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Com vigência desde janeiro de 2004, a Norma Brasileira Regulamentar (NBR) n° 14.039 trouxe
algumas mudanças significativas referentes à proteção de subestações de entrada de média
tensão ou cabines primárias, como são também conhecidas. Com a nova norma, fica proibida a
utilização do relé primário “pica-pau” (relé eletromagnético com retardo a fluído dinâmico
instalado em cima do disjuntor) para potências acima de 300kVA.
Nesse caso, a norma exige a proteção indireta da subestação, ou seja, o relé deve ser instalado
fora do disjuntor. Esse tipo de proteção é usado há muito tempo como padrão de algumas
concessionárias, como a Cemig e a Light Rio. O relé exigido pela norma é um dispositivo
microprocessado, tecnologia que conta com determinadas programações de acordo com a
pecualiaridade de cada cabine. Além disso, ele consegue atender a diversas faixas de escala.
Outro ponto abordado na nova NBR diz respeito aos transformadores de corrente (TC) a óleo.
Estes não podem mais ser instalados quando a cabine estiver no mesmo invólucro da indústria ou
do ambiente em questão. É obrigatória, nessa situação, a instalação de um TC a seco. No entanto,
caso a cabine esteja separada do prédio, o transformador a óleo pode ser instalado. Quanto aos
consumidores comerciais a norma é mais exigente: somente os TCs podem ser instalados.
Nesse segundo cubículo, a escolha do tipo de proteção deve ser cuidadosa. A proteção indireta
pode ser feita por meio de disjuntores off-board e on-board. A NBR n° 14.039 não faz exigências
nem comentários quanto a eles. As empresas paulistas A. Cabine, indústria de materiais elétricos,
e ABB, especializada em automação industrial, desenvolveram um produto para a área de
proteção de subestações: o disjuntor on-board Vmax, com isolação de 17,5kV/1.250A/25kA da
marca Sace ABB.
O curto-circuito é o contato direto acidental entre os condutores de uma rede. Pode ser entre
fases ou entre fase e neutro. Pode ocorrer devido a algum problema na própria rede ou no
interior de alguma máquina ou equipamento. A corrente atinge rapidamente valores elevados,
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limitados apenas pela resistência ôhmica dos condutores ou capacidade da fonte geradora.
Sem uma proteção adequada, danos graves ocorrerão (componentes inutilizados,
equipamentos danificados, choques) e o risco de incêndio é grande. Fusíveis são uma boa
proteção contra curtos-circuitos. Não são muito adequados contra sobrecargas. Para tais casos
devem ser usados disjuntores. O fusível é um componente elétrico que tem a importante
finalidade de interromper a passagem da corrente elétrica em um circuito quando esta assume
um valor muito acima do especificado, protegendo assim os outros componentes desse
circuito. O fusível, então, é classificado como um dispositivo de proteção simples e econômico
e é principalmente utilizado em aplicações domésticas e na indústria leve. Os pequenos
fusíveis usados em circuitos eletrônicos são geralmente simbolizados por . Em . instalações
elétricas é comum o símbolo Quando o fusível atua, torna-se necessário a sua substituição.
Deve-se proceder a verificação do circuito para se identificar a causa da queima do fusível, só
então fazendo a substituição, tomando-se as devidas ações de segurança. Para a correta
substituição de um fusível é necessária a observação fiel dos seus valores característicos
(corrente, tensão, tempo de atuação, etc.). O princípio de funcionamento dos fusíveis é pela
fusão parcial ou total de seu “elemento fusível”, abrindo o circuito elétrico e interrompendo a
passagem de corrente. O tempo de fusão é proporcional ao quadrado da corrente aplicada e a
inércia térmica do conjunto que forma o elemento fusível. Portanto, variando-se os elementos
do conjunto que forma o elemento fusível, podemos ter um fusível de ação muito rápida (FF),
rápida (F), média (M), lenta (T), ou muito lenta (TT), todos eles baseados em um mesmo
método de ensaio. Para isso existem curvas características para cada tipo de fusível, as quais
fornecem faixas para o tempo de fusão em função da corrente aplicada. Geralmente, apenas
os pontos mais importantes e suficientes para definir ou ensaiar o fusível são reproduzidos nos
quadros de dados técnicos dos catálogos dos fabricantes. Esta diversidade é necessária, uma
vez que cargas comuns como motores têm um pico de corrente na partida que deve ser
suportado e, portanto, o tipo retardado deve ser usado. Equipamentos sensíveis como os
eletrônicos precisam de uma ação rápida para uma correta proteção. É importante evitar
confusões. Um fusível rápido colocado no lugar de um retardado provavelmente irá abrir ao se
ligar a carga. E um retardado no lugar de um rápido poderá não proteger os componentes em
caso de um curto interno no equipamento. O que não se pode esquecer é que um fusível
