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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS


DISCIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA II – EXA 411
DOCENTE: CARLA MENDES

CROMATOGRAFIA

Feira de Santana-Ba
Fevereiro/2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA II
DOCENTE: CARLA MENDES

Trabalho da disciplina de Química


Orgânica II do Curso de Engenharia de
Alimentos realizado pelo aluno Danilo
Freitas, como atividade avaliativa.

Orientadora: Carla Mendes

Feira de Santana-Ba
Fevereiro/2009
Experimento: Separação Cromatográfica do Extrato de Espinafre

Parte I: Cromatografia em Camada Delgada

OBJETIVO
Verificar a separação de clorofilas e carotenos presentes no extrato de espinafre a partir da
análise dos cromatogramas das bandas que correspondem a cada componente após a eluição
em um sistema de solvente (fase móvel).

INTRODUÇÃO
É uma técnica simples e muito importante para a separação rápida e qualitativa de
pequenas quantidades de material.
Na cromatografia em camada fina, a fase líquida ascende por uma camada fina do
adsorvente estendida sobre um suporte. Freqüentemente, o suporte utilizado é uma placa de
vidro. Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em água e deixa-se
secar. A placa coberta e seca chama-se “placa de cromatografia em camada fina”. Quando a
placa de CCF é colocada verticalmente em um recipiente fechado que contém uma pequena
quantidade de eluente, este irá ascender pela camada do adsorvente por ação capilar. À
medida que o solvente sobe pela placa, a amostra é compartilhada entre a fase líquida móvel e
a fase estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura são separados.
As substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares.
Cada substância se comportará segundo suas propriedades de solubilidade e adsorção,
dependendo dos grupos funcionais presentes na sua estrutura.
Depois que o solvente ascendeu pela placa, esta é retirada da cuba e seca até que esteja
livre do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na mistura original.
Se os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas serão claramente visíveis.
Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis porque correspondem a
compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a placa". Um método bastante
comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos compostos orgânicos formando
complexos de cor café ou amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata
(para derivados halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de
bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc.
A relação entre as velocidades de movimento da substância e da frente do solvente é
chamada Rf, e é definido como a razão entre a distância percorrida pela substância, a partir do
ponto de aplicação até o meio da mancha, e a distância percorrida pelo solvente a partir do
ponto de aplicação.
Rf = dc / de; sendo: dc: distância percorrida pelo componente da mistura;
de: distância percorrida pelo componente da mistura;
Na prática, os valores de Rf obtidos em uma placa raramente se repetem em outra,
devido a fatores, como tamanho da partícula do adsorvente, composição do solvente grau de
saturação da câmara de eluição, ativação e condições de estocagem das placas, espessura da
camada do adsorvente, etc. Os valores de Rf são, todavia, importantes quando se faz um
estudo comparativo utilizando soluções de substâncias-padrão aplicadas na mesma placa.
Os adsorventes mais utilizados como fase estacionária (FE) são: sílica, alumina,
celulose e poliamida. Na escolha do solvente ou da mistura de solventes, deve-se considerar a
natureza química das substâncias a serem separadas e a polaridade da fase móvel.
PARTE EXPERIMENTAL

Reagentes

 Folhas de espinafre
 Água
 Acetona
 Acetato de etila
 Gel de sílica
 Éter de petróleo
 Hexano
TABELA DE TOXIDADE DOS REAGENTES

REAGENTES TOXICIDADE
Água ------------------------------------------------------
Acetona É tóxico e irritante. Evite contato com a pele
olhos e vestuários.
Acetato de Etila É tóxico, irritante e muito inflamável. Evitar
inalação ou contato com a pele.
Éter de Petróleo Facilmente inflamável. Irritante para a pele.
Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde
em caso de exposição prolongada por
inalação. .
Sílica Gel È muito irritante para os pulmões. Evite
respirar seu pó muito fino
Hexano È muito inflamável. Aquecer somente em
banho-maria.
TABELA DE PROPRIEDADES FÍSICAS

