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218 TST

OU SE P R A G E R A L

PROF. THYAGO BERTOLDI (@LABORATORIO.TRABALHISTA)


INFORMATIVO Nº 218
TST - COMENTADO

Seção Especializada em Dissídios Coletivos

Inconstitucionalidade de cláusula coletiva que imponha o pagamento de contribuição a


empregados não sindicalizados

Em sentença normativa de dissídio coletivo da Empresa Brasileira de Correios e Telégra-


fos (ECT), foi incorporada cláusula que reproduzia disposição do ACT 2018/2019, prevendo
que o desconto da contribuição assistencial abrangeria toda a categoria profissional, inclu-
sive trabalhadores não filiados.
Ocorre que o STF firmou o entendimento, no ARE 1.018.459, de que é inconstitucional a
instituição, por acordo, convenção coletiva ou sentença normativa, de contribuições que
se imponham compulsoriamente a empregados da categoria não sindicalizados.
Para cumprir essa decisão, a SDC do TST “chamou à ordem” os autos de dissídio coletivo de
greve e adequou a cláusula da sentença normativa para excluir a possibilidade de descon-
to compulsório da contribuição assistencial dos empregados não associados.
(TST. SDC. EDDCG-1000662-58.2019.5.00.0000, rel. Min. Maurício Godinho Delgado, chaman-
do à ordem em 11.05.2020, Informativo TST nº 218).

O que ocorreu no caso julgado pelo TST?

Em sentença normativa de dissídio coletivo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos


(ECT), foi incorporada cláusula que reproduzia disposição do ACT 2018/2019, prevendo que
o desconto da contribuição assistencial abrangeria toda a categoria profissional, inclusive
trabalhadores não filiados.

Como se sabe, no entanto, essa previsão contraria o entendimento do STF e do TST quanto à
matéria.

Dissídio coletivo de greve

O dissídio coletivo de greve é aquele que visa ao reconhecimento da abusividade ou legitimi-


dade da paralisação coletiva do trabalho. Aqui, à semelhança do dissídio jurídico, a solução
do dissídio coletivo não acarreta exercício o Poder Normativo da Justiça do Trabalho, conside-
rando que, ao analisar a abusividade do movimento paredista, o Poder Judiciário exerce sua
função típica.

Sentença Normativa

A sentença normativa é a sentença prolatada no dissídio coletivo, podendo criar cláusulas


econômicas (ex.: reajuste salarial), sociais (ex.: banco de horas), sindicais (estipulam relação

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INFORMATIVO Nº 218
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entre os sindicatos e empresas, p. ex., instituindo desconto de contribuição confederativa) ou


obrigacionais (impõe obrigações de qualquer gênero, como o pagamento de penalidade).

Segundo o artigo 867, p. único, da CLT, a sentença normativa terá vigência: (a) a partir do termo
final da convenção, do acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser
instaurado dentro dos 60 (sessenta) dias anteriores ao respectivo término da vigência; (b) a
partir da data da publicação da sentença, caso não observado o prazo acima declinado; e (c) a
partir do ajuizamento do dissídio coletivo, em caso de dissídio originário.

A sentença normativa vigerá por, no máximo, 4 (quatro) anos (CLT, art. 868, p. único).

Existe divergência doutrinária a respeito da formação ou não de coisa julgada pelas sentenças
normativas: (a) 1ª Corrente (Súmula 397 do TST): somente há formação de coisa julgada
formal, considerando a vigência limitada no tempo e a possibilidade de ajuizamento de dissídio
de revisão após o transcurso de um ano; e (b) 2ª Corrente: haveria formação de coisa julgada
material e formal, pois, embora temporária, a sentença normativa é imutável durante sua
vigência, sua alteração por dissídio revisional depende de alteração fática (ou seja, a ação de
revisão possui causa de pedir diversa do dissídio coletivo) e há previsão para ação rescisória de
sentença normativo no artigo 2°, inciso I, alínea “c”, da Lei n° 7.701, de 1988.

