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Departamento Regional de Mato Grosso do Sul

Centro de Atividades “Mário Amato”

IDENTIFICAÇÃO DA OBRA

Razão Social :

Endereço : CEP :
Bairro : Cidade - UF : ITAPORÃ -MS

C.G.C. : Inscr. Est. :

Endereço Obra : Cidade - UF : ITAPORÃ -MS

Tipo de Obra: CEP :

C.N.A.E. : 45.21-7 Grau de Risco : 4

Início obra:

Término obra:

Nº DE TRABALHADORES

Administrativo :

Horário de trabalho :

Operacionais :

Horário de trabalho :

RESPONSÁVEIS :

Pela Elaboração : ENG.º SEG.ª

Pelas Informações :

Pela implementação do PCMAT : ENG.º

DATA DA ELABORAÇÃO :

SESI-CAT-4 - N.S.O. - NÚCLEO DE SAÚDE OCUPACIONAL - RUA VALDEMIRO DE SOUZA N.º290


BAIRRO VILA INDUSTRIAL – DOURADOS -MS - CEP 79840-030 - FAX (0__67)424-1752 - E_MAIL: SESI @UOL.COM.BR: :
PCMAT

O PCMAT é definido como sendo um conjunto de ações, relativas a segurança


e saúde no trabalho, ordenadamente dispostas, visando à preservação da
saúde e da integridade física de todos os trabalhadores de um canteiro de
obras, incluindo-se terceiros e o meio ambiente.
O PCMAT não é uma carta de intenções elaborada pela empresa, mas sim um
elenco de providências à serem executadas em função do cronograma da obra.
Esta dividido em medidas coletivas de prevenção contra os diversos riscos
presentes nos canteiros de obras, sendo citados ainda os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), adequados à atividade; as dermatoses causadas
pelo contato com cimento; os cuidados com as instalações elétricas; os
problemas ergonômicos ocasionados pelo levantamento e transporte manual
de pesos e condições mínimas de conforto que devem estar presentes nas
obras da Construção Civil. Presente também neste trabalho um modelo de
contrato que deverá servir como norteamento para a contratação de terceiros e
prestadores de serviços em geral.

1.0 INTRODUÇÃO

1.1. O P.C.M.A.T. integra o conjunto das iniciativas da Empresa para a


preservação da saúde e integridade dos colaboradores, devendo
compatibilizar-se com as demais NR’s, em especial com o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO previsto na NR-7 e o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA previsto na NR-9.

Divide-se em três fases:


1.1.1 – Reconhecimento e avaliação qualitativa dos riscos, estabelecendo
prioridades e metas de avaliação e controle;
1.1.2. – Avaliação quantitativa dos riscos;

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1.1.3. – Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia,
registrando e divulgando os dados.
1.2. – Documentos que integram o PCMAT:

a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e


operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e doenças do
trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
b) projeto de execução das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
c) especificações técnicas das proteções coletivas e individuais a serem
utilizadas;
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
e) lay-out inicial do canteiro de obra, contemplando inclusive, previsão do
dimensionamento das áreas de vivência;
f) programa educativo, contemplando a temática de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, com sua carga horária.

2.0 CONCEITOS BÁSICOS

2.1. – Riscos Ambientais: são os agentes físicos, químicos e biológicos


existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do colaborador.

2.2. – Agentes Físicos: são formas de energia a que possam estar expostos os
colaboradores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-
som e o ultra-som.

2.3. – Agentes químicos: são as substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoa, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade
da exposição, possam ter contato ou ser absorvidas pelo organismo através da
pele ou por ingestão.

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2.4.– Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,
vírus, entre outros.

3.0 LOCAIS, FASES E RISCOS DE UMA OBRA

Destacamos os locais que sempre estão presentes em obras:

 Central de forma
 Central de armação
 Central de concreto
 Escritório de obras
 Áreas de vivência

Destacamos as principais fases de execução de uma obra:

 Fundação escavação;
forma, armação, concreto;
reaterro;

 Superestrutura cimbramento;
forma, armação, concreto e desforma;

 Acabamento alvenarias;
caixilharia, instalações, revestimentos;
pinturas;
limpeza.

3.1 – Escavações, Fundações, Estacas e Blocos

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É realizada a movimentação de terras, que são necessárias para a execução
das fundações. A seguir é feita a infra-estrutura. A colocação de estacas pode
ser feita com equipamento específico tipo bate-estaca, por percussão;

Riscos Genéricos Efeitos/Causa Controle Prazo


Físico Fundações Planejamento e fiscalização dos
Umidade serviços, uso de equipamentos de
Calor segurança individual e presença de
Pressões anormais equipamentos de resgate.

Químico Escavações Deve-se evitar trabalhar nas


Poeiras em suspensão próximas 24 horas que se seguem
Gases (naturais ou não) a uma precipitação pluvial (que
deve ser avaliada pelo volume
precipitado).
Ergonômico Esforço físico intenso (se Todo trabalho dentro das
manual) escavações devem dispor de
Transporte de peso escadas ou rampas.

Riscos de Acidentes Soterramento Planejamento e fiscalização dos


serviços, e uso de equipamentos de
Desabamento (se escavação Proteção Individual e Coletivas.
manual)
Queda de materiais - Proteção Respiratória

Legenda I – Imediato (até 30 dias)


C – Curto prazo (até 90 dias)
M – Médio prazo (até 180 dias)
L – Longo prazo (mais de 180 dias)

3.2. – Superestrutura

É realizada após a infra-estrutura. São considerados todos os serviços de


ferragens (armação), formas de madeira para pilares, vigas e lajes,
escoramentos e lançamento de concreto usinado bombeado ou carga manual
com vibração para adensamento;

Riscos Genéricos Efeitos/Causa Controle Prazo


Físico Ruído Planejamento e fiscalização dos
Vibrações serviços, uso de EPIs tais como:
Calor protetor auricular para operador de
Umidade policorte e vibrador de concreto, botas
de borracha, botinas com palmilha de

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aço e biqueira injetada, luvas de raspa e
latex, entre outros.
Químico Dermatoses de contato Deve-se evitar trabalhar sem a devida
proteção (luvas de latex e botas de
borracha) quando dos serviços de
lançamento de concreto em formas,
devendo ainda ser imediatamente
lavada com água limpa e sabão neutro
as partes do corpo atingidas por caldas
de cimento assim como as roupas.
Ergonômico Trabalho físico pesado Deverão ser orientados todos os
Posturas incorretas trabalhadores quanto a posturas
Ritmo excessivo corretas ao movimentar pesos e praticar
esforços de maneira geral, evitando
desta forma os malefícios a coluna
cervical e lombalgias.
Riscos de Acidentes Máquinas e equipamentos Planejamento e fiscalização dos
Ferramentas manuais serviços, quando das ligações elétricas
inadequadas provisórias e condição de isolamento
Eletricidade dos equipamentos em uso (vibradores,
Impactos sobre a cabeça furadeiras manuais, etc.)
Perfurações c/ pregos Deverão usar constantemente
capacete e botina de segurança c/
palmilha de aço e biqueira injetada.
Legenda I – Imediato (até 30 dias)
C – Curto prazo (até 90 dias)
M – Médio prazo (até 180 dias)
L – Longo prazo (mais de 180 dias)

3.3. – Acabamento (inclui alvenarias)

Realização do revestimento interno e externo do prédio.

O acabamento final é feito por profissionais especializados, geralmente


terceirizados (colocação de esquadrias, marcos, contramarcos, pavimentação,
pintura, colocação de vidros, colocação de tacos, colocação de carpetes,
limpeza, ajardinamento, etc).

Riscos Genéricos Efeitos/Causas Controle Prazo


Físico Ruídos (ferramentas Planejamento e acompanhamento das
manuais – elétricas) atividades, incluindo as alvenarias,
BAIXO revestimento e pintura externa
(fachada). Devem existir
equipamentos específicos para essas
atividades (cinto de segurança, corda
de segurança, balancim com catraca
dupla, dupla fixação para balancim e
cabo independente para fixar o cinto
de segurança).

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Químico Poeiras (lixamento de Proteção respiratória, luvas de latex e
paredes, tacos, etc.) – botas de borracha, entre outros.
MÉDIO
Manuseio de argamassas
de cimento
Vernizes, tintas, diluentes,
resinas, removedores, etc.
Catalisadores.

Ergonômico Posturas (colocação Devem ser verificados os pontos de


carpete, tacos, rodapés). apoio dos cavaletes dos balancins. Os
balancins quando em serviço devem
ser firmemente estaiados à estrutura
do prédio a fim de evitar quedas de
partes, que possam atingir
principalmente a terceiros.

Riscos de Acidentes Máquinas manuais com Obs.: Em todas as fases da obra


defeito, uso inadequado das deve ser fiscalizado o uso
máquinas, inalação de obrigatório de equipamentos de
vapores de solventes, proteção individual, necessários a
tintas, etc. Poeiras em cada função.
suspensão (lixamento de
paredes e pisos)
possibilidade de incêndios
pela proximidade de
inflamáveis. Quedas em
nível.
Legenda I – Imediato (até 30 dias)
C – Curto prazo (até 90 dias)
M – Médio prazo (até 180 dias)
L – Longo prazo (mais de 180 dias)

4.0 ASPECTOS FÍSICOS RELATIVOS AO MEIO A SEREM OBSERVADOS


NAS DIVERSAS FASES DA CONSTRUÇÃO

Instalação do Canteiro de Obra


É realizada a limpeza de terreno, de forma manual ou mecanizada. O perímetro
do terreno é cercado por tapumes de madeirite. São instaladas as unidades de
apoio (almoxarifado, escritórios de administração, vestiários, banheiros, local
para refeição, oficinas para carpintaria e armação) e instalações provisórias
(água, esgoto, energia elétrica, telefone, etc) conforme áreas determinadas
pela NR-18.

5.0 ASPECTOS RELATIVOS AOS COLABORADORES (atividades básicas)

A. Descrição das funções

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Nossas funções e atividades dentro do canteiro de obras são:

Função Descrição - PCMAT


Engenheiro Responsável pela obra e representa a empresa. Coordena as ações no canteiro,
determina, toma decisões de projeto ou administrativas. Freqüentemente circula pela
obra fiscalizando a execução dos projetos. Situa-se no primeiro plano da escala de
fiscalização dos colaboradores, sendo responsável pelos mesmos sob todos os
aspectos.
O engenheiro deve utilizar os equipamentos de segurança que sejam necessários à
situação. É deste que deve partir o exemplo do uso correto e obrigatório dos EPI’s,
uma vez que os liderados espelham-se no líder da equipe.
Na obra o engenheiro pode ser: chefe de obra, de planejamento, de medição, de
campo, de parte elétrica, de parte hidráulica, de segurança do trabalho, etc.
Riscos Não existem riscos consideráveis e sim genéricos. A exposição aos mesmos não é
direta.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança (com palmilha de aço), óculos de segurança e os
eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Mestres de É o profissional mais conhecido pelos colaboradores, como autoridade técnica, sua
Obras grande experiência profissional geralmente lhe permite acompanhar, orientando os
encarregados e os operários nos momentos difíceis.
Atividades Coordenar serviços da obra; orientar execução dos projetos e acompanhá-la; orientar
procedimentos seguros de execução; fiscalizar a obra.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Os mesmos do engenheiro e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Encarregado A responsabilidade direta pelos colaboradores fica a cargo dos encarregados, que na
realidade respondem pela técnica do trabalho.
A empresa possui encarregados para cada categoria profissional no canteiro. Estes
são subordinados às orientações do Mestre de obras, que é o coordenador técnico
das tarefas cotidianas.
Atividades Coordenar serviços de equipe; orientar a equipe na execução dos projetos bem como
acompanhá-los; orientar procedimentos de segurança para equipe; fiscalizar serviços
da equipe.
Riscos Não existem riscos específicos e sim genéricos.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Os mesmos do mestre de obras e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Servente Realiza tarefas diversas de apoio nos canteiros de obras, requerem grande
desprendimento de esforços físicos. Entre outros serviços, geralmente realiza o corte
(abertura) de paredes em lugares específicos para a colocação de dutos elétricos ou
hidráulicos.
Atividades Carregamento de materiais; transporte de carrinhos de mão; abastecimento de
material; limpeza do canteiro; preparo de materiais; outros.
Riscos Diversos, desde quedas de altura e de nível (mais freqüente), entorses, fraturas,
cortes de diversas gravidades, alergias, demartoses, inalação de poeiras de
tijolo/concreto (principalmente durante corte de paredes); irritação das conjuntivas,
perda de sensibilidade, (pelo uso da cortadeira de paredes), esforço físico, ruído (do
equipamento).
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO

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EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço e biqueira injetada, óculos de
segurança e os eventuais necessários.

Função Descrição - PCMAT


Carpinteiro Realiza serviços específicos de carpintaria. Estas tarefas somente podem ser
realizadas por oficial de carpintaria (registrado em carteira).
Atividades Feitura e montagem e formar; equipamentos utilizados: serra circular, plaina,
pregadeira, serrote, martelo, serra tico-tico, máquina Makita.
Riscos Amputação de dedos, queda de materiais sobre os pés, queda em altura ou em nível,
contusões diversas, ruído em excesso (equipamento de corte, ex.: serra circular).
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança, abafador de
ruídos, protetor facial, avental de raspa e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Pedreiro Realiza serviços de alvenaria em geral, em ambientes diversos.
Atividades Fechamento com alvenaria em diferentes níveis; trabalhos em fachadas, pisos etc;
contato com cal, cimento retardantes, etc; poeiras (corte de tijolos); transporte de
materiais; preparar massa.
Riscos Quedas de altura e de nível, dermatites irritações mucosas, riscos de partículas nos
olhos, contusões, inalação de poeiras diversas.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança, luva de látex
e os eventuais necessários.
Função Descrição – PCMAT
Eletricista Realiza trabalho de instalações elétricas provisórias ou definitivas no canteiro de obra.
Manuseio de linhas energizadas ou não.
Atividades Instalar fiações, estender linhas elétricas, testar redes elétricas.
Riscos Choque elétrico, quedas de nível, ferimentos cortantes.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
Requisito Com qualificação
EPI Capacete, botina de segurança c/ solado isolante, óculos de segurança, botina
isolante, cinto porta ferramentas, luvas isolantes e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Armador Realiza tarefas em diferentes níveis de altura, preparando laje, colunas, etc. para a
colocação de formas e posteriormente concreto.
Atividades Montagens de estrutura de ferro; corte e dobra de ferragem; montar painéis de
ferragem; transportar materiais, atender especificações de projetos.
Riscos Quedas em diferentes níveis, lesões perfurantes (por pontas de vergalhões),
ferimentos diversos nos membros inferiores e braços, entorses.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança, luvas de
raspa, avental de raspa e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Almoxarife Colaborador encarregado do controle administrativo de materiais destinados à
execução da obra. O ambiente de trabalho basicamente resume-se a um depósito de
materiais, ferramentas, equipamentos de proteção individual, etc.
Atividades Manter o estoque atualizado; entrada e saída de materiais, maquinários; manter
estoque arrumado; controlar ficha de colaboradores atuantes no canteiro de obras;
fornecer e substituir materiais e equipamentos quando solicitados pelos
colaboradores.

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Riscos Não existe risco de acidente considerável, existe possibilidade de contaminação
devido a presença de roedores no almoxarifado.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança e os
eventuais necessários.
Função Descrição – PCMAT
Motorista Profissional encarregado pela operação de caminhões e veículos leves.
Riscos Contra terceiros e de colisão
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
Requisito Com habilitação adequada
EPI Capacete, botina de segurança c/ solado injetado, óculos de segurança e os eventuais
necessários.
Função Descrição – PCMAT
Operador de Funcionário mão-de-obra direta, treinado e capacitado para operar o equipamento.
Compactador de
Solo
Atividades Reaterros, nivelamento de solo.
Riscos Ruído, vibração.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança, luva de
raspa e os eventuais necessários.
Requisito Com treinamento e capacitado para a função.

Função Descrição – PCMAT


Vibratorista Funcionário habilitado para operar mangotes vibradores de imersão.
Atividades Executa o adensamento do concreto em formas de elementos estruturais
Riscos Ruído, vibração e queda de níveis.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, bota de borracha, óculos de Segurança, protetor auricular, avental e luva
de PVC e os eventuais necessários.
Requisito Com treinamento e capacitado para a função.

Função Descrição – PCMAT


Azulejista Funcionário mão de obra indireta, Qualificado para aplicação de revestimentos
cerâmicos.
Atividades Revestimento cerâmico de paredes e pisos de áreas frias na edificação, assim como
rejuntamentos e acabamentos tipo guarnição
Riscos Quedas de nível, poeiras, lesões perfuro-cortantes com cacos de cerâmica, ruído
excessivo durante uso de serra mármore, dermatoses por contato com argamassas de
cimento, ferimentos diversos nos membros inferiores e braços, entorses.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, protetor auricular calçado de segurança, óculos de segurança, luvas de
latex, máscara semi-facial P2 e os eventuais necessários.

Função Descrição – PCMAT


Encanador Realiza trabalho de instalações hidro-sanitárias provisórias ou definitivas no canteiro
de obra, assim como instalação e ligação de louças e metais sanitários.
Atividades Cortes em alvenarias por onde serão embutidos as tubulações, cortes e ligações de
tubulações com soldagem a quente e frio, execução de esperas, passagens e
instalações de elementos em formas antes da concretagem
Riscos Explosão e incêndio, poeiras, uso inadequado de maçarico alimentado por butjão de

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2kg de GLP, quedas de nível, ferimentos cortantes.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, calçado de segurança, óculos de segurança e os eventuais necessários.

Função Descrição - PCMAT


Operador de Opera misturador de concreto a ser utilizado em menores quantidades no canteiro e
betoneira onde se permita a execução de concreto classe B.
Atividades Controle operacional do equipamento, ajuda na carga manual da betoneira
carregando pedra, areia e cimento, para o preparo de argamassa e concreto, executa
lubrificação e limpeza.
Riscos Ruído, poeiras, dermatoses, choque elétrico, partes móveis do equipamento,
levantamento de peso, lombalgias.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, protetor auricular, respirador semi-facial P2, botina de borracha, óculos de
segurança, avental e luva de PVC, e os eventuais necessários.
Requisito Com treinamento e capacitado para a função.

Função Descrição - PCMAT


Operador de Movimenta carga vertical através de guincho de coluna do tipo velox, tracionando
guincho carga via sistema motor elétrico, cabo de aço, carretel e roldanas.
Atividades Opera guincho de coluna, supervisionando condição operacional do equipamento e
condições gerais das instalações.
Riscos Ruído, queda de níveis e carga, partes móveis do equipamento, movimentação
manual de peso, lombalgias.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança, óculos de segurança, protetor auricular, e os
eventuais necessários.
Requisito Com treinamento e capacitado para a função.

Função Descrição – PCMAT


Pintor Realiza tarefas em diferentes níveis de altura, em diversas áreas e em vários
materiais.
Atividades Pintar paredes, tubulações, estruturas metálicas. Equipamento utilizado: pincel, rolo,
lixa, solvente, tinta, compressor, pistola de pintura.
Riscos Inalação de vapores e gases de vários produtos químicos. Queda de nível diferente,
corpo estranho nos olhos, irritações de mucosas, intoxicação.
Exames Conforme PCMSO
Periodicidade Conforme PCMSO
EPI Capacete, botina de segurança c/ palmilha de aço, óculos de segurança, respirador e
os eventuais necessários.

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6.0 MEDIDAS GENÉRICAS DE RISCOS E SUAS PREVENÇÕES

6.1 PREVENÇÃO DE QUEDAS

É de grave risco a falta de proteção nos vãos de acesso às caixas (poços) de


elevadores (risco de queda), que devem estar totalmente fechados ou com
guarda-corpos (c/altura de 1,20m ) e rodapé (de no mínimo 0,20m de altura),
resistentes a qualquer tipo de impacto.
Os andaimes apoiados sobre cavaletes devem ter altura máxima de 2,0m e
largura mínima de 0,90cm; caso contrário, são considerados de grave e
iminente risco, podendo causar queda dos trabalhadores. Estes andaimes
devem ter guarda-corpo (de no mínimo 1,20m de altura) e rodapé (de no
mínimo 0,20m de altura), inclusive nas cabeceiras (laterais).

Os andaimes suspensos mecânicos (balancins) podem ser:

- leves – quando possuem um guincho (catraca) por estribo (armação de aço)


e comportam, no máximo, duas pessoas e o material necessário para a
execução de pequenos serviços;
- pesados – quando possuem dois guinchos (catracas) por estribo (armação
de aço) e permitem até 0,4 tf/m2 de cargas adicionais, além do peso próprio.

Para evitar a queda de trabalhadores, é necessário atentar para os seguintes


pontos:

1) Os andaimes devem dispor de guarda-corpo (no mínimo de 0,90m de


altura), rodapé (no mínimo de 0,20m de altura) e tela de arame, náilon ou
material de resistência equivalente, presa no guarda-corpo e rodapé, inclusive
nas cabeceiras (laterais).

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2) Os cabos de aço de sustentação do andaime devem trabalhar na vertical e o
estrado, na horizontal; o andaime deve ser fixado à construção, a fim de não
oscilar.
3) Grave e iminente risco – É obrigatório o fornecimento gratuito, pela empresa,
e a utilização, pelos trabalhadores, de cinto de segurança, com certificado de
aprovação do Ministério do Trabalho marcado no mesmo, nos trabalhos
executados sobre andaime (leve ou pesado). O cinto deverá ser preso a um
cabo de segurança (de aço ou fibra resistente), que será amarrado em local
firme da estrutura, independente do andaime.
4) Grave e iminente risco – Não se permite que o andaime (leve ou pesado)
seja sustentado por corda de fibra natural ou artificial. É obrigatório o uso de
cabo de aço para sustentá-lo.
5) Grave e iminente risco – Não é permitida a interligação de estrados de
andaimes leves.
Só se permite a interligação de estrados de andaime pesados.
Para prevenir a queda de trabalhadores, os edifícios com mais de 4 pavimentos
devem ter plataformas especiais de proteção (bandejas). Essa proteção deve
ser colocada a partir da 2ª laje, de 3 em 3 pavimentos, em todo o edifício.
A proteção da 2ª laje deve ter 2,20m de largura. Todas as outras devem ser
colocadas logo depois da concretagem da laje de cima, só devendo ser
retiradas após o levantamento de alvenaria (vedação).
A proteção da 2ª laje só pode ser tirada depois de terminado o revestimento
externo acima dessa laje.
Complementando a segurança no trabalho, a partir da 11ª laje será colocada
tela de arame, náilon ou material de resistência equivalente, em toda a volta do
edifício, que será presa às plataformas de proteção.

6.2 ELEVADORES DE OBRA

Os elevadores de obras podem ser de dois tipos:

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Só de carga – É o elevador conhecido como “guincho”, que deve possuir
revestimento nas faces laterais e posterior de tela e arame, náilon ou material
de resistência similar. É proibido o transporte de trabalhadores neste tipo de
elevador (grave e iminente risco). O operador do guincho (guincheiro) deve
possuir local de trabalho coberto, que seja contra queda de materiais (grave e
iminente risco). Este local de trabalho deve ser, preferencialmente, isolado,
para evitar o acionamento do elevador por pessoas não habilitadas, e o
operador deve receber comunicação para movimentação do elevador através
de lâmpada ou campainha. O elevador de materiais deve ter placa indicando
sua carga máxima e a proibição do transporte de trabalhadores.
Elevador de passageiros – É obrigatória a instalação de pelo menos um
elevador de segurança em edifícios com mais de 12 pavimentos ou altura
equivalente. É também conhecido por “gaiola”. Possui torre metálica, cabina
metálica fechada, sistema de frenagem automático e é controlado de dentro da
cabina.
Para os dois tipos de elevador, as rampas de acesso à torre em qualquer
pavimento devem ser providas de guarda-corpos (de no mínimo 1,20m de
altura) e rodapé (de no mínimo 0,20m de altura) e só devem ter inclinação
ascendente no sentido da torre. É considerada grave e iminente risco a
circulação de trabalhadores através das torres de elevação de cargas.

6.3 ABERTURAS NOS PISOS

As aberturas nos pisos devem estar fechadas ou protegidas com guarda-


corpos (de no mínimo 1,20m de altura) e rodapé (de no mínimo 0,20m de
altura) em toda a sua volta, prevenindo-se com isso as quedas.
Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões etc., que não forem
vedados por alvenaria ou gradis, devem dispor de guarda-corpos de proteção
( de no mínimo 1,20m de altura) e rodapé (de no mínimo 0,20m de altura), para
prevenir a queda de trabalhadores.
6.4 ESCADAS

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As escadas de mão podem apresentar risco de queda. Essas escadas não
podem possuir montante único, pois esta é uma situação de grave e iminente
risco.
As escadas de mão devem ter no máximo 7,0m de comprimento, ter degraus
uniformes e espaçados no máximo de 0,30m, ser apoiadas em locais firmes e
ser presas no seu topo inferior e superior. Devem ainda ultrapassar o topo
superior em 0,90m, no mínimo, para se evitarem escadas curtas.
As escadas de uso coletivo devem possuir também corrimão (de no mínimo
0,90m de altura) e rodapé (de no mínimo 0,20m de altura).

6.5 RAMPAS

As rampas podem apresentar risco de queda se tiverem inclinação superior a


30º - grave e iminente risco.
Em rampa com mais de 18º de inclinação, devem existir travessas
antiderrapantes, espaçadas de no máximo 0,40m, para apoio dos pés. Essas
rampas devem possuir também guarda-corpos (de no mínimo 0,90m de altura)
e rodapé (de no mínimo 0,20m).
Quando é preciso transitar sobre as escavações, devem ser proibidas as
improvisações, construindo-se passarelas com largura mínima de 0,60m,
portadoras de guarda-corpos (de no mínimo 0,90m de altura) e rodapés (de no
mínimo 0,20m), para prevenir queda de trabalhadores e de materiais,
respectivamente.