Compostos Fórmula Peso Aparência Solubilidade Densidade Pont Ponto


Química Molecular (g.cm3 ) (20- o de de
-1)
(g/mol 250C fusão ebulição
(0C (0C)
Água H2O 18,01 Líquido 1000 kg·m , 0o
−3
100o
incolor líquida
917 kg·m−3,
sólida
Acetona C3H6O 58,08 Líquido Miscível em 0.79 a 20oC ------- 56,2o
incolor água, etanol
e éter
Acetato de CH3COOCH2CH3 88,11 Líquido Miscível em 0,90 a 20oC -83,0o 77o
Etila incolor água, etanol
e éter
Éter de Mistura de ------------ Líquido Em água: 0.65 a 20oC ------- 30o a 70o
Petróleo hidrocarbonetos incolor insolúvel,
voláteis em
clorofórmio;
solúvel
Hexano C6H14 86,18 Líquido Solúvel em 0,66 a 20oC ------- 69o
incolor etanol e em
clorofórmio
Sílica Gel SiO2 60,09 Sólido
branco

Obs.: A sílica usada na cromatografia de camada delgada é a gel de sílica 60G.


VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Béquer;
Proveta;
Coluna;
Bastão de Vidro;
Erlemeyer;
Funil de Vidro;
Balança;
Suporte Universal;
Garra;
Aro;
Pipeta Pasteur;
Etiquetas;
Papel de Filtro
FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte 1:
1.A) Preparo das cromatoplacas

Preparar uma suspensão uniforme 2 g de gel de sílica 60G + 4 a


5 mL de água destilada

Espalhar a suspensão de maneira


uniforme sobre a placa de vidro

Repouso

1.B) Seleção da fase móvel

Escolher 4 solventes puros


ou misturas de solventes

Realizar as etapas 1.C e


1.D para cada um

1.C) Preparo da cuba cromatográfica


A altura do solvente não
Preparar 20 mL da fase móvel deve ultrapassar 1,5 cm de
em um béquer de 250 mL altura

Tampar o béquer com uma placa de Petri

1.D) Aplicação da amostra na cromatoplaca e desenvolvimento do cromatograma

Fazer na placa uma marca de referência com1,5 cm de


distância da borda inferior e 1,0 da borda superior

Aplicar a solução de extrato de espinafre com o


auxílio do tubo capilar no centro da marca inferior
Introduzir a placa na cuba cromatográfica

Esperar que a fase móvel atinja a marca superior

Retirar a placa e secá-la na capela

Observar as bandas e anotar as distâncias percorridas


pela fase móvel e por cada um dos componentes
CROMATOGRAMAS

Placa I
 Fase estacionária: Sílica gel 60G
 Fase móvel: Mistura de hexano e acetona 8:2

Placa II
 Fase estacionária: Sílica gel 60G
 Fase móvel: Hexano

Placa III
 Fase estacionária: Sílica gel 60 G
 Fase móvel: mistura de hexano e acetato de etila
CÁLCULO DO FATOR DE RETENÇÃO

A determinação do fator de retenção é obtida pela relação abaixo:

Rf = dc/de dc: distância percorrida pelo componente da amostra;


de: distância percorrida pelo eluente;

Logo, pode-se calcular o Rf para cada banda visível na placa:

Placa I:

d(eluente): 5 cm
d (carotenos): 4 cm
d (clorofila): 0,9 cm
d(outros): 0,6 cm

Rf da banda amarela:
Rf = 4/5 = 0,8 cm

Rf da banda verde:
Rf = 0,9/5 = 0,18 cm

Rf para outra banda:


Rf= 0,6/5 = 0,12 cm

Placa II

d(eluente) = 5 cm
d(carotenos) = 1 cm
d(clorofila) = 0 cm

Rf para a banda amarela:


Rf = 1/5= 0,2 cm

Rf para a banda verde:


Rf = 0/5 = 0 cm

Placa III

d(eluente) = 5 cm
d(carotenos) = 4,8 cm
d(clorofila) = 0,5 cm

Rf para a banda amarela:


Rf = 4,8/5 = 0,96 cm
Rf para a banda verde: Rf = 0,5/5 = 0,10 cm
QUADRO - RESUMO

Fase Fase móvel Rf para banda Rf para banda Rf para outras


estacionária amarela (cm) verde (cm) bandas (cm)
Gel de sílica hexano + acetona 0,8 0,18 0,12
60G
Gel de sílica hexano 0,2 0,0 --------------------
60G
Gel de sílica Hexano + acetato de 0,96 0,10 --------------------
60G etila

