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CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
E DE COMPUTAÇÃO
ii
DESENVOLVIMENTO DE ESTRUTURAS INTEGRADAS DE
FILTROS E ANTENAS PARA APLICAÇÕES EM SISTEMAS DE
COMUNICAÇÕES SEM FIO
iii
A minha avó, Benedita Ramalho dos Santos (in memorian).
iv
AGRADECIMENTOS
v
RESUMO
This paper presents a study of the integration of filters and microstrip antennas, yielding
devices named as filtennas for applications in wireless communications systems. The
design of these structures is given from the observation of filtennas based integration
between horn antennas and frequency selective surfaces (FSS), used in the band X. The
choice of microstrip line structures for the development of a new configuration filtennas
justifies the wide application of these transmission lines, in recent decades, always
resulting in the production of circuit structures with planar light-weight, compact size,
low cost, easy to construct and particularly easy to integrate with other microwave
circuits. In addition, the antenna structure considered for the composition of filtennas
consists of a planar monopole microstrip to microstrip filters integrated in the feed line
of the antenna. In particular, are considered elliptical monopole microstrip (operating in
UWB UWB) microstrip filters and (in structures with associated sections in series and /
or coupled). In addition, the monopole microstrip has a proper bandwidth and omni-
directional radiation pattern, such that its integration with microstrip filters results in
decreased bandwidth, but with slight changes in the radiation pattern. The methods used
in the analysis of monopoles, and filters were filtennas finite elements and moments by
using commercial software Ansoft Designer and HFSS Ansoft, respectively.
Specifically, we analyze the main characteristics of filtennas, such as radiation pattern,
gain and bandwidth. Were designed, constructed and measures, several structures
filtennas, for validation of the simulated results. Were also used computational tools
(CAD) in the process of building prototypes of planar monopoles, filters and filtennas.
The prototypes were constructed on substrates of glass-fiber (FR4). Measurements were
performed at the Laboratory for Telecommunications UFRN. Comparisons were made
between simulated and measured, and found good agreement in the cases considered.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS x
LISTA DE TABELAS xiii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS xiv
Capítulo 1 - Introdução 16
1.1 - Considerações iniciais 16
1.2 - Motivação 17
1.4 - Organização do texto 18
Capítulo 2 - Filtros 19
2.1 - Introdução 19
2.2 - Tipos de filtros 20
2.2.1 - Filtros passa-baixa 20
2.2.2 - Filtros passa-alta 21
2.2.3 - Filtros passa-faixa 21
2.2.4 - Filtros rejeita-faixa 22
2.3 - Filtros em microfita 23
2.3.1 - Introdução 23
2.3.2 - Linhas de microfita 24
2.3.3 – Transformação de elementos 28
2.3.3.1 – Passa-baixa 29
2.3.3.2 – Passa-alta 29
2.3.3.3 – Passa-faixa 30
2.3.3.4 – Rejeita-faixa 31
2.3.4 - Implementação de filtros 32
2.3.4.1 - Transformação de Richard 33
2.3.4.2 - Identidade de Kuroda 34
2.4 - Conclusão 38
viii
Capítulo 3 - Antenas de microfita 39
3.1 - Introdução 39
3.2 - Métodos de análise 41
3.2.1 - Método dos momentos (MoM) 41
3.2.2 - Método dos elementos finitos (FEM) 43
3.3 - Monopolos planares 44
3.4 - Monopolo planar elíptico 44
3.5 - Conclusão 45
Capítulo 4 - Resultados teóricos e experimentais 46
4.1 - Introdução 46
4.2 - Comparações de resultados 47
4.3 - Conclusão 64
Capítulo 5 - Conclusão 65
Referências 67
ix
LISTA DE FIGURAS
x
elementos concentrados (Figura 2.21) e (b) microfita (Figura 2.22)
xi
Figura 4.17 Comparação dos dados simulados e medidos do Filtro 5 e foto do 53
protótipo
Figura 4.18 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 6 e seu 54
respectivo protótipo
Figura 4.19 Diagrama 2D Filtenna 6 em ϕ = 0º e 90º 54
Figura 4.20 Diagrama 3D Filtenna 6 54
Figura 4.21 Comparação dos dados simulados e medidos da Antena 7 e seu 55
respectivo protótipo
Figura 4.22 Diagrama 2D da Antena 7 em ϕ = 0º e 90º 55
Figura 4.23 Diagrama 3D da Antena 7 55
Figura 4.24 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 8 e foto do 56
protótipo
Figura 4.25 Diagrama 2D Filtenna 8 em ϕ = 0º e 90º 56
Figura 4.26 Diagrama 3D Filtenna 8 56
Figura 4.27 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 9 e foto do 57
protótipo
Figura 4.28 Diagrama 2D Filtenna 9 em ϕ = 0º e 90º 57
Figura 4.29 Diagrama 3D Filtenna 9 57
Figura 4.30 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 10 e foto do 58
protótipo
Figura 4.31 Diagrama 2D Filtenna 10 em ϕ = 0º e 90º 58
Figura 4.32 Diagrama 3D Filtenna 10 58
Figura 4.33 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 11 e foto do 59
protótipo
Figura 4.34 Diagrama 2D Filtenna 11 em ϕ = 0º e 90º 59
Figura 4.35 Diagrama 3D Filtenna 11 59
Figura 4.36 Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 12 e seu 60
respectivo protótipo
Figura 4.37 Diagrama 2D Filtenna 12 em ϕ = 0º e 90º 60
Figura 4.38 Diagrama 3D Filtenna 12 60
xii
LISTA DE TABELAS
xiii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
ε permissividade elétrica
εr permissividade elétrica relativa
εre permissividade elétrica efetiva
μ permeabilidade magnética
η impedância característica do meio
λ comprimento de onda
R resistência
C capacitância
L indutância
fc frequência de corte
W largura da linha de microfita
h altura do substrato dielétrico
t espessura da linha de microfita
l comprimento da linha de transmissão
r raio do círculo
ρ distância do plano de terra ao patch condutor
ω0 frequência angular central
ω1 frequência angular inferior
ω2 frequência angular superior
ΩC frequência angular normalizada
LS indutância em série
CS capacitância em série
LP indutância em paralelo
CP capacitância em paralelo
XL reatância do indutor
BC susceptância do capacitor
Zc impedância do circuito
BW bandwidth
ECM equivalent circuit modeling
TEM transverse electromagnetic
xiv
TLM transmission line model
MoM method of moments
FEM finite element method
xv
Capítulo 1
Introdução
16
seletivas de frequência (FSS) acopladas com antenas do tipo corneta, o emprego de
filtros (isolados/acoplados) integrados às linhas de alimentação de antenas, a
incorporação de filtros nos patches condutores (ou nos planos de terra) de antenas de
microfita (ou similares) e a utilização de dispositivos ativos conectados às antenas [28]-
[35].
