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Questão 27 de 71 (0 R, 0 A e 0 E) 
Matéria: Engenharia Elétrica e Eletrônica

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 Solução fornecida pela banca  FECHAR

CEBRASPE (CESPE) - Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de


Promoção de Eventos
O processo de contratação, fiscalização e pagamento de obras e serviços de engenharia
possui um grande arcabouço legal no ordenamento jurídico brasileiro. De acordo com a Lei
n.º 8.666/1993, a conduta do fiscal foi temerária, pois, conforme descrito no inciso II do art.
65, é “vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado,
sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço”. Dessa forma, a conduta do fiscal em realizar o pagamento dos disjuntores sem
que estivessem devidamente instalados constitui falta passível de responsabilização. A
situação, conforme referido no aludido inciso, seria diferente se o contrato fosse de
fornecimento de bens, ou seja, se a contratada fosse responsável somente por adquirir os
equipamentos e entregá-los à administração. Como tal procedimento ensejou prejuízo à
administração, visto que, conforme informado pelas anotações no processo
administrativo, foi realizada nova licitação, na qual estes bens foram novamente
adquiridos e pagos, cabe à administração ingressar com ação para a responsabilização do
servidor para que restitua o prejuízo ao erário causado pela sua conduta como fiscal da
contratação inicial da obra.

O fato de o julgamento do fiscal ser fundamentado no comportamento prévio da


contratada também é incorreto, pois, antes de tudo, esse profissional deve proceder de
forma impessoal, zelando pela correta execução da avença. Semelhantemente, a não
utilização do diário de obras para a comunicação com a empresa é uma postura incorreta
do servidor, pois, sendo engenheiro e detentor da ART de fiscalização da obra, ele é
obrigado pela legislação inerente à sua profissão a registrar todas as ocorrências no diário
de obras, uma vez que, conforme normatização do CONFEA, este é o meio correto para a
comunicação formal à empresa de eventos e problemas ocorridos na execução da obra.
Portanto, a utilização de relatório de medição pelo órgão em que o fiscal está lotado não o
exime da responsabilidade, enquanto engenheiro, de fazer uso das anotações no diário de
obras.
 
Outro erro na fiscalização da obra é caracterizado em relação à periodicidade da presença
do fiscal no canteiro de obras. Não é possível fiscalizar uma obra com uma visita mensal,
pois há uma grande gama de serviços sendo executados, a muitos dos quais só é possível
ter acesso se a obra for acompanhada diuturnamente. Se havia excesso de atividades a
serem exercidas pelo fiscal em sua repartição que o impediam de estar presente
constantemente na obra, deveria ter sido informada à chefia superior a necessidade do
aumento do número de fiscais ou a liberação do servidor para que pudesse exercer a
fiscalização de maneira plena.

Em relação aos problemas elencados quanto ao funcionamento dos aparelhos de ar-


condicionado, cumpre primeiro elucidar a diferença de comportamento entre os
disjuntores de curva B e C. A curva de ruptura está relacionada com o tempo que o
disjuntor suporta uma corrente acima da corrente nominal e o valor a mais de
sobrecorrente suportado. Um disjuntor de curva B possui curva de ruptura entre três a
cinco vezes o valor da corrente nominal, sendo normalmente utilizado em redes elétricas
de baixa demanda de corrente em caso de curto-circuito, como em circuitos de tomadas,
chuveiros etc. Por sua vez, os disjuntores de curva C suportam sobrecorrentes maiores, de
cinco a dez vezes a nominal, e, dessa forma, não desligam os equipamentos de ar-
condicionado que, como motores, possuem um pico de corrente ao serem ligados, sendo a
corrente nominal de operação bem menor do que a de partida. Portanto, esperando-se tal
conhecimento técnico do fiscal, não era admissível que ele deixasse de verificar os tipos de
disjuntores instalados para aparelhos de ar-condicionado, ainda que os valores nominais
fossem os mesmos, pois o de curva B não possui a flexibilidade necessária para suportar a
corrente de partida dos equipamentos protegidos por ele.
 
Os problemas reportados de abertura de disjuntores originam-se, provavelmente, de
causas distintas. Em relação aos dutos com grande densidade de condutores, houve
interferência no comportamento térmico do sistema, ou seja, os condutores devem ter
sobreaquecido, o que causou a abertura do disjuntor de proteção. A elevação do disjuntor
de proteção para 20 A ainda respeita a capacidade de condução do fio de 2,5 mm² utilizado
para alimentação desses circuitos, tendo sido, portanto, correta a atitude do fiscal.

