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Programa de Educação

Continuada a Distância

e-book de
Acessibilidade

Aluno:

EAD - Educação a Distância


Parceria entre Portal Educação e Sites Associados
Curso de
Acessibilidade

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

1. Introdução
2. Lei da Acessibilidade Comentada
2.1 Acessibilidade
2.2 Barreiras
2.3 Pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida
2.4 Elemento da urbanização
2.5 Mobiliário urbano
2.6 Ajuda técnica
3. Acessibilidade digital
4. Links interessantes
5. Sites consultados

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MÓDULO I

1. Introdução

Promover a acessibilidade tem sido considerado um dos maiores desafios da


atualidade, buscando permitir que as pessoas portadoras de deficiências participem das
diversas atividades, desde o uso de produtos, passando por serviços e informação.
Entretanto, a abrangência do conceito de acessibilidade, conforme entendido por muitos
especialistas, deve incluir não só uma parcela da população, mas sim a extensão e
inclusão de todos os segmentos da população.
Durante muito tempo todo o planejamento urbano
não levou em consideração a necessidade de se adaptar as
vias e edificações urbanas para as pessoas portadoras de
deficiências. Entretanto, ao longo dos últimos anos a
arquitetura, especialmente no que tange ao urbanismo, vem
contribuindo muito para modificar o cenário urbano, em
especial, das grandes cidades. Entretanto, ainda estamos
longe do esperado e mais importante, do mínimo necessário
para atender, de forma eficiente e igualitária, uma parcela
significativa da população.
Ao longo do nosso curso estudaremos a Lei Nacional de Acessibilidade, além de
abordar diversos exemplos em que, como iniciativa e através da realização de uma
política séria é possível promover às pessoas portadoras de deficiência o acesso às
atividades comuns do dia a dia, garantindo a inclusão, o bem-estar e conforto para que
estas pessoas possam levar uma vida normal.

2. Lei da Acessibilidade Comentada

A Lei n° 10.098, de Dezembro de 2000, mais conhecida como Lei da


Acessibilidade, busca estabelecer em seu artigo 1° as normas gerais e os critérios
básicos para promover a acessibilidade de todas as pessoas portadoras de deficiência ou

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que apresentam mobilidade reduzida, indiferente de qual seja esta deficiência (visual,
locomotora, auditiva, etc), através da eliminação dos obstáculos e barreiras existentes nas
vias públicas, na reforma e construção de edificações, no mobiliário urbano e ainda nos
meios de comunicação e transporte. Existem alguns conceitos que devem ser entendidos
acerca da Lei da Acessibilidade para que o tema possa ser entendido de forma completa,
os quais são elencados no artigo 2° desta lei, a saber:

2.1 – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança


e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos
transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência
ou com mobilidade reduzida (Figura 1).

Figura 1: Coletivo urbano na cidade de Campo Grande/MS indicando adaptação para o transporte de
passageiros através do símbolo internacional para acessibilidade. Fotos: Caroline Leuchtenberger.

2.2 – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade
de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços


de uso público (Figura 2).

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Ex.: Falta de rampa de acesso para cadeirantes nas vias públicas (Figura 2); falta de
calçadas com guias para portadores de deficiência visual (Figura 3).

Figura 2: Imagem muito comum na maioria das cidades brasileiras, mostrando a despreocupação para com
os portadores de deficiência: falta de rampa de acesso à calçada. Um aspecto positivo da imagem é o
Telefone Público em altura menor para pessoas de baixa estatura. Foto: Carlos Rodrigo Lehn

b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos


e privados.
Ex.: Falta de banheiros com portas largas, que permitam o acesso para cadeirantes; falta
de rampas de acesso para cadeirantes em estabelecimentos públicos e privados.

c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transportes.


Ex.: Coletivos urbanos que não possuem elevador para cadeirantes.

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Figura 3: Calçado apresentando piso tátil para portadores de deficiência visual no município de Campo
Grande/MS. Foto: Carlos Rodrigo Lehn

d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou


impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou
sistemas de comunicação, sejam ou não de massa.

2.3 – pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: a que temporária


ou permanentemente tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de
utilizá-lo;

2.4 – elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais


como os referentes à pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos,
distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água,

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paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;

2.5 – mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos,
superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma
que sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos,
tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines telefônicas, fontes
públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

2.6 – ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o
acesso e o uso de meio físico.