6.6 PREVENÇÃO DE SOTERRAMENTOS

Toda vez que houver uma escavação com mais de 1,25m de profundidade em
solos instáveis (sujeitos a desmoronamentos), deve ser feito o escoramento
antes do início do trabalho. Esta situação é considerada de grave e iminente
riscos, pois principalmente na época das chuvas o terreno encharcado desliza,
podendo soterrar os trabalhadores.

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Os materiais retirados da escavação (bota-fora) ou que vão ser assentados na
vala devem ficar distantes da borda de, no mínimo, metade da profundidade da
escavação, para soterramento ou queda de materiais sobre os trabalhadores.

Ex.: uma escavação de 2,00m de profundidade terá as bordas livres de no


mínimo 1,00m de cada lado.
Em escavações com mais de 1,25m de profundidade, deve haver escada de
mão ou rampa para acesso à saída do local de trabalho.

6.7 PREVENÇÃO DE CHOQUES ELÉTRICOS

As instalações elétricas só podem ser executadas e mantidas por pessoal


qualificado (eletricista); caso contrário, está caracterizada uma situação de
grave e iminente risco.
As partes vivas (energizadas) dos circuitos e equipamentos elétricos devem
estar protegidas contra contatos acidentais; senão a situação é de grave e
iminente risco.
As chaves de faca devem estar protegidas (em caixas) e não podem ser
instaladas de forma que fechem o circuito acidentalmente; senão a situação é
de grave e iminente risco.
Só podem ser utilizadas as chaves de faca para circuitos de distribuição, sendo
proibido (grave e iminente risco) o seu uso como dispositivo de partida e
parada de máquinas.
Os fusíveis das chaves de faca não podem ser substituídos por dispositivos
improvisados, como moedas, arames etc.,. e devem ter capacidade compatível
com o circuito a proteger, pois do contrário estará caracterizada situação de
grave e iminente risco.
Não se podem ligar máquinas ou equipamentos elétricos se não houver o
conjunto plugue e tomada.
Sempre que houver risco de contato acidental com rede de alta tensão (grave e
iminente risco), deve haver uma proteção ou barreira.

16
6.8 PREVENÇÃO DE OUTROS RISCOS

Toda serra circular deve possuir proteção para o disco de corte (coifa) e lâmina
separadora (cutelo divisor) que evite o retrocesso da madeira.
A inexistência da coifa e cutelo gera uma situação de grave e iminente risco
para os trabalhadores, que podem vir a sofrer graves ferimentos nos dedos e
mãos ou mesmo sua amputação.
A altura da coifa deve variar conforme a espessura da madeira, e ela deve ficar
sempre encostada na superfície de corte.
Onde houver trabalhos de pintura, aplicação de vernizes, colas e outros
produtos tóxicos, solda e jateamento em locais confinados, os quais são de
grave e iminente risco para a saúde do trabalhador, deve-se instalar exaustão,
para retirada de gases e vapores, poeiras, fumos metálicos, névoas e neblinas,
ou, quando não for possível, fornecer equipamento completo de proteção,
como: autônomo com cilindro de ar ou de adução de ar, com mangueira ligada
a compressor. Com isso, evitam-se a contaminação e o aparecimento de
doenças ocupacionais.
As madeiras retiradas de andaimes, fôrmas e encoramentos devem ter os
pregos, arames e fitas de amarração retirados ou rebatidos, evitando-se dessa
maneira perfurações nos pés dos trabalhadores. Todo o material empregado
na obra deve ser arrumado de modo a evitar quedas e outros acidentes.
As máquinas e os equipamentos devem ter suas partes móveis e perigosas
protegidas (polias, correias de transmissão etc.), bem como as partes que
ofereçam riscos de ruptura ou de projeção de partículas.
Quando houver transporte de concreto por grua, é de grave e iminente risco a
circulação de pessoas ou o trabalho sob a carga, durante o trajeto até o
lançamento.

7.0 E P I (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)

A empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos trabalhadores, como


medida complementar de segurança:

17
- calçado fechado de couro resistente para proteção dos pés do trabalhador
contra quedas de objetos (“sapatão” com biqueira rígida), entrada de pregos
(“sapatão” com palmilha de aço) e solado antiderrapante;
- botas impermeáveis somente para trabalhos de lançamento de concreto ou
em terrenos encharcados;
- luvas adequadas ao serviço a ser executado (raspa de couro para trabalhos
grosseiros e de borracha para aplicação de massas);
- cinto de segurança para os trabalhos sobre andaimes ou em locais sujeitos
a queda, a mais de 2,0m de altura;
- protetor facial para os trabalhos com serra circular;
- capacete de segurança;
- óculos e protetores faciais com filtros de luz para os soldadores;
- óculos de segurança contra impactos, para trabalhos com esmeril e
apicoamento de concreto;
- óculos de segurança contra poeiras e respingos, para serviços de lixamento
de concreto, pinturas etc.;
- outros equipamentos de proteção individual adequados a riscos específicos,
tais como:
 capas impermeáveis, para chuvas;
 luvas com enchimento de borracha especial, para vibrações de marteletes;
 perneira, mangote e avental de raspa, para trabalhos com solda;
Os equipamentos de proteção individual só podem ser utilizados se possuírem
impresso no produto o número do Certificados de Aprovação (CA), fornecido
pelo Ministério do Trabalho.

8.0 CONDIÇÕES MÍNIMAS DE CONFORTO

8.1 LOCAL PARA REFEIÇÕES

Em toda obra deve existir um local coberto e ventilado para que os


trabalhadores tomem suas refeições. Esse local deve possuir, no mínimo:
- mesa com tampo impermeável
- assentos ou bancos em número suficiente

18
- lavatório
- depósito de lixo com tampa
- aquecedor de marmitas (estufa elétrica ou banho-maria), nos locais onde
não houver fornecimento de refeições quentes.
8.2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Deve existir para cada 20 trabalhadores ou fração* 1 conjunto sanitário, que


deve ser composto de:
- 1 vaso sanitário sifonado ou bacia turca
- 1 chuveiro elétrico
- 1 pia com torneira
- 1 mictório individual ou coletivo (calha)
OBS.: Entende-se por fração que, quando as empresas possuírem menos de
20 trabalhadores, deve ser instalado 1 conjunto sanitário; se possuírem de 21 a
40 trabalhadores, devem ser instalados 2 conjuntos sanitários, e assim por
diante.
Os vasos sanitários devem ficar em locais isolados uns dos outros por
divisórias, contendo porta com trinco, e devem dispor de recipientes com tampa
para depósito de papéis usados.

8.3 ÁGUA POTÁVEL

Deve ser fornecida aos trabalhadores água potável, preferencialmente filtrada,


e em condições de higiene. É proibido o uso de copos coletivos e
improvisados, como latas de refrigerantes. Sempre que possível, deve ser
instalado bebedouro de jato inclinado na proporção de 1 para cada 50
trabalhadores.

19
8.4 VESTIÁRIO

Todo canteiro de obras deve possuir um local para troca de roupas dos
trabalhadores que não residem no local, com armários individuais contendo
cabides ou escaninhos.

8.5 ALOJAMENTO

Quando a obra possuir alojamento, é exigido que:


- o pé direito mínimo seja de 2,50m para cama simples e 3,0m para beliches;
- a cama superior do beliche tenha proteção lateral e escada fixa (tipo
marinheiro);
- a altura livre entre uma cama e outra entre uma cama superior e o teto seja
de 1,20m, no mínimo;
- se tenha um armário com porta para cada trabalhador;
- se tenha uma área mínima de 3,00m 2 para cada conjunto de cama, armário
e área de circulação.

9.0 DERMATOSE PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL CAUSADA


PELO CIMENTO

9.1 COMO PREVENIR

 Cimento ou massa de cimento ou concreto, quando em contato freqüente


com a pele de trabalhadores sensíveis, pode:

1. Ressecar, irritar ou ferir a pele no local do contato, seja nas mãos, nos pés
ou em qualquer local da pele onde a massa de cimento permanecer por
certo tempo.
2. Produzir reações alérgicas, e isto depende do contato do cimento com estas
partes.

20
 Se suas mãos ou pés estiverem feridos ou irritados após contato com o
cimento faça o seguinte:

1. Procure o serviço médico da empresa.


2. Caso não exista este serviço, procure o posto de saúde mais próximo de
sua residência ou de seu trabalho.
3. Nesta fase, evite o contato com o cimento até as mãos ou os pés
melhorarem.
4. Use luvas e/ou botas ao voltar do trabalho.
5. Se for obrigado ou se insistir em trabalhar com as mãos ou os pés irritados
ou feridos poderá piorar e até ficar alérgico ao cimento.

 Se sofrer algum arranhão ou ferimento no serviço, procure rapidamente


pelo socorro médico. Antes disso, lave bem o local ferido com água corrente
e sabão ou sabonete, e desinfete com água oxigenada.

A dermatose ocorrida no serviço equipara-se ao acidente do trabalho. Deve,


pois, ser tratada pelos serviços médicos que atendem a esses casos por
delegação do INSS.
Nesses casos a empresa deverá emitir a comunicação de Acidente do
Trabalho (CAT), a fim de assegurar seu salário sem redução e o tratamento
integral da dermatose, gratuitamente.

9.2 RECOMENDAÇÕES PARA PROTEÇÃO DA PELE

Sempre que possível, quando trabalhar em contato com a massa de cimento,


observar o seguinte:

- na preparação da massa de cimento ou concreto, use luvas e botas de


borracha forradas;
- não trabalhe descalço ou de sandália hawaiana, ou de bermuda.

21
- se sua roupa estiver suja de massa ou calda de cimento ou concreto,
troque-a logo que possível.
- substituir imediatamente, luvas e/ou botas rasgadas ou furadas;
- ao cair massa ou calda de cimento dentro da luva, retire-a imediatamente e
lave as mãos;
- lave bem as luvas e em seguida deixe escorrer toda a água;
- pó ou cavaco de madeira dentro dos sapatos ou das botas pode irritar seus
pés;
- se possível faça uso de meias grossas do tipo de futebol;
- ao cair massa ou calda de cimento dentro da bota, retire-a assim como a
meia e imediatamente lave as partes atingidas;
- não deixe a calça úmida de calda do cimento em contato com a pele.

Lembre-se que a entrada de massa ou calda de cimento através das botas e


luvas furadas ou rasgadas pode produzir dermatoses graves nos pés e nas
mãos. A proteção das mãos e dos pés e a boa higiene são importantes para se
evitarem estas dermatoses. Siga as recomendações aqui indicadas e boa
saúde.

10.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS NOS CANTEIROS DE OBRAS

A eletricidade é uma fonte de perigo, podendo causar a morte das


pessoas que trabalham sem tomar cuidados especiais.
Ela é perigosa mesmo quando é utilizada em “baixas tensões”, como, por
exemplo, as de 110 volts.
Portanto, para prevenir acidentes, toda instalação elétrica deve ser executada e
mantida de forma segura por um eletricista experiente.
As instalações elétricas nos canteiros de obras são realizadas para ligar as
máquinas e iluminar o local da construção, sendo desfeitas quando a obra
termina. Mas precisam ser feitas de forma correta, para que sejam seguras.

22
Antes do começo da obra, é preciso saber que tipo de fio ou cabo deve ser
usado, onde ficarão os quadros de força, quantas máquinas serão utilizadas e,
ainda, quais as ampliações que serão feitas nas instalações elétricas.

10.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES DE ORIGEM


ELÉTRICA

10.1.1 Quadros de distribuição

Numa obra os quadros de distribuição representam um papel importante na


prevenção de acidentes. Segundo suas características de utilização podem ser:
principal, intermediário e terminal.
Os quadros devem ser de preferência metálicos, a fim de proteger os
componentes elétricos contra umidade, poeira, batidas, e ter em seu interior o
desenho do circuito elétrico.
Devem ficar fechados para que os operários não encostem nas partes
energizadas (“vivas”) e não guardem roupas, garrafas, marmitas ou outros
objetos dentro deles.
Os quadros de distribuição devem ficar em locais bem visíveis, sinalizados e de
fácil acesso.
Devem ficar longe da passagem de pessoas, materiais e equipamentos tais
como: caminhões, escavadeiras, tratores, guindastes.
Devem ser instalados sobre superfícies que não transmitam eletricidade.
Se isto não for possível, os quadros elétricos devem estar aterrados.

10.1.2 Chaves elétricas

As chaves elétricas do tipo faca devem ser blindadas, para os trabalhadores


não encostarem nas partes energizadas (“vivas”).

23
Devem fechar para cima e de tal forma que os porta-fusíveis não fiquem
energizados (“vivos”) quando as chaves estiverem abertas.
As chaves elétricas do tipo faca, blindadas, não devem ser usadas para ligar
diretamente equipamentos como serra, betoneiras e outros.
Nunca se deve ligar ou desligar as chaves elétricas, quando algum
equipamento estiver sendo utilizado.

10.1.3- Fios e cabos

Os fios e cabos devem ser estendidos em lugares que não atrapalhem a


passagem de pessoas, máquinas e materiais.
Se os fios e cabos tiverem de ser estendidos em locais de passagem, devem
estar protegidos por calhas de madeira, canaletas ou eletrodutos.
Podem, também, ser colocados a uma certa altura que não deixe que as
pessoas e máquinas encostem neles.
Se forem enterrados, é necessário protegê-lo por calhas de madeira, placas de
concreto ou eletrodutos.
O caminho das redes elétricas enterradas deve ser marcado por placas.
Uma pessoa experiente deve ficar acompanhando os trabalhos de escavação
ou aterro, para avisar quando os operários estiverem perto de 1,50m das redes
elétricas enterradas.
Os fios e cabos devem ser fixados em isoladores, argolas, abraçadeiras, e
nunca em materiais que não sejam isolantes, por exemplo: arames, canos
metálicos, pára-raios e vergalhões.

Para não estragar a isolação dos fios e cabos, é preciso tomar cuidado de :

 Não colocar os fios e cabos em lugares que possam desgastar ou cortar


sua isolação.
 Não colocar os fios e cabos sem proteção, em locais de passagem.

24
As emendas que forem feitas nos fios e cabos devem ficar firmes e bem
isoladas, não deixando partes descobertas.
Os fios e cabos com muitas emendas, mau isolamento ou fora de uso devem
ser recolhidos e substituídos por novos.
Quando os fios e cabos forem puxados para tomadas e interruptores ou
quando atravessarem paredes, é preciso protegê-los, por exemplo, com calhas
ou eletrodutos.

10.1.4 Ligações elétricas

A ligação dos equipamentos à rede elétrica sempre deve ser feita através do
conjunto plugue-tomada.

Nunca se deve ligar mais de um equipamento na mesma tomada, se ela foi


feita para uma só ligação.
Os equipamentos elétricos devem estar desligados da tomada, quando não
estiverem sendo usados.
Os equipamentos elétricos devem ter o dispositivo liga-desliga, sendo proibido
fazer ligação direta.
Nunca se deve pendurara ou puxar os equipamentos elétricos pelo fio, para
não estragar as ligações.

10.1.5 Circuitos de iluminação

Os circuitos de iluminação devem estar ligados à rede elétrica através de


chaves blindadas. Quando estiverem ligados a quadros elétricos, devem ser
usado o conjunto plugue-tomada.
É preciso usar material isolante para fixar os circuitos de iluminação.
Não fixar esses circuitos em vergalhões ou arames.

25
Nos locais de movimentação de material, as lâmpadas devem estar protegidas
contra batida, para não quebrarem.
Nunca se deve usar lâmpadas portáteis, se elas não tiverem as proteções.

10.2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATO COM ELETRICIDADE

Todas as instalações elétricas devem ser consideradas perigosas, porque


podem causar acidentes fatais.
Por isso, nos trabalhos com eletricidade, é preciso conhecer o serviço e saber
quais as formas de se proteger contra os acidentes.
Duas dessas formas de proteção são:
 A proteção contra os contatos diretos;
 A proteção contra os contatos indiretos.

10.2.1 Proteção contra contatos diretos

O contato direto é que ocorre quando uma pessoa encosta em partes


energizadas (“vivas”).
Existem 3 maneiras de evitar que os trabalhadores sofram acidentes por
contato direto:

 Pelo afastamento do trabalhador da rede elétrica;


 Pelo uso de barreiras;
 Pela isolação bem feita.

10.2.2 Distanciamento ou afastamento

Pode-se evitar acidentes, não deixando que os trabalhadores e equipamentos


cheguem perto da rede elétrica.
É bom deixar uma distância mínima de 5 metros entre a rede elétrica e o local
de trabalho.

26
É preciso ter certeza de que o material transportado e as ferramentas usadas
pelo trabalhador fiquem afastados da rede elétrica. O mesmo cuidado se deve
ter na movimentação de andaimes, gruas, veículos basculantes, porque podem
encostar na rede elétrica.

10.2.3 Barreiras

As barreiras são colocadas para não deixar que os trabalhadores entrem em


contato com a eletricidade.
Elas devem ser fixas e firmes. Devem estar sinalizadas, para que os
trabalhadores entendam que naquele lugar existe risco elétrico.

10.2.4 Proteção contra contatos indiretos

O contato indireto acontece quando uma pessoa encosta em peças metálicas


que por erro na instalação elétrica ou defeitos de isolação ficam energizadas
(“vivas”).
Canalizações metálicas e carcaças de equipamentos elétricos são armadilhas
para o trabalhador, se a rede elétrica ou os equipamentos não estiverem
aterrados.

10.3 COMO FUNCIONA O ATERRAMENTO

Se a carcaça de uma máquina estiver energizada (“viva”), pode acontecer que:


1. A máquina não está aterrada
Se uma trabalhador encostar na carcaça da máquina, a corrente elétrica vai
passar pelo seu corpo e causar um choque.

2. A máquina está aterrada

27
Neste caso, a corrente elétrica de fuga seguirá para o ponto de aterramento
pelo “condutor terra”, não passando pelo corpo do trabalhador que tocar em
sua carcaça.

10.3.1 Como fazer o aterramento

Este serviço deve ser feito por um eletricista que conheça perfeitamente a
importância das conexões bem feitas e com condições de medir a resistência
elétrica do solo, que deve ser a menor possível (2 ohms no máximo). Caso não
se tenha como medir a resistência do solo, é necessário prepará-lo, a fim de
diminuir sua resistência da seguinte maneira:
- escavar no solo um buraco de 0,40m de diâmetro e com profundidade
suficiente para fixar uma haste de cobre com comprimento mínimo de

2,40m no eixo do mesmo. A haste deverá ser envolvida por uma camada
de sal grosso com aproximadamente 0,20m e esta camada de sal
envolvida por outra de carvão vegetal preenchendo todo o furo onde esta
alojada a haste de aterramento, sendo que seu topo deverá estar aflorado
ao nível do solo para se providenciar a conexão do fio terra que deverá ter
um terminal conector eficientemente parafusado à haste.

10.3.2 Aterramento de equipamento manual

Para fazer o aterramento de um equipamento manual, é preciso que o cabo de


alimentação tenha o fio de proteção “terra” (verde ou verde/amarelo) e que este
seja ligado ao equipamento, e verificar se do lado da instalação existe a ligação
elétrica entre a tomada e a haste de aterramento.
Todos os equipamentos elétricos devem estar aterrados, menos os que tenham
dupla isolação ou os que funcionarem com menos de 50 volts.

28
10.4 LUGARES ÚMIDOS

Antes de começar a trabalhar com eletricidade em lugares molhados ou


úmidos, é preciso examinar os fios e cabos, os equipamentos e as ligações
elétricas. Qualquer defeito que for encontrados deve ser logo consertado.

O perigo aumenta porque a umidade facilita a passagem da corrente elétrica


pelo corpo do trabalhador.

10.5 - MANUTENÇÃO

As instalações elétricas devem ser verificadas constantemente pelo eletricista,


que deve mantê-la em boas condições de uso.
O eletricista deve saber que uma manutenção bem feita é uma das principais
medidas para evitar os riscos de acidentes e que deve ser realizada com a
chave geral, proibindo que ela seja ligada, quando a instalação elétrica estiver
em manutenção.
É bom usar cadeado na chave geral, para que ela não seja ligada por acaso.
O eletricista deve usar capacete, luvas de borracha, botina de couro com
solado de borracha sem partes metálicas e óculos de segurança.
O eletricista deve ter os aparelhos necessários para saber se a instalação está
energizada (“viva”) ou não, e ferramentas com cabos cobertos com materiais
isolantes.
Na manutenção de equipamentos elétricos, o eletricista deve ter certeza de não
trocar o fio terra (verde, verde/amarelo) com o fio energizado (“vivo”) em
relação aos terminais do equipamento, porque se isto acontecer a carcaça do
equipamento ficará energizada.
A troca de fusíveis ou qualquer serviço em caixas de ligação é perigoso. Por
isso, para fazer estes serviços o eletricista deve ficar em cima de uma tapete
de borracha ou de uma tábua, principalmente em lugares úmidos, e usar alicate
com cabo de material isolante.

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Um fusível queimado deve ser trocado por outro do mesmo tipo e capacidade
(valor).
Nunca se deve colocar moedas, arames, papel de cigarros ou fazer ligações
diretas.

OBS.: Não se deve colocar fusível no condutor neutro (azul claro) que passa
pela chave faca, pois ele não pode ser interrompido pela queima do fusível.
Para ligar ou desligar as chaves elétricas, o trabalhador não deve ficar na sua
frente.
Na manutenção das instalações e equipamento deve ser dada uma importância
especial para s sinalizações, pois elas são responsáveis em grande parte pela
prevenção dos acidentes de origem elétrica.

10.6 O QUE FAZER EM CASO DE CHOQUE ELÉTRICO

A gravidade do acidente que a eletricidade pode causar depende:


 da intensidade da corrente elétrica;
 do caminho que a corrente elétrica faz pelo corpo do trabalhador;
 do tempo que o trabalhador fica em contato com a eletricidade.

No caso de acidente, é preciso agir rápido, porque quanto mais tempo uma
pessoa ficar sofrendo o choque elétrico, menos chance ela terá de sobreviver.
Primeiramente, deve-se desligar a chave geral.

Quando não for possível desligar a chave geral, deve-se fazer o seguinte:

- Usar luvas de borracha para soltar o trabalhador da rede elétrica;

- Se não tiver luvas de borracha, usar madeira seca ou ficar em cima de uma
tapete de borracha.

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Depois de separar o trabalhador da rede elétrica, pode ser que ele pare de
respirar (morte aparente). Para que ele volte a respirar, é preciso fazer o
seguinte:

1- Deitar o trabalhador de costas e afrouxar suas roupas;


2- Colocar uma das mãos na nuca do trabalhador e jogar sua cabeça para
trás;
3- Tirar da boca do trabalhador todo objeto estranho;
4- Tapar o nariz do trabalhador com os dedos;
5- Assoprar na boca do trabalhador e ver se o seu peito se eleva;
6- Deixar o ar sair

Deve-se fazer isso várias vezes, até que o trabalhador acidentado volte a
respirar.
Na maior parte dos casos de choque elétrico, ocorre também a parada do
coração. Caso isto ocorra deve-se fazer a massagem cardíaca, da seguinte
forma:

1 – Deitar o trabalhador de costas sobre uma superfície dura;


2 – Colocar uma mão sobre a outra, na parte mais funda do peito do
trabalhador;
3 – Apertar com força;
4 - Soltar

Deve-se aplicar a massagem cardíaca até que o trabalhador se restabeleça.

Quando ocorrer a parada da respiração e do coração ao mesmo tempo, deve-


se aplicar 5 massagens cardíacas e 1 respiração até o trabalhador voltar ao
normal.

11.0 LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESOS

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São freqüentes os serviços que exigem dos trabalhadores o levantamento e
transporte manual de pesos.
Pode ocorrer, no entanto, que em conseqüência de desconhecimento ou
negligência dos procedimentos corretos a serem adotados, os trabalhadores
sejam surpreendidos por dores lombares, entorses, deslocamentos de disco e
hérnias.
Na Engenharia Civil, especificamente, os trabalhadores convivem com o
levantamento e transporte de sacos de cimento, cilindros, tambores, placas de
madeira, tábuas, caibros, blocos e tijolos, cujos procedimentos corretos estão
descritos a seguir.

11.1 Considerações preliminares

As recomendações a seguir se aplicam aos operários que necessitam levantar


e transportar manualmente um peso.
Para tanto, antes de qualquer ação, devem verificar:

- o tamanho, a forma e o volume da carga, para estudar a maneira mais


segura de levantá-la;
- o peso da carga, para verificar se não ultrapassa sua capacidade individual
de levantamento de peso;
- a existência de pontas ou barbatanas, para não se acidentar;
- a necessidade de utilizar equipamento de proteção individual, como luvas,
máscaras, aventais, sapatos de segurança com biqueiras de aço;
- o caminho a ser percorrido, observando se o mesmo está desimpedido,
limpo, não escorregadio, e a distância a ser transposta.

11.2 Capacidade individual

Para um operário brasileiro, os limites de pesos que podem ser levantados sem
causar problemas à sua saúde são apresentados na Tabela 1.

32
Tabela 1
PESSOAS X LIMITAÇÕES HOMENS MULHERES
ADULTOS (18 A 35 ANOS) 40Kg 20Kg
DE 16 A 18 ANOS 16 Kg 8Kg
MENOS DE 16 ANOS PROIBÍDO

Recomenda-se para as mulheres 50% dos valores máximos de levantamento


de peso indicados para os homens, porque geralmente elas têm:

- menor tolerância ao trabalho físico pesado;


- musculatura mais fraca;
- menor peso, o que faz com que o peso do corpo sobre o centro de
gravidade seja menor.
Com a finalidade de não prejudicar o desenvolvimento do esqueleto,
recomenda-se que os jovens, de 16 a 18 anos, executem, ocasionalmente, o
levantamento de no máximo 40% do peso destinado aos adultos.
O levantamento de peso para as pessoas idosas deve ser evitado, pois seus
ossos são frágeis, e sua força muscular é pequena.

