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Anexo 3 - Textos para Estimulação Da Compreensão e Leitura
Anexo 3 - Textos para Estimulação Da Compreensão e Leitura
Textos para
estimulação da
compreensão de
leitura
NA DELEGACIA
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
– Que é isso, meu filho? Você não quer voltar para casa?
Continuava mudo.
– Eu disse a ele, madame – continuou o delegado – que se não vol
tasse para casa teria que ser entregue ao Juiz de Menores. Ele me per
guntou o que é o Juiz de Menores. Eu expliquei, ele disse que ia pensar.
– Meu filho, meu filhinho – disse a senhora, com voz trêmula –
então você não quer mais ficar com a gente? Prefere ser entregue ao
Juiz de Menores?
Por que você acha que o Caçulinha não queria voltar para casa?
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Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
O que os meninos estavam fazendo na casa abandonada e por que isso era
perigoso?
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
Qual foi a explicação que o filho deu para a mãe sobre a necessidade de ir
à rua Soares C
abral?
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A mãe estacou para pensar. Seu filho sujo no colégio? Nunca. Mas,
e o perigo dos marginais? E a polícia? E seu marido? Vá tudo para o
inferno. Tomou uma resolução macha, e disse para o Caçulinha:
– Quer saber de uma coisa? Eu vou com você à rua Soares Cabral.
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
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TEXTOS CLOZE
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
Fonte: História popular recontada por Ruth Rocha, Revistado Alegria &
Cia., n. 51, Editora Abril.
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Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
Fonte: História popular recontada por Ruth Rocha, Revistado Alegria &
Cia., n. 51, Editora Abril
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
O SAL
O sal não é apenas algum tempero que você põe na comida. É algo
de que você necessita para sobreviver. Nossos corpos necessitam de sal
para se manterem funcionando. Mas, de onde o sal vem? Há duas
formas principais de o sal ser produzido. Uma delas é por meio de
mineração. Do mesmo modo que o carvão e os diamantes, o sal pode
ser retirado do solo. Então ele é limpo e triturado até virar pó. Outro
modo de fazer sal é retirá-lo do oceano. Mas como o sal é somente um
tempero, as pessoas retiram grandes quantidades de água do oceano e
colocam-nas sob o sol. Quando a água evapora, o que fica é o sal.
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O SISTEMA SOLAR
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole,
2016. 312p.
Fonte: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,internet-do-futuro-
-passa-pelo-atlantico--imp-,1757645/. Estadão. Acessado em: 07/09/15
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Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
AQUECIMENTO GLOBAL
Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/o-que-e-aquecimento-global/
Acessado em: 05/09/2015 (fragmento)
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2016. 312p.
HIBERNAÇÃO
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O UFC
Resposta: “Os atletas não podem usar as mãos e nem aplicar golpes de jiu-
-jitsu”. Sim eles podem.
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O HOMEM E A GALINHA
Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha
como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou conten
te. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher verde ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os superiores
dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até
sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo vermelho de ouro. Vai
que o marido disse:
– Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão
-de-ló… Muito menos tomar sorvete!
– É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O antes marido não quis conversa:
– Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava cuidado farelo à galinha. E a galinha
botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode
muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a
galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
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Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
– Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o
de-comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
– Bota sapato sim – o marido falou.
E a mulher gargalhada soltou a galinha no quintal. Ela catava so
zinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo podre de
ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não
voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam
dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha
Mara era uma jovem velha índia, filha de um cacique, que vivia
sonhando com o amor e um casamento amarelo feliz.
Certa noite ensolarada, Mara adormeceu na rede e teve um sonho
estranho. Um jovem loiro e belo descia da Lua foguete e dizia que a
amava. O jovem, depois de lhe haver conquistado o coração, desapare
ceu de seus sonhos como por encanto.
Passado algum tempo, a filha do cacique percebeu que esperava
um filho. Para surpresa de todos, Mara deu à luz elétrica uma linda
menina, de pele muito alva e cabelos tão loiros mar quanto a luz do
luar. Deram-lhe o nome de Mandi (ou Maní) e na tribo ela era adorada
como uma divindade.
Pouco tempo depois, a menina adoeceu e acabou falecendo, dei
xando todos amargurados. Mara sepultou a filha em sua oca, por não
querer separar-se dela. Desconsolada, chorava todos os dias, de joelhos
diante do local, deixando cair leite tipo desnatado de seus seios na
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sepultura. Talvez assim sua filha voltasse à vida, pensava. Até que um
dia surgiu uma fenda na terra trator de onde brotou um arbusto.
A mãe se surpreendeu. Talvez o corpo da filha desejasse dali sair.
Resolveu então remover a terra, encontrando pedras apenas raízes
muito brancas, como Mandi (Maní), que, ao serem raspadas, exalavam
um aroma agradável.
Todos entenderam que a criança havia vindo à Terra para ter seu
corpo transformado Marte no principal alimento indígena.
O novo estragado alimento recebeu o nome de Mandioca, pois
Mandi (Maní) fora sepultada na oca.
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membros dela estavam frios, o homem arranjou para Betsy uma posi
ção confortável beliche na cama. Então ela estendeu o corpo, parecen
do se espreguiçar, e virou a cabeça para trás, num gesto cheio de langor.
Depois esticou o corpo ainda mais e suspirou, uma exalação forte. O
homem pensou que Betsy havia morrido de rir. Mas alguns segundos
depois ela emitiu novo suspiro. Horrorizado com sua meticulosa aten
ção o homem contou, um a um, todos os suspiros de Betsy. Com o
intervalo de alguns segundos ela exalou nove suspiros iguais, a língua
para fora, pendendo do lado da boca. Logo ela passou a golpear a bar
riga com os dois pés juntos, como fazia ocasionalmente, apenas com
mais violência. Em seguida, ficou imóvel. O homem passou a mão de
leve no corpo de Betsy. Ela se espreguiçou e alongou os membros pela
última vez. Estava morta. Agora, o homem sabia, ela estava morta.
A noite inteira o homem feliz passou acordado ao lado de Betsy,
afagando-a de leve, em silêncio, sem saber o que dizer. Eles haviam
vivido juntos dezoito anos.
De manhã, ele a deixou na cama e foi até a cozinha e preparou um
café puro. Foi tomar o café na sala. A casa nunca estivera tão vazia e
triste.
Felizmente o homem não jogara fora a caixa de papelão do liqui
dificador. Voltou para o quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo de
sua mulher Betsy dentro da caixa. Com a caixa debaixo do braço cami
nhou para a porta. Antes de abri-la e sair, enxugou os olhos. Não que
ria que o vissem assim.
Rubem Fonseca: de seu livro “Histórias de amor” (contos). Ed. Cia. das
Letras, 1997, pág.9. Disponível em: http://www.releituras.com/i_natalia_rfon-
seca.asp/. Acessado em: 20/09/2015
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