Por derradeiro, em face a sentença normativa proferida por TRT, cabe recurso ordinário. Por
seu turno, da sentença normativa prolatada pelo TST, cabe embargos infringentes. Conquan-
to, em regra, os recursos no processo do trabalho não sejam dotados de efeito suspensivo, o
recurso interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito suspensivo, na me-
dida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, con-
soante artigo 14 da Lei n° 10.192, de 2001. É importante destacar, no entanto, que a cassação
de efeito suspensivo concedido a recurso interposto de sentença normativa retroage à data do
despacho que o deferiu (Súmula 279 do TST).

Um aspecto interessante é de que, no exercício de seu Poder Normativo, o TST NÃO pode criar
ou homologar condições de trabalho que o STF julgue iterativamente inconstitucionais (Sú-
mula 190 do TST).

No caso, a cláusula da sentença normativa previa a obrigatoriedade de pagamento de


contribuição sindical a empregados não sindicalizados...

SIM! Quem acompanha o @laboratorio.trabalhista sabe que o STF e o TST consideram


inconstitucional a instituição, por acordo, convenção coletiva ou sentença normativa,
de contribuições que se imponham compulsoriamente a empregados da categoria não
sindicalizados.

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Essa cláusula seria nula, correto? O que fez a SDC do TST diante desse cenário?

SIM! O Min. Maurício Godinho Delgado “chamou o feito à ordem”, isto é, ao tomar conhecimen-
to da situação, avocou os autos para corrigir essa irregularidade presente no processo.

A SDC, então, para cumprir a decisão do STF, adequou a cláusula da sentença normativa para
excluir a possibilidade de desconto compulsório da contribuição assistencial dos emprega-
dos não associados (TST. SDC. EDDCG-1000662-58.2019.5.00.0000, rel. Min. Maurício Godinho
Delgado, chamando à ordem em 11.05.2020, Informativo TST nº 218).

O julgamento foi unânime?

SIM!

Como foi veiculado no informativo?

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Dissídio Coletivo de Greve. Cláusula 17


da sentença normativa. Desconto Assistencial. Chamamento à ordem para adequação ao
entendimento do Supremo Tribunal Federal.
Conforme entendimento firmado pelo STF, em sede de repercussão geral, no julgamento do
ARE 1.018.459: “É inconstitucional a instituição, por acordo, convenção coletiva ou sentença
normativa, de contribuições que se imponham compulsoriamente a empregados da categoria
não sindicalizados.” (Tema 935). No mesmo sentido, o Plenário da Suprema Corte, ao julgar
a ADI 5.794, concluiu pela constitucionalidade do caráter facultativo da contribuição sindical.
Com base nesses fundamentos, o STF julgou procedente a reclamação ajuizada pela ECT,
cassando a decisão proferida pelo TST no presente Dissídio Coletivo de Greve e determinando
que outra fosse proferida com observância do decidido na ADI 5.794 e no ARE 1.018.459. No
caso, a redação original da Cláusula 17 do ACT 2018/2019, incorporada à sentença normativa,
consignava que o desconto assistencial abrangeria toda a categoria profissional, inclusive
trabalhadores não filiados. Portanto, a fim de cumprir a decisão da Suprema Corte, o feito foi
chamado à ordem pela SDC e, por unanimidade, a redação da aludida cláusula foi alterada,
com a exclusão da possibilidade de desconto compulsório da contribuição assistencial dos
empregados não associados. TST-EDDCG-1000662-58.2019.5.00.0000, SDC, rel. Min. Mauricio
Godinho Delgado, chamado à ordem em 11/5/2020.