DISCUSSÃO

Tendo-se a fase estacionária comumente utilizada – sílica gel (polar), foi incumbida
apenas a tarefa da seleção de solventes adequados para a realização do experimento, uma vez
que, em caso de fases estacionárias polares, é normal utilizar solventes de baixa ou média
polaridade. Então, obtendo-se essa informação e com auxílio de uma seqüência crescente de
polaridade dos eluente, foram utilizados respectivamente os dois solventes julgados como
mais adequados: hexano e a mistura de hexano com acetato de etila, pois o primeiro é de
baixa polaridade e o segundo é de média polaridade, logo atende ao requisito citado
anteriormente.
Pode-se então fazer análise do comportamento da banda para cada solvente utilizado a
partir do estudo das interações entre a fase móvel e fase estacionária e entre essas com os
componentes da amostra, obtendo-se os seguintes resultados:
Na placa I, em que se utilizou a mistura de solventes já estabelecida no roteiro ( hexano e
acetona), o componente menos polar (caroteno) interagiu mais com a fase móvel( média
polaridade) e pouco com a fase estacionária(polar), sendo então facilmente deslocado pela
mistura de solventes, uma vez que a F.M compete pelo sítios ativos na superfície do
adsorvente com os demais componentes da amostra. Já o grupo de clorofila interagiu mais
com a F.E, tendo conseqüentemente um deslocamento menor do que o grupo de carotenos. O
que confirma sua forte interação com a fase estacionária.
Pode-se detectar ainda a presença de outros componentes que interagiram muito
com a fase estacionária. Através do cálculo do Rf para cada banda pode-se comprovar as
análises feitas a partir do cromatograma, por exemplo, como a banda amarela foi mais
deslocada pelo solvente em comparação com as demais, logicamente seu Rf será maior que o
Rf dos componentes analisados.
É importante frisar que podem ter existindo outros componentes na placa que não eram
visíveis. A visualização só é possível a partir do uso de alguns métodos.
Na placa II, o solvente utilizado foi o hexano (apolar), que não deslocou o grupo de
clorofila, ou seja, não dessolveu a clorofila por ser um eluente de baixa polaridade, possuindo
logicamente desvantagem na competição com os componentes da amostra pelo sítio de
ativação na superfície da fase estacionária. Em suma o grupo de clorofila interagiu muito com
a fase estacionária e o grupo de carotenos interagiu mais com a fase estacionária se
comparado com o deslocamento da banda verdade, porém, percebe-se que o deslocamento foi
muito menor do que quando o solvente utilizado foi o de média polaridade.
O cálculo do fator de retenção ratificou a análise, uma vez que o Rf para a banda verde foi
igual a zero.
Na placa III, o eluente utilizado foi uma mistura de hexano com acetato de etila. O que
provocou uma forte interação do grupo de carotenos com a fase móvel (média polaridade), ou
seja, foi deslocado até a extremidade superior da placa , interagindo logicamente pouco com a
fase estacionária. Em relação ao grupo de clorofila, a mistura de solventes possuiu
desvantagem na competição pelo sítio de ativação na superfície do adsorvente, ou seja, os
componentes do grupo interagiram mais com a fase estacionária que o eluente, sendo
conseqüentemente pouco deslocado pelo mesmo.
È preciso ressaltar que os valores de Rf não são constantes cromatográficas empregadas,
variando com as condições cromatográficas empregadas com a natureza e preparação do
solvente , o tamanho da amostra , a temperatura, etc.Logo os valores encontrados podem
sofrido grandes variações.
Figura 1: Esquema da prática de cromatografia em camada delgada
Experimento: Separação Cromatográfica do Extrato de Espinafre

Parte II: Cromatografia em Coluna


OBJETIVO

Separar e obter as clorofilas e carotenos presentes no extrato de espinafre.