Por outro lado, no caso dos circuitos mais longos, provavelmente houve queda de tensão,
que faz com que a máquina demande mais corrente e, por isso, os disjuntores estavam
sendo acionados. Ao se substituir o disjuntor para um C de 25 A, houve o
comprometimento da capacidade de condução do condutor de 2,5 mm², sendo, portanto,
a atitude tomada pelo fiscal incorreta do ponto de vista técnico. Uma possível solução para
esse caso é a troca da fiação dos circuitos mais longos para uma bitola maior, que, pelos
dados apresentados, seria de 4 mm². Com o aumento da capacidade da condução, deve
ser revista a necessidade de troca do disjuntor.

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 #395626 (https://www.tecconcursos.com.br/questoes/395626)  CEBRASPE (CESPE) - Analista


de Controle (TCE-PR)/Engenharia Elétrica/2016
(https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-de-controle-tcepr-engenharia-eletrica-
2016)

Na fiscalização da construção de um edifício, um servidor da administração pública, engenheiro


eletricista que exerce a função de fiscal de instalações elétricas de determinada prefeitura, com a
respectiva ART, realizou, em uma medição, o pagamento de disjuntores a serem utilizados na obra,
mas que ainda não haviam sido instalados. Segundo informou o fiscal em seu relatório de medição, os
dispositivos, que, conforme fotografias presentes no documento, já estavam no canteiro, seriam
instalados no dia seguinte. O fiscal não realizou qualquer anotação a esse respeito no diário de obra —
documento que ele não utilizava regularmente para registrar pendências, pois considerava suficientes
as informações de seu relatório de medição.

Na semana seguinte, a empresa contratada para a obra decretou falência e saiu do canteiro, levando
consigo os disjuntores, que não foram instalados. Ao ser interpelado pelo ordenador de despesa, o
fiscal informou que, devido às demandas internas, só visitava a obra uma vez por mês e, portanto,
havia acreditado na declaração da empresa sobre a instalação, visto que, até aquele momento, a
empresa não havia cometido falhas na execução da obra e que, se fosse o caso, ele corrigiria o erro na
medição seguinte. A obra ficou paralisada por seis meses até ser licitada novamente, constando na
nova planilha o quantitativo de disjuntores pagos e não instalados na contratação anterior.
 
Concluída a construção, com a inauguração e o funcionamento do prédio, os disjuntores que
alimentavam os aparelhos de ar-condicionado instalados nos pontos mais distantes dos quadros de
distribuição ou aqueles cujos condutores estavam em eletrodutos mais ocupados desarmavam-se
quando os equipamentos eram ligados. Foi constatado que, embora o projeto contivesse
especificação para curva C, foram utilizados disjuntores de curva B de 16 A com condutores de 2,5
mm² — algo não notado pelo fiscal. Os disjuntores de curva B e C possuem o mesmo preço.

A contratada trocou os disjuntores para os de curva C de 16 A e, ainda assim, eles continuaram a


desarmar-se. Foram então substituídos, conforme orientação do fiscal, para os de curva C de 20 A. Os
equipamentos cujos condutores estavam em eletrodutos mais ocupados não mais se desarmavam.
Contudo, como o problema ainda era verificado nos equipamentos mais distantes dos quadros, seus
disjuntores foram substituídos por curva C de 25 A, o que solucionou o problema.

O processo com todas essas informações foi encaminhado ao analista de controle da área de
engenharia elétrica da administração pública, para que este apresentasse um parecer técnico a
respeito do ocorrido.
 
Redija, na condição de analista de controle da área de engenharia elétrica da administração pública,
um parecer a respeito da situação hipotética apresentada. Em seu texto,

1 analise os procedimentos executados pelo fiscal na primeira contratação, informando se suas


atitudes são passíveis de responsabilização; [valor: 6,00 pontos]

2 explique a função do diário de obras e explicite se a produção de relatório de medição substitui seu
uso; [valor: 3,00 pontos]

3 discorra sobre as diferenças entre os disjuntores de curva B e curva C, informando se a troca do tipo
de curva poderia causar o problema de desarme ao ligarem-se os equipamentos de ar-condicionado;
[valor: 4,00 pontos]

4 identifique as possíveis causas do desarme dos disjuntores de proteção dos equipamentos de ar-
condicionado em ambas as situações apresentadas; [valor: 3,00 pontos]

5 utilizando as informações fornecidas no processo bem como as especificações apresentadas na


tabela abaixo, justifique tecnicamente as soluções adotadas pelo fiscal para os problemas relatados
em relação ao desarme dos disjuntores. Caso considere incorretas tais soluções, apresente uma
proposta de solução mais adequada. [valor: 3,00 pontos]
 
seção nominal do capacidade de condução
condutor (em mm²) de corrente (em amperes)
2,5 20
4,0 26

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