Uma vez entendidos os termos mais comuns abordados na Lei da Acessibilidade,


fica mais fácil compreender o conjunto de capítulos e artigos que regem a mesma. Entre
os artigos mais “importantes” da Lei da Acessibilidade está o seu artigo 3°, que trata
especialmente sobre as diretrizes para a implantação de meios para promover a
acessibilidade, conforme segue o artigo na íntegra:

“O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e


dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e
executados de forma a torná-los acessíveis para as pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

Entretanto, ainda hoje, a maior parte das cidades brasileiras ainda não segue o
que estabelece a lei 10.098/2000, não proporcionando às pessoas portadoras de
deficiência física e ou mobilidade reduzida o acesso às repartições públicas e privadas, de
forma que estas possam levar uma vida, no mínimo, que esteja próxima da normalidade.
Algumas capitais, como é o caso de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso
do sul, possui cerca de 2/3 de sua frota de coletivos urbanos adaptada com elevadores e
espaço interno preferencial para os portadores de deficiência física. Entretanto, por trás
destes números existe um problema tão grande ainda longe de ser corrigido. Excetuando-
se a zona central da cidade, os bairros ainda carecem de uma infraestrutura que facilite a

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locomoção dos portadores de deficiência, como por exemplo, calçadas pelas quais os
cadeirantes e deficientes visuais possam andar tranquilamente.
Já o artigo 4° chama atenção para os elementos da urbanização em vias públicas,
conforme integralmente é apresentado:

“As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso públicos


existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e
mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem
de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no
sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.”

Dessa forma, conforme aborda o artigo 5°, todos os espaços públicos devem
estar adaptados de forma a proporcionar conforte e bem-estar aos portadores de
deficiência e mobilidade reduzida.

O artigo 5° trata o seguinte, conforme segue:

“O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e


privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e
as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de
veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros
estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.

Um exemplo comum ao qual se aplica este artigo refere-se às rampas de acesso


que devem estar presentes principalmente em esquinas de vias públicas, conforme pode
ser observado na figura a seguir (Figura 4).

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Figura 4: Esquinas em via pública possuindo rampas de acesso aos portadores de deficiência e mobilidade
reduzida. Foto: Carlos Rodrigo Lehn

É muito comum observar que algumas vias públicas possuem rampa de acesso
em apenas uma das esquinas. Em outros casos, é possível notar que muitas pessoas
demonstram um descuido total, estacionando os seus veículos em locais proibidos,
impedindo que cadeirantes possam utilizar as rampas livremente.
Habitualmente, como ocorre em supermercados, são colocadas barras de ferro,
que tem como principal finalidade impedir que carrinhos de compras sejam “levados” pela
população (Fig. 5). Ao implantar as barras de ferro, a funcionalidade da rampa de acesso
é totalmente bloqueada, tornando esta estrutura inutilizada com relação ao fim que se
destina.

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Figura 5: Rampa de acesso em supermercado, bloqueada com a implantação de barras de ferro,
dificultando o acesso de deficientes e portadores de deficiência e mobilidade reduzida. Foto adaptada de
www.clicrbs.com.br – Blog sem barreiras.

Um dado interessante ao qual muitas pessoas


não têm acesso refere-se ao número de portadores de
deficiência no Brasil, o que corresponde a cerca de 15%
da população, ou seja, em torno de 25 milhões de
pessoas, dos quais grande parte necessita de cadeira de
rodas para a sua locomoção.

Além disso, cabe ressaltar que a maior parte destas pessoas possui uma vida
extremamente ativa, trabalhando e estudando, necessitando utilizar as vias públicas e
transporte coletivo para realizar suas tarefas diárias. Da mesma forma que os espaços
públicos, banheiros públicos devem apresentar adaptações que promovem a
acessibilidade, conforme apresentado no artigo 6°:

“Os banheiros de uso público existentes ou a construir em


parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser
acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um
lavatório que atendam às especificações das normas técnicas

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da ABNT.”

Segundo a norma NBR 9050*, os banheiros públicos e sanitários devem


apresentar dimensões que permitam o fácil acesso de pessoas portadoras de deficiência
física ou mobilidade reduzida. Além disso, estes sanitários devem estar sinalizados de
acordo com a Simbologia Internacional para os Sanitários (Figura 6).

Figura 6: Exemplos da Simbologia Internacional utilizada em Sanitários públicos e privados, cuja utilização
no Brasil segue recomendação da NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT.

