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Considerações sobre Análise

de Interferências na elaboração
do Leiaute com base no novo Guia
de Projetos da SBCC
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J. Fernando B. Britto

Resumo com a Norma NBR/ISO 14644 – Parte 4, elaborado pela


equipe do GEC-4 da SBCC e que se encontra em sua fase
O presente artigo complementa o artigo anterior sobre de conclusão, devendo ser lançado em breve.
a elaboração de leiaute e ambos antecedem o lançamen- Conforme se verificou no artigo anterior, é durante a
to do Guia para Projetos de Áreas Limpas em acordo elaboração do leiaute na fase do anteprojeto que são

200x200
1200x1650 E Q=423
I
750

Q=24151
675x2100
1550 C Q=29658
675

600x400 2100
I Q=5123
250x500
Q=24151
1550x750

450x750 600x600
I Q=8832 I Q=8832
250x500
Q=21931
675x1500

600x600
I

R Q=6823
F

Q=21931
500x500

500x1650
Q=6800

AHU-NNNN LFH-NNNN
C

105,933 (PA)

DM-9 AHU-1
18/18 2716

350x500
500

500

500

500

500

500

500

500

500

I
350

500 Q=2716 400 400 400 400 400 400 400 400 400
200x350
I Q=1117
450x350
I
400

325x350
500

Q=3353 I 500x500
175x350
350
500 Q=2235 F Q=6936
I Q=927 500x350
F Q=3155
Ø250
175x350
I Q=962
500x650
500

500

350x500
Ø250 500 500 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 C Q=3400 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250 Ø250

FT-1 AHU-1 FT-2 AHU-1 FT-1 CAP-1 FT-1 CAP-1 FT-1 CAP-1 FT-1 CAP-1 FT-1 LFH-5 FT-1 LFH-5 FT-1 LFH-5 FT-1 LFH-5 FT-1 LFH-5 FT-1 AHU-1 TF-1 LFH-6 TF-1 LFH-6 TF-1 LFH-6 TF-1 LFH-6 TF-2 LFH-6
14/35 927 11/35 481 08/13 1262 07/13 1262 06/13 1262 05/13 1262 15/24 1262 14/24 1262 13/24 1262 12/24 1262 11/24 1262 08/35 1117 02/06 1262 03/06 1262 04/06 1262 05/06 1262 06/06 631

750x250
C Q=3400

ANTI CHAMBER CAPPING ROOM STERILE FILLING

100,000 (PA)

J. Fernando B. Britto é eng. mecânico, sócio da Adriferco Engenharia, Figura 1 – Entreforro de uma área de
envase estéril
secretário do GEC-4 e editor-assistente da revista da SBCC
artigo técnico

definidas as estratégias gerais do projeto quanto à dis- de fuga e pontos de encontro, os recursos para conten-
posição dos processos produtivos e de seus ambientes, ção de riscos ambientais e de proteção do patrimônio,
quanto aos fluxos de materiais e de pessoas e quanto as áreas de vestiário, sanitário, cozinha, refeitório,
às cascatas de pressões, além de terem sido definidas as administração, etc.
ERUs (especificações de requisitos dos usuários). De posse de todas estas informações, podemos
Na fase de execução do projeto básico todas essas definir o posicionamento efetivo de cada componen-
estratégias são consolidadas em uma documentação te da instalação, avaliando as rotas de acesso para
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que servirá de base para todas as demais interfaces do transportá-lo ao seu local final, bem como a necessi-
projeto, a qual, quando concluída, será utilizada para dade de portas, painéis removíveis, “shafts”, visores e
aquisição dos componentes e contratação dos serviços tampas de inspeção.
de implantação do projeto. Especial cuidado deve ser dado aos espaços requeri-
É nesse momento que se têm as dimensões efetivas dos para manutenção dos equipamentos, de seus com-
dos equipamentos (ao menos as do pior cenário) e se ponentes periféricos e das diversas utilidades conecta-
conhecem os recursos demandados por cada processo, das a eles.
tais como: utilidades, energia, efluentes, etc. Também devem ser previstos espaços para alocação
Também é nesse momento que se define a estratégia dos equipamentos que irão suprir as utilidades requeri-
de evacuação do edifício e, conseqüentemente, as rotas das pelo processo, bem como a estratégia e os espaços