INTRODUÇÃO

Na cromatografia em coluna, o sólido utilizado na fase fixa deve ser um material insolúvel
na fase móvel associada (eluente); sendo que os mais empregados são a sílica gel (SiO2) e
alumina (Al2O3), geralmente na forma de pó finamente dividido. A mistura a ser separada é
colocada na coluna com um eluente pouco polar e aumenta-se gradativamente a polaridade do
eluente e conseqüentemente o seu poder de arraste de substâncias mais polares.
Uma seqüência de eluentes de polaridade crescente é a seguinte: éter de petróleo, hexano,
tetracloreto de carbono, cloreto de metileno, éter etílico, acetato de etila, etanol, metanol,
água e ácido acético.
O fluxo de eluente deve ser contínuo. Os diferentes componentes da mistura mover-se-ão
com velocidades distintas dependendo de sua afinidade relativa pelo adsorvente (grupos
polares interagem melhor com o adsorvente) e também pelo eluente. Assim, a capacidade de
um determinado eluente em arrastar um composto adsorvido na coluna depende quase
diretamente da polaridade do solvente com relação ao composto.À medida que os compostos
da mistura são separados, bandas ou zonas móveis começam a ser formadas; cada banda
contendo somente um composto. De um modo geral, os compostos apolares atravessam a
coluna com uma velocidade maior do que os compostos polares, porque os primeiros têm
menor afinidade com a fase estacionária. Se o adsorvente escolhido interagir fortemente com
todos os compostos da mistura, ela não se moverá. Por outro lado, se for escolhido um
solvente muito polar, todos os solutos podem ser eluídos sem serem separados. Com uma
escolha cuidadosa das condições (adsorvente, eluente, tamanho da coluna, velocidade de
eluição), praticamente qualquer mistura pode ser separada.
PARTE EXPERIMENTAL

Reagentes

 Folhas de espinafre
 Acetona
 Gel de sílica 60
 Hexano
TABELA DE TOXICIDADE DOS REAGENTES

REAGENTES TOXICIDADE
Acetona É tóxico e irritante. Evite contato com a pele
olhos e vestuários.
Hexano È muito inflamável. Aquecer somente em
banho-maria.
Sílica Gel È muito irritante para os pulmões. Evite
respirar seu pó muito fino
TABELA DE PROPRIEDADES FÍSICAS DOS REAGENTES

Reagentes Fórmula Peso Aparência Solubilidad Densida Ponto Ponto de


Química Molecular e de de ebulição
(g/mol-1) (g.cm3 ) fusão (0C)
(20-250C (0C
Acetona C3H6O 58,08 Líquido Miscível em 0.79 a ------- 56,2o
incolor água, etanol 20oC
e éter
Gel de SiO2 60,09 Sólido
sílica branco
Hexano C6H14 86,18 Líquido Solúvel em 0,66 a ------- 69o
incolor etanol e em 20oC
clorofórmio
FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte II:
2.A) Separação por cromatografia em coluna

Fixar a coluna verticalmente

Manter um béquer abaixo da coluna

Preparar uma suspensão com hexano e


8 g de gel de sílica 60G

A torneira deve está aberta e a


Colocar a suspensão dentro da coluna coluna deve está com 1/3 de sua
capacidade preenchida com
hexano
Deixar o material assentar

Não deixar a coluna secar durante o enchimento

2.B) Aplicação da amostra e eluição

Abrir a torneira da coluna até que a camada Sem deixar a


de solvente se aproxime da sílica coluna secar

Sem tocar nas Aplicar a solução de extrato de espinafre


paredes com uma pipeta Pasteur, espalhando de maneira
uniforme sobre a fase estacionária

Abrir a torneira até o extrato


atingir o nível do recheio

Colocar uma camada de sílica sobre o extrato


Adicionar o hexano, iniciando a eluição

Coletar a 1ª banda num frasco rotulado

Mudar a fase móvel para acetona

Coletar a outra banda, em outro frasco rotulado

Observar a coloração das bandas


Figura2: Esquema da prática de cromatografia em coluna
DISCUSSÃO

A separação do grupo de carotenos e clorofilas foi obtida a partir do uso da cromatografia