Neste projeto, são consideradas as antenas do tipo monopolo. A partir da
geometria de antena escolhida, especifica-se a resposta em frequência desejada,
usualmente de banda ultralarga (UWB). Em seguida, são analisadas as estruturas dos
filtros, sendo definida a faixa de frequência de operação de projeto, assim como a
natureza (rejeição ou transmissão), em função da resposta desejada para a filtenna.
Neste trabalho, a estrutura escolhida para o projeto da filtenna resulta do acoplamento
do filtro de microfita à antena monopolo através da linha de alimentação/excitação do
monopolo planar, objetivando minimizar as alterações na resposta isolada da antena, na
faixa desejada. Especificamente, o filtro de microfita é conectado no início da linha de
alimentação da antena monopolo de microfita.
1.2 Motivação
17
acoplamento entre as estruturas é investigado. Especificamente, objetiva-se aproveitar a
característica de radiação omnidirecional da antena monopolo isolada, assim como
reduzir a sua largura de banda ao valor desejado de projeto e da aplicação de interesse.
Esta dissertação está dividida em cinco capítulos, nos quais são mostradas as
estruturas consideradas, descritas a fundamentação teórica e as metodologias adotadas
(de projeto e construção), além de apresentados e discutidos os resultados obtidos
(simulados e medidos).
O capítulo 2 apresenta resumidamente a teoria básica de filtros dos tipos passa-
baixa, passa-alta, passa-banda e rejeita-faixa, sendo considerados circuitos com
elementos concentrados e distribuídos (no caso de microfita).
O capítulo 3 é dedicado ao projeto, à simulação de linhas de transmissão e
antenas de microfita, sendo dada ênfase ao desenvolvimento de antenas monopolos de
microfita, com elemento patch condutor na forma de elipse.
O capítulo 4 mostra os resultados (simulados e medidos) obtidos para cada
geometria de antena, filtro e filtenna consideradas. Esses resultados são comparados e
discutidos. Também são efetuadas comparações entre as respostas em frequência das
filtennas e das antenas de monopolos (consideradas isoladamente), especialmente em
relação aos diagramas de radiação obtidos.
O capítulo 5 apresenta as conclusões principais extraídas deste trabalho, assim
como algumas sugestões para a sua continuidade.
18
Capítulo 2
Filtros
2.1 - Introdução
19
O desenvolvimento de novas configurações de filtros, em estruturas planares (como
as de microfita), é parte essencial tanto ao desenvolvimento de novas tecnologias para
sistemas de comunicações, como ao desenvolvimento de novos dispositivos handsets
[12], [13].
1
𝑓𝑐 = (2.1)
2𝜋𝑅𝐶
XBP1
IN OUT
R1
50 Ω
C1
V1 1.33pF
Figura 2.1 – Esquema de um filtro passa-baixa Figura 2.2 - Comportamento do filtro passa-baixa
20
2.2.2 - Filtros passa-alta
Os filtros passa-alta são dispositivos, ou circuitos, que permitem apenas a
transmissão de sinais de frequências acima da frequência de corte, impedindo a
transmissão dos sinais de frequências inferior. O circuito equivalente (típico) deste tipo
de filtro é apresentado na Figura 2.3.
As respostas em frequência dos filtros passa-baixa, geralmente representam o
comportamento do coeficiente de transmissão (em dB) em função da frequência, sendo
assemelhadas à apresentada na Figura 2.4.
A frequência de corte deste tipo de filtro pode ser calculada através da expressão
dada em (2.1), quando os valores dos elementos concentrados do circuito (Figura 2.3)
forem conhecidos. Estes valores são obtidos das respostas em frequência, quando a
atenuação associada à transmissão do sinal apresenta uma redução de -3 dB.
O projeto de filtros mais seletivos, de alta ordem, requer o uso de um número maior
de elementos, associados em cascata [14]. Muito usado em altas frequências, esse tipo
de filtro também é muito empregado em estúdios de mixagem de áudio, para fins de
equalização do sinal, eliminar ruído da rede elétrica, etc.