11.3 Procedimentos corretos

Ainda que não adote os procedimentos corretos para levantar e/ou transportar
um peso, um operário pode conseguir o mesmo limite de carga que um outro
atinge agindo corretamente.
Porém o levantamento e o transporte corretos não trazem problemas ao
trabalhador, enquanto os procedimentos errados podem acarretar danos à sua
saúde.

Após tomar as precauções indicadas no item 11.1, o trabalhador deve:

33
- posicionar-se junto à carga, mantendo os pés afastados, com um pé mais à
frente que o outro, para aumentar sua base de sustentação;
- abaixar-se dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha
reta;
- segurar firmemente a carga, usando a palma das mãos e todos os dedos;
- levantar-se usando somente o esforço das pernas, e mantendo os braços
estendidos;
- aproximar bem a carga do corpo;

- manter a carga centralizada em relação às pernas durante o percurso;

Seguindo essas recomendações, ocorrerá uma pressão uniforme no disco


intervertebral do trabalhador, não causando problemas à sua coluna.
Do contrário o trabalhador pode adquirir uma hérnia de disco, doença
conhecida popularmente como bico de papagaio.
Conhecendo melhor como se comporta a estrutura óssea da coluna vertebral,
pode-se avaliar e evitar os graves danos desencadeados por um levantamento
de peso mal executado. Por isso, é preciso:

- não flexionar as costas;


- não ficar muito longe da carga;
- não torcer o corpo para pegar a carga;
- não manter as pernas fixas no chão e virar o corpo com a carga;
- não escorar a carga na perna ou joelho.

11.4 Recomendações gerais

Recomenda-se evitar o levantamento ou transporte de peso quando a


diferença de altura dos operários provocar desnível da carga.
No caso de o volume da carga ser excessivo, sempre é aconselhável o
emprego de pelo menos dois trabalhadores.

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Deve-se evitar o transporte de cargas com apenas uma das mãos, procurando-
se distribuir o peso nas duas mãos.
No transporte de cargas, deve-se sempre manter cabeça e as costas em linha
reta.
Evita-se um esforço excessivo dos músculos do antebraço, utilizando-se um
sistema de puxador que permita boa firmeza dos cinco dedos e da palma da
mão.

11.5 Aplicações

Visando dar maiores subsídios ao trabalhador que necessita levantar e


transportar manualmente um peso, apresentamos a seguir alguns exemplos
práticos.
11.5.1 Levantamentos e transporte de sacos de cimento

Manter a cabeça e as costas em linha reta e segurar firmemente a carga,


usando a palma das mãos.
Levantar-se usando somente o esforço das pernas e mantendo os braços
esticados ao sustentar o peso.
Colocar o saco de cimento nos ombros.
Segurar com firmeza o saco de cimento e iniciar o transporte mantendo as
costas retas.

11.5.2 Levantamento e transporte de cilindros

Ficar agachado próximo ao cilindro, com uma das pernas um passo à frente do
corpo.
Segurar o cilindro pelo lado da válvula.
Levantar o cilindro, mantendo as costas retas.
Ao transportar, rodar o cilindro até o lugar designado, mantendo sempre as
costas retas. Para grandes distâncias é aconselhável o uso de carrinhos de
mão.

35
11.5.3 Levantamento e transporte de tambores

Ficar agachado próximo ao tambor, com uma das pernas um passo à frente do
corpo.

Com as mãos entre as pernas e as costas retas, levantar lentamente o tambor.


Para o deslocamento, rolar o tambor, mantendo sempre as costas retas.

11.5.4 Levantamento e transporte de placas de madeira

Abaixar-se e segurar a placa com uma das mãos, no sentido do cumprimento.


Levantar a placa, aproximando-a do corpo com o auxílio das mãos.
Para o transporte manter a cabeça e as costas em linha reta, e a placa junto ao
corpo.

Se as placas devem ser transportadas a longas distâncias, utilizar uma alça de


carga.

11.5.5 Levantamento e transporte de tábuas e caibros

Apoiar uma das mãos no joelho, mantendo as costas e a cabeça em linha reta,
e segurar as tábuas.
Reagir ao peso das tábuas, dobrando os joelhos.
Equilibrar as tábuas deslocando a mão para frente, tanto quanto possível, e
iniciar o transporte.

11.5.6 Deslocamento de blocos e tijolos

Não flexionar as costas.


Transferir o peso do corpo à perna mais próxima do bloco a ser levantado.

36
Erguer o bloco à menor distância possível
Deslocar a carga na posição correta.

11.5.7 Utilização da pá

Os serviços que exigem a utilização da pá são freqüentes na Engenharia Civil e


levam o trabalhador a realizar movimentos que forçam a coluna vertebral, de
forma semelhante ao que ocorre durante o levantamento e transporte manual
de pesos.

A seqüência recomendável para o uso correto da pá é a seguinte.

- ficar em pé de maneira firme;


- colocar o pé tão próximo da pá quanto possível, e deslocar o peso do corpo
para o pé que estiver mais perto dela;
- levantar-se, transferindo o peso do corpo para outro pé;
- aproximar a pá do corpo;
- descolar a perna na direção do arremesso;
- não dobrar e girar o corpo simultaneamente.

Para materiais mais pesados, como cascalho e pedra, a pá deve ser


introduzida com o auxílio da perna.

12.0 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DAS PROTEÇÕES COLETIVAS E


INDIVIDUAIS QUE SERÃO/ PODERÃO SER UTILIZADAS:

Guarda-corpo madeira de primeira qualidade, espessura mínima de 0,02m;


barra de aço CA-50, uma polegada com 1,40m de altura.
Plataforma de proteção peças de madeira mínimo peça de 12 com 4,50m de
comprimento;
madeirite de 2,20mX1,22mX0,02m;
Protetores rígidos Madeira com 0,025m de espessura;
Protetores elásticos tela galvanizada;
tela de nylon;

37
tela de cordas de nylon.
Escadas, passarelas e madeira de primeira qualidade espessura mínima de
rampas 0,025m.

13.0 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

Etapa da Obra Medidas preventivas por seqüência Prazo


de acontecimentos
Instalação do canteiro de obras uso constante de todos os EPI’s especificados
Escavação e fundação uso constante de todos os EPI’s especificados;
guarda-corpo;
escoramentos;
escadas, rampas e passarelas;
proteções rígidas.
Estrutura de concreto armado uso constante de todos os EPI’s especificados;
guarda-corpo;
escadas, rampas e passarelas;
proteções rígidas;
andaimes;
plataformas de proteção.
Acabamento uso constante de todos os EPI’s especificados;
guarda-corpo;
escadas, rampas e passarelas;
proteções rígidas;
andaimes;
plataformas de proteção.

38
ÁREAS DE VIVÊNCIA

39
ÁREAS DE VIVÊNCIA PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Sanitários FOLHA –

PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL


As instalações sanitárias serão construídas junto ao
canteiro de obra.
Os vasos sanitários poderão ser do tipo bacia turca ou
sifonado, com caixa de descarga externa ou válvula
automática. Serão instalados em compartimentos
individuais com área de 1,0m2 e dotadas de portas
indevassáveis c/ trinco interno e borda inferior de no
máximo 0,15 metros, mantendo ainda ventilação para o
exterior. Terão paredes divisórias, com altura mínima de:
1,80 metros e, possuirão recipiente para coleta de papéis
usados. Deverão ainda ser dimensionados na proporção
de 1 (um) vaso por grupo de 20 (vinte) funcionários ou
fração, atendendo assim a NR.18.4.2.

41
ÁREAS DE VIVÊNCIA PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Conjunto de Chuveiros FOLHA –

PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL


Os chuveiros serão metálicos ou de plásticos, individuais
ou coletivos, instalados em área mínima de 0,80 m 2 e a
2,10 metros do piso, sendo ainda os registros colocados a
meia altura, dispondo também de água quente. Os
chuveiros elétricos deverão ser aterrados adequadamente.
Deverá haver um suporte para sabonete e cabide para
toalha correspondente a cada chuveiro. O piso dos
chuveiros será provido de material impermeável,
antiderrapante ou provido de estrado de madeira, devendo
ainda ter caimento que assegure escoamento para rede de
água servida. Serem dimensionados à proporção de 1 (um
) para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

42
ÁREAS DE VIVÊNCIA PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Vestiário FOLHA –

PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

O vestiário poderá ter parede de alvenaria ou madeira


para impedir a visão do exterior e proteger contra frio e
vento; ter área de ventilação mínima de 1/10 (um
décimo) da área do piso; possuirá armários individuais
dotados de fechadura ou dispositivo c/ cadeado, para
troca de roupas dos trabalhadores que não residem no
local; ter bancos em número suficiente para atender aos
usuários simultaneamente, com largura mínima de 0,30
m (trinta centímetros).
O piso deverá ser de concreto, cimentado ou madeira,
devendo ainda as instalações atenderem à NR. 18.4.2.9
na sua totalidade.

43
ÁREAS DE VIVÊNCIA PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Refeitório FOLHA –

PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL


O refeitório deverá ter paredes que permitam o isolamento
durante as refeições; ser coberto, possuir ventilação e
iluminação natural e/ou artificial; o piso poderá ser de
concreto, cimentado liso ou outro material lavável; ter
assento em número suficiente para atender
simultaneamente os usuários; ter mesa com tampo
impermeável, depósitos de lixo com tampa e aquecedor de
marmitas (Banho-Maria) para os trabalhadores que trazem
suas refeições de casa; é obrigatório o fornecimento de
água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por
meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo
equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

44
PROTEÇÕES COLETIVAS

45
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Serra Circular de Bancada NR-18.7.2
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
A serra circular de bancada é constituída de um disco circular, provido
de arestas cortantes em sua periferia, montada num eixo, que lhe
transmite movimento rotativo e potência de corte, sendo o conjunto
acionado por um motor elétrico, através de polias e correias.
Deverá ser dotada de mesa estável, com fechamento em suas faces
inferiores, anteriores e posteriores; ter a carcaça do motor aterrada
eletricamente e chave de comando blindada de partida e parada do
motor; as transmissões de força mecânica devem estar protegidas
obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes; ser provida de
coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do
fabricante e ainda coletor de serragem; durante operações de corte
de madeira devem ser utilizados dispositivo empurrador e guia de
alinhamento; a carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e
antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores
Cavalete Suporte
contra quedas de materiais e intempéries.

47
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Tipos de Coifa NR-18.7.2 Letra “e”
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Os tipos de coifa existentes no mercado não atendem


totalmente a todas as situações encontradas na construção civil,
porém a mais adequada é a de n.º 3; a proteção móvel da serra
é a coifa, cuja finalidade é evitar o toque acidental do operador
com os dentes do disco da serra, sendo ainda o cutelo divisor
de extrema importância, não permitindo o fechamento do corte
e travamento do disco; a coifa é ajustável em função da
variedade do material a ser cortado; a serra circular deverá ser
operada e sempre por trabalhadores habilitados.

Lâmina separadora

48
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Correias NR-18.7.2 – Letra “d” FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

O motor de transmissão de força é dotado de correias que


fazem a ligação do motor e do eixo por intermédio das polias e
ranhuras existentes em cada um deles, e deverá estar
protegida com anteparos fixos e resistentes.

49
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Empurradores NR-18.7.3 FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Para evitar um eventual contato das mãos do operador com o


disco da serra, principalmente no trabalho com peças pequenas
ou na operação final de serragem, deve ser utilizado o
dispositivo empurrador como elemento intermediário.

50
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Manuseio e transporte horizontal FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Levantamento O manuseio de materiais consiste no uso da energia muscular


do trabalhador, quando houver levantamento de material
pesado deve-se tomar cuidado para não ter problemas nas
costas, a carga depositada no piso ou à altura acessível é
levantada para ser depositada num local próximo, coordenar
esforço e a ação.

51
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Carregamento FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
Carregamento no ombro ou nas costas

As cargas levantadas, podem ser transportadas para um local


distante, nos braços, ombros ou costas do trabalhador.
Para o carregamento no ombro ou nas costas, deve-se
aproveitar:
- O impulso aplicado no levantamento, para colocar-se
debaixo da carga.
- A elasticidade de uma carga (barra de ferro, viga de
madeira, etc.) para minimizar o esforço.

52
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Queda em nível – Queda de altura - FOLHA –
Esmagamento
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Os riscos de acidentes mais comuns no manuseio de materiais,


são quedas do trabalhador:
- Em nível
- Por escorregar
- Por tropeçar
- Por pisar num buraco

De determinada altura:
- A beira de laje ou abertura desprotegida;
- Percurso acidentado;
- Perda de equilíbrio ou mal-estar.

53
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Transporte por carrinho FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

O transporte de materiais a pequenas distâncias, é efetuado


com veículos leves com carrinhos de mão, etc.
Um carrinho de mão, quando carregado, deve ser normalmente
empurrado. A carga normal admitido é de 60 quilos, não
devendo exceder de 100 quilos, quando o transporte por
carrinhos de mão é realizado em locais estreitos é necessário
prever-se proteções laterais para as mãos.
Ao descer rampa com inclinação acentuada, deve-se colocar o
carrinho à frente e, ao subir, é melhor colocá-lo atrás.

54
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Gerica FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

As gericas devem ser sempre empurradas; em caso de rampas


com inclinação acentuada, o auxílio de ajudante é indispensável

55
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Escadas FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
ESCADAS
As escadas de mão de madeira, devem ser de material de boa
qualidade e sem defeitos (rachaduras) ou sinais de
deterioração, deve-se evitar arestas vivas, farpas e pregos
salientes.
Em escadas de mão portáteis, deve-se obedecer certas
medidas:
- Não ter mais de 7 (metros) de comprimento;
- Ter espaçamento de: 0,25 e 0,30 centímetros;
- Ter os degraus firmemente encaixados ou fixados nos
montantes.
A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de
dispositivo que a mantenha com abertura constante, devendo
ter comprimento máximo de 6 (seis) metros.

56
PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Andaime Tubular FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
ANDAIMES FIXO: TUBULAR
Os andaimes montados sobre torres fixas ou móveis, devem ser
limitados a altura de 6 (seis) metros;
Os andaimes, com mais ou acima de 2 (dois) metros de altura
do piso, devem dispor de guarda-corpo e rodapé, sendo:
guarda-corpo de 1,20 metros para o travessão superior e 0,70
metros para o travessão intermediário sendo rodapé com altura
de 0,20 metros nos lados externos; deverá ter estrado de
madeira e o mesmo ser fixado nas travessas para evitar seu
escorregamento; os andaimes devem ser amarrados ou
estaiados.
Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas
sobre base sólida capaz de resistir aos esforços as cargas
transmitidas.

57
PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Andaimes de Degraus – Rodízios (acessórios) dos FOLHA –
andaimes
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
ANDAIMES DE DEGRAUS:
- Andaime com montantes variáveis Nos andaimes fixos, quando apoiados em degraus de escadas,
seu montante devem ter comprimentos variáveis de 1 a 2m, de
acordo com os degraus, de maneira que seu estrado fique na
horizontal.

RODÍZIOS (ACESSÓRIOS)
Os rodízios devem ter diâmetro mínimo de 0,13 centímetros a
ser providos de trava.

- Rodízios

58
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Andaimes Móveis FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
ANDAIMES MÓVEIS:
Na montagem e utilização de andaimes móveis (apoiados em
rodízios), devem-se tornar as seguintes precauções:
- Os rodízios devem ter diâmetro mínimo de 0,13 centímetros
e ser providos de trava;
- Sua altura não deve exceder de 4 vezes a menor dimensão
da base;
- Seu deslocamento deve ser feito sem trabalhadores em
cima, devido ao risco de tombamento;
- Evitar aproximação de rede de energia elétrica;
- Calçar ou travar os rodízios durante a execução de trabalhos;
Os andaimes móveis somente poderão ser utilizados em
superfície planas.

59
PROTEÇÕES COLETIVAS PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Aberturas nos Pisos FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
PROTEÇÃO:

As aberturas existentes em pisos de uma construção deve ser


vedadas por guarda-corpo, ou fechadas por soalho provisório
sem frestas, fixada de madeira apropriada, ou qualquer outro
dispositivo equivalente.

60
PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
PROTEÇÕES COLETIVAS
TIPO: Rampas FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
RAMPAS:
Na realização de serviços de engenharia civil, em muitas
ocasiões há necessidade de se transpor uma vala ou vão, cujas
margens estão em desnível, para tanto, optamos pela rampa,
como acesso temporário de madeira.
As rampas devem ser providas de corrimão a 0,90 centímetros
do piso, com a finalidade de proteger os trabalhadores contra
quedas e, fixação de travessas no piso, com espaçamento
constante de 0,40 centímetros, cuja finalidade é impedir que os
trabalhadores escorreguem.
É proibido as rampas de improvisações.

61
PROTEÇÕES INDIVIDUAIS

62
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: EPI – Equipamento de Proteção Individual FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

A NR-6.3.1 – diz:
- O empregado deve trabalhar calçado ficando proibido o uso
de tamancos, sandálias, chinelos.
- Não poderá trabalhar também com tênis ou calçados que
não tenham solados que protejam contra perfurações
(palmilha de aço) e queda de pesos sobre os pés (biqueira
rígida), devendo também possuir o “CA”.

63
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Concreto – massa de FOLHA –
cimento
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Usar luvas de látex, quando as mesmas estiverem rasgadas ou


furadas, trocar imediatamente;

Tomar cuidado ao cair massa ou calda de cimento dentro da


luva, retire imediatamente e lave as mãos, lave bem as luvas e
em seguida deixe escorrer toda a água.

64
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Concreto – massa de cimento FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Usar bota de borracha “PVC”

Se a bota furou ou rasgou, troque-a, faça isso rápido;

Ao cair concreto ou massa de cimento dentro da bota, retire


imediatamente e lave os locais atingidos.

Faça seu trabalho com segurança e limpeza;

Ao final do seu trabalho diário, lave bem os pés e as mãos


retirando partículas de cimento que ficaram na pele e nas
unhas.

65
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Cimento – Massa de Concreto FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Nunca use o vibrador sem as seguintes proteções:

- Óculos de segurança
- Luvas de látex
- Botas de borracha “PVC”
- Capacete de proteção.

66
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I.– Calçado (Botina) de Segurança FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

As madeiras retiradas de andaimes, fôrmas e escoramentos


devem ter os pregos, arames e fitas de amarração retirados ou
rebitados, evitando-se dessa maneira perfurações nos pés dos
trabalhadores.

Devendo para tanto o trabalhador estar equipado com seus


“EPI’s”.

67
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. – Botina com cadarço FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

De acordo com a NR-6.2, a empresa é obrigada a fornecer


“gratuitamente” aos trabalhadores, como medida
complementar de segurança:
- calçado (botina) fechado de couro resistente para proteção
dos pés do trabalhador contra quedas de objetos e (c/ ou
sem biqueira rígida e palmilha de aço), entrada de pregos e
solado antiderrapante.

A botina pode ser com cadarço, devendo possuir “CA”


Certificado de Aprovação.

68
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Botina com Elástico FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

As Botinas podem ser também com elástico, de acordo com a


“NR”, e todas devem ter “CA” Certificado de Aprovação.

69
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Botas de Borracha FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Botas impermeáveis somente para trabalhos de lançamento de


concreto ou terrenos encharcados, devendo também possuir o
“CA” Certificado de Aprovação.

70
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Luvas de Látex FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

As Luvas devem ser adequadas ao serviço a ser executado,


sendo para aplicação de massa e concreto “luva de látex”
também devem ter o “CA” Certificado de Aprovação.

71
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Óculos de Segurança FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Os óculos de segurança contra impactos para trabalhos em:


esmeril e apicoamento de concreto, etc, devem possuir abas
laterais não permitindo partículas atingirem os olhos, os
mesmos devem ter o “CA” Certificado de Aprovação.

72
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. – CAPACETE FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Proteção para cabeça e crânio.


Em trabalhos onde há:
- riscos de queda de material
- batidas contra obstáculos
- trabalhos a céu aberto.

Devendo possuir o “CA” Certificado de Aprovação.

73
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Máscaras contra poeiras FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Vias respiratórias.

Em lugares com poeiras, limpeza, demolição, pinturas, etc.,


são os lugares onde devem ser usadas, devendo possuir o
“CA” Certificado de Aprovação.

74
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Máscara de Proteção FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Vias respiratórias.
Em locais onde possuir maior concentração de:
- Gases
- Vapores orgânicos
- Fumos nocivos, etc.

Previne-se: os problemas pulmonares e das vias respiratórias


de modo geral.

75
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Protetor Auricular - FOLHA –
PLUG
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Ouvidos:
PLUG de inserção.
As máquinas e equipamentos utilizados pela empresa produz
ruídos que podem atingir níveis excessivos, provocando a
curto, médio e longo prazo sérios prejuízos a saúde, nestes
locais ou próximo a eles, devem ser usados o protetor
auricular tipo PLUG, e os mesmos devem possuir o “CA”.
- Previne a surdez total ou parcial, cansaço, irritação e
outros problemas psicológicos.

76
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Protetor Auricular – Tipo Concha FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Protetor auricular tipoconcha


Ouvidos:
Dependendo do tempo da exposição, do nível sonoro e da
sensibilidade individual, as alterações auditivas poderão
manifestar-se imediatamente ou se começará a perder a
audição gradualmente, o protetor tipo concha deve ser usado
em local onde se concentra o:
- Compressor;
- Martelete (rompedor)
- Lixadeira ou esmerilhadeira
Protetores Auditivos Tipo Concha, com hastes reguláveis - Serra mármore, devendo os mesmos possuir o “CA”

77
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Protetor Facial FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Protetor com visor plástico;

Devem ser usados em:


- Serra circular;
- Manuseio de produtos químicos;
- Lixamento, etc.

Devem possuir o “CA”.

78
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Luva de Raspa FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Mãos – em trabalhos com materiais cortantes, ásperos,


pesados e quentes.

Evita problemas de pele, queimaduras, cortes e raspões, etc.

79
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: E.P.I. - Capas de Chuva FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Tronco – capas de plástico “PVC” para os dias chuvoso,


evitando assim problemas diversos ao trabalhador, a
distribuição é gratuita de acordo com a “NR” 6.

Capas de Chuva

80
PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Cinto de segurança tipo Paraquedista FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

Cintos de Segurança
Nos trabalhos em andaimes, plataformas suspensas,
balancim ou trabalhos em altura, deve haver condições de
conectar o cinto de segurança “PQD” em cabo guia separado
dos que sustentam os referidos equipamentos sobre os quais
os trabalhos são realizados.

O cinto de segurança tipo “Paraquedista” é o mais indicado e


obrigatório em altura superior a 2 (dois) metros em que haja
risco de queda, pois evita em caso de queda, problemas de
coluna e não causa limitações dos movimentos durante o
trabalho.

81
PROTEÇÕES CONTRA
INCÊNDIO

82
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Extintor de Incêndio tipo Carga D’água, portátil FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
ÁGUA PRESSURIZADA-AP EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA-AP (A)
(com manômetro) Finalidade Principal:
- Combate os incêndios de Classe-A
- Efeitos principais, penetra, molha e resfria.
O alcance do jato varia entre 10 a 12 metros de distância;
Este tipo de extintor é eficaz para combater incêndios em
madeiras, tecidos, fibras e outros materiais que deixam
brasas ou cinzas como resíduos.
“Cuidado”! Não use em eletricidade.
Nunca utilize este extintor em eletricidade, pois a água é
condutora de corrente elétrica, com risco ao operador.

PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES


TIPO: OPERAÇÃO FOLHA –

83
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de; 1,60

(B) metros do piso;

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA Independente da área ocupada deverá existir pelo menos 2 (dois)
1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades extintores para cada pavimento, ou de acordo com a unidade
do fogo.
extintora, a distância máxima a ser percorrida não pode ultrapassar
entre 10 à 20 metros, de acordo com o risco de fogo.
No extintor deverá ter etiqueta com data em que foi carregado, data
para recarga.

Em caso de incêndio proceder conforme figura ao lado.

84
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: OPERAÇÃO FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

2 – Soltar a Trava de Segurança


ÁGUA PRESSURIZADA – AP (C)

Procedimentos em caso de incêndio.

Em todos os casos de princípio de incêndio, o operador


deve manter a calma e tomar distância de segurança a fim
de operar o extintor.
3 – Apontar o mangotinho para a base do fogo e apertar o gatilho

localizado na válvula de saída.

85
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Extintor de Incêndio tipo Pó Químico, FOLHA –
Portátil
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
PÓ QUÍMICO SÊCO PÓ QUÍMICO SECO – PQS (A)

Finalidade principal: combate a incêndios de classe “B” e


“C”.
O controle da inspeção é feita pelo manômetro.
Efeito principal: abafante, elimina o oxigênio; seu alcance
varia entre: 3 e 6 metros de distância.
Este tipo de extintor serve para combater incêndios em
líquidos inflamáveis e corpos gordurosos.

Atenção! Use em eletricidade

86
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: OPERAÇÃO FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO – PQS (B)
1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as
proximidades do fogo. A operação em caso de incêndio é a mesma do água
pressurizada, somente as classes são diferentes.

87
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: OPERAÇÃO FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO – PQS (C)
1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as
proximidades do fogo.
Proceder conforme figura ao lado antes de iniciar a
operação de combate ao fogo.

3 – Apontar o mangotinho para a base de fogo e apertar o


gatilho localizado na válvula de saída. Observe que o jato deve ser orientado, conforme a
direção do vento, procurando cobrir toda a área atingida,
com rápidos movimentos de mão. Fazendo uma varredura
na base do fogo.

88
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Extintor de Incêndio tipo Gás Carbônico – CO2 - Portátil FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

GÁS CARBÔNICO – CO2 (A)

Finalidade principal: combate a incêndios de classes: “B”


e “C”
Efeito principal: abafa, resfria e elimina o oxigênio, o
alcance do jato varia entre: 2 a 4 metros de distância.
Este tipo de extintor é próprio para combater incêndios em
líquidos inflamáveis.