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Subseção II Especializada em Dissídios Individuais

Recurso interposto com assinatura digital de advogado sem procuração nos autos

NÃO se conhece de recurso interposto com assinatura digital de advogado sem procuração
nos autos, revelando-se inexistente o ato praticado por irregularidade de representação.
A concessão do prazo de 5 (cinco) dias para a parte recorrente sanar o vício, consoante o
item II da Súmula nº 383 do TST, só é cabível quando verificada irregularidade no instru-
mento de procuração ou substabelecimento que já consta nos autos.
(TST. SDI-II. AIRO-154-58.2019.5.17.0000, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em
05.05.2020, Informativo TST nº 218).

O que ocorreu no caso julgado pelo TST?

O impetrante interpôs recurso ordinário subscrito eletronicamente por advogado que não esta-
va habilitado por procuração ou substabelecimento e, por isso, o TST não conheceu do recurso.
A recorrente, agora, apresenta agravo de instrumento, sustentando que, antes de ter o segui-
mento de seu recurso obstado, deveria ter sido intimada para regularizar sua representação.

Representação por advogado

Dá-se o nome de jus postulandi à faculdade de empregado e empregadores litigarem perante


a Justiça de Trabalho sem a necessidade de advogado. O jus postulandi é possível tanto em
dissídios individuais (CLT, art. 791, caput), como coletivos (CLT, art. 791, §2º).

Conquanto o artigo 791 da CLT disponha que é possível que se acompanhe as reclamatórias
trabalhistas “até o final”, considerando a tecnicidade de algumas postulações, o TST conferiu
interpretação restritiva à expressão. Nos termos da Súmula 425 do TST, o jus postulandi
não alcança a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de
competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Nada obstante a possibilidade conferida pela legislação, o mais comum é que as partes
(independentemente da fase ou da natureza da ação) optem por serem representadas por
advogados na Justiça do Trabalho.

A representação por advogado depende de um mandato, negócio jurídico por meio do qual
são outorgados outorgam poderes de representação da parte ao advogado. O instrumento
do mandato é a procuração. É possível, ainda, a transferência de poderes conferidos a um
advogado por meio do substabelecimento.

A regularidade de representação, vale registrar, é requisito de admissibilidade recursal.

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Qual a consequência de um ato praticado com irregularidade de representação?

Antes de responder à pergunta, gostaria de revisar a classificação dos vícios processuais no pro-
cesso do trabalho. A despeito de o processo do trabalho se pautar no princípio da simplicidade,
há certas formas descritas em lei que devem ser observadas, em virtude da segurança jurídica
do processo.

VÍCIOS PROCESSUAIS
Não possuem os elementos mínimos para sua formação, como a sentença
Ato inexistente
que não é assinada pela pessoa investida de jurisdição (juiz).
Se faz presente nas violações das normas de interesse público,
Nulidade
consubstanciando vício insanável, podendo ser reconhecido de ofício
absoluta
pelo juízo ou mediante requerimento, a qualquer tempo.
Decorre da violação de norma de interesse das partes, não podendo
ser conhecida de ofício, devendo as partes requererem sua declaração.
Nulidade relativa
Ademais, não havendo a alegação da nulidade relativa na primeira
oportunidade que as partes têm para se manifestar, o vício convalesce.
Mera Não gera nenhum efeito ao processo, como, por exemplo, folhas
irregularidade numeradas de modo incorreto.

Prevalece que o ato processual praticado sem assinatura ou com assinatura de advogado sem
poderes para atuar no processo é considerado ato inexistente.

O que, em regra, deve ser feito caso verificada a irregularidade de representação por advogado
no processo do trabalho?

Verificada a irregularidade de representação, deve o juiz suspender o processo e designar prazo


razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal, na forma do artigo 76
do CPC (Súmula 395, item V, do TST).

Especificamente para a fase recursal, o TST entende que, verificada a irregularidade de


representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante
dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5
(cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá
do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das
contrarrazões, se a providência couber ao recorrido, nos termos do artigo 76, § 2º, do CPC
(Súmula 383, item II, do TST).

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Então, o relator deveria ter aberto prazo para a parte corrigir o vício?