apresenta queda de tensão em seus terminais e entre terminais e contatos do suporte, quando
em funcionamento. Normalmente, os fusíveis de ação retardada têm queda de tensão mais
baixa em comparação com os fusíveis de ação rápida. Este detalhe é muito importante e mais
perceptível quando se trabalha com tensões muito baixas, da ordem de 6 a 12 Volts e
correntes elevadas. Em certos casos, podemos ter, sobre o conjunto fusível-suporte, uma
queda de tensão igual ou superior a 1V. Independente da forma do fusível, considera-se em um
projeto: − − − − Corrente nominal: corrente máxima que o fusível suporta em regime contínuo;
Tensão nominal: tensão máxima a que o fusível pode ficar submetido em funcionamento
normal; Temperatura de trabalho: referente ao ambiente a que o fusível vai trabalhar;
Sobrecargas: sobrecargas a que o fusível poderá ser submetido, para não comprometer a
segurança do circuito; − Capacidade de interrupção: corrente presumida (calculada) a que o
circuito do fusível pode ser submetido em caso de curto-circuito (da ordem de kA);
− Transientes: variações rápidas e de curta duração dos valores de tensão ou de corrente, que
podem causar atuação indevida do fusível. Com relação aos transientes, deve-se atentar
principalmente quando o valor de i² t está muito próximo ao valor escolhido do fusível. Quando
esse valor chegar em torno de 90% da corrente nominal, o fusível sempre se romperá; −
Posição do fusível dentro do equipamento (espaço disponível, disposição, etc.); Outros
detalhes a observar para cada caso.
TIPOS
Há vários tipos de fusíveis, cada qual apropriado a uma ou mais aplicações.
ROLHA - Tipo de fusível, atualmente pouco usado, mas que já foi muito utilizado, geralmente
em conjunto com um tipo de chave faca, também pouco usada hoje em dia.
Fusível Rolha, em porcelana, contato em latão, visor, protetor transparente, 30A - 250VCA
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possibilita uma análise visual do estado do fusível sem a retirada do mesmo do circuito. Há
ainda os fusíveis de cartucho que usam corpo cilíndrico feito em papel ou material sintético.
Para esses tipos de fusíveis, não há a possibilidade de visualização do elemento fusível, sendo
necessário o teste elétrico para se avaliar o estado do mesmo. Esses fusíveis são usados até
potências médias e, em alguns tipos, é colocada uma areia especial no interior do fusível com a
finalidade de diminuir o arco elétrico e evitar danos ao invólucro do fusível.
Base (com fixação rápida ou por parafusos); Anel de Proteção (ou alternativamente Capa de
Proteção); Parafuso de Ajuste; Fusível; Tampa. No sistema 'D' (figura acima), a troca de um
fusível por outro de maior valor só é possível com a substituição do parafuso de ajuste
(exceção: para 2, 4 e 6A, quando o parafuso tem a mesma bitola, embora diferenciado nas
cores).
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evitam alterações dos fusíveis, preservando as especificações do projeto. Permitem a fixação
rápida por engate rápido sobre trilho ou parafusos.
Fusível MINIZED 1.2.9 Fusível Cartucho para chave tipo Matheus São fusíveis destinados à
operação em redes de distribuição. É composto de um elemento fusível no interior de um
cartucho de papelão. Esse fusível é introduzido dentro de outro cartucho Matheus. Tem, além
da função de proteção, também a função de fixação da parte móvel do cartucho Matheus, que
garante que a permanência na sua posição de funcionamento (vertical). Quando acontece o
rompimento do elemento fusível, a parte móvel do cartucho perde sua fixação e este cai,
ficando sustentado por sua parte inferior. Serve, portanto, como sinalizador, indicando aos
operadores do sistema elétrico que houve um problema que causou o rompimento do fusível.
Podemos ver esse conjunto montado nos postes onde existem transformadores na rede de
distribuição urbana.
DISJUNTORES E RELIGADORES
Foto religador em SE
Essa aplicação é cada vez mais frequente em subestações de pequeno porte, em que o
nível de curto-circuito e o estudo de coordenação de isolamento permitem sua
instalação. O uso do religador tem motivado o desenvolvimento dos dispositivos de
proteção, controle e medição, cada vez mais completos para os equipamentos ofertados
para o mercado de energia elétrica.
Religador hidráulico
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Como principais vantagens da aplicação de religadores para controle e proteção de
alimentadores de distribuição, usados na subestação, podem-se relacionar os seguintes
itens:
o Contador de operações;
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o Sincronismo de tempo para facilitar as análises de ocorrência com registro de eventos
em uma única base de tempo em todo o sistema;
Normalmente, os religadores são fabricados com tensão nominal de até 38 kV, NBI
(Nível Básico de Isolamento) de até 200 kV e capacidade de interrupção de até 16 kA.