Atenção! Use em eletricidade e equipamentos


eletrônicos.

89
PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES
TIPO: Extintor de Gás Carbônico – CO2 FOLHA –
OPERAÇÃO
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL
1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as
proximidades do fogo.
CO2 (B)

Cuidado ao retirar o extintor quando estiver em local


apropriado (pendurado) pois o mesmo pesa de: 1 a 10
quilos, portáteis.

2 – Retirar o pino de segurança.

PROTEÇÃO C/ INCÊNDIO PROJETOS E ESPECIFICAÇÕES

90
TIPO: OPERAÇÃO FOLHA –
PROJETO ESPECIFICAÇÃO DO MATERIAL

3 – Apontar o difusor para a base da chama e apertar o gatilho.


Movimentar o difusor de um lado para outro. CO2 (C)

Procure cobrir toda a área atingida pelo fogo, com rápidos


movimentos de mão fazendo uma varredura na base do
fogo.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS


1. Não tentar reparar aparelhos defeituosos.
2. Não recolocar no suporte aparelhos usados, sem antes
recarregá-lo.
3. Não conservá-lo em locais de elevada temperatura (acima de
40oC).

91
14.0 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS DE ORIGEM INDIVIDUAL
E COLETIVA

Os acidentes fatais ocorrem na indústria da construção de maneira até superior


as de outras atividades profissionais pelo fato de ser o setor que mais emprega
pessoas no Brasil, pelas condições de execução e ainda a falta de informações
e treinamentos aos operários da construção civil.
Como o risco é o perigo ou a possibilidade de perigo, a contingência ou a
proximidade de um dano, que pode afetar a integridade física do trabalhador,
ou o processo de execução da obra; procura-se durante o processo construtivo
destacar claramente as várias etapas de maior importância, gerando diversos
riscos ambientais e coletivos possíveis de causar acidentes.

Desta forma serão analisados os riscos comuns as obras, através de suas


principais etapas.

15.0 PRINCIPAIS ETAPAS DA OBRA

15.1 LOCAÇÃO DE OBRA

A locação consiste na demarcação da edificação a ser construída no terreno.


Na execução deste serviço podem ocorrer possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes;

 Exposição às radiações solares, com temperaturas elevadas,


características da região;
 Exposição à umidade;
 Inalação de poeira;
 Ferramentas inadequadas ou impróprias para a execução do serviço;
 Madeiramento com pregos espalhados nas proximidades da região de
trabalho;
 Rebatimento de pregos na construção do gabarito da locação;

92
 Improvisações de apoio para corte de madeiras;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.2 FUNDAÇÕES

Os trabalhos de fundações compreendem a execução das escavações,


execução de formas e concretagem das fundações.
Na obra, os tipos utilizados são sapatas isoladas e vigas baldrame.
Na execução dos serviços de fundações podem ocorrer possíveis riscos
ambientais geradores de acidentes:

Na escavação:

 Utilização de ferramentas inadequadas ou defeituosas na escavação;


 A queda do balde de recolhimento de material escavado e falta de gancho
de segurança junto à haste do balde;
 Desmoronamento de solo nas valas escavadas;
 A falta de atenção dos operários, provocando descontrole e queda de
material escavado;
 Queda de pessoas ou material depositado próximo das escavações;
 Falta de sinalização na obra;
 Não uso de EPI necessário para execução desse serviço;

Nas execução das formas:

 Preparação das formas em locais impróprios, expondo os operários às


radiações solares e temperaturas altas, características da região;
 Operação de corte de madeira em serra circular sem proteção de coifa,
partes rodantes sem pegadores;
 Acúmulo de pó de madeiras junto ao motor da serra circular podendo
provocar incêndio;
 Levantamento de carga excessiva no transporte das formas;

93
 Escoramento de formas mal executado;
 Não uso de EPI necessário para execução desse serviço;
Concretagem

 Descida de operários no interior da fundação quando da execução da


concretagem;
 Vibrador utilizado sem proteção de aterramento da carcaça ou emendas do
cabo alimentação;
 Acesso para trajeto do transporte do concreto não desobstruído e não
delimitado;
 Não uso de EPI necessário para execução desse serviço;

15.3 EXECUÇÃO DE BLOCOS E VIGAS BALDRAMES

Na execução deste serviço podem ocorrer possíveis riscos ambientais


geradores de acidentes:

 Uso inadequado das ferramentas de escavação;


 Mal escoramento das formas;
 Montagem da armaduras em locais impróprios;
 Colocação das armaduras sem os cuidados necessários;
 Vibrador utilizado na concretagem sem aterramento da carcaça e emendas
do cabo alimentação;
 Exposição às radiações solares;
 Não uso de EPI necessário para execução desse serviço;
15.4 CONFECÇÃO E MONTAGEM DAS FORMAS

Todo o canteiro de obra deve ter um local próprio reservado para carpintaria,
onde será realizada toda a confecção das formas para a obra e posteriormente
a sua montagem nos locais adequados.
Os trabalhos de confecção e montagem das formas podem ocasionar os
possíveis riscos ambientais geradores de acidentes:

94
 Serra circular sem proteção (coifa) e instalação mal executada;
 Acúmulo de pó de madeira sobre o motor da serra;
 Utilização inadequada ou não apropriada das ferramentas de trabalho;
 Não organização, limpeza do local de trabalho (carpintaria);
 Levantamento de peso excessivo (madeiras, formas pesadas);
 Madeiras com pregos espalhadas no local de trabalho;
 Desprendimento e/ou rebatimento de pregos, cunhas na montagem de
canto ou periferia;
 Formas mal travadas ou escoramento defeituoso;
 Queda de material usado para execução da montagem;
 Descargas elétricas de máquinas ou equipamentos utilizados pelos
carpinteiros;
 Não uso de EPI necessário para execução desse serviço;

Os equipamentos de proteção individual (EPIs), necessários de uso obrigatório


na execução da confecção e montagem das formas;

 capacete;
 calçados de segurança;
 máscaras descartável;
 protetor facial;
 protetor auricular (para trabalho na serra circular).
15.5 EXECUÇÃO E MONTAGEM DAS ARMADURAS

A central de armação pode ser instalada no próprio canteiro da obra ou em


outro local onde serão executadas todas as armações possíveis dos elementos
estruturais, porém tendo que ser transportada para o local de sua aplicação.
Os trabalhos de execução e montagem das armaduras podem ocasionar os
possíveis riscos ambientais geradores de acidentes:

95
 Operação de equipamento de corte sem conhecimento do mesmo;
 As máquinas e tesouras para corte de vergalhões sem manutenção e não
inspecionadas;
 Execução dos serviços de corte, armação e montagem sem uso de EPIs,
ou inadequadamente ou uso incorreto;
 Descuido no manuseio das barras de aço;
 Operários desqualificados exercendo a função;
 Área para descarga de barras de aço ou das armaduras no canteiro não
isolada;
 Os trabalhos de manuseio como corte, dobramento na direção das pontas
verticais desprotegidas;
 Contato das barras de aço com cabos elétricos próximos da central ou
quando do transporte dos mesmos;
 Arrumação ou colocação das armaduras no interior das formas;
 Cabos elétricos passando sobre as armaduras no canteiro;
 Pontas das amarrações das armaduras expostas;
 Queda das armações, barras, quando no transporte vertical por graus ou
por roldanas.

15.6 EXECUÇÃO DE CONCRETAGEM DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

A concretagem dos elementos estruturais como pilares, vigas e lajes se repete


várias vezes na execução da obra, expondo os operários a situações que
podem provocar acidentes.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Exposição de operários às radiações solares e temperaturas elevadas,


características de nossa região;

96
 A falta de proteção lateral com corda, tela ou outro material semelhante da
periferia da edificação;
 Carcaça do vibrador não aterrado;
 Emendas dos cabos de alimentação do vibrador;
 Utilização incorreta das ferramentas utilizadas na concretagem;
 Posições incorretas no manuseio do concreto;
 Operadores do mangote flexível desproporcionais na altura;
 Poeira do cimento e outros materiais utilizados na fabricação do concreto;
 Transporte de concreto em gericas;
 Juntas da tubulação de concretagem mal executadas;
 Rompimento da tubulação de concretagem;
 Queda de pessoas ou objetos na concretagem;
 Quebra de escoramento das formas, aberturas deformadas;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.7 DESFORMA

As desformas das peças ou elementos estruturais são executadas após o


tempo necessário para que o concreto tenha resistência mínima de acordo com
as normas técnicas específicas.
Na execução da desforma podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Uso de ferramentas inadequadas ou incorretas;


 Desforma prematura;
 Retirada inadequada do escoramento;
 Queda de formas, ferramentas, cunhas para o exterior;
 Não amarração das formas periféricas por cordas na sua retirada;
 Pilhas de madeira (formas) próximas ao exterior da torre;
 Materiais de desforma nas vias de circulação, como escadas;
 Falta de guarda-corpo;

97
 Desprendimento de materiais sobre os operários da desforma e/ou outros;
 Não fechamento ou isolamento das aberturas na laje;
 Não proteção das laterais com telas ou outro dispositivo semelhante;
 Desprendimento de concreto endurecido grudado nas formas para o
exterior;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.8 MARCAÇÃO DE ALVENARIA

Este serviço consiste numa pré-preparação para o fechamento das paredes,


sejam internas ou externas, da edificação.
Na execução da marcação de alvenaria podem ocasionar os possíveis riscos
ambientais de ordem coletiva ou individual:

 Queda de tijolos, argamassa, ferramentas ou outros objetos para o exterior


da edificação;
 Queda de pessoas;
 Não fechamento ou isolamento das aberturas em lajes;
 Não proteção da periferia da laje da edificação;
 Tropeços na alvenaria já executada e/ou linhas esticadas rente ao piso
necessárias para marcação de alvenaria;
 Colocação de ferramentas no bolso;
 Local de trabalho desorganizado;
 Pedaços de tijolos no local de trabalho;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.9 EXECUÇÃO E ALVENARIA DE VEDAÇÃO COM TIJOLOS


CERÂMICOS

98
Consiste no trabalho de isolamento ou vedação da estrutura ao exterior, bem
como fazer distribuição interior, de acordo com o uso da edificação.
Na execução da alvenaria podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Desprendimento de materiais já colocados, ou em fase de colocação;


 Queda em altura de pessoas em trabalho próximo à periferia da edificação
(torre);
 Contato direto com argamassa;
 Queda de ferramentas;
 Quebra de tijolos;
 Local de trabalho não limpo, com pedaços de tijolos, argamassa e outros
objetos espalhados;
 Queda de andaimes;
 Materiais expostos na zona ou área de circulação;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.10 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Os serviços de instalação consistem na passagem de tubulações, colocação de


peças e registros no interior das paredes e colunas para distribuição dos
pontos de água e coletagem de esgotos.
Nas instalações hidro-sanitárias podem ocasionar os possíveis riscos
ambientais geradores de acidentes:

 Intoxicação por inalação e/ou contato direto com produtos químicos;


 Explosão e incêndio, por uso inadequado do maçarico;
 Uso de ferramentas inadequadas;
 Falta ou uso inadequado de EPIs;
 Queda de escadas ou andaimes;
 Manuseio de ferramentas na preparação dos kits;

99
 Rebatimento de pedaços de tijolos diretamente nos olhos;
 Contato direto com produtos químicos;
 Condições de preparação dos kits modelos;

15.11 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Consiste na distribuição interna dos circuitos, bem como da ligação dos


equipamentos, medidores de energia, da cabine ou gerador da edificação.
Na execução das instalações elétricas podem ocasionar os possíveis riscos
ambientais geradores de acidentes:

 Uso de ferramentas inadequadas sem isolamento;


 Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com carcaças
energizadas, sem aterramento ou inadequados;
 Fios e partes metálicas sob tensão desprotegidos;
 Explosão e incêndio;
 Ligação de fios com contato mal feito, que poderá provocar aquecimento do
local;
 Deixar chaves tipo faca e quadros de comandos de força expostos, com
suas partes energizadas;
 Não isolamento ou proteção dos equipamentos elétricos;
 Uso incorreto de fiação para ligação, com capacidade inadequada para
passagem da corrente;
 Uso de materiais de má qualidade;
 Falta de sinalização de perigo;
 Utilização das mãos ou objetos metálicos sem proteção para corte de fios
ou cabos elétricos;
 Trabalhos elétricos feitos por pessoas não qualificadas;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.12 ASSENTAMENTO DE ESQUADRIAS DE FERRO

100
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Queda em altura das para fora da edificação;


 Queda de ferramentas em altura para o exterior;
 Queda de cunhas em altura para o exterior;
 Travamento ou escoramento mal feito das esquadrias;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.13 APLICAÇÃO DE GESSO LISO NO TETO

Consiste no emprego do gesso para revestimento da superfície do teto da


edificação.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Inalação de poeira provocada pelo pó de gesso;


 Contato direto com argamassa de gesso;
 Respingo de material nos olhos;
 Andaimes mal executados;
 Tropeços ou choques entre os gesseiros sobre os andaimes;
 Colocação de ferramentas no bolso;
 Utilização de ferramentas defeituosas;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.14 REVESTIMENTO DO TETO COM ARGAMASSA

Consiste no emprego de argamassa para o revestimento da superfície de teto


da edificação.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

101
 Contato direto com a argamassa;
 Respingos de argamassa nos olhos;
 Quedas de andaime;
 Uso de ferramentas defeituosas;
 Tropeços em ferramentas ou outro material sobre o andaime;
 Queda de ferramentas;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.15 EXECUÇÃO DE CONTRAPISO

Consiste no revestimento da laje com argamassa para assentamento do piso.


Na execução deste trabalho podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Posições incorretas de trabalho;


 Repetições de movimentos excessivos na execução;
 Contato direto com as argamassa de cimento;
 Movimentos incorretos com o corpo no lançamento de argamassa;
 Permanência por tempo considerável na mesma posição, na execução do
contrapiso;
 Desorganização do local de trabalho;
 Tombamento de gericas de argamassa;
 Não uso de EPI, necessário para execução do serviço.

15.16 REVESTIMENTO INTERNO DE ALVENARIA

Este serviço consiste no revestimento das paredes regularizando-as, afim de


se obter uma superfície lisa para se ter um bom acabamento e que evite o
desperdício dos materiais ainda a ser empregado no acabamento final das
paredes.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

102
 Contato direto com a argamassa de revestimento;
 Material ou ferramenta de trabalho em mal estado de conservação, ou
imprópria para o uso;
 Respingo de argamassa nos olhos;
 Improvisação de bancadas ou andaimes mal feitos sem proteção lateral;
 Desprendimento de material já colocado, como tijolos e argamassas;
 Armaduras para travamento das alvenarias na vertical exposta sem o
devido recobrimento necessário;
 O pedreiro como não utiliza cinto tipo carpinteiro, costuma colocar
ferramentas no bolso ou mesma na bota, quando da utilização de outras
ferramentas;
 A não utilização de equipamentos de proteção individual;
 Movimentos incorretos na execução do serviço, como no chapamento ou
lançamento da argamassa ou mesmo no sarrafeamento e
desempenamento da alvenaria;
 O desprendimento de ferramentas de trabalho como colher de pedreiro,
régua de alumínio, quando da execução do serviço.

15.17 REVESTIMENTO DE ALVENARIA EXTERNA

Consiste nos mesmos objetivos do revestimento de alvenaria interna.


Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 A execução deste serviço feita por pessoal inexperiente ou que tenha


problemas de saúde como tontura e coração;
 A montagem do balancim mal feita ou executada por pessoas não
capacitadas;
 Materiais utilizados na montagem do balancim de péssima qualidade ou
com emendas não recomendáveis;

103
 Não verificação dos andaimes, dos cabos, da viga de suporte, quinchos de
elevação por parte do pessoal técnico responsável da obra;
 Queda de ferramentas e materiais em altura;
 Corda de segurança presa na mesma estrutura de suporte de andaimes;
 O uso inadequado dos EPIs ou mesmo a falta;
 Exposição a radiações solares e a alta temperatura comum na região;
 Execução do trabalho em situações de ventos muito fortes; Improvisações
por parte dos próprios pedreiros de andaimes, quando da altura para
chapamento do revestimento é imprópria;
 A não sinalização nos andares térreos ou subsolos da execução do serviço
acima;
 A passagem de balancim para outro sem estar amarrados à corda de
segurança;
 Quando há o desprendimento do cinto de segurança da corda para prender
em uma outra posição, ficando o pedreiro livre sobre o andaime;
 Quantidade excessiva de pessoas ou ferramentas sobre o andaime;
 Ao passar do interior do prédio para o andaime por aberturas como janelas
ou outras aberturas de pequenos vãos sem estar seguro por nenhum
dispositivo de segurança;
 Desprendimento da trava do guincho de elevação;
 Contato direto com o material de revestimento;
 Respingos de material com argamassa ou areias quando do desempeno
com espuma ou feltro.

15.18 ASSENTAMENTO DE AZULEJO

Consiste nos revestimentos de paredes da edificação, empregado


normalmente nas áreas frias, além de proporcionar bom acabamento final e
estético no ambiente.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

104
 Desprendimento de azulejos ou placas de azulejos;
 Contato direto com argamassa de assentamento ou rejuntamento;
 Máquinas de corte de azulejo, como serra-mármore , sem proteção do disco
ou outros;
 Uso de ferramentas inadequadas ou impróprias para a execução do serviço;
 Colocação de ferramentas no bolso;
 Desprendimento de pedaço de azulejo quando da execução dos recortes;
 Peças de azulejos ou peças recortadas com arestas ou cantos vivos;
 Improvisações de andaimes ou andaimes de péssima condições de
utilização;
 Material de peças recortadas ou mesmo as peças de azulejos e outros
materiais espalhadas pelo chão, ou seja, ambiente de trabalho sem
organização;
 Repetitividade de movimentos na execução do serviço;
 Queda de ferramentas por descuido ou displicência na execução do serviço.

15.19 FORRO DE GESSO EM PLACA

Consiste num revestimento de teto, empregado principalmente em banheiros,


corredores de circulação, constituindo um fundo falso, necessário para ocultar
tubulações.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Uso irregular da pistola para fixação de pinos no teto;


 Desprendimento de placas já fixadas;
 Contato direto com argamassa de gesso;
 Andaimes mal executados;
 Utilização de ferramentas inadequadas para execução do serviço;
 Inalação de poeira de gesso quando da fabricação da argamassa;
 Colocação de espátula ou outras ferramentas de ponta ou cortantes no
bolso;

105
 Ambiente de trabalho mal organizado e não limpo;
 Não uso de EPIs, necessário na execução do serviço;
 Respingos da mistura argamassada diretamente nos olhos;
15.20 FORRO DE MADEIRA

Consiste no revestimento de teto sem o madeiramento de telhado ou laje, a


qual são empregadas madeiras;

Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos geradores de


acidentes:

 Desprendimento de madeiras já colocadas;


 Rebatimento de pregos na fixação das madeiras;
 Uso de ferramentas inadequadas ou com defeitos em péssimas condições
de uso;
 Manuseio de madeiras e ferramentas sem a devida atenção no local de
trabalho;
 Improvisações de apoios para o corte de madeiras;
 Queda de andaimes ou escadas;
 Colocação de escada em vias de circulação de pessoal da obra;
 Tábuas com pregos e ferramentas espalhadas no local de trabalho;
 Não uso de EPIs, necessário na execução do serviço;
 Local de trabalho sem iluminação suficiente para execução do serviço;
 Execução do serviço em áreas com abertura externa sem proteção, tipo
para-corpo e/ou tela para evitar queda de pessoas ou objetos em alturas.

15.21 REVESTIMENTO DE PISO CERÂMICO COM ARGAMASSA COLANTE

Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais


geradores de acidentes:

 Contato direto com argamassa de assentamento ou reajustamento;

106
 Máquinas de corte tipo sera-mármore sem proteção do disco ou outros;
 Uso de ferramentas inadequadas para execução do serviço;
 Colocação de ferramentas no bolso;
 Pisos cerâmicos ou peças recortadas com arestas ou cantos vivos;
 Desorganização do local de trabalho;
 Posição para assentamento de pisos bastante desconfortável, duradoura a
maior parte da execução do serviço;
 Corte das peças cerâmicas rente ao corpo e não em bancada apropriada;
 Execução mal feita dos assentamentos dos pisos, ficando saliente, podendo
provocar tropeços e quedas de pessoas;
 Não uso de EPIs, necessário na execução do serviço;

15.22 ASSENTAMENTO DE RODAPÉS E SOLEIRAS E PEITORIS

Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais


geradores de acidentes:

 Desprendimento de peças de granito ou similar quando assentado em


peitoris;
 Contato direto com argamassa de assentamento ou reajustamento;
 Máquinas de corte tipo serra-mármore sem proteção do disco ou outros;
 Corte das peças cerâmicas ou granito rente ao corpo e não em bancada
apropriada;
 Manuseio das peças desde o transporte do almoxarifado ao local de
trabalho para colocação das mesmas;
 Uso de ferramentas inadequadas ou impróprias para a execução do serviço;
 Granitos ou cerâmicas recortadas com arestas ou cantos vivos;
 Colocação de ferramentas no bolso;
 Desorganização do local de trabalho
 Não uso de EPIs, necessário na execução do serviço;

107
15.23 COLOCAÇÃO DE VIDROS

Consiste no fechamento dos espaços livres das esquadrias destinados para


esse fim.
Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais
geradores de acidentes:

 Quebra de vidro quando da sua colocação;


 Desprendimento de pedaços de vidros semi-colocados, isto é, fixo em
apenas alguns pontos;
 Não marcação dos vidros já colocados;
 Manuseio das peças desde o transporte do almoxarifado ao local de
trabalho para colocação das peças;
 Material de fácil combustão como querosene exposto de maneira a
provocar explosão e incêndio;
 Contato direto com produtos químicos como a massa de fixação dos vidros
e diluentes;
 Pedaços ou cacos de vidros espalhados pelo chão;
 Armazenamento de vidros no local de trabalho em quantidade elevada e em
variedades diversas dificultando a retirada de peças;
 Não uso de EPI necessário para execução do serviço.

15.24 PINTURA

Consiste no acabamento final das paredes internas e externas e tetos de uma


edificação, empregando tintas específicas para a aplicação.

Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais


geradores de acidentes:

 Inalação de poeiras e vapores orgânicos provenientes do lixamento das


paredes e de tintas, solventes, entre outros;

108
 Respingos de tintas diretamente nos olhos quando da aplicação sobre a
superfície;
 Material de fácil combustão exposto de maneira a provocar explosão e
incêndio;
 Queda de pessoas ou material quando da aplicação externa;
 Escorregamento provocado por tintas sobre a lona plástica estendida sobre
o piso;
 Contato direto com o material de pintura;
 Recipiente de colocação da tinta com bordas salientes, como a própria
embalagem da tinta;
 Não uso de EPI necessário para execução do serviço.

15.25 EXECUÇÃO DO TELHADO

Na execução deste serviço podem ocasionar os possíveis riscos ambientais


geradores de acidentes:
 Queda de madeira quando da retirada do elevador de cargas;
 Manuseio de madeiras sem a devida preocupação no local de trabalho;
 Improvisações de local de apoio para corte de madeiras;
 Rebatimento de pregos na fixação das peças de telhado;
 Utilização de equipamentos de corte como serra elétrica manual e outras
sem a devida proteção;
 Caminhamento sobre as estruturas de madeiramento já executado;
 Caminhamento sobre as telhas já colocadas;
 Exposição a radiação solar e alta temperatura característica da região;
 Falta de Cabo guia para prender cinto de segurança;
 Não uso de EPI, necessário para a execução do serviço;
 Falta de sinalização e isolamento do local.