Além disso, existem alguns aspectos importantes relacionados com as dimensões


da porta que dá acesso aos sanitários adaptados para os portadores de deficiência, em
especial para os cadeirantes. A maçaneta deve estar em altura variando entre 0,9 m e 1,1
m. A base da porta deve obrigatoriamente apresentar um revestimento resistente a
impactos, já que por muitas vezes o cadeirante precisará encostar sua cadeira de rodas
junto a porta para alcançar a maçaneta.
Além da maçaneta, esta porta deve apresentar também um puxador horizontal,
com cerca de 40 cm de extensão (Fig. 7). Para evitar qualquer tipo de acidente, o puxador
horizontal deve estar posicionado a um mínimo de 10 cm da dobradiça da porta.

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* Norma que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando da construção, instalação e
adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

Figura 7: Adaptações estabelecidas para sanitários públicos privados para permitir o acesso de portadores
de deficiência física ou mobilidade reduzida, segundo recomendação da NBR 9050 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas/ABNT.

Existem ainda alguns aspectos que merecem ser mencionados, no que tange às
adaptações em sanitários e que podem ser consultados no seguinte endereço eletrônico:

http://www.mpdft.gov.br/sicorde/NBR9050-31052004.pdf

Em todas as áreas destinadas ao estacionamento de veículos, localizadas em


vias urbanas, espaços públicos e privados, deverão ser reservadas vagas próximas dos
acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que
transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção, conforme
estabelecido pelo artigo 7° da Lei da Acessibilidade (Figura 8).
Todos os veículos que devidamente ocuparem estes lugares estarão sujeitos à

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multa e poderão ser guinchados. Para evitar tais problemas, é importante que os veículos
adaptados para deficientes ou ainda pessoas com mobilidade reduzida estejam
identificados com um adesivo contendo o Símbolo Internacional da Acessibilidade.

Figura 8: Estacionamento reservado para deficientes físicos e portadores de mobilidade reduzida. Reparem
que no chão existe uma pintura com o Símbolo Internacional da Acessibilidade. Foto: Carlos Rodrigo Lehn

Em se tratando das vias públicas, existem outros aspectos importantes que


devem ser considerados. Quando a porta do veículo guiado por portador de deficiência
física abrir junto ao sentido da circulação, a vaga deve ser reservada em local com baia
avançada sobre o passeio (Fig. 9) nas proximidades de uma rampa de acesso. Quando o
mesmo ocorre em lado oposto ao sentido da circulação, a vaga deve estar junto ao local
com passeio rebaixado (Fig. 10).
Segundo a NBR 9050/2004 deve-se respeitar a seguinte quota de
estacionamentos reservados aos portadores de deficiência:

¾ Até 10 vagas – nenhuma vaga para portador de deficiência

¾ De 11 a 100 vagas – 1 vaga destinada a portador de deficiência

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¾ Acima de 100 – 1% das vagas destinadas a portador de deficiência.

Figura 9: Vagas para estacionamento avançadas no passeio, segundo recomendação da NBR 9050 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT.

Figura 10: Vagas para estacionamento com passeio rebaixado, segundo recomendação da NBR 9050 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT.

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Em seu artigo 11 a Lei da Acessibilidade dispõe, resumidamente, que os edifícios
de uso privado deverão proporcionar alterações que facilitem o acesso das pessoas
portadoras de deficiência física ou mobilidade reduzida. Em outros termos, significa dizer
que todas as edificações, em todas as cidades brasileiras, sem exceção, deverão
adaptar-se de forma a proporcionar o que a Lei em si estabelece.
Existem diversos exemplos de órgãos públicos que no Brasil modificaram suas
edificações de forma a proporcionar as condições mínimas necessárias para que estas
pessoas tenham certo conforto ao acesso e utilizem suas dependências e serviços.
Podemos citar como exemplos positivos o Banco do Brasil (Figura 11) e da mesma forma
a Caixa Econômica Federal (Figura 12). Neste último caso, inclusive, as agências estão
adaptadas e permitem – como não poderia sê-lo de outra maneira – que deficientes
visuais adentrem às suas instalações acompanhados de cão-guia.
A Lei da Acessibilidade, como ficou conhecida a lei 10.098/2000, é constituída por
10 capítulos e 27 artigos, que tornam obrigatórias modificações nos espaços e edificações
urbanas, para que todos possam simplesmente levar uma vida comum e sem barreiras. O
texto completo, em vigor há quase uma década no Brasil, pode ser consultado na íntegra,
conforme segue o link:

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L10098.htm

Mesmo datando aproximadamente 10 anos da aprovação da Lei da


Acessibilidade, poucas são as cidades que realmente mostram comprometimento com a
causa e com a legislação, mais do que isso, trata-se na verdade de comprometer-se com
a qualidade de vida dos portadores de deficiência e mobilidade reduzida. Durante muito
tempo estas pessoas viveram à margem de uma sociedade preconceituosa e que
somente com muita luta alguns aspectos no cenário nacional vêm se modificando nos
últimos anos, mas ainda longe do que podemos considerar uma condição ideal.