XBP1
IN OUT
C1
1.33pF R1
V1 50 Ω
Figura 2.3 – Esquema de um filtro passa-alta Figura 2.4 - Comportamento do filtro passa-alta
1
𝑓𝑐 = (2.2)
2𝜋√𝐿𝐶
XBP1
IN OUT
C1 L1
1.33pF 3.3nH
R1
V1 50 Ω
Figura 2.5 – Esquema de um filtro passa-faixa Figura 2.6 - Comportamento do filtro passa-faixa
22
As respostas em frequência dos filtros rejeita-faixa, geralmente representam o
comportamento do coeficiente de transmissão (em dB) em função da frequência, sendo
assemelhadas à ilustrada na Figura 2.8.
A frequência central deste tipo de filtro pode ser calculada através da expressão
dada em (2.2), quando os valores dos elementos concentrados do circuito (Figura 2.7)
forem conhecidos. Analogamente, esses valores são obtidos das respostas em
frequência, quando a atenuação associada à transmissão do sinal apresenta uma redução
de -3 dB, que representa atenuação de 50% da potência de entrada.
XBP1
IN OUT
R1
50 Ω
L1
3.3nH
V1 C1
1.33pF
Figura 2.7 – Esquema de um filtro rejeita-faixa Figura 2.8 - Comportamento do filtro rejeita-faixa
2.3.1 - Introdução
24
Na linha de microfita, a propagação de ondas se dá na direção do seu eixo principal,
ao longo da estrutura. Os campos elétrico e magnético se concentram na região abaixo
da fita condutora, mas se distribuem em toda a região dielétrica (que não é homogênea)
constituída por ar (região acima da fita condutora) e pelo material do substrato
dielétrico.
Devido à sua constituição, a microfita não pode propagar uma onda TEM, apenas
com componentes transversais dos campos não nulas, e a velocidade de propagação não
depende apenas da permissividade, εr, e da permeabilidade, µ, do material dielétrico. A
não homogeneidade da região dielétrica, composta pelo substrato dielétrico e pelo ar,
acarreta o surgimento de componentes longitudinais dos campos elétrico e magnético, e
em consequência a velocidade de propagação dependerá das dimensões da microfita e
das propriedades do substrato dielétrico.
Quando as componentes longitudinais dos campos elétrico e magnético (associados
ao modo de propagação em uma linha de microfita) são muito menores que as
componentes transversais, elas podem ser desprezadas. Neste caso, as características do
modo de propagação se aproximam das de um modo TEM. Isto permitiu definir o
modelo de análise conhecido como “aproximação quase-TEM”, que é válida
especialmente para a faixa de frequências inferiores de micro-ondas (1 a 10 GHz).
Em geral, na confecção de circuitos de microfita a espessura da fita condutora é
muito fina (12 m), o que permitiu considerar um segundo tipo de aproximação, a de
que ela é desprezível (t→0). Nestas condições, a permissividade relativa efetiva, re, e a
impedância característica da microfita, Zc, podem ser expressas, para W/h ≤ 1, como
[13], [14]:
𝜀𝑟 + 1 𝜀𝑟 − 1 ℎ −0,5 𝑊 2
𝜀𝑟𝑒 = + [(1 + 12 ) + 0,04 (1 − ) ] (2.3)
2 2 𝑊 ℎ
𝜂 8ℎ 𝑊
𝑍𝑐 = ln ( + 0,25 ) (2.4)
2𝜋√𝜀𝑟𝑒 𝑊 ℎ
25
−1
𝜂 𝑊 𝑊
𝑍𝑐 = [ + 1,393 + 0,677 ln ( + 1,444)] (2.6)
√𝜀𝑟𝑒 ℎ ℎ
8𝑒 𝐴
𝑊 2𝐴 − 2
; 𝑊 ⁄ℎ < 2
= 𝑒 (2.7)
ℎ 2 𝜀𝑟 − 1 0,61
{𝐵 − 1 − ln(2𝐵 − 1) + [ln(𝐵 − 1) + 0,39 − ]} ; 𝑊 ⁄ℎ > 2
{𝜋 2𝜀𝑟 𝜀𝑟
onde,
𝑍0 𝜀𝑟 + 1 𝜀𝑟 − 1 0,11
𝐴= √ + (0,23 + ) (2.8)
60 2 𝜀𝑟 + 1 𝜀𝑟
377𝜋
𝐵= (2.9)
2𝑍0 √𝜀𝑟
26
Figura 2.11 - Descontinuidade de microfita em step e seu circuito equivalente.