109
16.0 PROTEÇÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS NOS SERVIÇOS DURANTE
A EXECUÇÃO (CRONOGRAMA)

DATA / PERÍODO FASE DE EXECUÇÃO MEDIDA DE PROTEÇÃO MEDIDA DE PROTEÇÃO


DA OBRA INDIVIDUAL COLETIVA
Instalação de canteiro, Utilização de capacete, Fechamento total do terreno
aterro e locação da obra sapatos de segurança, c/ tapume; Os acessos até o
botas de borracha em local de trabalho devem ser
JANEIRO/97 trabalhos com umidade e desimpedidos e a operação
cinto de segurança para de máquinas precedida de
trabalho acima de 2,0m de alarmes sonoros, com área
altura de operação sinalizada.
FASE I – Escavação Abertura de Capacete; luva PVC ou Desobstrução dos acessos
FEVEREIRO/97 A CANTEIRO DE valas latex; calçado de Segurança aos locais de trabalho e áreas
JANEIRO/99 OBRAS; ATERRO; ou botas de borracha de vivência; sinalização dos
INFRA - locais de escavação e das
ESTRUTURA vias de circulação na obra.
Execução de blocos e Capacete; luva de PVC ou Desobstrução da área;
vigas baldrame latex; calçado de sinalização p/ proteção dos
segurança; protetor facial; locais de trabalho; inspeção
protetor auricular; luva de periódica nas condições de
raspa; óculos de proteção. uso das ferramentas (cabos
de vanga, cavadeira, pá,
picareta, enxada)
Forma e ferragem Capacete; calçado de Local adequado para
MARÇO/97 A segurança; protetor execução de formas
JUNHO/99 auricular/facial, óculos de (carpintaria) e armaduras
proteção, luvas de raspa (ferragem)
Concretagem Capacete; óculos de Desobstrução dos locais de
segurança ampla visão; acesso e sinalização
avental de PVC; luvas PVC
ou latex; botas de borracha
Reaterro de valas Capacete; luvas de raspa;
calçado de segurança ou
bota de borracha

DATA / PERÍODO FASE DE EXECUÇÃO MEDIDA DE PROTEÇÃO MEDIDA DE


DA OBRA INDIVIDUAL PROTEÇÃO COLETIVA
Confecção e montagem Capacete; calçado de Local adequado para
de formas segurança; cinto de execução de formas
segurança; protetor facial; (carpintaria)
protetor auricular
Execução e montagem Capacete; calçado de Local adequado para
de armaduras segurança; luva de raspa; execução de armaduras
protetor auricular; protetor (central de armação). As
facial bancadas para moldagem de
ferro, devem ser instaladas
FASE II – em local apropriado, afastado
ABRIL/97 A EXECUÇÃO DE de fiação elétrica áreas
JULHO/99 SUPER- devido risco de impacto de
ESTRUTURA vergalhões.
Execução concretagem Capacete; óculos de Proteção da periferia da laje
superestrutura segurança ampla visão; com guarda-corpo, cordas,
avental de PVC; botas de telas, etc.); plataformas de
borracha; cinto de segurança contenção em torno da
edificação; fechamento de
aberturas em lajes; proteção
de caixa de escadas, poço
de elevador
Desforma Capacete; luva de raspa; Tela de proteção;
óculos de segurança; plataformas de contenção;
calçado c/ palmilha de aço e isolamento do local
biqueira injetada

Marcação de alvenaria e Capacete; luva de PVC ou Plataforma de contenção;


chapisco vertical e látex; calçado de segurança fechamento das aberturas;

110
horizontal para tela de proteção entre
ancoragem da alvenaria aberturas
MARÇO/97 A FASE III – Alvenaria de tijolo Capacete; luva de PVC ou Plataforma de contenção;
DEZEMBRO/99 ALVENARIAS cerâmico de vedação látex; calçado de segurança fechamento das aberturas;
paredes internas e tela de proteção entre
externas. Grout vertical aberturas; cavaletes
e horizontal.. metálicos ou madeira
estáveis e em nível, c/
rodízios que facilitem a sua
movimentação

Instalações hidro- Capacete; calçado de Fechamento das aberturas


sanitárias segurança; maçarico c/ em lajes; cavaletes metálicos
válvula de segurança corta ou madeira estáveis e em
chama nível, se possível c/ rodízios
JULHO/98 A FASE IV – que facilitem a sua
DEZEMBRO/99 INSTALAÇÕES movimentação
Instalações elétricas Capacete; luvas de borracha Fechamento das aberturas
em lajes; cavaletes metálicos
ou madeira estáveis e em
nível, / rodízios que facilitem
a sua movimentação

DATA / PERÍODO FASE DE EXECUÇÃO MEDIDA DE PROTEÇÃO MEDIDA DE


DA OBRA INDIVIDUAL PROTEÇÃO COLETIVA
Assentamento de Capacete; calçado de Plataforma de contenção;
batentes; esquadrias de segurança; óculos de telhado de proteção entre
ferro e madeira; proteção; luvas de raspa; duas plataformas
protetor facial; cinto de consecutivas; cavaletes
segurança para trabalhos na metálicos ou madeira
face externa estáveis e em nível, se
possível c/ rodízios que
facilitem a sua movimentação
AGOSTO/97 A FASE V – Aplicação de gesso nos Capacete; luva PVC ou latex; Proteção lateral dos
JULHO/99 ESQUADRIAS tetos calçado de segurança; andaimes; tela de proteção
REVESTIMENTOS protetor facial; em aberturas para exterior do
E CONTRAPISO edifício; isolamento da área;
proteção de sacada;
desobstruir circulação nas
áreas de operação
Revestimento nos tetos Capacete; luva PVC ou latex;
com argamassa calçado de segurança;
protetor facial;
Revestimento interno Capacete; óculos de
das alvenarias segurança luvas de latex;
calçado de segurança
Execução de contrapiso Capacete; luva PVC ou latex;
calçado de segurança
Revestimento externo de Capacete; luvas de raspa; Isolamento da área de
alvenaria calçado de segurança ou cobertura; tela de proteção
FASE VI – bota de borracha presa junto ao balancim;
JANEIRO/98 A REVESTIMENTO isolamento da área em torno
DEZEMBRO/99 DE FACHADA da execução da projeção de
trabalho; sinalização
indicando os trabalhos acima
Forro de gesso em Capacete; luva de PVC ou Tela de proteção em
placas latex; calçado de segurança; aberturas par o exterior da
respirador semi-facial; óculos edificação e isolamento da
de proteção; protetor área; cavaletes metálicos ou
auricular madeira estáveis e em nível,
se possível c/ rodízios que
facilitem a sua movimentação
Revestimento cerâmico Capacete; luvas de PVC ou Tela de proteção em
com argamassa colante latex; calçado de segurança aberturas par o exterior da
edificação e isolamento da
área
OUTUBRO/98 A FASE VII – Assentamento de portas Capacete; calçado de Isolamento da área; no uso
JANEIRO/00 REVESTIMENTOS e ferragens, rodapés e segurança; óculos de de furadeira verifique que a
INTERNOS E soleiras proteção; protetor auricular broca esteja bem apoiada,
ACABAMENTOS não use luvas
Colocação de vidros Capacete; calçado de Isolamento da área
segurança; luva de raspa;
avental de raspa
Pinturas Capacete; óculos de Isolamento da área
segurança ampla visão;
máscara semi-facial c/ filtro

111
mecânico e filtro para
vapores orgânicos de
eficiência P2, para
concentrações até o limite de
tolerância
JULHO/98 A FASE VIII – Execução de telhado Capacete; luva de raspa; Isolamento e sinalização do
DEZEMBRO/99 COBERTURAS óculos de segurança; local; plataformas de
calçado c/ palmilha de aço e contenção
biqueira injetada
Escada em taludes Utilização de capacete; Atenção com deslizamento
sapato de segurança ou bota de terra; isolar área
de borracha; luva de raspa
FASE IX – Rede água pluvial Utilização de capacete; Escoramento de valas com
JANEIRO/97 A SERVIÇO sapato de segurança ou bota profundidade superior a
JANEIRO/00 COMPLEMENTAR de borracha; luva de raspa 1,25m dependendo do solo,
E LIMPEZA sinalização com fita zebrada
Limpeza da obra Utilização de capacete; Retirada de pregos usados e
sapato de segurança ou bota entulhos, de farpas de
de borracha; luva de raspa madeira e sendo proibido a
queima de lixo no canteiro de
obras

OBS.: Em qualquer uma das funções, deve-se utilizar:


máscara panorâmica:
protetor auricular;
capa impermeável;
cinto de segurança, cinto de segurança tipo pára-quedista em situações que
indiquem risco de segurança na execução de tarefas.
Em serviço geral, os serventes devem utilizar os equipamentos de proteção
individual na execução dos serviços determinados.

17.0 MÁQUINAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

17.1 FERRAMENTAS
RECOMENDAÇÕES

 As ferramentas devem ser guardadas no almoxarifado, sendo retiradas


somente por pessoas habilitadas para a utilização.
 O almoxarifado deve dispor de todas as ferramentas necessárias aos
serviços a serem executados no canteiro de obras.
 Compete ao almoxarife, manter cadastro eficaz das ferramentas entregues
aos trabalhadores, a fim de evitar extravios e detectar os responsáveis
pelos danos ocorrem.

112
 Os trabalhadores devem ser orientados para a escolha adequada e a
utilização segura das ferramentas, recolhendo-as para a manutenção
sempre que apresentarem desgaste excessivo, defeitos ou quebras.
 As ferramentas não devem ser depositadas ou deixadas em locais de onde
possam cair e atingir alguém, tais como parapeitos, guarda-corpos,
beiradas de lajes e degraus de escadas, como também, em superfície de
trabalho ou de circulação, devendo ser sempre guardadas em locais
apropriados, de modo a não causarem riscos.
 Deve haver uma pessoa qualificada para tratamentos especiais nas
ferramentas, tais como afiação, solda têmpera, etc.
 São atribuições de mestres, encarregados e técnicos em segurança e
Higiene do Trabalho.
a) Evitar o armazenamento de ferramentas em local inadequado;
b) Evitar práticas inadequadas na sua utilização;
c) Observar se o transporte é feito de maneira correta;
d) Verificar a necessidade de manutenção;
e) Controlar a aplicação de todas as recomendações estabelecidas.
 As ferramentas manuais devem ser portadas em caixas, sacolas, bolsas ou
cintos com porta ferramentas, não sendo permitido seu porte nos bolsos da
vestimenta.
 As ferramentas de gume (ex.: formão) ou de ponta (ex.: trado), devem ser
protegidos com bainha de couro, de madeira, etc. ou com rolhas de cortiça
sempre que portados em sacolas, bolsa ou cintos apropriados. A proteção
será dispensada quando transportada em estojo (caixa com tampa).
 As ferramentas não devem ser usadas como alavancas, nem para golpear,
pois, não foram projetadas para isso, sendo provável que não resistam ao
esforço solicitado.
 Os movimentos executados com as ferramentas, tanto no transporte como
na utilização, devem ser feitos com atenção para que as outras pessoas
não sejam atingidas.
 Ao se trabalhar com talhadeira pesada, é necessário a presença de um
ajudante com tenaz para guiá-la. Para reduzir as vibrações resultantes dos

113
golpes, a tenaz deve ser segura com firmeza, usando-se luvas ou
envolvendo seu cabo com borracha. Recomenda-se o uso de óculos de
segurança ou protetor facial, tanto para quem golpeia como para o
ajudante.
 Ao se trabalhar com talhadeira ou ponteiro leve, é necessário introduzir uma
arruela de material amortecedor ou segurar a ferramenta com a palma da
mão voltada para cima, de modo a amortecer um possível impactos da
marreta ou martelo, e usar o mesmo equipamento de proteção individual
recomendado para a talhadeira pesada.
 A têmpera da coroa (cabeça) e da ponta ou gume de ponteiros ou
talhadeiras, não deve ser demasiadamente dura (projeção de estilhaços) ou
faca (rápida deformação do metal).
 A retificação da coroa para remover rebarbas, como também da ponta ou
gume, pode ser feita através de rebolo de esmeril, lima ou forjando-se
novamente a ferramenta. O plano da coroa deve ser mantido perpendicular
ao eixo do ponteiro ou talhadeira.
 Existem três tipos básicos de martelo:
a) de carpinteiro ou de unha - composto de orelhas curvas, batente
cilíndrico e cabo de madeira, usado para pregar e retirar pregos;
b) de mecânico ou de batente esférico - para trabalhar em metal;
c) de rebite - para chapas de ferro.
 Quando houver risco de queda do martelo para o exterior da edificação,
recomenda-se amarrar uma corda delgada, do punho do usuário ao cabo do
martelo e ao cravar um prego deve-se evitar bater com força no início,
enquanto for seguro por dois dedos.
 É importante verificar em martelos ou marretas, se o cabo está sem
rachaduras e bem fixado ao batente.
 Os cabos de picaretas, enxadas, enxadões e pás, devem estar sem farpas
ou rachaduras e bem fixados à parte metálica por meio de calços e suas
lâminas não devem estar embotadas, tortas ou chanfrados.
 É necessário manter distância adequada entre os usuários dessas
ferramentas, para que ninguém seja golpeado pela ferramenta do outro.

114
 Durante o transporte manual dessas ferramentas, convém manter sua parte
metálica voltada para trás e para baixo; quando deixada no piso, sua lâmina
não deve ficar voltada para cima, devido aos acidentes que pode provocar.
 Brocas, puas e trados devem ter seus cabos (madeira) em boas condições,
sendo substituídos em caso de rachaduras ou quebras. Na utilização dessa
ferramenta, é necessário tomar precauções para não impulsionar as
lâminas na direção dos pés, devendo-se, para isso, mantê-los com
afastamento suficiente.
 Ao se usar serrote e serra de ponta, para cortar madeira ou arco de serra,
para cortar metais é necessário tomar as seguintes precauções:
a) verificar se a lâmina está rigidamente presa ao cabo e devidamente
alinhada;
b) verificar se os dentes estão amolados e travados corretamente;
c) não orientar o início do corte com um dedo, pois, se a lâmina deslizar,
poderá atingi-lo;
d) antes de transportar tais ferramentas, deve-se proteger seus dentes,
envolvendo-os numa bainha de couro.
 No uso do arco de serra, além das precauções do item anterior devem ser
seguidas as seguintes recomendações:
a) prender previamente, numa morsa ou torno de bancada, a peça a ser
cortada;
b) ajustar bem a lâmina ao arco e não pressioná-la demasiadamente, de
maneira a não provocar seu deslocamento, entortamento ou quebra;
c) evitar movimentos rápidos, pois como o aquecimento, a lâmina se
destempera, provocando seu engripamento.
 As facas, ao serem transportadas, devem ser colocadas em caixas ou
bolsas e trem suas lâminas protegidas por uma bainha.
 Cada tesoura para cortar vergalhões de aço tem um limite de corte (bitola),
que deve ser respeitado. É necessário que suas lâminas estejam afiadas,
não sendo permitido trabalhar com lâminas embotadas ou quebradas.
 O cabo do machado deve estar sem farpas ou rachaduras e bem fixado à
lâmina, a qual deve ser protegida por bainha.

115
 Existem vários tipos de alicates, de diversos tamanhos, adequados aos
mais variados serviços.
 Os alicates não devem ser usados para apertar ou soltar as porcas ou
parafusos, pois, tanto essas peças como os filetes do alicate, se
deformariam rapidamente, perdendo-se, daí em diante, a firmeza
necessária às operações. O uso de alicate como martelo ou alavanca deve
também ser evitado.
 Ao usar alicate para cortar extremidade de arame, azulejo, etc., é
necessário usar óculos de segurança ou protetor facial, sendo
recomendável colocar uma das mãos sobre a parte a ser cortada, de
maneira a impedir que alguns estilhaços desses materiais sejam projetados
a distância.
 Os eletricistas devem usar alicates com cabos protegidos por material
isolante. O isolamento deve estar sem falhas, rachaduras ou parte
quebradas. É no entanto necessário o uso de luvas de borracha, quando
nas proximidades de equipamentos energizados.
 Ao trabalhar com escova metálica, convém adaptar uma tira de borracha,
fita isolante ou fio, cobrindo ¾ da altura dos fios da escova, de maneira a
limitar a projeção dos fios que se quebrarem, sendo também necessário, o
uso de luvas de raspa de couro, óculos de segurança e roupas grossas, já
que as picadas causadas pela projeção de partículas de fios e aço
enferrujadas ou com graxa, podem produzir infecções.
 Pés de cabra e barras de alavanca, devem ser escolhidas de acordo com
os serviços a serem realizados. Não se deve usar extensões para aumentar
a capacidade de uma alavanca.
Nos locais onde houver sólidos, líquidos ou gases altamente inflamáveis ou
explosivos, não devem ser usadas ferramentas metálicas, em seu lugar,
recomenda-se o uso das que não produzem faíscas por atrito (plástico,
madeira, náilon, etc.). As ferramentas anti-faíscas não eliminam totalmente
o risco, apenas o diminuem, devendo-se antes o início dos trabalhos
verificar se a existência de fragmentos metálicos aderidos, que possam
causar faiscas por fricção.

116
 Ferramentas elétricas são equipamentos acionados por motores elétricos,
que podem ser facilmente transportados e manuseados por apenas um
homem e devem ser acompanhadas de manual de instrução quando ao
uso, manutenção e normas de segurança, servindo também para o
treinamento dos usuários.
 É importante ensinar aos operadores dessas ferramentas, além do método
de sua utilização, as noções sobre a sua construção, de modo a melhor
compreenderem seus riscos.
 A segurança exige uma seleção prévia da ferramenta apropriada a cada
serviço, pois, ao se utilizar uma ferramenta subdimensionada, ela ficará
sujeita a quebras, engripamento (travamento), aquecimento excessivo,
choque elétrico, queda do operador, etc.
 As ferramentas elétricas devem ser dotadas de dispositivo de partida
(gatilho), de forma que, ao cessar a pressão da mão do operador, seja
automaticamente interrompida a corrente elétrica, evitando-se assim,
ligações acidentais.
 Ferramentas elétricas de funcionamento contínuo, como lixadeira, usa-se
um botão de pressão, o qual deve ser totalmente pressionado, para que o
motor funcione. Neste caso, um simples esbarrão não é capaz de ligar a
ferramenta.
 A tensão máxima recomendável para ferramentas elétrica é de 250 volts.
 Os fios de ligação de ferramentas elétricas devem dispor de plugs (pinos)
para conexão em tomada de corrente.
 Em obras horizontais, recomenda-se o uso de quadros móveis de tomadas
a fim de reduzir o comprimento dos fios de ferramentas elétricas, onde
serão conectados os plugs das ferramentas.
 Em obras verticais, instalar um quadro fixo de tomadas, em cada
pavimento, provido de chave blindada e disjuntos, é uma boa solução.
 Não se deve permitir a ligação de mais de uma ferramenta elétrica numa
mesma tomada de corrente, a não ser que ela esteja para isso
dimensionada.

117
 Antes de ligar uma ferramenta elétrica na tomada, e necessário desligar
seu interruptor, de maneira a evitar seu funcionamento involuntário. Por
esse motivo as ferramentas de gatilho oferecem maior segurança.
 Todas as ferramentas elétricas devem estar desligadas, quando se religar a
chave de comando do quadro de distribuição.
 Somente o eletricista deve estar autorizado a ligar ou desligar ferramentas
elétricas fora do quadro de tomadas (em chaves ou redes elétricas).
 diâmetro do fio deve ser função de seu comprimento e do consumo de força
da ferramenta. Para seu dimensionamento, deve-se consultar a tabela a
seguir.

17.2 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS

RECOMENDAÇÕES

 Todo operador de máquinas e equipamentos deve receber orientação


específica sobre o trabalho que irá realizar e esta orientação com
segurança e quais são suas responsabilidades.
 A instrução operacional deve ser organizada e metodizada, devendo o
mestre de obras conhecer, previamente, quais as principais etapas desse
processo, que são as seguintes:
a) explicar a natureza do trabalho, preparando o operador e determinado
sua tarefa;
b) fazer demonstração da tarefa a ser realizada.
 No ambiente de uma obra, várias máquinas perigosas e de manuseio
complexo são distribuídas num pequeno espaço físico, dificultando a
mobilidade do operador. Muitas vezes, elas se apresentam com proteção
deficiente em suas partes móveis, por defeito de construção ou mesmo
inobservância das normas de segurança.
 Os pontos de agarramento dessas partes móveis, como cilindros, polias,
correias, etc., representam constante risco de acidentes.

118
 O operador não deve usar cabelos compridos e soltos, roupas frouxas,
camisas desabotoadas e fora das calças ou mangas compridas com punhos
abertos.
Na instalação de máquinas e equipamentos, devem ser considerados os
seguintes aspectos:
a) serem instalados de modo a permitir a movimentação segura do
operador, fácil manuseio dos materiais e livre acesso para reparos e
limpeza;
b) serem instalados de acordo com suas dimensões;
c) terem dispositivos de partida e parada próximos ao operador.
 Na seleção do piso, deve ser levada em consideração a finalidade do uso e
verificadas a sua resistência e facilidade para limpeza e drenagem.
 Os pisos devem ser mantidos limpos, inspecionados periodicamente e não
apresentar irregularidade.
 A iluminação do local de instalação de máquinas e equipamentos deve ser,
de preferência, natural de modo a se evitar ofuscamentos, reflexos,
sombras ou contrastes excessivos.
 A iluminação artificial, quando necessária, deve ser instalada de modo a
não incidir diretamente sobre os olhos do operador.
 As máquinas e equipamentos devem ser considerados como fontes de
desconforto térmico, ruído, vibrações, aerodispersóides e radiações. Por
isso, devem ser previstas medidas de proteção específica para cada caso.
 Devem ser protegidas todas as partes móveis das máquinas e
equipamentos, as transmissões e as partes perigosas, levando-se em
consideração, não só a segurança do operador, como também a dos
demais trabalhadores.
 Os dispositivos de proteção devem ser colocados de forma a não prejudicar
a eficiência da operação, nem introduzir novos riscos, mas facilitar trocas,
reparos e lubrificação.
 As proteções devem ser dimensionadas adequadamente, de maneira a
suportar eventuais impactos acidentais.

119
 Em todo canteiro de obras, deve haver um responsável pela conservação e
manutenção das máquinas e equipamentos.
 O Livro de Inspeção de máquinas e equipamentos deve ser mantido
atualizado, a fim de determinar os procedimentos para a execução das
manutenções previstas e corretivas.
 As máquinas e equipamentos devem ser equipados com dispositivos de
partida e parada, de modo a evitar riscos para o operador.
 Os operadores não devem se afastar de máquinas e equipamentos sob seu
comando, quando os motores estiverem em movimento e as embreagens
ligadas.
 Nas paradas prolongadas ou fim de expediente os operadores devem
deixar as máquinas e equipamentos travados, freados e desligados, de
modo que não possam ser ligados por terceiros.

Aterramento:

As máquinas elétricas girantes devem ser instaladas, obedecidas as


recomendações do fabricante, as normas específicas no que se refere à
localização condições de operação, e em especial a proteção contra risco de
contato (choque elétrico).

Betoneiras

 Betoneiras são equipamentos largamente usados na construção e servem


para fabricar concreto e argamassa diversas, através de mistura de
cimento. Água e agregados.
As betoneiras são constituídas, normalmente, dos seguintes componentes:
a) caçamba carregadora;

120
b) cuba de mistura;
c) dosador d'água;
d) motor elétrico, à gasolina ou diesel.
 A queda repentina da caçamba carregadora pode causar lesões graves nos
trabalhadores.
 As causas desta queda podem ser:
a) interrupção acidental da ação do freio ou da trave, em conseqüência de
choques ou vibrações;
b) ruptura dos cabos ou amarras;
c) distração do operador que verificou, antes de acionar a descida, a
presença de pessoas sob a caçamba;
d) operação da betoneira por trabalhador não qualificado.

 O dispositivo comum de parada da caçamba, agindo sobre o cabo de


manobra, fixado no chassi e utilizável em qualquer tempo.
 Na falta deste dispositivo, instalado pelo fabricante, deve-se adaptar uma
dupla segurança, particularmente em equipamentos antigos.
 Como segurança complementar, a caçamba pode ser calçada com peça de
madeira ou viga metálica, para garantir, provisoriamente, a segurança de
quem trabalha sob a máquina.
 Semanalmente, deve ser feita uma verificação completa de funcionamento
dos diversos dispositivos, cabos, alavancas e acessórios de segurança.
 As betoneira devem ser instaladas em locais amplos e afastados das áreas
de circulação obrigatória.
 Quando a betoneira estiver parada, a caçamba carregadora deve ficar
apoiada no solo ou bloqueada na posição levantada.
 As betoneiras devem ser limpas, diariamente, ao término dos trabalhos,
para evitar que os materiais remanescentes endureçam.

Serra Circular de Bancada

121
 Embora a serra circular pareça ser de fácil manejo, não deve ser operada
por pessoas não habilitada, exigindo profissional especializado (carpinteiro
de forma), instalação adequada, dispositivo de proteção, regularem e
manutenção periódica.

Instalação Elétrica

A chave de comando de partida e parada no motor deve ser blindada e


colocada ao alcance imediato do operador. Não se deve instalar chave de faca
para ligar e desligar uma serra. No circuito deve ser intercalado uma chave
protetora com fusíveis ou um disjuntor termomagnético (chave guarda-motor),
que protegerá a serra, no caso de um curto circuito. O cabo de ligação deve
estar sempre protegido em tubos, calhas ou por instalação aérea, a fim de
serem evitados os impactos acidentais ou o contato com a umidade.
Partes metálicas como carcaça de motor ou bancada de metal, devem ser
alteradas eletricamente.
A operação da serra circular, por pessoas não habilitadas, tem sido a causa de
grande número de acidentes, com graves conseqüências. A instalação do
comando interruptor, sob a forma de uma chave de ignição, atenua bastante
este risco de acidente, uma vez que, somente o operador pode colocar a serra
em funcionamento.
Dispositivos de Segurança

São considerados dispositivos de segurança de uma serra circular:

1) Lâmina separadora ou cutelo divisor - é um dispositivo que se instala atrás


da lâmina da serra, cuja função é manter separadas as partes já serradas
da madeira, evitando que se encostem, aprisionando o disco, o que pode
causar o retrocesso do material. Os tipos mais usados de lâmina
separadora são.
Uma guia intermediária ajustável complementa a ação do cutelo divisor
permitindo que a peça "se abra" após o corte.

122
Para que esta proteção seja eficaz, é necessário que alguns requisitos sejam
observados, tais como:
 ter espessura igual do disco;
 estar no mesmo plano do disco, com a borda de ataque alinhada com o
mesmo, distanciada de 2 a 3 milímetros;
 ser confeccionada em aço duro ou semi-duro, bem faceado e polido, não
pintado e com a borda em biel;
 ser inspecionada periodicamente.

2) Protetor fixo

São peças de madeira ou metal utilizados para proteger as partes moveis de


serra (correias e polias).

3) Protetor móvel

A proteção móvel da serra é a coifa, cuja finalidade é evitar o toque acidental


do operador com os dentes do disco da serra. A coifa deve ser auto-ajustavel,
devido a variedade do material a ser cortado, articulada com lamina separadora
e confeccionada em chapa de aço ou ligas leves.

Os tipos de coifa existentes no mercado não atendem totalmente a todas as


situações encontradas na construção civil, assim sendo, apresentamos uma
modificação que pode ser feita na coifa protetora, visando o seu melhor
aproveitamento.

4) Abas laterais

As abas laterais, em forma de arco, são acopladas a base inferior da coifa em


ambos os lados, com a finalidade de evitar que qualquer partícula que se
desprenda da lamina de serra ou da madeira que estive sendo cortada, venha
a atingir o operador. Servem também, como alerta visual e obstáculo ao
contato da mão do operador com o disco de serra.

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5) Janelas de inspeção

A janela é uma abertura retangular feita na parte frontal da coifa, com a


finalidade de permitir ao operador da serra a visualização do disco de corte na
madeira, evitando assim, a necessidade de trabalhar-se com a coifa erguida.

