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1613483611ebook - Esterilizao
1613483611ebook - Esterilizao
ESTERILIZAÇÃO
para
profissionais
de beleza
Daniela Pontes
ABRIL 2020
GUIA DE ESTERILIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE BELEZA DANIELA PONTES
03
AUTORA: DANIELA PONTES
Daniela Pontes é profissional de Biossegurança
especializado na área de beleza. Ela oferece cursos,
treinamentos e mentoria para profissionais e
espaços da beleza, clínicas de estética, spas e
salões. Além deste e-book sobre Esterilização
escreveu outros: "MICRORGANISMOS: Tudo Que
Profissionais De Beleza Precisam Saber Sobre Esses
Vilões e Heróis" e "PROTOCOLO DE
BIOSSEGURANÇA DESCOMPLICADA: Como Voltar a
Atender Em Espaços de Beleza Após a Quarentena".
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SUMÁRIO
AUTORA............................................................................................................. 03
INTRODUÇÃO: POR QUE ESTERILIZAR.......................................................... 05
CAPÍTULO 1: NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA................................................ 09
Entenda o que é Biossegurança............................................................ 12
Princípios da Esterilização.................................................................... 13
CAPÍTULO 2: FUNGOS, VÍRUS E BACTÉRIAS: O INIMIGO MORA AQUI...... 15
Infecções, Doenças e Outros Problemas............................................. 17
Proteção Inicial....................................................................................... 19
Em Caso de Acidente.............................................................................. 21
CAPÍTULO 3: LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO..................................................... 22
Diferença entre Autoclave e Estufa..................................................... 27
Indicadores Físico, Biológico e Químico............................................. 29
CAPÍTULO 4: PASSO A PASSO DA ESTERILIZAÇÃO..................................... 30
Pré-Lavagem............................................................................................ 30
Limpeza.................................................................................................... 33
Secagem e Inspeção Visual................................................................... 36
Troca de EPI e Embalagem.................................................................... 37
Esterilização............................................................................................ 39
Controle................................................................................................... 41
CAPÍTULO 5: GLOSSÁRIO I: ESTERILIZAÇÃO................................................ 45
CAPÍTULO 6: GLOSSÁRIO II: EPI..................................................................... 51
LINKS................................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 55
BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 56
EXPEDIENTE...................................................................................................... 58
PATROCINADORES........................................................................................... 59
GUIA DE ESTERILIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE BELEZA DANIELA PONTES
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INTRODUÇÃO
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10% das manicures e pedicures brasileiras têm
hepatite B ou C.
Muitas manicures usam os instrumentos em si
mesmas, antes ou depois de fazerem
atendimento a clientes.
54% usam estufa para esterilizar instrumentos
sem, no entanto, se preocuparem com a
temperatura e o tempo adequados.
25% esterilizam em autoclave, mas não sabem
usá-la corretamente.
Mais de 70% das que atuam em São Paulo não
estão protegidas da Hepatite, embora a vacina
para Hepatite B esteja disponível pelo SUS e
seja um direito dos profissionais de beleza –
que podem se vacinar gratuitamente.
Instrumentos usados por depiladoras,
esteticistas, designers de sobrancelhas e
extensionistas de cílios também podem
transmitir doenças e precisam ser
esterilizados.
Lixas, palitos, luvas, alicates, pinças, curetas e
outros equipamentos, se infectados pelo vírus
da Hepatite B, podem transmitir a doença por
longos 7 dias, caso não sejam esterilizados ou
descartados. O vírus da Hepatite B é 100 vezes
mais infeccioso que o HIV.
Não existe vacina para HIV, Hepatite C, micose
nem mesmo conjuntivite, então normas de
biossegurança são fundamentais para garantir
a saúde de consumidores e profissionais de
beleza.
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Por conta de tantos dados assustadores e da
quantidade de profissionais de beleza que me
pedem ajuda para aprender a esterilizar
corretamente, é que decidi lançar este e-book.
