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Material 01 Direito Processual Penal

PROF. Nestor Tavorá

Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br

- MATÉRIA: DIREITO PROCESSUAL PENAL

- PROFESSOR: NESTOR TÁVORA

- AULA 1

- TEMPO DO VÍDEO: APROXIMADAMENTE 32 MINUTOS

- ASSUNTO: INQUÉRITO POLICIAL I

- RESUMO:Aborda o conceito, finalidade, características e prazo de conclusão do


inquérito policial.

I CONCEITO E FINALIDADE: Procedimento administrativo preliminar, a cargo da polícia


judiciária, que tem por objetivo apurar a autoria e a materialidade da infração penal, com a
finalidade de contribuir para a formação da opinião delitiva do titular da ação penal
(Ministério Público ou particular). É a primeira fase da persecução penal, que o somatório
da fase pré-processual e processual.

II A POLÍCIA E A PERSECUÇÃO PENAL

A polícia tem um papel essencial dentro da persecução penal. Art. 144 da Constituição
Federal. Ela se divide em:

II.I Polícia Administrativa (também denominada ostensiva) – objetiva evitar ou inibir


atividades criminosas. Ex: polícia militar.

II.II Polícia Judiciária – atua sob o comando de delegado concursado, o qual tem como
objetivo principal a presidência e elaboração de inquérito.

III NATUREZA JURÍDICA DO INQUÉRITO POLICIAL: Mero procedimento de caráter


administrativo, que antecede à fase processual.

IV PRESIDÊNCIA DE INVESTIGAÇÃO PENAL: delegado de polícia (principal); comissões


parlamentares de inquérito (CPI), quando o inquérito é parlamentar; oficiais militares, para
inquéritos militares; Ministério Público, por meio de procedimentos administrativos
investigatórios (Súmula 234 do STJ).

V CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL


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V.I Procedimento administrativo inquisitivo – não há contraditório nem ampla defesa,


pois não há partes. Há a figura da autoridade investigante e do indiciado.

V.II Sigiloso – entretanto, o advogado do indiciado pode ter acesso aos autos do inquérito.
Conquanto, a jurisprudência entende que esse acesso poderá ser vetado, caso o Juiz
determine a sigilosidade absoluta do inquérito.

V.III Redução a termo dos atos produzidos no inquérito

V.IV Indisponível – iniciadas as investigações, essas devem prosseguir até o momento


final.

V.V Dispensável – não é pré-requisito para o início do processo penal.

V.VI Discricionariedade - o delegado tem margem de conveniência e discricionariedade


para dirigir o inquérito.

V.VI.I - Os arts. 6º e 7º do CPP sugerem quais as diligências que devem ser tomadas
pelo delegado de polícia.

V.VI.II - O delegado pode indeferir as diligências solicitadas pelo indiciado e pela vítima.
A única diligência que não poderá ser indeferida é a de realização de exame corpo de
delito, quando a infração deixar vestígios.Não obstante, quando o Magistrado ou
Membro do Ministério Público quiser que seja realizada alguma diligência, esse
requisitará ao delegado, devendo, portanto, ser cumprida.

V.VII OFICIALIDADE – A autoridade que preside o inquérito policial é Órgão oficial do


Estado.

V.VIII AUTORITARIEDADE – A A autoridade que preside o inquérito policial é uma


autoridade pública.

V.IX OFICIOSIDADE – O delegado de polícia, tendo conhecimento da ocorrência de


infração penal, está obrigado a instaurar um inquérito de ofício.

VI PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

VI.I Na esfera Estadual

VI.I.I Indiciado preso – 10 dias, sem prorrogação.

VI.I.II Indiciado solto – 30 dias, admitida a prorrogação, a requerimento da autoridade


policial e com a autorização do Juiz de Direito.

VI.II Na esfera Federal

VI.I.I Indiciado preso – 15 dias, prorrogáveis por mais 15 dias, com autorização judicial.

VI.I.II Indiciado solto - 30 dias, prorrogáveis, com a autorização judicial.


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VI.III Nos crimes contra a economia popular (Lei nº 1.521/1951) – 10 dias.

VI.IV No crime de tráfico de drogas, previsto na Lei de Tóxicos (Lei nº 11.343/2006).

VI.I.I Indiciado preso – 30 dias, duplicáveis, a requerimento fundamentado do delegado


à autoridade judicial, devendo-se ouvir o Ministério Público.

VI.I.II Indiciado solto - 90 dias, duplicáveis, a requerimento fundamentado do delegado


à autoridade judicial, devendo-se ouvir o Ministério Público.

VII Forma de contagem do prazo para conclusão do inquérito policial

VII.I Se o indiciado estiver preso – art. 10 do CP. O primeiro dia deve ser computado.

VII.II Se o indiciado estiver solto – art. 798 do CPP. O primeiro dia é excluído e o dia do
vencimento deve ser computado

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