6) Empurradores

Para evitar um eventual contato das mãos do operador com o disco da serra,
principalmente no trabalho com peças pequenas ou na operação final de
serragem, deve ser utilizado um dispositivo empurrador como elemento
intermediário.

Apresentamos a seguir alguns tipos de Empurradores.

7) Suporte de Apoio

Quando as peças forem de grande comprimento, é recomendável a utilização


de suportes. Estes suportes podem ser cavaletes de madeira.

8) Guia de esquadrejamento

A guia de esquadrejamento tem a finalidade de proporcionar maior firmeza à


madeira a ser esquadrada. Funciona indiretamente como um dispositivo de
proteção, pois evita o bambear da madeira, que poderia causar seu retrocesso.
Quando a peça for de grande comprimento, o operador deve efetuar o seu
esquadrejamento em conjunto com um auxiliar, de forma a realizar a operação
com maior segurança.

124
9) Guia Lateral

A guia lateral é um dispositivo destinado a auxiliar o corte alinhado da madeira.


Atua, ao mesmo tempo, como um elemento de proteção, na medida em que
evita o bambear da madeira, que poderia ocasionar o seu retrocesso.

Equipamento de Proteção Individual - EPI

Deverá ser utilizado, de preferência, um, protetor facial resistente ao impactos


de partículas projetadas (aparas ou nós de madeira), protegendo totalmente a
face do operador. Os óculos de segurança podem ser utilizados em operações
mais simples, de curta duração, onde haja menor desprendimento de poeiras.
Os abafadores de ruído devem ser considerados como indispensáveis, quando
o nível de ruído estiver acima dos limites de tolerância no Anexo 1 da NR 15.

Outros equipamentos, tais como sapatos de segurança com biqueira e palmilha


de aço e máscara contra poeiras, devem ser usados, quando a natureza
especifica da operação exigir.

Prevenção contra incêndio

Devem ser instalados, próximos a bancada da serra circular, dois extintores de


incêndio dos tipos:

 gás carbônico - CO2 com 6 quilos;


 água-gás - AG, com 10 litros.

O extintor de incêndio de CO 2 deve ser empregado em equipamento


energizado e o de AG em madeira e serragem.

Guinchos e Torres

125
Guinchos

 Guinchos são equipamentos de tração destinados para arraste e suspensão


vertical de cargas.
 A capacidade de tração de um guincho deve constar de uma plaqueta,
mantida permanentemente fixada na sua carcaça.
 Quando o guincho não for instalado sob uma laje, mas próximo a
edificação, deve-se construir uma cobertura resistente, para proteção do
operador, contra a queda de materiais.
 O posto de trabalho do guincheiro (operador de elevador de carga) deve ser
isolado (cerca de telas) para evitar sua distração durante a operação do
equipamento e a aproximação dos trabalhadores as partes moveis,
possíveis causadoras de acidentes.

 Não é permitido o uso dos locais onde são instalados os guinchos, como
vestiário ou deposito de materiais.
 Os guinchos somente devem ser operados por pessoas treinada e
habilitadas. O escritório da obra deve manter uma relação atualizada dos
trabalhadores em condições de opera-los.
 Os guinchos elétricos devem ter chave de partida independente, para não
serem acionados por pessoas não autorizadas.
 Em qualquer posição de fora do elevador, o cabo de tração do guincho deve
ter, no mínimo, 4 voltas enroladas no tambor.

Vibradores

 Vibradores são equipamentos utilizados para melhorar o enchimento das


formas e facilitar a penetração do concreto em todos os avos.
 Os vibradores de imersão (mangotes) são compostos essencialmente de
quatro partes:
a) acoplamento;
b) mangueira operacional;

126
c) eixo flexível;
d) tubo (ponta, tubo, rotor, rolamento e retentor)
 Antes de ligar o vibrador, deve-se verificar se todas as ligações elétricas
estão feitas corretamente, a fim de evitar curto-circuito, falta de fase,
aquecimento e queima de motores.
 É importante lembrar, que um motor trifásico, uma vez funcionando,
continuará a funcionar mesmo que venha a faltar uma fase - funcionará até
queimar.
 Devem ser tomados os seguintes cuidados com os vibradores:
a) não arrastar o motor pelo mangote do vibrador;
b) não puxar o motor pelo cabo elétrico;
c) limpar o motor e vibrador após cada jornada de trabalho;
d) verificar a instalação elétrica sempre que a temperatura do motor
ultrapassar a 60 graus centígrados.
 Ao fazer a ligação do motor elétrico devem ser verificados os seguintes
pontos:

a) Corrente elétrica

O motor só deve ser ligado à corrente elétrica, rigorosamente de acordo com a


indicação da placa nela fixada.

b) Sentido da rotação

O motor deve girar no 'Sentido anti-horário' conforme indicado pela seta na


guia de acoplamento (flange).

Caso o motor não esteja girando no sentido indicado, basta inverter a ligação
de dois fios para inverter-se o sentido da rotação

Os vibradores não devem ser lubrificados.

127
Veículos
RECOMENDAÇÕES

 Os vigias devem controlar a entrada e saída de qualquer veiculo, a fim de


evitar impactos nos portões e seus suportes, danos no tapumes ou em
barracões existentes nas proximidades.
 Quando for necessário manobrar ou operar veículos em via pública, devem
ser colocados cavaletes para sinalização de advertência e mantido,
permanentemente, um trabalhador orientando o trânsito de pedestres.
 Os manobristas, não só da Empresa como também de terceiros, devem
receber orientação sobre procedimentos seguros no transito, dentro e das
proximidades do canteiro de obras.
 Manobristas e ajudante devem receber os equipamentos de proteção
individual que forem necessários, ao passarem pelo portão de acesso ao
canteiro, devendo ser impedida a entrada dos que se negarem a utilizá-los.
 Somente veículos autorizados devem entrar e trafegar no canteiro de obras.
 Os caminhões basculantes não devem transitar com a sua caçamba
levantada.
 Para executar serviços entre o chassis e a caçamba, esta deve ser calçada
na posição levantada. Pode-se ocorrer vazamento no circuito hidráulico de
levantamento.
 As manobras em marcha-a-ré devem ser orientadas por manobreiros, não
devendo ser permitida, na área de manobra, a presença de nenhuma
pessoa estranha ao serviço.
 As vias de acesso a veículos, no canteiro de obras, devem ser sinalizadas e
iluminadas, isolando-se, sempre que possível (corda ou cerca), as áreas de
circulação obrigatória de pessoas. A sinalização e o isolamento devem ser
retirados sempre que cessarem as razoes de suas existências.
 Sempre que houver risco de choques, de veiculo contra estruturas,
andaimes, postes, etc., devem ser colocadas balizadas ou barreiras para
protege-los.

128
 Em pista de terra, para reduzir a poeira em suspensão, é recomendável
molhar o piso, periodicamente.
 Sempre que as dimensões do canteiro de obras permitirem, as vias de
acesso devem ter trafego em uma só direção.
 As caixas ou aberturas, nas vias de acesso, sem tampas ou cujas tampas
tenham resistência insuficiente , devem ser cercadas e sinalizadas para
alertar os manobristas.
 Ao estacionar em rampas, os caminhões, alem de terem seu freio acionado
e a marcha engastada, devem ter as rodas bloqueadas por calços (madeira,
pedra, etc.).
 A velocidade máxima permitida deve ser estabelecida por placas, não
devendo nunca ultrapassar a 20 quilômetros por hora.
 Os materiais de comprimento maior do que a carroceria devem ter
sinalização adequada na traseira, conforme as leis de transito (bandeirola
vermelha).
 Cuidados especiais devem ser tomados com o tráfego de veículos próximo
a barrancos, especialmente em terrenos de consistência não conhecida, a
fim de evitar-se desmoronamentos.
 Não é permitido o transporte de pessoas em veículos específicos para
cargas.
 Deve ser impedido o trânsito, no canteiro, de veículos em mas condições de
funcionamento.
 A saída do cano de escapamento, na traseira do veiculo e o silencioso
devem ser mantidos em bom esta. Não se deve fazer funcionar o motor em
ambiente fechado.
 No setor de segurança deve fiscalizar as fichas de manutenção preventiva
dos veículos da sua Empresa.

18.0 MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

18.1 TRABALHOS EM CONCRETO ARMADO

129
 Na construção de edificações, os trabalhos em concreto armado
apresentam diversidade de riscos e grande incidência de acidentes.
 Tais serviços se desenvolvem em fases distintas mas, freqüentemente, são
realizadas simultaneamente. Assim, é comum concretar-se uma laje, ao
mesmo tempo em que se desforma outra.

Formas

RECOMENDAÇOES

 Na confecção de formas não se deve usar peças partidas, lascadas,


deterioradas, com nós e buracos, como também, deve-se evitar o uso de
materiais de resistência desconhecida.
 O local de instalação da serra circular deve oferecer condições de fácil
circulação aos trabalhadores que por ali transitam, ter boa iluminação e ser
suficientemente amplo, de modo a facilitar a estocagem de peças acabadas
(formas), antes do transporte para o local de aplicação.
 A serra circular deve ser instalada, de preferência, no térreo, em local
ventilado, evitando-se deslocá-la para pavimentos superiores, de maneira a
ser mais facilmente fiscalizada, reduzindo-se com isso os riscos de incêndio
e de acidentes.
 É importante designar um único carpinteiro para trabalhar na serra, ficando
responsável por seu bom funcionamento e tendo as seguintes
responsabilidades:
a) usar protetor facial, abafador de ruídos e não retirar a coifa de proteção
do disco a menos quando for imprescindível, devendo reinstala-la, tão
logo seja possível;
b) manter o disco de corte amolado e travado , trancando-o após constatar
rachaduras ou falta de dentes;
c) usar o disco de vídeo, apenas em madeiras novas ou limpas de nata de
concreto;

130
d) ao terminar os serviços, desligar a chave de ignição , removendo em
seguida, a serragem acumulada nas proximidades da bancada.
 Deve-se manter extintores de incêndio, tipo de água, nas proximidades de
locais são construídas formas de madeira e tipo CO2 , junto a serra circular.
 Quando os trabalhadores executarem serviços em locais úmidos, como
colocação de formas de fundações, devem usar botas de borracha.
 Todo trabalhador, executando montagem de formas ou armações, nas
proximidades de beirada de lajes, a mais de 2 metros de altura, deve usar
cinto de segurança ligado a um cabo de segurança ou a estrutura, quando
possível.
 A equipe destinada ao transporte de formas deve ser dirigida por
encarregado qualificado, o qual deve verificar previamente as condições do
percurso, assim como evitar queda de painéis, imprensamento das mãos ou
dedos e condições favoráveis a desequilíbrios, escorregamentos ou
choques com outros materiais.
 No transporte de formas ou armações pesadas, é necessário destinar
qualidade suficiente de trabalhadores, de modo a evitar sobrecargas
individuais, sendo comum a lesão na coluna, quando não atendido esse
aspecto.
 Peças compridas, como longarinas, escoras, formas e ferros de armação,
quando transportadas verticalmente em pranchas, devem ser amarradas a
sua estrutura, para evitar que escorreguem ou também durante o
transporte. Não se deve deixar que tais peças encostem no cabo de tração
(sustentação) da prancha ou colidam com a viga superior da torre.
 Cuidados especiais devem ser tomados com formas ou painéis de grandes
dimensões, devido a resistência que oferecem ao vento particularmente
quando içados por gruas ou ainda não fixadas.
 É proibido depositar materiais de qualquer espécie, mesmo que
temporariamente, nas rampas de acesso a torre de transporte de materiais.
 Não se deve empilhar painéis, chapas de compensado, tábuas, longarinas,
escoras, etc. próxima a beiradas de lajes. Toda precaução deve ser tomada

131
para evitar desabamento de pilhas. Nessa situação, convém amarrar
chapas e painéis para não serem levados pelo vento.
 Todo cuidado deve ser tomado para evitar que ferramentas portáteis como
martelo, serrote, torquês, trado, furadeira elétrica, etc. caiam da laje
atingindo operários em pavimentos inferiores. Recomenda-se aos
carpinteiros, que trabalham nas imediações das beiradas de lajes, que
usem seus martelos amarrados nos cintos ou no punho.
 É importante manter chamas ou dispositivos de aquecimentos a pelo menos
5 metros de distância de formas ou restos de madeira.
 Antes do inicio da colocação de formas, é necessário fechar
provisoriamente as caixas de elevadores ao nível da ultima laje concretada.
 A medida mais eficaz da proteção de periferia durante a colocação de
formas, é a instalação de plataforma de proteção provisória (móvel) na
ultima laje concretada.
 Assim que forem sendo colocadas as formas de pilares de periferia, uma
boa medida é amarrar nelas uma corda horizontal para servir como guarda-
corpo.
 É proibido usar tábuas com nós para fechamento de vãos ou assoalhar
rampas de acesso as torres de pranchas.
 É necessário deixar furos nas formas de periferia, de maneira a permitir a
colocação de parafusos para fixação de suportes de plataformas de
proteção externa ('mãos francesas'), nos pavimentos onde for obrigatória
sua instalação.
 É proibido caminhar diretamente sobre painéis laterais ou fundo de formas
de vigas. Esse inconveniente pode ser evitado, fixando-se tábuas
horizontais no trecho em balanço do escoramento.

132
Escoramentos
RECOMENDAÇOES

 É essencial que os materiais utilizados na construção de escoramentos


sejam de boa qualidade e mantidos em perfeitas condições de
funcionamento e segurança. Não é admissível o uso de peças com:
corrosão, amassamento, empenamento ou soldas partidas.
 É necessário instalar e manter o escoramento aprumado , porem, nos locais
onde tiver que ser inclinado, como em varandas do pavimento tipo, é
fundamental que sejam bem fixados na forma e na base.
 Os trabalhadores que fixam extensores em formas de madeira, devem usar
óculos de segurança, devido a projeção de limalha ao martelar o extensor.
 Os suportes de topo e base, peças de extensão ou parafusos de ajuste,
devem estar em contato firme com o pranchão ou calço da base e o
material da forma, para evitar o tombamento das escoras.
 Os montadores de escoramentos devem ser orientados para evitar o
imprensamento de mãos e dedos, principalmente ao apoiar longarinas em
forcados ou regular escoras metálicas telescópicas.
 Os escoramentos de formas devem ser inspecionados antes, durante e
após o lançamento de concreto, a fim de permitir a observação de qualquer
deslocamento ou flambagem.
 Sempre que houver modificação no projeto de escoramento, por imposição
da obra, é fundamental que se consulte o autor do projeto, de modo a se
obter sua aprovação, antes do lançamento de concreto.
 O escoramento não deve ser removidos ou abaixados sem a autorização do
responsável técnico pela obra.
 Qualquer reescoramento deve ser inspecionado, em sua totalidade, pelo
responsável técnico da obra, para verificar se sua disposição é adequada e
se tem capacidade para suportar as áreas que estão sendo escoradas.
 As extremidades de pregos não devem ficar expostas em formas ou
escoramentos de madeira.

133
 Nas proximidades de escoramentos de madeira, devem existir extintores de
incêndio do tipo de água.

Armação de Aço
RECOMENDAÇOES

 E necessário estudar previamente o local de estocagem de vergalhões para


que fique próximo à central de armação (onde são cortados e dobrados),
devendo-se colocar a ferragem sobre cavaletes, separada por bitola.
 Na escolha do local de estocagem e central de armação, é importante que
se evite proximidades com passagens obrigatórias de trabalhadores,
entradas da obra, máquinas e equipamentos fixos, alojamento, refeitórios e
banheiros, devendo, ainda, ser amplo e bem iluminado.
 Os locais de estocagem e central de armação devem, de preferência, ficar
afastados de fiação elétrica aérea, devido ao risco de impactos de
vergalhões e, quando a central ficar próxima da construção, deve ser
provida de cobertura resistente (com tela metálica) para proteção dos
trabalhadores contra a queda de materiais.
 A dosagem e corte de vergalhões deve ser feita sobre bancada ou
plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas em superfície planas.
 Os operadores de máquinas de cortas vergalhões devem ser qualificados,
experientes e serem instruídos Quanto ao uso correto da chave manual de
cortar ferro e da máquina de enrolar e traçar arame (manual e elétrica).
Devem também ser alertados quanto ao risco de queda de sobras de
vergalhões nos pés e quanto ao recolhimento dessas sobras para o local
adequado.
 As máquinas e tesouras de cortar vergalhões devem ser inspecionadas
periodicamente em particular, quanto ao estado da navalha.
 Durante a descarga de vergalhões, quando no interior da obra, a área de
movimentação deve ser isolada.
 Os trabalhadores escolhidos para descarga manual de vergalhões, devem
ser equipados com luvas de raspa de couro e, em caso de ventos forte, é

134
necessário o uso de óculos de segurança, devido a existência de limalha de
aço no fundo da carroceria da carreta ou caminhão.
 A proteção para os ombros será necessária, sempre que os mesmos forem
usados para apoio de vergalhões durante o transporte manual.
 Os trabalhadores que executam operações de manuseio, dobramento ou
corte de vergalhões, devem usar luvas de raspa de couro e, os que cortam
arame, devem usar, além disso, óculos de segurança.
 A execução de trabalhos acima e na mesma direção de pontas verticais de
vergalhões desprotegidas deve ser evitada; quando porém isso não for
possível, tais pontas devem ser recurvadas ou amarradas em feixes e
recobertas com madeira ou outro material de resistência equivalente.
 Sempre que houver cabo elétrico aéreo nas proximidades da edificação, é
necessário instalar proteção (barreira) que evite o contato de vergalhões em
movimento.
 Armação de pilares colocadas no local antes das formas (exemplo: pé
direito duplo), devem ser armadas e estaladas para evitar tombamentos.
Neste caso, é aconselhável a montagem de andaimes para facilitar a
colocação de estribos. Os andaimes metálicos são mais vantajosos, pois o
guarda-corpo é uma conseqüência natural de sua montagem.
 A colocação de armação no interior da forma deve ser feita com toda
precaução, para não se imprensar mãos ou dedos.
 Sempre que for necessário caminhar diretamente sobre armação de laje ou
viga, deve-se cobri-las com tábuas ou chapas de compensação, nos locais
de circulação obrigatória de trabalhadores, especialmente sobre armação
negativa de lajes.
 Recomenda-se não fixar o cinto de segurança diretamente à armação de
viga de periferia, a menos que o painel externo da viga já se encontre
escorado lateralmente.
 Fiações aéreas não devem ser penduradas ou amarradas diretamente à
armações de pilares ou pelas de escoramento metálico, devido ao risco de
passagem de corrente para esses materiais.

135
 Deve ser evitado o uso de sobras de vergalhões em aplicações provisórias,
tais como ganchos, a menos que sejam de ferro maleável (CA-24 ou 25) ou
para apoio de estrado de andaime.

Concretagem

RECOMENDAÇÕES

 Logo que forem colocados os painéis externos das vigas de periferia, é


importante fixar neles sarrafos provisórios (montantes) onde será amarrada
a uma corda, servindo como Guarda-corpo para proteção de trabalhadores,
até o término da concretagem da laje.
 Para se obter maior rigidez nessa proteção, recomenda-se amarrar a corda
também em vergalhões salientes de pilares (sem tirá-los do prumo) e em
montantes de torres e gruas.
 Cabe ao eletricista instalar quadro móvel de tomadas para ligação de
vibradores, bem como inspecioná-lo antes do início da concretagem
particularmente quanto ao estado dos cabos de ligação e terminais.
 Os vibradores devem ser aterrados e mantidos de acordo com as normas e
recomendações específicas. Seus cabos devem ser protegidos contra o
desgaste na armação e no atrito com rodas de ferro de carrinhos de
armação e no atrito com rodas de carrinho de mãos; recomenda-se, para
isso, o uso de cavaletes, chapas de compensado, tábuas, etc.
 Antes do lançamento de concreto é necessário efetuar uma inspeção geral
nos escoramentos, bem como a manutenção de um carpinteiro qualificado,
postado na laje imediatamente inferior, a fim de acompanhar a concretagem
observar a resistência de formas e escoramentos com peso de concreto.
 Todos os que trabalham no local do lançamento de concreto devem usar
botas de borracha (impermeável).
 Os operadores de betoneiras e vibradores e os que comandam mangote
flexível para concreto bombeado, devem usar luvas de raspa de couro.
 Cuidados especiais devem ser tomados por ocasião do lançamento de
concreto, em formas de periferia, para evitar a queda de sobras no exterior

136
da edificação como, por exemplo, fixando-se no painel externo uma tábua
ou chapa de compensado inclinada.
 Os trabalhadores que operam vibradores ou estão sujeitos a respingos de
concreto, devem ser protegidos com óculos de segurança e, quando
próximos a beirada de laje, também com cintos de segurança.
 Um eletricista deve acompanhar todo o trabalho de vibração do concreto.
 A alta concentração de poeira de cimento nas proximidades da central de
concreto ou da betoneira, exige de seus operadores, o uso de máscara com
filtro para proteção das vias respiratórias. O uso de luvas impermeáveis é
aconselhável para operários alérgicos a cimento.
 A central de concreto deve ser equipada com, pelo menos, um extintor de
CO2 e outro de água.
 As operações de lançamento e vibração de concreto devem ser
supervisionada por pessoa habilitada, a qual deve evitar:

a) vibrações excessivas ou insuficiente;


b) deslocamento da armação;
c) deslocamento das formas.

 O transporte de gericas contendo concreto, através de torres, deve ser feito


com as mesmas amarradas à estrutura da prancha (podendo-se usar
ganchos), para evitar despejo de concreto ou queda de gerica durante o
transporte.
 Deve ser proibida a descida em queda livre de pranchas para transporte
vertical.
 No lançamento do concreto, por meio de carrinhos de mãos ou gericas, os
caminhos provisórios de ida e volta devem ser distintos, forrados com
madeiras e ter largura adequada.
 Os sistemas transportadores fixos de concreto fresco (bomba de concreto).
Devem ser dotados de sinalização que emita sinais visuais (lâmpada) e/ou
audíveis (campainha), tanto no início como no término de transporte, de
maneira a evitar lançamento inesperados.

137
 As conexões de dutos devem possuir dispositivos de segurança para
impedir a separação das partes, enquanto o sistema estiver sob pressão.
 Os tubos e conexões devem ser escorados ou fixados, tanto no trecho
vertical como no horizontal. Tendo-se especial atenção nas curvas.
 Todas as peças e máquinas de sistemas transportadores fixos, de concreto
fresco, devem ser freqüentemente inspecionados por técnicos habilitados,
especialmente durante o bombeamento e mantidos em boas condições de
funcionamento e segurança.
 É necessário verificar o estado do mangote flexível, antes do início do
serviço, prevenindo contra possíveis rompimentos durante o bombeamento.
 Os trabalhadores que manejam a extremidade do mangote ou duto
transportador de concreto sob pressão, devem estar equipados com
protetores faciais, luvas raspa de couro e roupa completa Deve haver duas
pessoas, no mínimo, uma de cada lado do mangote.
 Nenhum trabalhador deve ficar em frente à extremidade do mangote ou
tubo transportador de concreto, para não correr o risco de ser atingido por
um jato inesperado.
 A lavagem da tubulação com água sob pressão é perigosa, devido à
projeção de sobras de concreto para o extintor do tubo, sendo proibido
 executar esse serviço em beiradas de lajes, com lançamento de materiais
para exterior da edificação.
 Durante a operação de lançamento, deve existir um cavalete destinado ao
apoio do mangote para descanso temporário. O lançamento também pode
ser feito, pendurando-se o mangote no gancho da grua.
 Precauções devem ser tomadas para não se recarregar, num mesmo local,
quantidade excessiva de concreto, o que poderá afetar a segurança da
forma ou escorregamento.

138
Desmontagem de Formas (desforma)

RECOMENDAÇÕES

 Não se deve permitir a execução de desformas prematuras. A desforma só


pode ser iniciada com autorização do técnico responsável pela obra, antes
do inicio da remoção de escoramentos e formas.
 A equipe de segurança do trabalho deve ser comunicada antes do inicio da
desforma a fim de tomar todas as providências de acidentes, bem como,
Quando achar conveniente, promover palestra para a equipe de desforma,
no sentido de orienta-la quanto as medidas de segurança a serem adotadas
durante os serviços.
 Relacionamos abaixo as principais providencias preliminares:
a) isolar com barreiras (cordas) a área do canteiro localizada abaixo da
faixada a ser desformada, de modo a impedir o transito de pessoas;
b) atravessar uma corda, a meia altura, em toda a periferia da laje
amarrando-se nela longarinas inclinadas, formando uma "chama lixo", de
maneira a evitar queda de pecas desformadas para o exterior da
edificação;
c) colocar, sempre que necessário, proteção para quem passa pela
circulação do andar, em transito pela escada de acesso;
d) fechar ou cercar todas as aberturas existentes no piso;
e) fixar, em local bem visível do pavimento em desforma, uma placa com
as recomendações básicas para o serviço em questão;
f) colocar extintores de incêndio, tipo água, próximo dos locais onde se
acumule madeiras;
g) instalar lâmpadas onde a iluminação natural não for suficiente,
colocando as gambiarras a, pelo menos, 2 metros de altura;
h) tomar precauções para que as lâmpadas não encostem em madeiras
(formas), provocando com o calor, um principio de incêndio.