𝐿𝑤1 𝐿𝑤2
𝐿1 = 𝐿, 𝐿2 = 𝐿 (2.11)
𝐿𝑤1 + 𝐿𝑤2 𝐿𝑤1 + 𝐿𝑤2
√𝜀𝑟𝑒𝑖
𝐿𝑤𝑖 = 𝑍𝑐𝑖 (2.12)
𝑐
2
𝑍𝑐1 𝜀𝑟𝑒1
𝐿 = 0,000987ℎ (1 − √ ) (𝑛𝐻) (2.13)
𝑍𝑐2 𝜀𝑟𝑒2
𝐶
(𝑝𝐹 ⁄𝑚)
𝑊
(14𝜀𝑟 + 12,5) 𝑊 ⁄ℎ − (1,83𝜀𝑟 − 2,25) 0,02𝜀𝑟
+ ; 𝑊 ⁄ℎ < 1
={ √𝑊 ⁄ℎ 𝑊 ⁄ℎ (2.14)
(9,5𝜀𝑟 + 1,25) 𝑊 ⁄ℎ + 5,2𝜀𝑟 + 7 ; 𝑊 ⁄ℎ ≥ 1
𝐿 𝑊
(𝑛𝐻 ⁄𝑚) = 100 (4√ − 4,21) (2.15)
ℎ ℎ
𝑔0 = 1.0
(2𝑖 − 1)𝜋
𝑔𝑖 = 2 sin [ ] (2.16)
2𝑛
𝑔𝑛+1 = 1.0
Figura 2.13 – Circuitos equivalentes para os modos pares e ímpares de filtros do tipo passa-baixa
28
Tabela 2.1 - Tabela de valores para projetos de filtros ótimos do tipo rejeita-faixa de
ordem n = 5 [13].
FBW g1 = g5 g2 = g4 g3 J1,2 = J4,5 J2,3 = J3,4
0,3 0,23850 0,42437 0,45444 0,92798 0,90213
0,4 0,32455 0,58273 0,62307 0,87068 0,83818
0,5 0,41542 0,75293 0,80324 0,81413 0,77611
0,6 0,51385 0,93717 0,99711 0,75705 0,71472
0,7 0,62178 1,14215 1,21166 0,70221 0,65683
0,8 0,74624 1,38212 1,46326 0,64418 0,59700
0,9 0,87071 1,62166 1,71464 0,59299 0,54475
1,0 1,01167 1,89960 2,00417 0,54092 0,49299
1,1 1,20308 2,26455 2,38104 0,48338 0,43663
1,2 1,40157 2,66645 2,79799 0,42804 0,38305
1,3 1,68069 3,19873 3,36796 0,37569 0,33651
1,4 2,00690 3,84473 4,02293 0,32252 0,28580
1,5 2,47075 4,74882 4,96115 0,26871 0,23694
2.3.3.1 – Passa-baixa
No projeto de um filtro passa-baixa, o cálculo da indutância e de capacitância, por
unidade de comprimento da linha, pode ser efetuado através de (2.17) a (2.19) [13],
após a escolha do conjunto de valores para o projeto de filtros ótimos, na Tabela 2.1, a
representação da transformação está expressa na Figura 2.14.
Ω𝑐
𝐿=( )𝛾 𝑔 (2.17)
𝜔𝑐 0
Ω𝑐 𝑔
𝐶=( ) (2.18)
𝜔𝑐 𝛾0
𝑍0⁄
𝑔0 → 𝑔0 → 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟
𝛾0 = { (2.19)
𝑍0 𝑔0 → 𝑔0 → 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟
29
Figura 2.14 - Transformações usadas na conversão de um filtro passa-baixa
2.3.3.2 – Passa-alta
O projeto de um filtro passa-alta segue as etapas apresentadas no item anterior, para
o projeto de filtro passa-baixa. Entretanto, neste caso, o cálculo da indutância e de
capacitância, por unidade de comprimento da linha, pode ser efetuado através de (2.20)
e (2.21) [13], a representação da transformação está expressa na Figura 2.15.
1 1
𝐶=( ) (2.20)
𝜔𝑐 Ω𝑐 𝛾0 𝑔
1 𝛾0
𝐿=( ) (2.21)
𝜔𝑐 Ω𝑐 𝑔
30
2.3.3.3 – Passa-faixa
A Figura 2.16 mostra as transformações necessárias para o projeto de um filtro
passa-faixa a partir de um filtro passa-baixa, a representação da transformação está
expressa na Figura 2.16, sendo que [13]:
Ω𝑐 𝜔 𝜔0
Ω= ( − ) (2.22)
𝐹𝐵𝑊 𝜔0 𝜔
𝜔2 − 𝜔1
𝐹𝐵𝑊 = (2.23)
𝜔0
𝜔0 = √𝜔1 𝜔2 (2.24)
Ω𝑐
𝐿𝑠 = ( )𝛾 𝑔 (2.25)
𝐹𝐵𝑊𝜔0 0
𝐹𝐵𝑊 1
𝐶𝑠 = ( ) (2.26)
𝜔0 Ω𝑐 𝛾0 𝑔
Ω𝑐 𝑔
𝐶𝑝 = ( ) (2.27)
𝐹𝐵𝑊𝜔0 𝛾0
𝐹𝐵𝑊 𝛾0
𝐿𝑝 = ( ) (2.28)
𝜔 0 Ω𝑐 𝑔
31
2.3.3.4 – Rejeita-faixa
A Figura 2.17 mostra as transformações necessárias para o projeto de um filtro
rejeita-faixa, sendo que [13]:
Ω𝑐 𝐹𝐵𝑊
Ω= (2.30)
(𝜔0 ⁄𝜔 − 𝜔⁄𝜔0 )
1 1
𝐶𝑝 = ( ) (2.31)
𝐹𝐵𝑊𝜔0 Ω𝑐 𝛾0 𝑔
Ω𝑐 𝐹𝐵𝑊
𝐿𝑝 = ( ) 𝛾0 𝑔 (2.32)
𝜔0
1 𝛾0
𝐿𝑠 = ( ) (2.33)
𝐹𝐵𝑊𝜔0 Ω𝑐 𝑔
Ω𝑐 𝐹𝐵𝑊 𝑔
𝐶𝑠 = ( ) (2.34)
𝜔0 𝛾0
33
2.3.4.2 - Identidade de Kuroda
34
A Figura 2.20 mostra a representação em termos de seções de linhas de transmissão
e stubs para o primeiro caso da Tabela 2.2. Neste caso, Z1 e Z2 são impedancias
características de linhas de transmissão em stubs.
sendo Ω = tanl.
sendo Ω = tanl.