Começa com algumas informações sobre
BIOSSEGURANÇA, norma da qual faz parte
a ESTERILIZAÇÃO. Depois, explico o passo a passo
do processamento de materiais. Dele fazem parte
as etapas de pré-lavagem, limpeza e esterilização,
entre outras. Por fim, faço uma lista de cada termo
já citado no e-book a fim de reforçar os conceitos
e melhorar a prática.
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Outra profissional que merece toda minha
reverência é Letícia Valim, que me apresentou à
Biossegurança, me mostrou sua importância e
plantou em mim a semente do que considero minha
missão. Levar Biossegurança para o maior número
possível de profissionais de beleza. Essa amiga
querida também ajudou a melhorar este e-book.
Ahazou http://ahazou.com.br
Beauty Fair http://beautyfair.com.br
Biotron https://www.biotron.com.br/
Carreira Beauty http://careirabeauty.com.br
Rastelli Beauty Pro http://rastellibeautypro.com.br
Regina Monteiro
https://www.lojareginamonteiro.com.br/
DANIELA PONTES
GUIA DE ESTERILIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE BELEZA DANIELA PONTES
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CAPÍTULO 1
NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA
Para falar de ESTERILIZAÇÃO é indispensável
falar antes de Biossegurança. Isso porque a
esterilização é uma parte fundamental de uma
lista de normas e cuidados para afastar riscos de
contaminação (entre outros) dos procedimentos
de beleza.
Praticar a Biossegurança é uma obrigação de todo
profissional de beleza, pois não há cuidados
pessoais sem saúde. A esterilização é tão
importante – e parte fundamental dos deveres
dos profissionais de beleza – que está incluída
na legislação vigente.
11
12
ENTENDA O QUE É BIOSSEGURANÇA
13
PRINCÍPIOS DA ESTERILIZAÇÃO
15
CAPÍTULO 2
FUNGOS, VIRUS E
BACTÉRIAS:
O INIMIGO MORA AQUI
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17
INFECÇÕES, DOENÇAS
E OUTROS PROBLEMAS
FUNGOS
Causam micoses nas unhas e na pele. Um dos
mais comuns é a Candida albicans, que
desencadeia a Candidíase Vulvovaginal, disfunção
nos órgãos genitais, geralmente femininos, que
pode ocorrer em caso de depilações sem
instrumentos esterilizados, sem uso de EPIs, em
casos de reaproveitamento de cera de depilação
ou compartilhamento de abaixadores de língua.
VÍRUS
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No caso das Hepatites, a transmissão se dá pelo
contato com sangue contaminado.
BACTÉRIAS
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PROTEÇÃO INICIAL
Vias aéreas
Vias oculares
Vias cutâneas
Vias orais
As formas de contaminação são:
20
21
EM CASO DE ACIDENTE
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CAPÍTULO 3
LIMPEZA E
ESTERILIZAÇÃO
São tantos fungos, vírus e bactérias, que afastar
os riscos de contaminação é coisa de algumas
etapas. Usar, simplesmente, água e sabão, álcool
a 70%, água fervendo, forninho em alta
temperatura e até mesmo panela de pressão não
garante que materiais usados por profissionais de
beleza sejam descontaminados.
O processo de exterminação de
fungos, vírus e bactérias exige
etapas bem definidas - que
devem ser cuidadosamente
seguidas.
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Materiais Não-Críticos – são os que entram em
contato com pele íntegra e superfícies, com
baixo risco de infecção. Não precisam passar
pelo processo de esterilização, e sim pelo de
desinfecção. Alguns exemplos são: cubetas,
escovas de cabelo, espátulas e materiais de
plásticos.
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instrumentos críticos: pinças de sobrancelhas e
de cílios, alicates de cutícula, espátulas,
cortadores de unha e tesouras, por exemplo.
Passam pelas etapas de pré-limpeza, limpeza e
esterilização em autoclave.
LIMPEZA
25
A limpeza pode ser feita manualmente e dela
fazem parte várias pequenas etapas, como a pré-
lavagem com umectante, a lavagem com
detergente enzimático e a fricção dos materiais
com escovas.
