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Etiologia:
Patogênese:
Quadro Clínico:
A doença evolui a cura dentro de cinco a sete dias, no máximo dez. Alguns
sintomas podem prenunciar gravidade mesmo que não haja alterações laboratoriais
características de dengue hemorrágico (plaquetopenia e hemoconcentração), tais
como vômitos muito freqüentes, dor abdominal importante, tonturas com hipotensão
postural, hemorragias. Esses casos devem ficar sob observação médica. Além disso,
condições prévias ou associadas como referência de dengue anterior, idosos,
hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doenças respiratórias crônicas
graves podem constituir fatores capazes de favorecer a evolução com gravidade.
Após a introdução do Den-2 na região do Rio de Janeiro em 1990, observou-
se, de imediato, um aumento na severidade dos sintomas e maior número de
hospitalizações por complicações hemorrágicas e quadros de choque. Na atual
epidemia de Den-3, igualmente, está sendo observada nos pacientes uma rápida
evolução ao quadro de choque e morte, demonstrando que a amostra apresenta
virulência elevada e ao se disseminar para outras regiões do país, poderá trazer sérios
problemas de saúde pública.
O controle do dengue pode ser feito de duas formas. Uma pela redução de
infestação pelo mosquito e a outra, teoricamente, pela utilização de uma vacina
eficaz. O desenvolvimento de uma vacina para o dengue constitui um difícil problema
tecnológico, pois como se trata de quatro tipos de vírus, a vacina deveria conter todos
eles, em proporções adequadas. Por outro lado, essas amostras vacinais deveriam ser
previamente manipuladas para ter suas virulências reduzidas ou eliminadas.
Os resultados até então obtidos ainda não permitem definir com certeza
quando vacinas eficazes e seguras estarão disponíveis para dengue, restando como
alternativa as medidas de combate aos vetores.
Dengue Hemorrágico
O dengue hemorrágico é caracterizado, segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), pela concomitância de alterações laboratoriais, caracterizadas pela
diminuição de plaquetas abaixo de 100 mil e elevação de hematócrito acima de 20%
(hemoconcentração), e de alterações clínicas associadas à síndrome febril,
apresentadas com gravidades variáveis.
Aspectos Morfológicos:
No dengue clássico, encontra-se eritema cutâneo que pode evoluir para Rash
máculo- papular. Ocasionalmente, há hemorragias na pele e na mucosa como já
falado em quadro clínico. Biopsias da pele revelam infiltrados de mononucleares e
edema perivasculares, além de focos de hemorragia, há relatos de hepatite fulminante,
síndrome de Guillian- Barre, miocardite, meningaencefalite e glomerulonefrite (por
imunocomplexos). A autopsia de um caso de dengue clássico, mostrou extensa
necrose hepática centrolobular e mediozonal, necrose tubular aguda , nefrite
intersticial, hemorrágicas internas focais, edema pulmonar e ascite.
.
O fígado em geral está aumentado e mostra focos de necrose por coagulação
centrolobular ou mediozonal, esteatose de hepatócitos e hiperplasia das células de
Kupffer e também pode apresentar reações inflamatórias. Nos pulmões , observa-se
hemorragias, pneumonia intersticial, edema intersticial, alveolar de das membranas
hialinas. No encéfalo, notam-se edema e hemorragias focais.no coração, as lesões
mais freqüentes são hemorragias, que podem atingir qualquer um dos três folhetos. O
baço e os linfonodos exibem focos de necrose dos centros germinativos. Entre dois e
quatro dias da doença a medula óssea é hipocelular, com depressão eritroíde e
granulocitica, do quarto dia em diante, ocorre hiperplasia megacariotica na maioria
dos pacientes.infecções bacterianas podem complicar as formas mais graves da
dengue hemorrágica, quase sempre em associações com choque ou edema pulmonar.
Diagnóstico:
Tratamento:
É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à
base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer,
Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante,
podem promover sangramentos.
O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos
sintomas, que podem permanecer por 10 dias.
- Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os
recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta
apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos
recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor,
lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água)
para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos
de vidro) que possam acumular água;
Bibliografias:
Fonte: FIGUEIREDO LTM. Patogenia das infecções pelos vírus do dengue. Medicina,
Ribeirão Preto, 32: 15- 20, jan./mar. 1999.