise fria dos fatos se faz necessária. Anuncia uma
mudança de casa, ou de emprego, porque a pessoa se sente subitamente muito limitada
dentro de seu ambiente e precisa buscar horizontes mais amplos para poder atuar.
POLARIDADE: negativa
SENTIDO REVERSO – Bom de papo adulador, que pode tentar ser escroque
conosco. Chicanas, laços quebrados, partidas e despedidas. Homem um tanto violento,
intolerante, embora generoso. Preconceito. Estresse, impaciência, imprudência.
Rainha de Paus
POLARIDADE: positiva
SENTIDO NORMAL - Mulher madura. Às vezes "diferente" das outras no mo-
do de ser, em sua origem, suas idéias, seu trabalho. Concretiza idéias e projetos. Lide-
rança empresarial. Atraente, otimista, segura, enérgica, resoluta, afável e generosa a seu
modo, quando não é contrariada. Uma pessoa amiga, que dá apoio, independente e sin-
cera. Há a possibilidade de estudos e viagens.
SENTIDO REVERSO - Mulher que pode utilizar seu poder contra os outros, se
ela se crê traída. Oposição, veemência. Pessoa obstinada, de espírito vingativo, tirânica,
que não se importa com a sorte dos outros ou capaz de virar-se subitamente contra al-
guém sem nenhum motivo. Falta de energia. O conselho desta carta, em sentido reverso,
é para o consulente procurar orientação e desenvolver sua espiritualidade.
Rei de Paus
Polaridade: negativa
JOGO DE CONSELHO
TIPO 4 ARCANOS
"Estou me relacionando com um rapaz... gosto dele mas não temos uma definição, para
nosso relacionamento, ele diz para deixarmos as coisas acontecerem para ver o que a-
contece, já decidi que não ficaria mais com ele mas após insistências resolvemos voltar,
sempre estamos juntos, ele demonstra ter carinho por mim, teve uma desilusão amorosa,
agora tem medo de algo sério. Gostaria de saber se ele vai ou não definir nosso relacio-
namento. O estranho é que trabalhamos juntos e ele não faz questão nenhuma de escon-
der que temos alguma coisa, mas quando falamos em namoro ele diz não saber até o
momento o que quer." - ROSA - 26 anos
ANÁLISE: Sua carta tirada para seu positivo - O CARRO - indica que o relacionamento
de vocês é prazeroso, mas genuinamente voltado para o lado físico. Significa também
que haverá um avanço na situação, como você deseja que haja. Será uma evolução rápi-
da, e é bem possível que já tenha acontecido nesses quase dois meses que se passaram.
O Carro indica que haverá uma mudança inesperada. Todavia, essa mudança não se
anuncia positiva, mas você verá que é uma paixão enganosa. A situação entre vocês se
esclarecerá, mas o negativo dessa relação deve imperar, e você verá as coisas como re-
almente são, não como gostaria que fosse. Você terá que expressar seu poder de decisão
e ação, deve dar a volta por cima e ser mais você, valorizar-se. É uma libertação doloro-
sa, a morte de um sonho, pelo que o arcano A MORTE pressagia uma renovação, uma
lucidez mental e um novo recomeço, em que você se dará bem, se não se entregar a
uma ilusão.
SITUAÇÃO 2 - “O homem da minha vida (minha alma gêmea) está perto ou vou de-
morar para encontrá-lo?"
“Estou me sentindo muito só, confusa, sem saber para onde ir; e o pior, com quem es-
tava noiva há 4 anos terminei, estou me envolvendo com outras pessoas, porém quero
saber se o homem da minha vida estar por vir ou é meu ex....” – MARGARIDA - 20
anos
ANÁLISE: Sua tiragem reflete a necessidade de você se acalmar interiormente, ter pa-
ciência e confiar nos seus sonhos. Não seja precipitada em qualquer decisão. O arcano
O SOL mostra que você deve expressar seu poder feminino de modo receptivo, sem
orgulho e frivolidade, atitudes que devem ser abandonadas, pois essas são forças pode-
rosas que no momento atuam justamente contra você, quando deveriam estar atuando a
seu favor. Para tanto, você precisa abrir mão do uso da força para conseguir as coisas na
área afetiva. O arcano A FORÇA, que é seu conselho, mostra que você precisa dominar
seu lado instintivo, os impulsos, para que você atue com mais suavidade no caminho
afetivo, pelo que você precisa expressar não só sua beleza física, mas também sua bele-
za interior. Se você fizer isso, com certeza encontrará o homem certo.