Sempre que o projeto da subestação permitir, a solução de alimentadores de distribuição
protegidos na subestação por religadores será uma alternativa a ser avaliada técnica e
economicamente. E essa poderá representar uma redução significativa de custos,
tornando-se uma alternativa viável e interessante.
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A padronização de controles para uso em religadores de distribuição contribui para a
redução significativa de custos de estoque com equipamentos de diversos fabricantes e
necessidade de treinamentos intensivos das equipes de operação e manutenção. Dessa
forma, a melhor opção será sempre o emprego de controles que permitam maior
compatibilidade com equipamentos disponíveis no mercado.
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TRANSFORMADOR DE CORRENTE
Simbologia e Convenções
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Circuito Equivalente
O circuito equivalente aproximado para um transformador de corrente é mostrado na
figura ao lado, onde a transformação da corrente entre os circuitos primário e secundário
é feita sem perdas. A impedância de dispersão do primário Z1 é multiplicada pelo
quadrado da relação N² quando referida ao secundário. A impedância de dispersão
secundária é Z2. Os componentes de perdas no núcleo por correntes parasitas e por
magnetização são dados por Zm e a impedância de carga é dada por Zc.
Este circuito generalizado pode ser simplificado como mostrado no esquema ao lado. A
impedância primária Z1 pode ser desprezada, uma vez que o reduzido número de espiras
no primário (o que é verdadeiro para a maioria dos TCs comerciais) tem pequena
resistência e pouca dispersão. A corrente através do ramo magnetizante X m é Im,
chamada corrente de excitação. A corrente de excitação é atrasada de 90° em relação a
V1'.
Tipos construtivos
São classificados de acordo com o modelo do enrolamento primário, já que o
enrolamento secundário é constituído por uma bobina com derivações (taps) ou
múltiplas bobinas ligadas em série e/ou paralelo, para se obter diferentes relações de
transformação. Quanto aos tipos construtivos, os TCs mais comuns, são:
Tipo enrolado
Este tipo é usado quando são requeridas relações de transformações inferiores a 200/5.
Possui isolação limitada e portanto, se aplica em circuitos até 15kV. Ocorre quando o
enrolamento primário, constituído de uma ou mais espiras, envolve mecanicamente o
núcleo do transformador.
Tipo barra
Tipo bucha
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Consiste de um núcleo em forma de anel (núcleo toroidal), com enrolamentos
secundários. O núcleo fica situado ao redor de uma “bucha” de isolamento, através da
qual passa um condutor, que substituirá o enrolamento primário. Este tipo de TC é
comumente encontrado no interior das “buchas” de disjuntores, transformadores,
religadores, etc..
Tipo janela
Tem construção similar ao tipo bucha, sendo que o meio isolante entre o primário e o
secundário é o ar. O enrolamento primário é o próprio condutor do circuito, que passa
por dentro da janela.
Classificação
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Utilizados para medição de correntes em alta tensão, possuem características de boa
precisão (ex.: 0,3%-0,6% de erro de medição) e baixa corrente de saturação (4 vezes a
corrente nominal).
Utilizados para proteção de circuitos de alta tensão, são caracterizados pela baixa
precisão (ex.: 10%-20% de erro de medição) e elevada corrente de saturação (da ordem
de 20 vezes a corrente nominal).
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
O transformador é uma das máquinas mais eficientes já existiu. Ele não transforma o
tipo da energia, mas muda algumas variáveis. Para tal, o transformador apenas funciona
em circuitos de correntes alternadas.
Seu funcionamento é explicado pela lei de Faraday (indução) e lei de Lenz (variação do
fluxo magnético). A espira primária, lado onde chega a energia a ser transformada,
recebe a tensão primária e conduz uma corrente primária. Esta corrente, por ser
alternada, gera uma variação no fluxo magnético no seu interior. Este fluxo, para um
melhor rendimento, é canalizado por um núcleo ferro-magnético. No outro lado do
núcleo, onde há a espira secundária (saída da energia transformada), a variação do
fluxo, canalizado pelo núcleo, induz uma tensão nesta espira. Se houver um circuito
fechado ligado à espira secundária, uma corrente induzirá será estabelecida.
Ao ligarmos uma carga no secundário, a corrente induzida que é estabelecida gera uma
nova variação do fluxo magnético de modo a interagir com o que tinha inicialmente (a
vazio), e a varição resultante permite que a corrente primária aumente (para suportar a
carga ligada no secundário).
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FONTES CONSULTADAS:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAkuMAJ/dispositivos-protecao-manobra-comandos-
eletricos
http://www.pextron.com.br/paginas/informacoestecnicas/artigos/materiagtd/inicial.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transformador_de_corrente
http://carlosmatheus.com.br/?p=39
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