NÃO! NÃO se conhece de recurso interposto com assinatura digital de advogado sem
procuração nos autos, revelando-se inexistente o ato praticado por irregularidade de
representação. A concessão do prazo de 5 (cinco) dias para a parte recorrente sanar o vício,
consoante o item II da Súmula nº 383 do TST, só é cabível quando verificada irregularidade no
instrumento de procuração ou substabelecimento que já consta nos autos (TST. SDI-II. AIRO-
154-58.2019.5.17.0000, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em 05.05.2020, Informativo
TST nº 218).

O julgamento foi unânime?

SIM!

Como foi veiculado no informativo?

Irregularidade de representação. Recurso interposto eletronicamente. Ausência de procuração


outorgada ao advogado subscritor. Concessão de prazo para saneamento do vício. Não
cabimento. Súmula nº 383, II, do TST.
Não se conhece de recurso interposto com assinatura digital de advogado sem procuração
nos autos, revelando-se inexistente o ato praticado por irregularidade de representação. A
concessão do prazo de 5 (cinco) dias para a parte recorrente sanar o vício, consoante o item
II da Súmula nº 383 do TST, só é cabível quando verificada irregularidade no instrumento
de procuração ou substabelecimento que já consta nos autos. No caso, o recurso ordinário
interposto pelo impetrante foi subscrito eletronicamente por advogado que não estava
habilitado por procuração ou substabelecimento no momento da interposição do apelo. Sob
esse entendimento, a SBDI-II, por unanimidade, negou provimento ao agravo de instrumento.
TST-AIRO-154-58.2019.5.17.0000, SBDI-II, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em 5/5/2020.

A Justiça do Trabalho é incompetente para analisar controvérsia sobre natureza jurídica


do vínculo entre Administração e servidores

IMPORTANTE!
A Justiça do Trabalho é INCOMPETENTE para apreciar controvérsia sobre a natureza da
relação jurídica existente entre Município e servidores públicos, ainda que se vislumbrem
elementos capazes de inferir que os servidores não estariam submetidos ao regime
estatutário.
(TST. SDI-II. RO-457-47.2015.5.05.0000, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em
12.05.2020, Informativo TST nº 218).

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O que ocorreu no caso julgado pelo TST?

No bojo de ação rescisória, o recorrente insiste no reconhecimento da incompetência da Justiça


do Trabalho para julgar a pretensão deduzida na reclamação trabalhista matriz, cuja controvér-
sia envolvia a natureza da relação jurídica existente entre o Município de Mascote e os profes-
sores públicos municipais. É importante apontar que, no acórdão rescindendo, há elementos
capazes de fazer inferir que os servidores não estariam submetidos ao regime estatutário.

Competência da Justiça do Trabalho e servidores públicos

A competência material da Justiça do Trabalho está prevista no artigo 114 da Constituição


Federal.

O artigo 114, inciso I, dispõe que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da adminis-
tração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Trata-se de um polêmico inciso, modificado pela EC n. 45/2004. Tanto é assim que o STF,
em 27.01.2005, concedeu liminar na ADI 3395-6, suspendendo qualquer interpretação que
atribuísse à Justiça do Trabalho a competência para julgamento das relações estabelecidas
entre o Poder Público e seus servidores estatutários.

Observe que o STF, no referido julgamento, se restringiu à análise de típica relação de ordem
estatutária, ou seja, de caráter jurídico-administrativo, que se estabelece entre os entes
da Administração Pública Direta, suas autarquias e fundações públicas e seus respectivos
servidores.

No caso analisado, porém, há dúvidas a respeito do regime jurídico adotado...

EXATAMENTE! Uma das peculiaridades do caso em análise é justamente que a reclamatória


trabalhista matriz discutia a natureza do vínculo jurídico havido entre o Município de Mascote e
seus professores.

Nesta situação, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação?