35
enquanto que, para um stub terminado por um curto-circuito, a matriz de transmissão
[ABCD] é dada por:
Ω𝑍2
1 𝑗 Ω𝑍
𝐴 𝐵 n2 1 𝑗 1 1
[ ] = [ n2 ]
𝐶 𝐷𝑅 𝑗Ωn2 2
1 0 1 √1 + Ω
[ 𝑍2 ]
Ω
1 𝑗 (𝑍 + 𝑍2 )
1 n2 1
= 2 (2.40)
√1 + Ω2 𝑗Ωn 1 − Ω2
𝑍1
[ 𝑍2 𝑍2 ]
sendo Ω = tanl.
XBP1
IN OUT
R1 L1 L2
50 Ω 8.209nH 8.209nH
C1
3.652pF R2
V1 50 Ω
36
Port1 Port2
Figura 2.22 – Configuração de um filtro passa-baixa de microfita, com elementos em série (step-
impedance), correspondente ao circuito com elementos concentrados mostrado na Figura 2.19
(a) (b)
Figura 2.23 - Respostas em frequência do filtro passa-baixa na configuração de: (a) elementos
concentrados (Figura 2.21) e (b) filtro em microfita (Figura 2.22)
37
2.4 – Conclusão
Neste capítulo, foi apresentada a formulação técnica para projetos de filtros usados
em Eletrônica e Telecomunicações.
Foram apresentadas as equações de projeto e os circuitos equivalentes de seções de
linhas de microfita, de suas descontinuidades e stubs, além da representação através da
matriz de transmissão [ABCD].
Uma atenção especial foi dada ao projeto de filtros para aplicações na faixa de
micro-ondas, de grande interesse neste trabalho, através da simulação de um filtro de
microfita, realizado com o uso da transformação de Richard e da identidade de Kuroda,
a partir do projeto de um filtro com elementos concentrados (constituído por indutores e
capacitores).
No próximo capítulo serão apresentadas as antenas de microfita, sendo
identificados os tipos principais, com destaques para a antena patch de microfita,
inclusive em configurações com elementos fractais e os monopolos planares de
microfita. Também serão descritos os métodos de análise mais utilizados, como o
método dos momentos e o método dos elementos finitos. Uma atenção especial será
dedicada ao desenvolvimento de monopolos de microfita elípticos, de grande interesse
neste trabalho, pois serão usados no desenvolvimento das filtennas.
38
Capítulo 3
Antenas de microfita
3.1 – Introdução
Proposta nos anos 50, a utilização das antenas de microfita foi iniciada nos anos 70,
por Munson e Howell [41].
Existem muitas vantagens associadas à utilização das antenas de microfita, dentre
as quais podem ser destacadas: as pequenas dimensões, o peso reduzido, o baixo custo e
a praticidade, tanto de fabricação como de instalação. Naturalmente, existem algumas
desvantagens, como por exemplo, a largura de banda estreita, o baixo ganho e a pouca
eficiência. Entretanto, estas desvantagens podem ser contornadas com a adoção de
monopolos, o uso de arranjos de antenas e a utilização de materiais dielétricos
anisotrópicos, ferromagnéticos e metamateriais [41].
Tipicamente, a antena de microfita é constituída por um patch condutor, impresso
sobre um substrato dielétrico, que por sua vez está depositado sobre um plano de terra,
como mostrado na Figura 3.1. O patch condutor pode assumir diversas formas, tais
como: quadrado, retângulo, triângulo, círculo, anel, coração e estrela (Figuras 3.2),
inclusive geometrias fractais, como as dos conjuntos de Julia (Figura 3.3) e de
Mandelbrot (Figura 3.4). Entretanto, a utilização de alguns destes formatos se torna
complexa, como nos casos de leiautes como coração, estrela e fractais, pela dificuldade
em estabelecer as suas funções de base e a relação existente com os parâmetros das
antenas, tais como, a(s) frequência(s) de ressonância e largura(s) de banda desejada(s).
Os avanços tecnológicos recentes e a necessidade de miniaturização dos
equipamentos usados em sistemas de telecomunicações, como os handsets, têm
contribuído para o aumento da importância das antenas planares de microfita, em
decorrência da facilidade de fabricação, do baixo custo e da facilidade de integração
com outros circuitos, tornando-as muito atrativas para a indústria, que necessita reduzir
custos e aumentar a eficiência do processo de produção, para melhor atender à grande
crescente demanda por bens e serviços na área de Telecomunicações [15]-[27].
39
Figura 3.1 - Patch de microfita
Figura 3.3 - Conjunto de Julia para o patch condutor Figura 3.4 - Conjunto de Mandelbrot para o patch condutor
40
3.2 - Métodos de análise
Os métodos de análise das antenas de microfita podem ser classificados em dois
grandes grupos: o dos modelos aproximados, baseados em uma aproximação quase-
estática, e o dos métodos de onda completa, baseados em soluções das equações de onda
[15], [41].