em coluna. Para a realização de uma efetiva separação dos componentes da amostra, foi
necessário o uso de alguns métodos a fim de evitar irregularidades na coluna, tais como o
auxílio de um método empírico para eliminação de bolhas, método este, que consistiu no uso
de um solvente volátil( acetona), que foi posto no algodão e envolto na superfície da coluna
onde continha as bolhas. A retirada das bolhas foi possível porque a acetona retirou calor da
superfície da coluna, resfriando as bolhas que conseqüentemente conseguiram migrar, ou seja,
foram eliminadas. O outro método foi encher a coluna de forma que evitasse a secagem, pois
acontecendo isso, implicaria em uma separação incompleta já que haveria irregularidades na
coluna.
Nesse experimento, inicialmente, à medida que se colocou o eluente( hexano), pode-se
supostamente deduzir que não houve tempo suficiente para que nenhum composto fosse
deslocado pelo solvente, logo, recolheu-se o denominado volume morto.
Então, devido ao constante acréscimo do solvente, pode-se obter a primeira banda
(amarela) que por ser apolar interagiu mais com a fase móvel do que com a fase estacionária
(polar).Já a banda verde (polar) continuou imóvel na parte superior da coluna devido a sua
maior interação com a FE.
É importante destacar que o deslocamento do grupo de carotenos até a extremidade
inferior da placa demorou, devido à baixa polaridade do eluente, que possuiu desvantagem na
competição pelo sítio de ativação na superfície do adsorvente, tendo dificuldade assim, de
arrastar os componentes.
Obtendo-se a primeira fração ( banda amarela) e vendo que a banda verde continuava
imóvel, foi necessária a realização de uma eluição por polaridade, ou seja adicionou na coluna
um solvente polar ( acetona), que possibilitou o deslocamento dos componentes das
clorofilas(polar), que logicamente interagiu menos com a fase estacionária, a qual
supostamente é menos polar que a fase estacionária.
ANEXO I

Questionário

1)Por que as folhas foram moídas?


As folhas foram moídas a fim de se obter o extrato, aumentando-se assim a superfície de
contato com os solventes para a extração dos componentes da amostra e possibilitando a
retirada da fase aquosa do extrato.

2) Por que foi utilizado uma mistura de acetona e hexano no preparo de extrato?
Por ser utilizada uma mistura de um componente polar (acetona) e um componente (apolar),
pode-se dessolver o extrato já que na amostra existem grupos de carotenos (apolar) e grupo de
clorofilas (polar). Então, modulando a polaridade, o solvente orgânico extrator, pode extrair
os componentes desejados.

3) Após a preparação do extrato de folhas de espinafre observa-se a presença de duas


fases. Explicar.
As duas fases correspondem à fase orgânica extraída pelo solvente e à fase aquosa
proveniente da umidade natural da planta.

4) Por que o extrato foi aplicado sobre as placas previamente preparadas e não sobre as
placas preparadas durante o experimento?
Porque as placas preparadas durante o experimento necessitariam de mais tempo de
exposição ao ar para que ocorresse uma secagem efetiva que implicasse na aderência do
adsorvente sobre as mesmas.
É importante ressaltar que apesar das placas fabricadas terem um custo maior, elas são mais
confiáveis, pois dispensam a fase de preparação e são bem mais uniformes e homogêneas. E
as placas preparadas em laboratório estão mais sujeitas a ausência de aderência do adsorvente
e a uniformidade. Problemas estes que implicam na realização do experimento.

5)Qual a finalidade do uso da CCD nesse experimento?


A cromatografia em coluna tem como finalidade a separação e a obtenção dos compostos
(clorofilas e carotenos), uma vez que a CCD só verifica a separação dos componentes.

6) Qual dos dois componentes é mais polar? Explique.


Sabendo-se a fase estacionária é polar, e que a o grupo de clorofila interagiu mais com a FE ,
pois foi menos deslocada pela fase móvel. Pode-se confirmar que o componente mais polar é
a clorofila. Na CCD, enquanto o caroteno foi facilmente arrastado pelo solvente para a
extremidade superior da placa, a clorofila permaneceu no centro da placa. Na CC, à medida
que o caroteno atravessou a coluna facilmente, a clorofila permaneceu imóvel na parte
superior da mesma.