139
 Alem de capacete e calçado, toda a equipe de desforma deve usar luvas de
raspa de couro e óculos de segurança. Próximo de beiradas da laje, é
obrigatório o uso de cinto de segurança ligado a um cabo ou corda de
segurança, ou ainda a estrutura, quando possível.
 É aconselhável iniciar a desforma pelo trecho central da laje, prosseguindo-
se em direção as fachadas, sendo estas deformadas uma de cada vez de
modo que a conseqüente interdição da área abaixo, não seja total.
 Devem ser construídos andaimes adequados para a desmontagem de
formas, sendo permitido o uso de escadas de mão, portáteis, somente
quando amarradas no apoio superior.
 A desforma deve ser executada de acordo com programa pré-elaborado e
com o tipo de estrutura, evitando-se que as pecas caiam diretamente na
laje, o que pode ser conseguido através de andaimes contínuos.
 É necessário evitar situações em que um trabalhador suporte sozinho a
carga de peças pesadas, como painéis de grande área ou longarinas
compridas.
 Todo cuidado deve ser tomado ao descer de andaime, principalmente
quando o piso se encontrar com peças amontoadas
 A desforma deve ser permanentemente acompanhado por encarregado
experiente e qualificado (carpinteiro de formas).
 É necessário que a equipe de desforma tenha um ou mais elementos, com
a tarefa especifica de agrupar peças do mesmo tipo, durante a execução do
serviço, posicionando-se sempre fora da área de retirada de escoramento
de formas.
 Pilhas ou agrupamentos de peças retiradas de escoramentos ou formas
devem ser mantidas afastadas pelo menos 1 metro, de beiradas de lajes,
de maneira a reduzir o risco de queda dessas peças para o extintor da
edificação.
 Os materiais de desforma não devem ser deixados em circulações ou
escadas de acesso ao pavimento onde se realiza o serviço.
 É proibido depositar materiais em apara-lixos, o que iria sobrecarregá-los
perigosamente.

140
 É proibido deixar chapas, especialmente, as metálicas, ou longarinas,
pregadas (mesmos parcialmente) em tetos, após retirada do escoramento.
 É importante que as aberturas existentes na laje imediatamente superior
(teto), só sejam deformadas caso se providenciem de imediato sua
proteção.
 Todo cuidado deve ser tomado no sentido de evitar que dedos ou mãos
sejam imprensados entre longarinas e forcados, durante a retirada do
escoramento.
 É imprescindível que se tomem precauções, antes de iniciar desformas em
fachadas voltadas para área descoberta de vizinho (recreação ou
estacionamento). Recomenda-se, neste caso, deixar no local uma pessoa
de plantão, enquanto permanecer a desforma daquela fachada.
 É necessário amarrar os painéis externos de formas de periferia, antes de
sua retirada, sendo em seguida içados para o pavimento imediatamente
superior. Todos os que participarem da operação de içamento devem usar
cintos de segurança fixados a uma corda, cabo ou a estrutura.
 Para o içamento de materiais, externamente a edificação, por meio de
equipamentos de guindar, é necessários tomas as seguintes providências:

a) construir andaimes em balanço provido de quarda-corpo;


b) obrigar o uso de cinto de segurança ao trabalhador designado para
arrumar as peças a serem içadas;
c) amarrar as peças adequadamente, de modo a não haver
escorregamento durante o transporte;
d) não sobrecarregar o andaime em balanço.

 Todo cuidado deve ser tomado para evitar a queda de ferramentas, tais
como martelo, pé de cabra, etc., sobre trabalhadores em níveis inferiores.
 Recomenda-se, em edificações com pouco afastamento do passeio ou da
área descoberta de vizinhos, que as ferramentas de pequeno porte sejam
amarradas a cintura de seus usuários.

141
 É importante que se tomem precauções no sentido de evitar, sempre que
possível, a queda para o exterior da edificação, de sobras de concreto
endurecido e grudados as formas.
 Todos os sarrafos usados para travar formas de degraus de escadas
colocadas sobre seus pisos, devem ser retirados, o mais breve possível a
fim de não provocar desequilíbrio nos trabalhadores.
 As peças de madeira, provenientes da desmontagem de formas, devem ter
seus pregos rebatidos ou retirados antes do transporte para outro
pavimento.
 A medida que os materiais da desforma retirados do pavimento, torna-se
necessário tomar as seguintes providência:
a) Instalar quarda-corpo, em dois níveis, na periferia externa de
varanda;.
b) Instalar corrimão provisórios nas escadas, onde não houver
alvenaria;
c) Retirar da laje toda a lenha (sobras de madeira) para reduzir o
risco de incêndio ou arrastamento devido a ventos forte.

A lenha resultante de desforma deve ser removida por equipamento de


guindar, sendo proibido o seu lançamento para o exterior da construção, a
menos que seja feito da primeira laje, diretamente para o caminhão de
transporte.

18.2 PROTEÇÕES INTERNAS

RECOMENDAÇÕES

 As proteções internas são dispositivos instalados para evitar quedas em


níveis inferiores ao do piso onde se encontram os trabalhadores.
 A distância máxima entre caibros entroncados verticalmente, para fixação
de guarda-corpo, deve ser 2 metros.
 Os caibros entroncados verticalmente em vigas de beiradas de laje, devem
dispor de sarrafos neles pregados, transpassando a face lateral interna da

142
viga, de maneira a impedir o deslizamento do caibro para o exterior da
construção.
 Os guarda-corpos devem ter altura aproximada de 1 metro. Sempre que
executar serviços sobre andaimes ou escada, próximos a beiradas de laje,
será necessário colocar outro quarda-corpo, a meia altura, entre aquele já
instalado e o fundo da vigia.
 Os sarrafos dos quarda-corpos devem ter largura mínima de 20 cm
(compensados de 10 mm) ou de 15 cm (tábua de 25 mm) e ser bem
pregados nas faces internas dos caibros estroncados.
 Os caibros estroncados podem ser substituídos por escora metálicas
telescópicas ajustáveis e os sarrafos por cordas ou vergalhões. No caso
das cordas, estas devem ser esticadas de maneira que o esforço lateral não
afrouxe as escoras ou caibros.
 Os quarda-corpos em beiradas de laje devem ser colocados logo após a
desforma; no caso de varandas, no máximo, após o início da alvenaria do
pavimento.
 As beiradas de laje devem ser protegidas, desde a colocação das formas de
pilares, por meio de cordas horizontais, amarradas nos pilares e formas;
 As escadas fixas devem ter corrimão provisório (corda ou madeira), em dois
níveis, a partir da desforma até a execução da alvenaria ou corrimão
definitivo;
 Logo após a chumbamento dos montantes de grade de alumínio em
varanda, deve-se atravessar horizontalmente uma corda, amarrado próximo
a extremidade superiores, funcionando como uma guarda-corpo provisório.
Para se evitar o escorregamento da corda, recomenda-se usar arrame
como suporte na amarração.
 Para a proteção do vão acima do gradil definitivo das varandas, recomenda-
se montar um guarda-corpo sobressalente, de madeira, a fim de proteger os
que trabalham sobre escadas ou andaimes.
 Nos acessos as caixas dos elevadores, as proteções em beiradas de lajes
podem ser feitas com vergalhões de ½ polegada no mínimo, em dois níveis
e somente quando a largura não ultrapassar 2 metros.

143
 Havendo trabalhos no interior das caixas de elevadores, deve-se colocar
rodapé nos acessos, com altura mínima de 15 cm.
 Após a colocação dos caixões de portas dos elevadores, deve-se proteger
os vãos restantes, até que seja feita a alvenaria.
 A partir da desforma, até o início da instalação das guias dos elevadores, é
aconselhável manter nas caixas de elevadores, assoalhos resistentes de 3
em 3 lajes, no mínimo, com medida de proteção complementar contra
quedas.
 Todas as aberturas na lajes ou piso devem ter fechamento provisório fixo
(com encaixes) de maneira a evitar seu deslizamento. A tampa pode ser de
madeira, compensado ou metal, devendo ser reforçada de acordo com as
dimensões do vão.
 Quando a abertura na laje for usada para transporte vertical de materiais,
sua periferia deve ser protegida por um sistema de quarda-corpo e rodapé
removível, de maneira a poder ser retirado quando dificultar o transporte.
 As caixas de esgoto, águas pluviais, etc., existentes no piso, devem ter
fechamento provisório (tampa), sempre que forem interrompidos os serviços
no seu interior.

18.3 PROTEÇÕES EXTERNAS

RECOMENDAÇÕES

 As quedas de altura - com diferença de nível - são, geralmente as mais


graves. Suas causas são as mais diversas.
 Para evitar contatos acidentais com redes de energia elétrica é necessário
colocar uma barreira entre a rede e o local de trabalho.
 Recomenda-se que todos os locais de trabalho ou passagem obrigatória de
pessoas, próximos à edificação, sejam protegidos por uma cobertura
provisória e resistente, contra a queda de materiais, utilizando-se para isso,
dentre outras, as seguintes opções:
a) tela de arame galvanizado ou arame;

144
b) madeira ou compensado, com reforço;
c) combinação das opções anteriores, com a tela para baixo.
 Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 05 pavimentos,
é obrigatória a instalação de uma plataforma de proteção especial
(bandejão), em balanço na altura da 2ª laje contada a partir do nível do
terreno.
 O bandejão deve ter no mínimo 2,20 m de balanço (horizontal) mais 80 cm
de comprimento com inclinação aproximada de 45º.
 O bandejão deve ser instalado logo após a concretagem da laje
imediatamente superior e retirado somente após o término do revestimento
externo dele.
 Deve-se também instalar outras plataformas de proteção em balanço
(apara-lixos), de 3 em 3 lajes a partir da 5ª, com no mínimo 1,40 m de
balanço (horizontal), mais 80 cm de comprimento com inclinação
aproximada de 45ª.
 Todo apara-lixo deve ser instalado da mesma forma que o bandejão,
podendo ser retirado quando estiver concluída a alvenaria até o apara-lixo
imediatamente superior.
 A partir da 11ª laje, do perímetro de construção deve ser fixado com tela de
arame galvanizado ou rede náilon, com malha de 3 cm no máximo.
 A tela deve ser instalada a no mínimo 1,40 m da fachada e fixada nos
apara-lixo, imediatamente após a instalação do apara-lixo superior,
podendo ser retirada em cada trecho, quando for desmontado o apara-lixo
inferior.
 Quando os pavimentos mais altos forem recuados, o bandejão deve ser
instalado na primeira laje do corpo recuado e os apara-lixos a partir da 4ª
laje. Neste caso, a tela deve ser instalada a partir da 10ª laje.
 O conjunto formado pelo bandejão e os apara-lixos, pode ser substituídos
por andaimes fachadeiros, instalando-se tela em toda a face externa, que
serão apresentados no capítulo 15 com mais detalhes.
 Nos pavimentos abaixo do pilotis elevados, deve-se instalar apara-lixos a
partir da 2ª laje.

145
 Sempre que a estrutura da edificação for executada com defasagem em
duas partes, de 3 ou mais lajes deve-se instalar apara-lixo provisório nas
partes mais altas voltadas para a parte mais baixa, de maneira a proteger
os que ali trabalham da queda de materiais.
 A equipe de montagem e desmontagem de apara-lixos devem usar cinto de
segurança amarrados a cordas fixadas em pilares próximos.
 O suporte de apara-lixos deve ser instalado a intervalo máximo de 2,00 m.
 Quando forem usados suporte metálicos, e necessário eliminar as peças
enferrujadas, empenadas ou com solda quebrada, devendo-se inspecionar
após sua colocação, se estão com todos os parafusos, porcas e arruelas
necessárias.
 Nas arrestas verticais salientes das fachadas, os suportes do estrados dos
apara-lixos (caibros) devem ser reforçado devido a extensão dos trechos
em balanço.
 O estrado do apara-lixo deve arrematar na fachada sem deixar vãos. É
permitido efetuar recortes na formação, apenas o necessário para a
passagem de prumadas.
 Nos apara-lixos não alinhados (contorno de varandas) é necessário prover
as partes salientes com estrado inclinado.
 Os trechos de apara-lixo, retirados temporariamente para transporte vertical
junto a fachada, deve ser recolocados logo após o término do transporte.
 Não se deve sobrecarregar as apara-lixo (rolos de tela, materiais de
desforma, tijolos, tambores de água, etc.,)
 Antes do início da desmontagem de apara-lixos (retirada do estrado), é
necessário todos os materiais ou detritos ali acumulados, de maneira evitar
sua queda durante a operação.
 A desmontagem dos apara-lixos de uma fachada deve ser feita
ordenadamente, de preferência de cima para baixo, podendo ser feita no
sentido inverso, caso seja utilizado andaimes suspensos, mecânico pesado
ou do tipo fachadeiro.

146
 Os prismas internos de ventilação e iluminação devem ter cobertura
(proteção) provisória de preferência com tela, na altura da 1ª laje acima da
sua base, geralmente na altura do teto do pilotis.
 As porteiras instaladas nas torres de elevadores devem ser mantidas
fechadas, exceto quando a prancha se encontra no pavimento.

 A obra deve dispor de no mínimo um carpinteiro, com a função específica


de executar as proteções necessárias independente das equipes para
montagem de apara-lixos e andaimes suspensos.
 Não é permitido retirar, mesmo parcialmente os materiais usados na
proteção.

18.4 REDE DE PROTEÇÃO

RECOMENDAÇÕES

Deverão ser utilizadas:


 Para impedir a queda de pessoas ou materiais, além das outras
proteções apresentadas pode se usar:

a) Redes tipo tênis;


b) redes verticais de fachada;
c) redes de malhas metálicas horizontais;

 Para limitar a queda de pessoas ou objetos pode se usar:

a) redes horizontais;
b) redes verticais com forca;

 Tipos de rede para impedir quedas:

147
a) rede tipo tênis;

Funciona como um guarda-corpo é pode ser usado, fundamentalmente para


proteger as bordas dos pisos da construção, devendo ser colocada sempre
pelas faces dos pilares voltados para o interior da edificação.
Consta de uma rede de fibra, malha de 3 cm cuja altura mínima deve ser de 1
m. O comprimento da rede não pode ultrapassar a 12 m e duas cordas, do
mesmo material e no mínimo 10 mm de diâmetro, uma parte superior da rede e
outra na inferior, servem de suporte e devem terminar com esticadores do tipo
de espia de tenda (tábua de aproximadamente 10 x 6 cm com dois furos para a
passagem da corda).
As cordas devem ter uma resistência mínima de 1,5 kg e ficarem
suficientemente suspensas de tal maneira que podem suportar no centro um
esforço de até 150 quilogramas.
A ancoragem a edificação deve ser feita amarrando-se as cordas suporte
inferior e superior aos pilares ou outros elementos resistentes. A ancoragem da
corda inferior pode completar-se com ganchos fixados na concretagem da laje.

b) rede vertical da fachada;

Deverá ser utilizada para proteção em fachada, tanto externas como as que
dão para grandes vão internos (prismas de iluminação e ventilação). Fixa em
suportes verticais (metálicos ou de madeira) e deve estar perfeitamente
ancorada a laje inferior.
Estas redes são justapostas às fachadas das construções ou de grandes vãos
internos e impedem a queda de pessoas e materiais para o exterior. O suporte
normalmente utilizado é do tipo mastro vertical. Sua ancoragem pode ser feita
com um ferro em U, através do qual consegue-se, se necessário manter a rede
afastada da fachada.
Tendo em vista que o que se pretende é evitar a queda no vazio por perda de
equilíbrio e que não se vá lançar toda a massa do corpo contra o suporte como
se pretendesse derrubá-lo, sugere-se um tubo estrutural de 70 x 80 x 2,6 mm.

148
c) rede de malha metálica horizontal;

Destina-se a evitar a queda de pessoas e materiais pelas aberturas na laje. A


rede deve ter uma malha metálica de no máximo 10 cm, ficar embutida no
concreto e ter uma resistência mínima de 150 kg/m 2.

 Tipos de rede para limitar quedas:

a) rede horizontal de fibra;

Seu objetivo é proteger contra quedas de pessoas e objetos com diferença de


nível. São empregadas normalmente em duas situações:

 Nas operações de forma, armação, concretagem e desforma na construção


de edificação;
 Na montagem de estrutura metálica e de cobertura.

a-1) Nas operações de forma, armação, concretagem e desforma de


edificações.
A rede é instalada a um suporte metálica fixado a estrutura da edificação e
cujas as características se desenvolvem de acordo com a norma.
Para a instalação dessas redes poder ser utilizados suportes convencionais
das plataformas de proteção.

a-2) Na montagem de estrutura metálicas e de cobertura. As redes horizontais


de fibra fixam-se em estruturas metálicas debaixo da área de trabalho em
altura, para recolher pessoas ou objetos que possam cair durante a montagem
de estrutura metálicas ou execução de estrutura.

149
Para proteção de vãos internos, vãos de elevadores e em geral, de aberturas
nos pisos necessita-se de um suporte especial, que permita unir diretamente a
corda perimetral às ancoragens.
Ao concretar a laje, junto ao bordo da abertura proteger, incorporarem-se no
concreto, ganchos de ferro redondo de construção, a distância de
aproximadamente 1 m. A ligação pode ser feita como mosquetões tradicionais.
A corda perimetral deve ter uma resistência mínima de 15.00 n.

b) rede vertical com força;

As chamadas redes verticais com forca diferenciam-se das anteriores pelo tipo
de suporte metálico ao qual se fixam e servem para impedir a queda do nível
inferior já que no superior só limitam a queda.
O suporte utilizado é do tipo mastro com braço horizontal
A ancoragem desse suporte e a amarração da rede podem ser feita conforme a
seguinte seqüência:

b-1) deixar caixas de madeira ou chapas, ao concretar a laje.

b-2) Ao concretar, colocar no bordo da laje um gancho de ferro redondo de


construção, de diâmetro não inferior a 12 mm, com espaçamento em torno de 1
metro. Não devem ser usados aços especiais, tendo em vista os seus limites
elásticos.

b-3) A amarração poderá também ser feita em ganchos, com as mesmas


características da letra b-2, aplicado verticalmente na laje ou viga perimetral.

Os perfis mínimos a serem utilizados para o suporte tipo forca são:


 Tubos de aço quadrado de 80 x 80 x 2,9 mm.
 Tubos de aço retangular 100 x 60 x 2,9 mm.

150
A dimensão mais adequada das redes verticais com forca é de 6 x 6 m. O
tamanho máximo da malha deve ser de 100 mm quando se destinar a impedir
a queda de pessoas; quando se pretender evitar também a queda de objetos, a
dimensão da malha deve ser de no máximo, 25 mm.

 Recomendações gerais para utilização de redes de proteção.

a) Dimensionamento e seleção do tipo de rede de proteção

a-1) Em função da altura de queda de pessoas:

Deve-se procurar que a altura de queda livre de pessoas na rede seja a menor
possível. Esta altura não deve ultrapassar a 6 metros.

a-2) Em função do tamanho e peso dos objetos que possam cair.

Quando se pretende evitar a queda de pequenos objetos, o tamanho da malha


deve impedir a passagem dos mesmos em qualquer posição, recomendando-
se uma malha de, no máximo, 25 mm.
Para os riscos produzidos pelos objetos que possam passar pelas malhas de
rede, devido a sua pequena dimensão, se não podem ser suportados com
garantia pelo capacete segurança, deve-se vedar a circulação naquela área.

a-3) Em função da escolha de zonas resistentes de ancoragem:

Deve-se prever zonas de ancoragem de forma que resistam os esforços


transmitidos em conseqüência de uma queda. Assim, se a ancoragem se faz
em partes da construção recentemente concretadas, é necessário ter a
confirmação de que o concreto atingiu a resistência suficiente. É necessário
prever-se também, os elementos necessários de ancoragem que tenham de
ser colocados oportunamente na armação da laje (ganchos, etc.).

a-4) Em função da agressão do ambiente onde se vai utilizar:

151
Normalmente será a intempérie (radiação solar, calor, frio, umidade, chuva, pó,
etc.), devendo-se verificar a repercussão que estes fatores têm sobre a rede,
através de revisões periódicas, incluindo a sua substituição quando necessária.
No caso de solda em estruturas metálicas, deve-se levar em conta o efeito das
chipas na rede, escolhendo-a incombustível ou protegendo-as contra as
mesmas.

Este fatores recomendam revisões mais freqüentes que as habituais:

a-5) Em função do tempo previsto de utilização

É importante levar em consideração este fator de determinação do número de


revisões periódicas e inclusive, na sua substituição, sobretudo se as redes e os
seus elementos não são novos.

b) Dimensionamento e seleção do tipo de rede de proteção

b-1) Revisão de redes, suportes e acessórios:

Esta operação é tanto mais importante quanto maior tenha sido o tempo de
utilização anterior destes elementos.
Em primeiro lugar, deve-se confirmar se o tipo da rede (material, malha,
diâmetro, etc.), seus suportes e acessórios, é o escolhido e está completo.
Verifica-se o estado da rede (possíveis rupturas e resistência), dos suportes
(deformações permanentes, corrosão e pintura) e dos acessórios.
Também deve-se verificar se as ancoragens na estrutura estão em condições
para a montagem.

b-2) Armazenamento na obra até a montagem.

152
É conveniente que a proteção coletiva chegue com certa antecedência a obra,
em relação ao momento da sua montagem, com a finalidade de eliminar-se
deficiências e evitar improvisações.

Neste espaço de tempo, as proteções devem ser armazenadas em local


coberto. Caso não estejam embaladas, não devem ser colocadas no chão e
devem ficar afastadas das fontes de calor. Os suportes e elementos metálicos
devem ser colocados em locais onde não possam sofrer golpes nem
deterioração por outros materiais. Os pequenos acessórios devem estar em
caixas.

c) Uso de rede de proteção:

c-1) Revisões e provas periódicas:


Depois de cada movimentação das redes, deve-se rever a colocação dos
diferentes elementos e uniões, verificando-se também a ausência de
obstáculos e buracos.
Dada a variável degradação que sofrem as redes, em conseqüência das
intempéries e considerando-se que as obras não dispõem de meios adequados
de ensaio, convém realizar se possível, pelos menos os seguintes.
 Coletar dados com o fabricante ou fornecedor sobre a duração prevista
para aquele ambiente;
 Verificar a experiência de outras obras com aquele tipo de rede;
 Caso não se disponha de dados é desejável enviar a cada 06 meses de
utilização efetiva, um módulo da rede para ensaio em laboratório
credenciado.
 Em último caso deve-se realizar ensaio na obra a cada 06 meses de
utilização efetiva, deixando-se cair desde a altura de possível queda uma
carga de peso 30% superior ao das pessoas ou objetos a reter.

c-2) Revisão após receber impactos ao limite de uso:

153
Depois de um impactos próximo do limite de uso admissível, deve-se rever o
estado da rede (ruptura na malha, nós, deformações e flecha permanente) e o
dos suportes, ancoragens e acessórios.

c-3) Limpeza de objetos caídos sobre a rede:

Os objetos ou materiais que caem normalmente sobre a rede devem ser


retirados diariamente, de forma que não representem riscos para as pessoas
que possam cair.

d) Desmontagem da rede de proteção:

d-1) Armazenamento na obra até o seu transporte:

Deve-se realizar em condições análogas as referidas no item b-2 -


armazenamento na obra até a montagem. As redes devem ser embaladas
após terem sido limpas dos objetos que tenham ficados retidos nas malhas.

d-2) Transporte em condições adequadas:

O transporte para outra obra ou depósito deve realizar-se de modo a que as


redes não sofram deterioração por enganche ou ruptura e que os suportes não
se deformem, sofram impactos ou esforços inadequados.
Os acessórios pequenos devem ser transportados em caixas, para evitar
perdas. Ë recomendável que as redes de proteção sejam recolhidas
inicialmente ao depósito e não sejam enviadas para outra obra, para que
possam ser submetidas a uma revisão mais minuciosa de elementos de seus
elementos.

d-3) Armazenamento e manutenção:

154
Uma vez armazenadas, deve-se proceder a uma detalhada revisão dos
elementos têxteis e metálicos das redes, efetuando-se quando necessários as
devidas reparações.
Os elementos metálicos que tenham sidos utilizados em obras e que não
tenham outra proteção anti-corrosiva devem ser pintados no mínimo uma vez
por ano.
Todos os elementos devem ser guardados ao abrigo das intempéries, fora do
alcance da luz e fontes de calor, limpa de objeto, sem contato direto com o
chão e em zonas de menor grau de umidade possível.

18.5 TIPOS DE ESCADAS E RAMPAS FIXAS E PROVISÓRIAS

RECOMENDAÇÕES

 As dimensões dos degraus de escadas provisórias devem ser compatíveis


com as normas e especificações para escadas permanentes.
 As escadas provisórias devem ser providas de corrimão.
 As escadas provisórias, com mais de 2 m de largura, devem ser providas de
corrimão intermediário.
 As escadas provisórias devem ser mantidas em posição até que sejam
construídas escadas ou rampas permanentes.
 As escadas provisórias devem ser mantidas com degraus e patamares
limpos e desobstruídos em condições de funcionalidade e segurança.
 As passagens ou plataformas aqui consideradas, são aquelas que servem
de acesso a duas superfícies ou apoios não contíguo situados no mesmo
nível.
 As rampas servem de acesso a duas superfícies ou apoios não contíguos,
situados em níveis diferente.
 As passagens e rampas provisórias devem ser de construção sólida,
mantidas em boas condições de utilização e segurança, estar assentadas
em apoio seguros e resistentes e ser inspecionadas freqüentemente.

155
 As passagens e rampas provisórias devem ter largura mínima de 80 cm,
serem providas de guarda-corpo de 90 cm a 1,2 m e rodapé de 20 cm em
ambos os lados.
 As plataformas e rampas provisórias devem ultrapassar seus suporte de
pelo menos 15 cm.
 Recomenda-se que as rampas provisórias possuam inclinação máxima de
15ª podendo em caso excepcionais atingir 20ª. Quando a rampa tiver mais
de 18ª de inclinação, é indispensável que o piso seja antI-derrapante ou que
possua trava horizontal e paralela afastadas de no máximo 40 cm.
 Não deve ser permitido construir rampas com mais de 30ª de inclinação.
 Deve-se evitar ou reduzir ao máximo os degraus formados pelas
extremidades de passagens ou rampas provisórias.
 As rampas usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de
4 m e serem dotadas de guarda-rodas c/ altura e largura mínima de 20 cm.
 Na construção de plataformas ou rampas para acesso a torre externa de
transporte de materiais, devem ser obedecidas as seguintes orientações:
a) Usar ganchos de aço maleável (CA-24 ou 25 para suportar travessões);
b) Usar cansoeira, pranchão ou caibro duplo com travessão de apoio junto
a torre, ultrapassando os ganchos em, pelo menos 20 cm;
c) Usar, no mínimo 5 caibros paralelos e eqüidistantes, apoiados no
travessão e na laje, para servir de apoio para o estrado, quando esta
tiver largura aproximadamente igual a da torre;
d) A inclinação das rampas deve ser ligeiramente ascendente, no sentido
da torre;
e) O estrado deve ser bem fixado nos apoios e estes no travessão.