O primeiro grupo é composto, essencialmente, pelos métodos da linha de
transmissão e da cavidade, enquanto que o segundo grupo é composto, principalmente,
pelos métodos dos momentos (MoM), dos elementos finitos (FEM), da diferença finita
no domínio do tempo (FDTD) e pela análise do domínio espectral (SDA) [15], [41].
Os métodos utilizados nos softwares comerciais usados neste trabalho são: o
método dos momentos (MoM), empregado no Ansoft Designer, e o método dos
elementos finitos (FEM), implementado no Ansoft HFSS [15], [42] e [43].
𝐿(𝑓) = 𝑔 (3.1)
𝑓 = ∑ 𝛼𝑛 𝑓𝑛 (3.2)
𝑛
41
sendo αn constantes e fn funções conhecidas denominadas como funções de base, ou
funções de expansão. Para soluções precisas o segundo termo da equação é um
somatório infinito e as fn devem formar um conjunto completo de funções linearmente
independentes. Utilizando a linearidade de L, obtém-se:
De (3.3), pode-se concluir que as variáveis a serem encontradas são as escalares αn.
Para uma solução aproximada, com N funções de base, a resolução de (3.3) não é
possível. De forma a determinar as grandezas escalares αn, efetua-se o produto escalar
com um conjunto de funções conhecidas wm, denominadas funções de teste, ou funções
de peso. O produto escalar <f,g> é uma operação escalar com as seguintes propriedades:
〈𝑓, 𝑔〉 = 〈𝑔, 𝑓〉 (3.4)
〈𝛼𝑓 + 𝛽𝑔, ℎ〉 = 𝛼〈𝑓, ℎ〉 + 𝛽〈𝑔, ℎ〉 (3.5)
〈𝑓 ∗ , 𝑓〉 > 0 𝑠𝑒 𝑓 ≠ 0 (3.6)
〈𝑓 ∗ , 𝑓〉 = 0 𝑠𝑒 𝑓 = 0 (3.7)
42
sendo
𝑙𝑚𝑛 = 〈𝑤𝑚 , 𝐿(𝑓𝑛 )〉 (3.12)
𝑔𝑚 = 〈𝑤𝑚 , 𝑔〉 (3.13)
Se a matriz [l] for não singular, a sua inversa [l]-1 existirá e os escalares αn poderão
ser calculados através de:
−1 ][𝑔 ]
[𝛼𝑛 ] = [𝑙𝑚𝑛 𝑚 (3.14)
𝑓 = ∑ 𝛼𝑛 𝑓𝑛 (3.15)
𝑛
obtém-se:
43
O método envolve a integração das funções de base determinadas ao longo de todo
patch condutor, que é dividido em certo número de células [45]. Para resolver equações
de onda com condições de contorno heterogêneas torna-se necessário dividir o problema
em dois problemas de valor de contorno [45].
A primeira etapa no processo de modelagem do fenômeno físico consiste na
identificação dos fatores que influenciam de maneira relevante no problema. Isto
implica na escolha adequada dos princípios físicos e das variáveis dependentes e
independentes que descrevem o problema, resultando em um modelo matemático
constituído por um conjunto de equações diferenciais. A segunda etapa do processo
consiste em obter a solução do modelo matemático, tarefa atribuída aos métodos
numéricos [45].
44
Figura 3.5 - Tipos de excentricidades do patch elíptico. Figura 3.6 - Modelo do patch estudado.
7,2
𝑓𝐿 = (GHz) (3.18)
𝐿+𝑟+𝜌
3.5 - Conclusão
Foram apresentadas as principais características e aplicações das antenas de
microfita, sendo dado destaque para os monopolos planares de microfita, assim como
identificados os métodos de análise mais utilizados, sendo destacados os métodos dos
momentos e dos elementos finitos. Também foram identificados os softwares
comerciais usados neste trabalho, o Ansoft Designer, que utiliza o método dos
momentos (MoM), e o Ansoft HFSS, que implementa o método dos elementos finitos
(FEM).
No próximo capítulo serão apresentados os resultados simulados e medidos neste
trabalho. São apresentados e discutidos resultados obtidos para diversas configurações
de filtros de microfita, monopolos planares de microfita e filtennas.
45
CAPÍTULO 4
Resultados teóricos e experimentais
4.1 – Introdução
46
e as filtennas 8, 9, 10, 11 e 12 com a integração dos mesmos filtros ao monopolo de 3,0
cm.
A Tabela 4.1 mostra os resultados medidos dos filtros, monopolos elípticos/antenas
1 e 7 e das filtennas 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 12.
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
-40
-50
Simulado com HFSS
Medido
-60
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.1 - Comparação dos dados simulados e medidos da Antena 1 e foto do protótipo
47
A Figura 4.2 mostra os diagramas de radiação 2D, para = 0º (vermelho) e = 90º
(azul), enquanto a Figura 4.3 mostra o diagrama 3D, para o monopolo considerado na
Figura 4.1, destacando-se a sua característica omnidirecional.
Figura 4.4 - Resultados simulados e medidos de S12 para o Filtro 1 e foto do protótipo
48
A Figura 4.5 mostra os resultados simulados e medidos em função da frequência
para a perda de retorno da filtenna 2 (ver foto do protótipo), que é a integração do
monopolo 1 e o filtro 1, o qual foi inserido na porta de alimentação da antena, na forma
indicada. A filtenna foi simulada através do Ansoft HFSS. Observa-se boa concordância
entre os resultados simulados e medidos.
