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Convenção - Constituição do ano I

O período da Convenção Nacional é considerado como a segunda fase da Revolução


Francesa. Foi um período bastante complicado em que os jacobinos conseguiram assumir o
comando da Revolução. Antes da Monarquia Parlamentar cair, a burguesia chegou a
proclamar uma República Girondina com intenção de assegurar os interesses e o poder
político do Estado. Devido às tensões, a alta burguesia se viu obrigada a tirar todo o poder
político de Luís XVI e a Monarquia caiu.
Com medo que outras nações europeias invadissem a França, os revolucionários formaram
um grande exército. Em 1792, os impérios austríacos e prussianos invadiram a França, o
que motivou o povo a sair nas ruas e lutar, organizando a Comuna Insurrecional de Paris.
Após vencerem, os revolucionários foram tomados por um sentimento nacionalista, um novo
governo começou a surgir e a República foi instituída com a convocação de
uma Convenção Nacional.
A Convenção era formada por maioria jacobina e pelos sans culottes. Havia também a
presença dos girondinos, que condenavam a parte radical da Revolução. Eles decidiram em
22 de setembro de 1792, que o calendário cristão não seria mais seguido e sim uma nova
forma de calcular o tempo baseada nos ciclos agrícolas. Em janeiro de 1793, eles decidiram
guilhotinar o rei Luís XVI sob a acusação de traição da França.
A Convenção criou em 10 de março o Tribunal Revolucionário, dia 21 de março os comitês
de vigilância, no dia 6 de abril o comitê de salvação pública, no dia 11 de abril eles
instituíram o tabelamento dos preços dos cereais que ajudou muito as pessoas. No dia 26
de maio os jacobinos se declararam em Estado Insurrecional, logo depois disso em 2 de
julho com ajuda dos 80 mil membros da Guarda Nacional eles cercaram a Convenção e
destruíram os girondinos do poder e assim começou a Convenção Montanhesa. De
imediato os jacobinos aumentaram a participação política e militar dos cidadãos passivos,
estes eram as pessoas que, de acordo com a Constituição de 1791, não tinham capital para
participar. A inclusão destes foi bom tanto para o povo, quanto para os jacobinos, pois estes
tiveram seu poder reconhecido e legitimado pela maior parte da população francesa. No
entanto, mesmo que os jacobinos tivessem chegado ao poder com apoio do povo eles não
podiam renegar para a alta burguesia, então em 24 de junho de 1793 foi promulgada a
Constituição do ano I, apesar de afirmar muitas as liberdades que a Constituição de 1791
também afirmava ela era muito mais democrática.
Estabeleceu o direito ao trabalho e a instrução, direito à propriedade. O voto passou a ser
universal e todos os homens maiores de idade votavam. Foi estabelecido a lei do máximo,
onde especificava o valor máximo para preços. A reforma agrária, teve início com a venda
das terras da nobreza e da Igreja, sendo estas divididas em lotes menores e vendidas por
um preço acessível a população. Houve a extinção da escravidão dos negros nas colônias
francesas e até reconheceu o direito à insurreição. O 35° artigo da Constituição dizia assim:
“quando o governo viola os direitos do povo a insurreição é, para o povo e para cada porção
do povo com mais sagrado indispensável dos deveres”
Em 17 de setembro eles votaram a lei dos suspeitos, votaram também alimentador aumento
geral dos preços consolidando atividades que aconteceram em abril.
A Convenção Nacional continuou sendo o centro das decisões políticas, só que o poder de
fato passou para os comitês, eram eles: o Comitê de Salvação Pública, o Comitê de
Segurança Geral, os Comitês Revolucionários, os Representantes em Missão e o Tribunal
Revolucionário. Com isso a sociedade francesa estava dando seus primeiros passos rumo
ao Regime do Terror.

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