“Namoramos 1 ano e 7 meses, nos amamos muito: de repente tudo acabou, como num
passe de mágica: já vai fazer um ano que não estamos mais juntos, e até hoje não consi-
go me conformar com tal decisão por parte dele...” - DÁLIA – 19 anos
“Namoro com ele há 4 meses. Gosto dele e sinto que ele gosta de mim. Mas ele
é muito pouco carinhoso e não têm o mesmo nível sócio-econômico que eu, as vezes
sinto que ele é um pouco acomodado.” - JASMIM - 38 anos
SITUAÇÃO 5 - “Não tenho certeza se meu marido me amo e não sei se o amo. Às ve-
zes ficamos bem, outras nos odiamos, tenha a certeza que não quero me separar, odeio
nossa casa e sou feliz longe de tudo, menos dele”. - VIOLETA – 29 anos
..
Quatro lâminas são colocadas em cruz, deixando espaço para outra lâmina no cen-
tro; esta carta será determinada pela soma dos números das quatro lâminas da Cruz. Se
essa soma passar de 22, os algarismos desse número serão somados unitariamente, sen-
do reduzidos segundo a Teosofia. Essa lâmina é chamada de FECHADURA, e uma
quinta lâmina será tirada e colocada fora da cruz. Essa carta se chama CHAVE.
O neófito na arte do tarô pode simplesmente começar perguntando e interpretar as
respostas somente por um "Sim" ou "Não", segundo a positividade ou negatividade das
cartas (sentido comum e sentido reverso); depois, quando já estiver mais familiarizado
com detalhes interpretativos, pode buscar mais precisão nas respostas, pela extensão dos
significados e conjunções dos arcanos. Seja como for, é de capital importância saber
colocar a questão; uma questão mal-feita dará invariavelmente uma resposta malversa-
da.
Eis um exemplo de tiragem por esse método. Simuladamente, a questão teria sido
feita por uma pessoa que vem tendo problemas com algum vizinho ou está em atrito
com algum familiar, pelo que está pensando em se mudar ou sair de casa.
Questão: Devo mudar de moradia ?
A pessoa tirou as quatro lâminas, dispostas em cruz. A carta do centro - O SUMO
SACERDOTE - foi introduzida no jogo seguindo esse cálculo: 9 (número de O Ermi-
tão) + 0 (número de O Louco) + 18 (A Lua) + 14 (A Temperança) = 41 = 4 + 1 = 5 = O
SUMO SACERDOTE.
E mais a quinta
Você não lerá mais do que se lhe apresenta aos olhos, no sentido normal, isto é,
como se lê um livro, da esquerda para a direita e de alto para baixo. Depois será lida a
associação CHAVE / FECHADURA e será dada então a resposta.
ASSOCIAÇÃO HORIZONTAL: A associação horizontal corresponde ao presen-
te, ao estado constatado.
CARTA 3 (no alto): O júri e o juiz que delibera, seja o espírito, a decisão, a obje-
tividade, a discussão, enfim, as resoluções que o consultante deve tomar.
DESCRIÇÃO E PROCEDIMENTO
CARTA 8 - Carta dos Fatores Ambientais: É a síntese das seis primeiras car-
tas. Ela representa ainda aquilo que o consulente está fazendo a nível inconsciente para
projetar sua imagem nos outros, a partir do fato de que, atravessando uma fase delicada,
os outros tenderão a vê-lo por outro ângulo. Descreve as opiniões e influências de ami-
gos e familiares sobre a matéria em questão. Quase sempre é a reação que o consulente
deve esperar dos outros com relação à sua situação. Como é uma fase em que o consu-
lente não vem contanto com a compreensão dos parentes e amigos, essa carta reflete a
honestidade própria de sua situação.
Esta carta se relaciona com a CARTA 5 e a CARTA 6.
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