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
Figura 4.5 – Resultados simulados e medidos da perda de retorno em função da frequência para a
Filtenna 2 e foto do protótipo
49
O filtro mostrado na Figura 4.8 é o filtro 2, com característica de rejeita-faixa de
quinta ordem. Ele foi simulado no Ansoft Designer e os resultados medidos e simulados
apresentam boa concordância.
Figura 4.8 - Comparação dos dados simulados e medidos do Filtro 2 e foto do protótipo
-5
-10
Perda de Retorno, dB
-15
-20
-25
-30
Simulado com Ansoft Designer
Medido
-35
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.9 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 3 e seu respectivo protótipo
50
As Figuras 4.10 e 4.11 mostram diagramas de radiação 2D e 3D, respectivamente,
para a filtenna 2. Observa-se que o filtro não interferiu em seu comportamento de
radiação, como esperado.
Figura 4.12 - Comparação dos dados simulados e medidos do Filtro 3 e foto do protótipo
51
A Figura 4.13 mostra uma comparação entre resultados medidos do coeficiente de
transmissão, em função da frequência, para o filtro 4. A simulação foi efetuada através
do Ansoft Designer, sendo observada boa concordância entre os resultados obtidos.
Figura 4.13 - Comparação dos dados simulados e medidos do Filtro 4 e foto do protótipo
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
-40
Simulado com Ansoft Designer
Medido
-50
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.14 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 5 e foto do protótipo
52
As Figuras 4.15 e 4.16 mostram diagramas de radiação 2D e 3D, respectivamente,
para a filtenna 5. Observa-se que o filtro não interferiu significativamente no diagrama
de radiação.
0 Curve Info
dB(GainTotal)
-30 30 Setup1 : LastAdaptive
-6.00 Freq='1.227GHz' Phi='0deg'
dB(GainTotal)
Setup1 : LastAdaptive
-12.00 Freq='1.227GHz' Phi='90deg'
-60 60
-18.00
-24.00
-90 90
-120 120
-150 150
-180
A Figura 4.17 mostra uma comparação entre resultados simulados e medidos para o
coeficiente de transmissão do Filtro 5, sendo observada mais uma vez boa concordância
entre os mesmos.
Figura 4.17 - Comparação dos dados simulados e medidos do Filtro 5 e foto do protótipo
53
A Figura 4.18 mostra uma comparação entre resultados simulados e medidos da
perda de retorno para a filtenna 6, sendo observada boa concordância entre os mesmos.
-5
Perda de Retorno, dB
-10
-15
Figura 4.18 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 6 e seu respectivo protótipo
A Figura 4.21 mostra uma comparação entre resultados simulados e medidos para o
a perda de inserção da Antena 7, sendo observada concordância entre os mesmos.
54
0
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
-40
Simulado com Ansoft Designer
Medido
-50
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.21 - Comparação dos dados simulados e medidos da Antena 7 e seu respectivo protótipo
55
0
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
Figura 4.24 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 8 e foto do protótipo
56
0
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
-40
-50
Simulado com Ansoft Designer
Medido
-60
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.27 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 9 e foto do protótipo
57
A Figura 4.30 mostra uma comparação entre os resultados simulados e medidos da
perda de retorno da Filtenna 10, sendo observada uma boa concordância entre os
mesmos. A simulação foi efetuada através do Ansoft HFSS.
-5
-10
Perda de Retorno, dB
-15
-20
-25
-30
Simulado com Ansoft Designer
Medido
-35
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Frequência, GHz
Figura 4.30 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 10 e foto do protótipo
58
A Figura 4.33 mostra uma comparação entre os resultados simulados e medidos da
perda de retorno da Filtenna 11, sendo observada concordância entre os mesmos. A
simulação foi efetuada através do Ansoft HFSS.
-10
Perda de Retorno, dB
-20
-30
Figura 4.33 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 11 e foto do protótipo
59
A Figura 4.36 mostra uma comparação entre os resultados simulados e medidos da
perda de retorno da Filtenna 12, sendo observada uma boa concordância entre os
mesmos. A simulação foi efetuada através do Ansoft HFSS.
0
Perda de Retorno, dB
-5
-10
Figura 4.36 - Comparação dos dados simulados e medidos da Filtenna 12 e seu respectivo protótipo
0 Curve Info
dB(GainTotal)
-30 30 Setup1 : LastAdaptive
-2.00 Freq='2.2635GHz' Phi='0deg'
dB(GainTotal)
Setup1 : LastAdaptive
-9.00 Freq='2.2635GHz' Phi='90deg'
-60 60
-16.00
-23.00
-90 90
-120 120
-150 150
-180
60
Tabela 4.1 - Faixas de operação e larguras de banda dos filtros, monopolos e filtennas considerados.
