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OU SE P R A G E R A L
Como se sabe, no entanto, essa previsão contraria o entendimento do STF e do TST quanto à
matéria.
Sentença Normativa
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INFORMATIVO Nº 218
TST - COMENTADO
Segundo o artigo 867, p. único, da CLT, a sentença normativa terá vigência: (a) a partir do termo
final da convenção, do acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser
instaurado dentro dos 60 (sessenta) dias anteriores ao respectivo término da vigência; (b) a
partir da data da publicação da sentença, caso não observado o prazo acima declinado; e (c) a
partir do ajuizamento do dissídio coletivo, em caso de dissídio originário.
A sentença normativa vigerá por, no máximo, 4 (quatro) anos (CLT, art. 868, p. único).
Existe divergência doutrinária a respeito da formação ou não de coisa julgada pelas sentenças
normativas: (a) 1ª Corrente (Súmula 397 do TST): somente há formação de coisa julgada
formal, considerando a vigência limitada no tempo e a possibilidade de ajuizamento de dissídio
de revisão após o transcurso de um ano; e (b) 2ª Corrente: haveria formação de coisa julgada
material e formal, pois, embora temporária, a sentença normativa é imutável durante sua
vigência, sua alteração por dissídio revisional depende de alteração fática (ou seja, a ação de
revisão possui causa de pedir diversa do dissídio coletivo) e há previsão para ação rescisória de
sentença normativo no artigo 2°, inciso I, alínea “c”, da Lei n° 7.701, de 1988.
Por derradeiro, em face a sentença normativa proferida por TRT, cabe recurso ordinário. Por
seu turno, da sentença normativa prolatada pelo TST, cabe embargos infringentes. Conquan-
to, em regra, os recursos no processo do trabalho não sejam dotados de efeito suspensivo, o
recurso interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito suspensivo, na me-
dida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, con-
soante artigo 14 da Lei n° 10.192, de 2001. É importante destacar, no entanto, que a cassação
de efeito suspensivo concedido a recurso interposto de sentença normativa retroage à data do
despacho que o deferiu (Súmula 279 do TST).
Um aspecto interessante é de que, no exercício de seu Poder Normativo, o TST NÃO pode criar
ou homologar condições de trabalho que o STF julgue iterativamente inconstitucionais (Sú-
mula 190 do TST).
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INFORMATIVO Nº 218
TST - COMENTADO
Essa cláusula seria nula, correto? O que fez a SDC do TST diante desse cenário?
SIM! O Min. Maurício Godinho Delgado “chamou o feito à ordem”, isto é, ao tomar conhecimen-
to da situação, avocou os autos para corrigir essa irregularidade presente no processo.
A SDC, então, para cumprir a decisão do STF, adequou a cláusula da sentença normativa para
excluir a possibilidade de desconto compulsório da contribuição assistencial dos emprega-
dos não associados (TST. SDC. EDDCG-1000662-58.2019.5.00.0000, rel. Min. Maurício Godinho
Delgado, chamando à ordem em 11.05.2020, Informativo TST nº 218).
SIM!
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Recurso interposto com assinatura digital de advogado sem procuração nos autos
NÃO se conhece de recurso interposto com assinatura digital de advogado sem procuração
nos autos, revelando-se inexistente o ato praticado por irregularidade de representação.
A concessão do prazo de 5 (cinco) dias para a parte recorrente sanar o vício, consoante o
item II da Súmula nº 383 do TST, só é cabível quando verificada irregularidade no instru-
mento de procuração ou substabelecimento que já consta nos autos.
(TST. SDI-II. AIRO-154-58.2019.5.17.0000, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em
05.05.2020, Informativo TST nº 218).
O impetrante interpôs recurso ordinário subscrito eletronicamente por advogado que não esta-
va habilitado por procuração ou substabelecimento e, por isso, o TST não conheceu do recurso.
A recorrente, agora, apresenta agravo de instrumento, sustentando que, antes de ter o segui-
mento de seu recurso obstado, deveria ter sido intimada para regularizar sua representação.
Conquanto o artigo 791 da CLT disponha que é possível que se acompanhe as reclamatórias
trabalhistas “até o final”, considerando a tecnicidade de algumas postulações, o TST conferiu
interpretação restritiva à expressão. Nos termos da Súmula 425 do TST, o jus postulandi
não alcança a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de
competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Nada obstante a possibilidade conferida pela legislação, o mais comum é que as partes
(independentemente da fase ou da natureza da ação) optem por serem representadas por
advogados na Justiça do Trabalho.