NÃO! A Justiça do Trabalho é INCOMPETENTE para apreciar controvérsia sobre a natureza


da relação jurídica existente entre Município e servidores públicos, ainda que se vislumbrem
elementos capazes de inferir que os servidores não estariam submetidos ao regime estatu-
tário (TST. SDI-II. RO-457-47.2015.5.05.0000, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em
12.05.2020, Informativo TST nº 218).

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Efetivamente, a controvérsia deve ser enfrentada primeiramente no âmbito do Direito


Administrativo, no sentido de avaliar a validade da relação jurídica invocada pelo poder
público, o que redunda na incompetência da Justiça do Trabalho para julgar a causa.

O julgamento foi unânime?

SIM!

Como foi veiculado no informativo?

Controvérsia sobre a natureza da relação jurídica. Competência da Justiça Comum. Causa de


rescindibilidade configurada. Art. 485, II, do CPC de 1973.
A Justiça do Trabalho é incompetente para apreciar controvérsia sobre a natureza da relação
jurídica existente entre Município e servidores públicos, ainda que se vislumbrem elementos
capazes de inferir que os servidores não estariam submetidos ao regime estatutário. No caso,
extrai-se do acórdão rescindendo a existência de controvérsia acerca da natureza da relação
jurídica estabelecida entre o Município de Mascote e seus professores municipais. Conforme
entendimento pacificado pelo STF, compete à Justiça Comum analisar, preliminarmente,
eventual desvirtuamento da relação jurídica invocada pelo ente público. Resta, portanto,
caracterizada a hipótese de rescindibilidade prevista no inciso II do art. 485 do CPC de 1973.
Sob esse fundamento, a SBDI-II, por unanimidade, conheceu do Recurso Ordinário e, no mérito,
deu-lhe provimento para desconstituir o acórdão proferido pelo TRT no julgamento do Recurso
Ordinário, e, em juízo rescisório, declarou a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar
a reclamação trabalhista originária, determinando a remessa dos autos do processo matriz
à Justiça Comum. TST-RO-457-47.2015.5.05.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva,
julgado em 12/5/2020.

Exercícios de fixação

Com o objetivo de auxiliar na revisão do informativo anterior e fixar o estudo da jurisprudência,


a partir do Informativo TST nº 217, irei colocar um pequeno simulado para fixação:

(1) O não conhecimento do recurso principal, ainda que pela apreciação de seus pressupostos
intrínsecos, não autoriza o conhecimento do recurso adesivo. A inversão da ordem de julga-
mento implica possível violação do artigo 500, inciso III, do CPC/73 (artigo 977, §2º, do CPC).

(2) Contraria o artigo 455 da CLT ou a Súmula 331 do TST norma coletiva que prevê a responsa-
bilização solidária das empreiteiras em caso de descumprimento das obrigações trabalhistas e
previdenciárias.

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(3) É inexigível a juntada da certidão de nascimento da criança para fins de concessão da


estabilidade da empregada doméstica.

(4) A apresentação de contestação pela reclamada no sistema de processo eletrônico (PJe),


antes da audiência de conciliação, impossibilita a homologação do pedido de desistência do
reclamante, sem a concordância da ré, ainda que esse pleito seja formulado anteriormente à
primeira proposta de acordo.

(5) A ausência de repetição formal e/ou pedido específico ao final da peça processual obsta a
análise da reconvenção.

(6) Ocorrendo o acidente de trabalho, independente de afastamento ou não, é obrigatória a


emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) por parte do empregador, sob pena de
aplicação de multa.

(7) A Justiça do Trabalho possui competência para julgar causa envolvendo servidora, nomeada
para cargo em comissão de livre nomeação e exoneração, cuja relação de trabalho é regida pela
CLT.

(8) O sindicato não tem legitimidade ativa para pleitear horas extras decorrentes da (des)
caracterização do cargo de seus substituídos como de confiança bancária (artigo 224, §2º, da
CLT).

Gabarito

Todos os julgados foram abordados no Informativo TST nº 217.

1–V 2–F 3–V 4–F 5-F 6–V 7-V 8–F

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