Antenas Faixa em (GHz) BW medido Filtennas Faixa em (GHz) BW medido Filtros Banda rejeitada
-10dB (MHz) -10dB (MHz) (GHz)
1 1,73 - 3,43 1699 2 2,2 - 2,45 250 1 0,94 - 1,3
4,21 - 5,4 1194 5,1 - 5,55 40 3 - 3,45
5,8 - 6 200
7 1,71 - 2 294 3 0,89 - 1,45 560 2 2,6 - 3,8
2,34 - 3,37 1027 1,9 - 2,12 224
4,3 - 6 1717 2,5 - 2,53 56
4,6 - 5,31 728
4 3,3 - 3,4 100 3 1,2 - 1,7
5 - 5,15 150 3 - 3,3
3,4 - 3,49
3,63 - 4,62
5 0,98 - 1,1 120 4 1,54 - 2,2
1,2 - 1,3 100 3,1 - 6
2,4 100
2,7 - 2,8
6 2,35 - 2,42 70 5 0,4 - 2
2,59 - 6
61
8 2,2 - 2,48 280 1 0,94 - 1,3
5 - 5,6 600 3 - 3,45
5,8 - 6 200
9 0,83 - 1,1 270 3 1,2 - 1,7
2,1 - 2,6 500 3 - 3,3
3 - 3,15 150 3,4 - 3,49
4,8 - 5,3 500 3,63 - 4,62
10 0,89 - 1,56 672 2 2,6 - 3,8
1,95 - 2,14 186
4,77 - 5,14 373
11 0,98 - 1,1 120 4 1,54 - 2,2
1,2 - 1,3 100 3,1 - 6
3,5 - 3,77 270
12 2,3 - 2,4 100 5 0,4 - 2
2,59 - 6
62
Tabela 4.2 - Faixas de frequências consideradas neste trabalho
Faixa Regulamentação Frequências (MHz) Observação
(Anatel)
2,6 GHz Res. 429 (13/02/06) 2500 - 2530 (FDD) Compartilhada com o
2570 - 2620 (TDD) MMDS
63
4.3 – Conclusão
As filtennas estudadas neste trabalho têm como objetivo principal preservar o diagrama
de radiação da antena (considerada isoladamente), porém reduzir a sua largura de banda.
Geralmente as antenas de microfita possuem largura de banda muito estreita, mas não
diagramas de radiação omnidirecionais.
Os monopolos de microfita investigados neste capítulo foram numerados para melhor
organização do texto. Por exemplo, a antena 1 é o monopolo elíptico com eixo maior igual
a 2,8 cm e a antena 7 é o monopolo com eixo maior igual a 3,0 cm.
As filtennas também foram numeradas. Por exemplo, as filtennas 2, 3, 4, 5 e 6
correspondem às estruturas obtidas com a integração dos filtros analisados, no monopolo de
2,8 cm. As filtennas 8, 9, 10, 11 e 12 correspondem às estruturas obtidas com a integração
dos mesmos filtros no monopolo de 3,0 cm.
Todos os monopolos e filtennas foram simulados, sendo obtidos os diagramas de
radiação na frequência de 2,4 GHz, de interesse maior neste trabalho, por conta das muitas
aplicações em sistemas de comunicações sem fio.
Foram efetuadas comparações entre resultados simulados e medidos, sendo observada
concordância entre os mesmos.
No próximo capítulo, serão apresentadas as conclusões principais deste trabalho e
algumas sugestões para a continuidade do trabalho.
64
CAPÍTULO 5
Conclusão
65
Os monopolos e os filtros foram projetados principalmente para faixas de frequência
situadas entre 2 GHz e 6 GHz. Entretanto, o trabalho realizado não se limita a essas faixas,
podendo ser útil em várias outras aplicações, como em satélites, radares, e comunicação
celular, dentre outras, que requeiram diagramas de radiação omnidirecionais.
Foram realizadas algumas simulações e medições com a inserção de filtros na linha de
alimentação dos monopolos elípticos. Ao todo, foram construídos cinco filtros, dois
monopolos e 12 filtennas. Em geral, a comparação entre resultados simulados e medidos,
apresentou boa concordância, validando o uso dos softwares empregados. Todos os
diagramas de radiação foram simulados para 2,4 GHz, mesmo para os casos em que as
filtennas não apresentavam ressonância adequada, embora que em todos os casos, nesta
frequência de 2,4 GHz, apresentaram perdas de retorno inferiores a -8 dB.
Os objetivos principais deste trabalho foram alcançados, com o desenvolvimento das
geometrias das filtennas propostas, construídas e medidas. Observou-se claramente uma
coerência nos resultados obtidos, o que permitiu alcançar o objetivo principal do projeto
que foi reduzir a largura de banda de monopolos que por natureza possuem características
UWB, preservando o diagrama de radiação original do monopolo.
Para trabalhos futuros, um estudo aprofundado sobre uma maneira de integrar o filtro
de uma forma mais adequada, que contribua para a miniaturização das dimensões das
filtennas, preservando as características obtidas. Além disso, também, pretende investigar
os efeitos da utilização de materiais cerâmicos de alta permissividade e de metamateriais,
com o objetivo de reduzir as dimensões das antenas dos filtros e das filtennas. Outras
concepções de filtros também serão consideradas, inclusive as de filtros reconfiguráveis
com dispositivos ativos que possam mudar a configuração da filtenna computacionalmente,
ou seja, comandos automáticos ativarão os componentes ativos do circuito, mudando o
comportamento da filtenna.
66
Referências
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67
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[11] F.-C. Chen e Q.-X. Chu, “Tri-band bandpass filter using assembled multiband
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68
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[26] C.-C. Lin, Y.-C. Kan, L.-C. Kuo e H.-R. Chuang, “A planar triangular monopole
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