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Figura 11: Caixa Eletrônico em altura reduzida para portadores de baixa estatura e piso tátil para portadores
de deficiência visual.

Figura 12: Agência da Caixa Econômica Federal, mostrando a permissibilidade para acessar a agência com
cão-guia e ainda a presença de piso tátil, tanto externa quanto internamente à agência. Foto: Carlos
Rodrigo Lehn.

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3. Acessibilidade Digital

Entende-se por acessibilidade digital a capacidade que um produto possui de ser


o máximo possível flexível, a ponto de atender toda uma demanda mercadológica para o
maior contingente possível de pessoas, além disso, ser compatível com tecnologias
utilizadas por àquelas pessoas portadoras de necessidades especiais.
Em se tratando da rede mundial de computadores, a WEB, entende-se ao utilizar
o termo acessibilidade que qualquer pessoa – indiferente do tipo de tecnologia de
navegação que esteja utilizando – que tenha capacidade de promover a interação com
qualquer site acessado de forma que compreenda integralmente todo o conteúdo e
informações nele disponibilizados.
Poucas pessoas percebem que existem diversas situações com as quais
portadores de deficiências podem se deparar ao se utilizar dos recursos oferecidos pelo
uso do meio digital. Justamente buscando identificar quais seriam estas situações que o
Consórcio para a Web (World Wide Web Consorcium), popularmente conhecido como
W3C, em um esforço conjunto com a WAI (Iniciativa para a Acessibilidade na Rede)
elencou tais situações para que estas barreiras possam ser eliminadas. As situações
verificadas foram as seguintes:

1. Incapacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, ou grande dificuldade – quando não há


impossibilidade – de interpretar certos tipos de informação.

2. Dificuldade visual para ler ou compreender textos.

3. Incapacidade para usar o teclado ou o mouse, ou não dispor deles.

4. Insuficiência de quadros, apresentando apenas texto ou dimensões reduzidas, ou uma


ligação muito lenta à Internet.

5. Dificuldade para falar ou compreender, fluentemente, a língua em que o documento foi


escrito.

6. Ocupação dos olhos, ouvidos ou mãos, por exemplo, ao volante a caminho do


emprego, ou no trabalho em ambiente barulhento.

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7. Desatualização, pelo uso de navegador com versão muito antiga, ou navegador
completamente diferente dos habituais, ou por voz ou sistema operacional menos
difundido.

Atualmente o W3C vem realizando novas observações a fim de verificar novas


situações que podem dificultar o acesso à utilização da web. Dessa forma, é importante
ressaltar que para que os projetos dos ambientes possam ser considerados
potencializadores da acessibilidade, devem obrigatoriamente apresentar respostas
simultâneas a vários conjuntos de deficiências ou incapacidades e, desta forma, ao
universo de pessoas que utilizam a web.
Hoje em dia existe uma infinidade de ferramentas que visam promover a
acessibilidade digital para as pessoas que possuem deficiência visual. Entretanto, na
grande maioria dos casos trata-se de softwares proprietários e que possuem um custo
elevado para a aquisição.
Entre as ferramentas gratuitas está o DOSVOX, software desenvolvido pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Figura 13). Trata-se de um conjunto de
programas que tem como finalidade promover a acessibilidade digital utilizando um
sintetizador de voz em português, operando apenas sobre sistemas operacionais
proprietários.

Figura 13: Tela principal do Dosvox, disponível em www.intervox.nce.ufrj.br.

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4. Links Interessantes

4.1 Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 9050:


http://www.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR9050-31052004.pdf.

4.2 Acessibilidade Brasil: http://www.acessobrasil.org.br.

4.3 Acessibilidade Legal: http://www.acessibilidadelegal.com.

4.4 Trabalho Especial & Acessibilidade: http://www.acessibilidade.org.br.

4.5 Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Acessibilidade.

5. Sites Consultados

ABNT. Disponível em: <http://www.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR9050-


31052004.pdf>. Acesso em: 04 jul. 2009.

Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Acessibilidade>. Acesso em: 04 jul.


2009.

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