Figura 2 – Estruturas auxiliares para sustentação

I 1200x1650
Q=24151
I 500x600

I 500x500

I 350x450

I 350x400

I 350x300

I 350x250
I 350x200
Q=7497

Q=5892

Q=3343

Q=1918

Q=1295

Q=1078
Q=3054

F 500x500
500

500

Q=6941
400 500
350

C 500x400

F 500x500
Q=6941
Q=5048
C 400x600

F 500x650
Q=6941
Q=5048

300
500

SAQ-NN
500
SAQ-NN

F 500x650
Q=7230
400

350
SAQ-NN
LFH-NNNN
350

400
SAQ-NN
350

I 150x350
Q=397
250
SAQ-NN
600

500 CAP-NNNN
200

350
SAQ-NN SAQ-NN
105,933 (PA)
C 500x500
Q=5258

DM-9 AHU-1
18/18 2716 I 450x350
Q=3353 I 350x150
Q=572 I 350x350
Q=1876 I 175x350
Q=810 I 150x350
Q=693 I 100x350
Q=105

I 350x500
Q=2716
150x200
I 175x350
Q=798 I 250x350
Q=1299

I 500x350 I 500x500 R 350x150 I 200x350


Q=1081
Q=3876 Q=5911 Q=665
C 350x350
Q=2524
175x350 100x350
I Q=927 I Q=286

I 100x350
Q=286
Ø250

Ø250

Ø250

Ø250

Ø250

Ø250

E 200x200
Ø250 Ø250
Q=386
150x200

R 150x350 E 200x200
FT-1 AHU-1 FT-2 AHU-1 FT-2 AHU-1 FT-1 AHU-1 FT-2 AHU-1 FT-1 CAP-2 FT-1 CAP-2
15/35 927 18/35 286 17/35 286 16/35 810 21/35 347 01/04 1262 02/04 1262 Q=731 Q=423
I 300x350
Q=1924

R 100x200
Q=117

R 150x350
Q=598

ANTI CHAMBER GOWNING IN GOWNING IN ANTI CHAMBER AIR LOCK CORRIDOR STERILIZING ROOM PASS-THROUGH IN

100,000 (PA)
e recursos necessários para estocagem/remoção dos trial (ex: sólidos, líquidos, cremes), ou até mesmo
rejeitos e dos efluentes oriundos dos processos produ- mais de um edifício em uma planta industrial, poden-
tivos. do haver nestes um ou mais ambientes com nomes
É nesse momento que começam a surgir inúmeras idênticos, como por exemplo, as ante-câmaras e as
interferências entre os diversos componentes da insta- salas de vestiário, DML, etc..
lação, conforme verificamos na figura a seguir: Por este motivo, é muito importante que além de
A melhor forma de se eliminarem estas interferências seus respectivos nomes, cada ambiente possua tam-
consiste em distribuir as utilidades em camadas super- bém uma etiqueta alfanumérica exclusiva (ou “tag”),
postas, o que requer altura suficiente sobre o forro da que permita distingui-los de outras salas com deno-
área (ver figura 1) para que isto seja possível. minações semelhantes, porém pertencentes a outros
Adicionalmente, o espaço acima do forro deve con- setores. Por Exemplo:
templar também a necessidade de acesso aos dispo- • Prédio 1 – 1º Pav – Sólidos – Misturador ==> Tag:
sitivos de regulagem ou controle nele instalados, para 1.1.S-17
execução de inspeções e ajustes (iniciais e periódicos), • Prédio 11 – Mezanino – Cremes – Vestiário ==>
além das inevitáveis substituições de componentes das Tag: 11.M.C-01
instalações. Desta forma, embora as designações das salas possam
Para que isto seja possível, pode ser necessária a ins- se repetir inúmeras vezes, as etiquetas irão distingui-las
talação de passarelas ou forros caminháveis (ver figura de todas as demais, o que é imprescindível para a ela-
1) e de iluminação no entreforro, além de pontos de boração das documentações de qualificação. u
força, ar comprimido, aspiração de pó, água para
limpeza (com conseqüente contenção e drena-
gem) e dispositivos de içamento, dentre outras
utilidades.
Adicionalmente, como a maior parte das uti-
lidades, assim como os dutos de retorno de ar,
usualmente são montadas no perímetro interno
das salas, junto às divisórias (paredes ou painéis), é
boa prática reservar algum espaço adicional junto
às áreas de circulação no entorno dos equipamen-
tos de processo, para a montagem das prumadas
e suas respectivas anteparas de proteção (conhe-
cidas como “shafts”).
Também é desejável que se tenha uma estrutura
metálica auxiliar, montada a intervalos regulares,
de forma a permitir a sustentação das diversas
redes de utilidades, dutos de ar e do próprio for-
ro, evitando a execução de inúmeras furações nas
lajes do edifício e delimitando os espaços de cada
utilidade, como se verifica na figura 2.
Por todos estes motivos, não é incomum que
ao término da elaboração do leiaute da fábrica,
o volume total da edificação seja de três a quatro
vezes maior que o volume ocupado pelas áreas
produtivas.

Identificação dos Ambientes


Tão importante quanto definir a disposição e
dimensões dos ambientes é identificar adequa-
damente os mesmos.
Não é incomum que exista mais de um setor,
área ou zona de produção em uma planta indus-

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