Nas torres montadas internamente as edificações, recomenda-se que o


travessão se apoie lateralmente na laje, dispensando-se, com isso o uso de
ganchos e facilitando o encaixe de porteiras (elementos de contraventamento).

18.6 ANDAIMES
RECOMENDAÇÕES

156
 Os andaimes devem ser construídos ou montados sempre que for
necessário executar trabalhos em lugares elevados, onde eles não possam
ser realizados com segurança a partir do piso, e cujo tempo de duração ou
tipo de atividade, não justifique o uso de escadas.
 Os materiais utilizados na construção de andaimes devem ser de boa
qualidade, não sendo permitido o uso de peças de madeira ou metal, que
apresentem sinais de deterioração, rachaduras, nós ou qualquer outros
defeitos que possam comprometer suas resistências.
 A montagem e manutenção de andaimes de madeira, deve ser feita
unicamente por carpinteiros, orientados por mestre ou encarregado. Em
casos mais complexos, recomenda-se contratar empresas especializadas.
 Durante a construção de andaimes, não deve ser permitido, no local a
presença de pessoas estranhas ao serviço.
 Os estrados de andaimes não individuais devem ter largura mínima de 90
cm. Para andaimes individuais a largura mínima deve ser de 60 cm.
 Os estrados de andaimes fixos devem ser pregados nas travessas para
evitar seu escorregamento, devendo ultrapassar os apoios externos, no
mínimo 4 vezes a espessura do estrado e, no máximo de 20 cm.
 Os estrados de andaimes, não devem ter vão ou intervalos por onde
possam passar sobras de materiais.
 As emendas de tábuas ou chapas de compensado do estrado, devem ser
localizadas sobre os apoios:

a) Nos casos de emenda por superposição, as pecas devem avançar, no


mínimo 20 cm alem do apoio;
b) Nos casos de emenda de topo, deve haver uma chapa de união por baixo,
que assegure a ligação adequada das pecas.
 Nas ligações de estrados de andaimes, não é permitido fixar pregos sujeitos
a sofrerem esforços de tração no sentido de sua fixação.
 Pregos ou parafusos não devem ficar salientes em qualquer superfície do
andaime.

157
 Os andaimes, com estrado a mais de 2 m de altura do piso, devem dispor
de guarda-corpo de 90 cm a 1,20m de altura e rodapé de 15 cm, nos lados
externos.
 Não deve retirar ou anular a ação de qualquer dispositivo de segurança dos
andaimes.
 Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem ou
movimentação de andaimes, próximos a redes de energia elétrica
 Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem de
andaimes, próximos a redes de energia elétricas.
Os andaimes não devem ser sobrecarregados alem do limite previsto, sendo
necessário manter a carga de trabalho distribuída no estrado, de maneira
uniforme, sem obstruir a circulação de pessoas.
 Não se deve permitir o acúmulo de fragmentos, ferramentas ou quaisquer
materiais sobre os andaimes, de maneira a oferecerem perigo ou risco aos
trabalhadores.
 Não se deve permitir, sobre os estrados de andaimes, a utilização de
escadas ou outros meios para atingir lugares mais altos, quando
trabalhador ficar posicionado acima do guarda-corpo e portanto, sem
proteção.
 Nas proximidades de andaimes de madeira, devem existir extintores de
incêndio tipo água-gás ou água pressurizada.
 Não deve ser permitido que pessoas trabalhem em andaimes externos de
qualquer tipo ou próximos de beiradas de lajes, expostas a ventos fortes.
 Antes de se instalar roldanas ou qualquer equipamento para içar materiais,
é necessário escolher criteriosamente o ponto de aplicação do equipamento
e verificar a estabilidade e resistência do andaime.

Andaimes com Suportes Apoiados

RECOMENDAÇÕES

158
 São aqueles cuja estrutura trabalha totalmente apoiada numa base,
podendo ser fixos ou móveis, estes com possibilidade de serem deslocados
na horizontal.
 Os montantes de andaimes com suportes apoiados devem estar
devidamente aprumados e contraventados, de acordo com sua previsão de
emprego. O contraventamento deve estar bem ajustado aos montantes (por
borboleta ou encaixe, se metálico).
 Os acessórios que fixam os elementos horizontais aos montantes e as
diagonais devem ser previstos especialmente para este uso e não podem
deslocar-se sob os esforços a que serão submetidos.
 Os montantes desses andaimes devem apoiar-se em bases solidas,
resistente e que os mantenham perfeitamente aprumados.
 Quando os montantes se apoiarem no solo, deve-se usar placar (calços)
capazes de resistir com segurança aos esforços, e com área suficiente
para distribuir as cargas, sem que o solo recalque ou entre em ruptura.
 Com montantes de madeira de 3X4 polegadas, pode-se construir andaimes
de ate 12 m de altura, a partir daí, recomenda-se que seja projetado por
profissional qualificado. Nos andaimes metálicos, a necessidade de projeto
se da a partir de 40 m de altura.

 Os andaimes externos a construção devem ser adotados de amarrações e


entroncamentos que resistam a ação dos ventos. Recomenda-se que essas
fixações sejam feitas a cada 36 m2.
 Os andaimes com mais de 1,5m de altura, devem ser providos de escadas
ou rampas de acesso, localizadas, de preferência, nas cabeceiras.
 É permitido o trabalho em andaimes apoiados em cavaletes, com altura
máxima de 2m.
 Quando necessário, os andaimes com suportes apoiados devem ser
protegidos contra o impactos de equipamentos móveis ou veículo.

159
 Nos andaimes fixos, quando apoiados em degraus de escadas, seus
montantes devem ter comprimentos variáveis, 2 a 2, de acordo com os
degraus, de maneira que seu estrado fique na horizontal.
 Não deve ser permitido o trabalho em andaimes junto as beiradas de lajes,
sem que haja guarda-corpo fixado na estrutura da edificação ou no
andaime.
 Os andaimes tubulares devem ser constituídos de montantes, travessas e
contraventos, unidos por braçadeiras ou elementos pré-fabricados e
montantes por encaixe.
 Os andaimes montados sobre torres fixas ou móveis, quando não
amarrados ou estaiados, devem ser limitados a altura de 6,0 metros.
 Na montagem e utilização de andaimes moveis (apoiados em rodízios),
deve-se tomar as seguintes precauções:
a) Os rodízios devem ter diâmetro mínimo de 13 cm e ser providos de
trava;
b) Sua altura não deve exceder de 4 vezes a menor dimensão da base;
c) Seu deslocamento deve ser feito sem operários em cima, devido ao
risco de tombamento;
d) Evitar aproximação de rede de energia elétrica;
e) Calçar ou travar os rodízios durante a execução do serviço.

Andaimes com Suporte em Balanço

RECOMENDAÇÕES

 Plataformas ou andaimes em balanço são aqueles que normalmente se


projetam para o exterior da construção e são suportados por vigas de
balanço, as quais são amarradas a laje de piso ou estroncadas contra a laje
de teto.
 As vigas de suporte - pranchões, cansoeiras de madeira ou perfis metálicos
- devem ter bitola compatível com as cargas que irão suportar
 O comprimento do balanço não deve ser maior que 40% do comprimento da
viga e a distância entre as vigas não deve ultrapassar 2 metros.

160
 As vigas podem ser fixadas a laje de piso por meio de ganchos chumbados
na laje, braçadeiras com porcas e arruelas ou cabos de aço em clips.
 Quando a fixação das vigas se der por meio de escoras, deve-se tomar as
seguintes precauções:
a) Usar 2 escoras por viga em balanço
b) Manter as escoras aprumadas;
c) Escoras de madeira devem ser contraventadas.
 As escoras não devem ser estroncadas contra tetos falsos e sim,
diretamente contra vigas ou lajes.
 Não deve ser permitido estabilizar andaimes em balanços, unicamente por
contrapesos.
 Os andaimes com suportes em balanço devem ser providos de guarda-
corpo fixo nas laterais, podendo ser móvel no lado frontal, de maneira a
facilitar o manejo de peças compridas. O guarda-corpo móvel deve ser
recolocado logo após o termino da operação que causou sua retirada.
 Os andaimes tubulares permitem a montagem de tipo de andaime com
suporte de encaixe, em balanço.
 É necessário que os andaimes suspensos sejam identificados por meio de
numero e/ou letras, sendo recomendável que se relacione os trabalhadores
em cada um deles.
 A montagem de andaimes suspensos, é recomendável que todo trabalhador
assine um Termo de Responsabilidade a respeito das orientações
recebidas, especialmente quanto ao uso do cinto de segurança e as
punições a que estará em caso de infração.
 As equipes que trabalham em andaimes suspensos devem receber
orientação especifica quanto as medidas de segurança a serem utilizadas
em cada situação.
 Cuidados especiais devem ser tomados na montagem de andaimes
suspensos próximos a redes elétricas, evitando-se a todo custo a
aproximação dos cabos de tração.

161
 Todo andaime suspenso deve ter uma ou mais placas fixadas em seu
guarda-corpo e voltadas para o seu interior, com a inscrição: 'É obrigatório o
uso de cinto de segurança'.
 Acima de 2m de altura, é obrigatório o uso de cinto de segurança ligado a
uma corda sendo permitido amarrá-la em qualquer parte da estrutura do
andaime.
 É essencial que a corda pendente atenda as seguintes condições:
a) Ser bem amarrada, de preferência, em gancho, braçadeira ou cabo
de aço pré-fixado;
b) Ser protegida contra desgaste por atrito na aresta de apoio;
c) Passar por fora do andaime e ter a laçada localizada pouco acima do
guarda-corpo;
d) Ter todas as laçadas desfeitas durante a descida do andaime, de
maneira a não encurtar a corda, impedindo seu uso em pavimentos
inferiores;

e) Ter, a parte que normalmente sobra abaixo do andaime, enrolada


num gancho, fixado em olhal de montante, externamente ao guarda-
corpo, evitando-se que se enrole noutra corda pendente, cabo de aço ou
caçamba suspensa.
 Os dispositivos de sustentação de andaimes suspensos, bem como as
fixações de cordas pendentes, devem ser inspecionados diariamente por
seus usuários, antes do inicio dos trabalhos.
 A colocação do cinto de segurança deve obedecer as seguintes instruções:
a) O cinto deve ficar bem ajustado no trabalhador;
b) Para maior segurança, deve-se passar o mosquetão pela outra argola
do cinto;
c) Girar o cinto de modo que o ponto de saída de sua corda fique no meio
das costas, para evitar lesões na coluna em caso de ficar pendurado e
não obstruir os movimentos dos braços.
 O mosquetão deve ser enganchado na laçada da corda. Não se deve
permitir o engate do mosquetão acima do nó da laçada, já que, este pode

162
se desfazer inesperadamente, permitindo o deslizamento contínuo do
mosquetão através da corda pendente.
 O engate do mosquetão na laçada deve ser feito antes da entrada no
andaime suspenso. Para que isso seja possível, é necessário que ao sair
do andaime, se deixe a laçada em condições de ser alcançada, quando, ao
contrário, o desengate do mosquetão será feito somente após a saída do
andaime.
 Recomendações operacionais para andaimes suspensos mecânicos:
a) Amarrar o andaime a edificação para que não se afaste dela
b) Manter o andaime, o mais nivelado possível, inclusive durante seu
deslocamento vertical;
c) Sair do andaime sempre que ventar fortemente;
d) Não colocar excesso de carga no estrado, especialmente no meio do
vão entre os guinchos;
e) Evitar impactos no estrado, como pular ou deixar cair materiais;
f) Evitar a queda de peças ou ferramentas para o exterior do andaime,
amarrando o que for possível numa corda delgada ou depositando
pequenas peças em balde pendurado do lado interno do guarda-corpo;
g) Retirar diariamente a massa que cai nos tambores guinchos, antes que
endureça;
h) Não pendurar materiais (balde, galão de tinta, etc.) pelo lado externo de
seu guarda-corpo.
 Os cabos de tração devem ser mantidos na vertical e ter , no mínimo, 4
voltas enroladas nos tambores dos guinchos.
 A roldana-guia do cabo de tração deve ser mantida em bom estado, de
maneira a poder girar e desloca-se livremente em seu eixo, ficando seu
sulco livre para a passagem normal do cabo.
 Não é permitido o uso de corda de fibras naturais ou artificiais para
sustentação de andaimes suspenso.
 Quando houver serviços sobre andaimes suspensos no interior de caixa de
elevador, havendo dificuldades em se interromper outros serviços na
mesma prumada e risco de queda de materiais sobre o andaime,

163
recomenda-se instalar assoalho provisório em pavimento intermediário ou,
em último caso, montar cobertura provisória no andaime suspenso.

ANEXO I
FICHA DE ACIDENTE DO TRABALHO
Sem afastamento ( ) Com afastamento ( ) Fatal ( ) Doença do Trabalho ( ) Data __/__/__

NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO
Empresa:_________________________________________________________________________________________________________
CGC.:_________________________________________ Endereço (Sede/Matriz): ______________________________________________
__________________________________________________________________ CEP:__________________________________________
Cidade: ____________________________________________________________ UF: __________________________________________
Endereço do estabelecimento (do acidente): _____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________ CEP:_________________________________________
CGC do estabelecimento:______________________________________________ Cidade:____________________________ UF:________
SESMT no estabelecimento: Sim ( ) N o de Componentes: _____________________ Não ( )
CIPA no estabelecimento: Sim ( ) Não ( )
Análise deste acidente: Técnica de incidência ( ) Árvores de Falhas ( ) Categoria ou
Classe de Risco ( ) Outro, especifique: ________________________________________________________________________
Acidentado recebeu tratamento conforme item 18.28 da NR 18: Sim ( ) Não ( )

164
1. Dados Pessoais: 1.9. Fez exame médico pré-admissional:
1.1. Idade: ( )
Sim
Menos de 18 ( ) ( )
Não
De 18 a 20 ( )
De 21 a 25 ( )
1.10. Possui exames médicos periódicos atualizados:
De 26 a 30 ( ) ( )
Sim
De 31 a 40 ( ) ( )
Não
De 41 a 50 ( )
Mais de 50 ( )
2. Dados Profissionais:
2.1. Função
1.2. Sexo: ( )
Administração
Masculino ( ) ( )
Armador
Feminino ( ) ( )
Bombeiro/Encanador
( )
Carpinteiro
1.3. Natural ( )
Eletricista
Cidade:_____________________________ ( )
Encarregado/Mestre
UF: ________________________________ ( )
Mecânico/Montador
( )
Operador de equipamento
1.4. Estado Civil: ( )
Pedreiro/Estucador
Solteiro ( ) ( )
Pintor
Casado/Amasiado ( ) ( )
Servente
Divorciado/Separado ( )
Outro, especifique: _______________________
Viúvo ( )
2.2. Função anterior;
1.5. Número de Filhos ( )
A mesma
Nenhum ( ) ( )
Servente
1a2 ( ) ( )
Trabalhador rural
3a5 ( ) ( )
Nenhuma
6 a 10 ( )
Outra, especifique:________________________
Mais de 10 ( )
2.3. Tempo na função atual (ano):
1.6. Formação escolar ( )
Menos de 1
Analfabeto ( ) ( )
De 1 a 3
1o grau incompleto ( ) ( )
De 3 a 5
1o grau completo ( ) ( )
De 5 a 10
2o grau incompleto ( ) ( )
Mais de 10
2o grau completo ( )
Superior ( )
2.4. Tempo na empresa atual (ano):
( )
Menos de 1
1.7. Já sofreu outro acidente de trabalho? ( )
De 1 a 3
Não ( ) ( )
De 3 a 5
Sim – apenas 1 ( ) ( )
De 5 a 10
Sim – apenas 2 ( ) ( )
Mais de 10
Sim – mais de 2 ( )
2.5. Tempo de serviço na indústria da construção (ano):
1.8. Forma de recebimento do salário: ( )
Menos de 1
Horista ( ) ( )
De 1 a 3
Mensalista ( ) ( )
De 3 a 5
Produção/tarefa ( ) ( )
De 5 a 10
Outro, especifique:________________________ ( ) ( )
Mais de 10

165
2.6. Maior tempo de trabalho em mesma empresa (ano): 3.6. Agente da lesão
Menos de uma ( ) Andaime ( )
De 2 a 3 ( ) Peça portátil ( )
De 5 a 10 ( ) Piso ou parede ( )
Mais de 10 ( ) Ferramenta sem força motriz ( )
Máquina ou equipamento em movimento ( )
2.7. Em quantas empresas já trabalhou (incluindo esta): Prego ( )
Uma ( ) Descarga ou substância química ( )
De 2 a 3 ( ) Portas, portões, janelas, etc. ( )
De 3 a 5 ( ) Entulho, sucata ou resíduo ( )
De 5 a 10 ( ) Cerâmica, azulejos ou fórmica ( )
Mais de 10 ( ) Partículas ou aerodispersóides ( )
Embalagens ou recipientes ( )
2.8. Formação profissional: Temperatura ( )
Superior ( ) Pressão ( )
Técnico ( ) Ruído ( )
Profissionalizante SENAI/SESI ou similar ( ) Peça metálica ou vergalhão ( )
Outras, especifique: _________________________ Madeira (peça solta) ( )
Outra, especifique: _________________________
3. Dados do acidente:
3.1. Tipo de acidente: 3.7. Natureza da lesão:
( ) Irritação nos olhos ( )
Típico
( ) Laceração ( )
Trajeto
( ) Punctura ( )
Doença Profissional
Corte ( )
Escoriação ( )
3.2. Hora do acidente:
Contusão ( )
_____________: ___________h.
Hematoma ( )
Distensão ( )
3.3. Número de horas trabalhadas até o acidente:
Entorse ( )
_____________: ___________h.
Luxação ( )
Fratura ( )
3.4. Parte do corpo atingida:
( ) Amputação ( )
Cabeça (exceto olhos)
( ) Queimadura ( )
Olhos
( ) Lesões múltiplas ( )
Tronco
( ) Choque elétrico ( )
Membros superiores
( ) Morte ( )
Membros inferiores
( )
Sistemas e Aparelhos
( ) 3.8. No caso de acidente fatal, mencione a causa da
Múltiplas partes
morte:
_______________________________________________
3.5. Natureza do acidente:
( ) _______________________________________________
Impacto contra
( ) _______________________________________________
Impacto sofrido
( ) _______________________________________________
Queda com diferença de nível
( ) _______________________________________________
Queda em mesmo nível
( ) _______________________________________________
Aprisionamento ou prensagem
( ) _______________________________________________
Atrito ou abrasão
( ) _______________________________________________
Reação do corpo e seus movimentos
( ) ______________________________________
Esforço excessivo ou inadequado
( )
Exposição a energia elétrica
( ) 3.9. Procedimentos adotados para evitar nova ocorrência
Contato com temperatura extrema
( ) de acidente do trabalho:
Exposição a temperatura elevada
( ) _______________________________________________
Inalação ou ingestão de substância nociva
( ) _______________________________________________
Contato com substância nociva
( ) _______________________________________________
Afogamento
( ) _______________________________________________
Soterramento
( ) _______________________________________________
Transporte
( ) _______________________________________________
Exposição a ruído ou pressão
( ) _______________________________________________
Ataque de ser vivo
( ) _______________________________________
Corpo estranho
Outro, especifique:__________________________

Encaminhar para a FUNDACENTRO/CTN até 10 (dez) dias após o acidente, conforme subitem 18.32.1, da NR 18.
Rua Capote Valente, 710 – Pinheiros – São Paulo – SP – CEP: 05409-002
Preenchido por:
Nome:__________________________________________________________________ Data:_____________________________

Função:_________________________________________________________________ Visto: ____________________________

ANEXO II
RESUMO ESTATÍSTICO ANUAL – ANO:

166
NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Empresa:_________________________________________________________________________________
CGC.:_________________________________________ Endereço (Sede/Matriz): ______________________
______________________________________________ CEP:______________________________________
Cidade:_______________________________________ UF: ______________________________________

ITEM ASSUNTO UNIDADE DA FEDERAÇÃO

01 Total de homens/horas de trabalho no ano


02 Número de meses computados = N1
03 Número médio de trabalhadores no ano = N2
(N2 = soma total de trabalhadores a cada mês – N1)
04 Número de acidentados sem afastamento = N3
05 Número de acidentados com afastamento (até 15 dias) = N4
06 Número de acidentados com afastamento (acima de 15 dias) = N5
07 Total de dias perdidos (devido N4) = D1
08 Total de dias perdidos (devido N5) = D2
09 Total de dias debitados = D2
10 Total de acidentes fatais = F1
11 Total de horas/aulas de treinamento (conforme item 18.28, da NR 18) = T1
12 Número de trabalhadores treinados (devido a T1) = T2

Encaminhar par a FUNDACENTRO/CTN até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente, conforme
subitem 18.32.2, da NR 18.
Rua Capote Valente, 710 – Pinheiros – São Paulo – SP – CEP: 05409-002

Preenchido por:
Nome:_________________________________________________ Data:_____________________________

Função:________________________________________________ Visto: ____________________________

167
19.0 PROGRAMA EDUCATIVO
Cliente: CONSTRUTORA MASA INDÚSTRIA COMÉRCIO LTDA
Obra:

Objetivo: Informar ao novo colaborador as normas e procedimentos da empresa,


bem como, as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, tempo previsto 6
horas de duração.
Estratégia: O Técnico de Segurança ministra o Treinamento Introdutório, para todos
os novos colaboradores, conforme roteiro abaixo:

Itens a serem Abordados Sub-itens Tempo


1) Contato Social 1.1 – Apresentação 30’
2) Segurança do Trabalho 2.1– Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Normas Básicas em (CIPA) 10’
Obras 2.2 Acidente do Trabalho/Atos inseguros/ 30’
2.3 Equipamento de Proteção Individual (EPI) 10’
- Qualquer condição 2.4 Levantamento manual de peso 10’
insegura paralizar o 2.5 Arrumação, limpeza 10’
trabalho, e procurar o 2.6 Sinalização de segurança/Isolamento de Área 15’
responsável 2.7 Andaimes 10’
imediatamente. 2.8 Escadas e rampas 10’
- Emergência 2.9 Escavações 10’
2.10 Ferramentas manuais 20’
2.11 Máquinas e equipamentos 10’
2.12 Prevenção e combate a incêndios 30’
2.13 Primeiros Socorros 30’
2.14 Análise prévia de riscos/Mestres/Enc. 10’
2.15 Primeiros socorros 30’
3.1 – Não use material fora de sua finalidade 15’
3.2 – Não remova dispositivos de segurança
3) Pequenos lembretes 3.3 – Não deixe de usar EPI
Seg. Trabalho 3.4 – Não opere equipamento sem ser treinado e
3.5 – Não improvise
4.1 – Identidade funcional 05’
4.2 – Cartão de ponto 05’
4) Administração de 4.3 – Transporte 10’
interesse geral 4.4 – Cantina/Sanitários/Vestiário/Área p/ fumante 10’
4.5 – Horário de trabalho 05’
4.6 – Atendimento em caso de acidente, proc. o Enc. 10’
4.7 – Horário de Trabalho 05’

168
20.0 PROGRAMA DE REUNIÕES SEMANAIS

Semanalmente serão realizadas reuniões de segurança para todo o efetivo, as


quais terão como principal objetivo dar conhecimento dos procedimentos de
trabalho e seus itens de segurança afim de que se possa anular seus atos
inseguros.

Calendário de Reuniões de Segurança


Fonte de Consulta = Normas: NR 18, FUNDACENTRO E ABNT

Temas propostos

SETEMBRO Regras gerais básicas


Liberação de Serviços
Escavações
Concretagem

OUTUBRO EPI
Andaimes, inspeção, manutenção, montagem e desmontagem
Furadeira portátil
Proteção auditiva

NOVEMBRO Proteção respiratória


Proteção das mãos
Isolamento de áreas
Serra circular

DEZEMBRO Proteção dos pés


Levantamento de peças pesadas e equipamentos
Proteção dos olhos
Trabalhos com exposição a temperaturas extremas

JANEIRO Cinto de segurança


Escadas portáteis, controle e inspeções
Extintores
Armações de aço
FEVEREIRO Entradas em tanques e áreas confinadas
Chuveiro de segurança
Doenças venéreas
Primeiros Socorros

169
MARÇO Ergonomia
Lixadeiras
AIDS
Armazenamento e estocagem de materiais

ABRIL Tabagismo
Medidas de proteção em quedas
Alcoolismo
Conscientização de segurança

MAIO Tapumes
Esmeril
Ordem e limpeza
Inspeção, teste e manuseio de talhas, tirfor e moitão

JUNHO Sinalização de segurança


Proteção contra incêndio
Tapumes e galerias
Isolamento térmico

JULHO Ferramentas manuais


Medidas elétricas em circuito energizado
Importância de segurança
Prevenção de acidente na construção civil

Integração

Horários Para as Integrações de Novos Colaboradores.

Período da Manhã:
Das 8:00 às 10:00 hs.

Período da Tarde:
Das 14:00 às 16:00 hs.
P.C.M.A.T
(Programa de condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção)

PROGRAMA EDUCATIVO
OBRA: DATA:
MINISTRADO POR:

170
ASSUNTO:

NOME ASSINATURA

OBS.:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

DOURAODS, 25 DE MARÇO DE 2.003.

171
ANTONIO POLIDO JÚNIOR
ENGº SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA/MS 127.160/D – VISTO 10680 MS
REG. MTB. 9.638

172

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