7) O que é Rf?
Rf é o fator de retenção, que é obtido a partir da relação da distância percorrida pelo
componente da mistura(dc) e a distância percorrida pelo eluente ( de).
Obs.: Os cálculos do Rf para cada banda foi realizada durante o desenvolvimento do
relatório.
8) Considerando a natureza química das substâncias separadas , a polaridade da fase
estacionária e da fase móvel, comparar e explicar os cromatogramas obtidos no
experimento I.
O estudo dos cromatogramas foi realizado na discussão.

9) Se os componentes não fossem coloridos como poderiam ser identificadas as bandas


na cromatografia em camada delgada?
Os métodos mais comuns para visualização de uma placa são:
 Vapores de iodo;
 Lâmpada ultravioleta;
No primeiro método, os vapores de iodo regiram com muitos compostos orgânicos formando
complexos de cor marrom ou amarela. No segundo método, sob a luz UV os compostos
geralmente como manchas brilhantes de prata.
Outro método consiste na adição de um indicador de fluorescência ao adsorvente usado para
cobrir a placa.

10) Por que a coluna não deve possuir bolhas e não deve secar?
Se o adsorvente secar ou tiver bolhas de ar, a obtenção da separação completa de uma mistura
será provavelmente impossível,pois os dois fatores causam inclinação das bandas resultando
em separação parcial.

11) Qual grupo de compostos eluiu primeiro da coluna? Qual do grupo de compostos
ficou mais retido?
O componente que eluiu primeiro foi o caroteno, pois por ser apolar interagiu com mais com
a fase móvel, sendo facilmente deslocado. E a clorofila ficou retida, sendo eluida apenas
quando se realizou uma eluição por polaridade através da escolha da acetona como o solvente,
uma vez que o hexano é um solvente polar, não podendo conseqüentemente arrastar a
clorofila.

12) Comparar o comportamento observado das bandas na CC com o observado na


CCD.
Na CC o caroteno ficou na extremidade inferior da coluna por ter interagido mais com a fase
móvel, já na CCD foi facilmente arrastado até a extremidade inferior da coluna, sendo, então
separado. Em relação à clorofila, na CC, a mesma ficou retida na extremidade superior da
placa por não interagir com a fase móvel (hexano), já na CCD, a mesma posicionou-se no
centro da placa, sendo pouco deslocada pela FM.

13) Qual é o mecanismo de separação dos dois grupos de compostos neste experimento?
O mecanismo de separação é dado pela interação da fase estacionária e da fase móvel com
os componentes da mistura, no caso do experimento, o mecanismo de separação é o processo
físico, que é denominado de processo de adsorção, que é baseado principalmente em atrações
eletrostáticas ou dipolares (forças de Van Der Waals), incluindo a formação de ponte de
hidrogênio.
A adsorção se dá na interface entre o sólido e a fase móvel, devido à presença de grupos
ativos na sua superfície.
ANEXO II

Spinacia oleracea na época de floração

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Amaranthaceae
Gênero: Spinacia
Espécie: S. oleracea

Nome binomial

Spinacia oleracea
ANEXO III

As clorofilas são os pigmentos verdes que atuam como as principais moléculas foto
receptoras das plantas. Elas são capazes de absorver certos tipos de comprimentos de onda da
luz visível que então são convertidos em energia pelas plantas. Duas formas diferentes destes
pigmentos são as clorofilas a e b. Os carotenóides são pigmentos amarelos que também estão
envolvidos no processo fotossintético; a estrutura do -caroteno está representada na figura
2.6. O 〈-caroteno difere do isômero  na posição da dupla ligação no anel cicloexano (C4-C5
ao invés de C5-C6).Adicionalmente, os cloroplastos também contêm vários derivados de
carotenos contendo oxigênio chamados de xantofilas.
Referências Bibliográficas

VOGEL, Artur, Análise Química Quantitativa, 5a ed., Rio de Janeiro, Ed.Guanabara Koogan.

HARRIS, D.C., Análise Química Quantitativa, 5a ed., LTC, RJ, 2001.

LAVOURRETE, Aramando, Técnicas e Operações Unitárias em química Laboratorial, 4aed.


2003, 28p.

HTTP:// www.scielo.br/pdf/abmvz/v59n5/a20v59n5.pdf acessado às 13:00 do dia 19 de


fevereiro de 2009

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