A representação por advogado depende de um mandato, negócio jurídico por meio do qual
são outorgados outorgam poderes de representação da parte ao advogado. O instrumento
do mandato é a procuração. É possível, ainda, a transferência de poderes conferidos a um
advogado por meio do substabelecimento.
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INFORMATIVO Nº 218
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Antes de responder à pergunta, gostaria de revisar a classificação dos vícios processuais no pro-
cesso do trabalho. A despeito de o processo do trabalho se pautar no princípio da simplicidade,
há certas formas descritas em lei que devem ser observadas, em virtude da segurança jurídica
do processo.
VÍCIOS PROCESSUAIS
Não possuem os elementos mínimos para sua formação, como a sentença
Ato inexistente
que não é assinada pela pessoa investida de jurisdição (juiz).
Se faz presente nas violações das normas de interesse público,
Nulidade
consubstanciando vício insanável, podendo ser reconhecido de ofício
absoluta
pelo juízo ou mediante requerimento, a qualquer tempo.
Decorre da violação de norma de interesse das partes, não podendo
ser conhecida de ofício, devendo as partes requererem sua declaração.
Nulidade relativa
Ademais, não havendo a alegação da nulidade relativa na primeira
oportunidade que as partes têm para se manifestar, o vício convalesce.
Mera Não gera nenhum efeito ao processo, como, por exemplo, folhas
irregularidade numeradas de modo incorreto.
Prevalece que o ato processual praticado sem assinatura ou com assinatura de advogado sem
poderes para atuar no processo é considerado ato inexistente.
O que, em regra, deve ser feito caso verificada a irregularidade de representação por advogado
no processo do trabalho?
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INFORMATIVO Nº 218
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Então, o relator deveria ter aberto prazo para a parte corrigir o vício?
NÃO! NÃO se conhece de recurso interposto com assinatura digital de advogado sem
procuração nos autos, revelando-se inexistente o ato praticado por irregularidade de
representação. A concessão do prazo de 5 (cinco) dias para a parte recorrente sanar o vício,
consoante o item II da Súmula nº 383 do TST, só é cabível quando verificada irregularidade no
instrumento de procuração ou substabelecimento que já consta nos autos (TST. SDI-II. AIRO-
154-58.2019.5.17.0000, rel. Min. Maria Helena Mallmann, julgado em 05.05.2020, Informativo
TST nº 218).
SIM!
IMPORTANTE!
A Justiça do Trabalho é INCOMPETENTE para apreciar controvérsia sobre a natureza da
relação jurídica existente entre Município e servidores públicos, ainda que se vislumbrem
elementos capazes de inferir que os servidores não estariam submetidos ao regime
estatutário.
(TST. SDI-II. RO-457-47.2015.5.05.0000, rel. Min. Luiz José Dezena da Silva, julgado em
12.05.2020, Informativo TST nº 218).
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INFORMATIVO Nº 218
TST - COMENTADO
O artigo 114, inciso I, dispõe que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da adminis-
tração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Trata-se de um polêmico inciso, modificado pela EC n. 45/2004. Tanto é assim que o STF,
em 27.01.2005, concedeu liminar na ADI 3395-6, suspendendo qualquer interpretação que
atribuísse à Justiça do Trabalho a competência para julgamento das relações estabelecidas
entre o Poder Público e seus servidores estatutários.
Observe que o STF, no referido julgamento, se restringiu à análise de típica relação de ordem
estatutária, ou seja, de caráter jurídico-administrativo, que se estabelece entre os entes
da Administração Pública Direta, suas autarquias e fundações públicas e seus respectivos
servidores.
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SIM!
Exercícios de fixação
(1) O não conhecimento do recurso principal, ainda que pela apreciação de seus pressupostos
intrínsecos, não autoriza o conhecimento do recurso adesivo. A inversão da ordem de julga-
mento implica possível violação do artigo 500, inciso III, do CPC/73 (artigo 977, §2º, do CPC).
(2) Contraria o artigo 455 da CLT ou a Súmula 331 do TST norma coletiva que prevê a responsa-
bilização solidária das empreiteiras em caso de descumprimento das obrigações trabalhistas e
previdenciárias.
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(5) A ausência de repetição formal e/ou pedido específico ao final da peça processual obsta a
análise da reconvenção.
(7) A Justiça do Trabalho possui competência para julgar causa envolvendo servidora, nomeada
para cargo em comissão de livre nomeação e exoneração, cuja relação de trabalho é regida pela
CLT.
(8) O sindicato não tem legitimidade ativa para pleitear horas extras decorrentes da (des)
caracterização do cargo de seus substituídos como de confiança bancária (artigo 224, §2º, da
CLT).
Gabarito
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