26
ESTERILIZAÇÃO
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DIFERENÇA ENTRE AUTOCLAVE E ESTUFA
28
O ciclo de esterilização é automático conforme as
instruções de uso do fabricante. A validade do
processo de esterilização em papel grau cirúrgico
é 7 dias, contanto que a embalagem esteja
íntegra, seca e armazenada adequadamente.
29
INDICADORES FÍSICO, BIOLÓGICO E QUÍMICO
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CAPÍTULO 4
PASSO A PASSO
DA ESTERILIZAÇÃO
O passo a passo do processamento dos materiais
inclui a etapa da pré-lavagem dos materiais,
da lavagem, da limpeza e da esterilização. Há
ainda outras duas ações que fazem parte da
esterilização. São os testes biológicos e químicos
que confirmam se os materiais foram
devidamente esterilizados. Confira os detalhes:
PRÉ-LAVAGEM
Passo 1
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LIMPEZA
Passo 4
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Passo 6
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Passo 7
Passo 8
36
SECAGEM E INSPEÇÃO VISUAL
Passo 9
37
TROCA DE EPIS E EMBALAGEM
Passo 10
38
Passo 14
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ESTERILIZAÇÃO
Passo 17
Passo 18
Passo 19
Passo 21
41
Acontecimentos que podem ocasionar isso:
pacotes apertados ou muito cheios de
materiais, sobreposição de embalagens,
autoclave sobrecarregada ou falha no ciclo de
secagem.
Passo 22
CONTROLE
Passo 23
42
Isso porque são os dois lugares que podem
apresentar mais erros na esterilização correta.
Passo 24
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44
Passo 25
45
CAPÍTULO 5
GLOSSÁRIO I:
ESTERILIZAÇÃO
Entenda melhor cada um dos produtos,
utensílios e equipamentos usados
durante o Processamento de Materiais e
suas diversas etapas.
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CUBA DE IMERSÃO - Na verdade, trata-se de um
recipiente, com tampa e escorredor, desenvolvido
para facilitar a imersão dos materiais no
Detergente Enzimático. Tem um formato que
reduz os riscos de se machucar ao manipular
objetos perfurocortantes.
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48
Também serve para manter os materiais que já
foram esterilizados, guardados: em local com luz
e ventilação: caixa sem tampa, por exemplo.
50
das bordas do papel. A seladora é a única
maneira de selar corretamente o papel de grau
cirúrgico – quando não vem no formato de
envelope. Fitas selantes não oferecem correto
fechamento nem garantem a esterilização.
51
CAPÍTULO 6
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LINKS OFICIAIS
Para saber mais, consulte os links:
REFERÊNCIAS
http://nascecme.com.br/biofilme-o-inimigo-
invisivel/
http://nascecme.com.br/biofilme-o-inimigo-
invisivel-parte-ii/
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/uma-em-cada-dez-manicures-tem-
hepatite-1/
https://m.soundcloud.com/kel_padilha/hello-
maravilhosa-3-biosseguranca-pra-que-te-quero
https://youtu.be/7AbFeY6l4Hc
https://youtu.be/OHNMwG6cZEM
https://youtu.be/b3vma50_h7U
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BIBLIOGRAFIA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Hepatites virais: o
Brasil está atento. 2a ed. Brasília: Ministério
da Saúde; 2005. (Série B: Textos Básicos de
Saúde).
57
BIBLIOGRAFIA
Manual de prevenção de infecções associadas
a procedimentos estéticos. São Paulo: CVE;
2008.
Oliveira, Andréia Cristine Deneluz Schunck.
Estudo da Estimativa de prevalência das
hepatites B e C e da adesão às normas de
biossegurança em manicures e pedicures do
município de São Paulo. Tese (doutorado) -
Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Coordenadoria de Controle de Doenças da
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo,
2009
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EXPEDIENTE
Trabalharam neste e-book:
AUTORA:
Daniela Pontes
DIAGRAMAÇÃO:
GB Editorial
FOTOS:
Diego Marcos - @diegomarcosfotografia
http://pixabay.com
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PATROCÍNIO