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ANÁLISE DE

SISTEMAS TÉRMICOS
Prof. Dr. Paulo H. D. Santos psantos@utfpr.edu.br
AULA 1
Apresentação do Curso;
29/08/2014 Revisão sobre Termodinâmica;
Sumário
 Ementa
 Metodologia
 Avaliação
 Datas Previstas
 Referências
 Revisão da Termodinâmica

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 3/216
Ementa

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 4/216
 Modelagem dos ciclos de potência a gás, a vapor e
combinados.
 Modelagem dos sistemas de refrigeração por compressão e
por absorção.
 Modelagem dos Ciclos Diesel e Otto.
 Modelagem de sistemas de cogeração.
 Modelagem de trocadores de calor com e sem mudança de
fase.

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Metodologia

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 Aulas expositivas do conteúdo programático com a
utilização de recursos audiovisuais.
 Trabalhos para fixação do conteúdo.

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Avaliação

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 As avaliações serão compostas por uma prova e trabalhos.
 A prova terá 60% de peso na avaliação.
 Os trabalhos terão 40% de peso na avaliação.

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Datas Previstas (Aulas e Prova)

29/08/14 Apresentação do Curso e Revisão sobre Conceitos da Termodinâmica;


05/09/14 Modelagem dos ciclos de potência a gás, a vapor e combinados – Parte I
19/09/14 Modelagem dos ciclos de potência a gás, a vapor e combinados – Parte II
03/10/14 Modelagem dos sist. de refri. por compressão e por absorção – Parte I
17/10/14 Modelagem dos sist. de refri. por compressão e por absorção – Parte II
31/10/14 Modelagem Ciclos Diesel, Otto e sistemas de cogeração – Parte I
14/11/14 Modelagem Ciclos Diesel, Otto e sistemas de cogeração – Parte II
28/11/14 Modelagem de trocadores de calor com e sem mudança de fase – Parte I
12/12/14 Modelagem de trocadores de calor com e sem mudança de fase – Parte II
19/12/14 Prova

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Referências

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 Y. A. Çengel and M. A. Boles, Thermodynamics: An Engineering
Approach, 5th ed., McGraw-Hill, 2006.
 Heywood, J. Internal Combustion Engine Fundamentals, 1st ed.,
McGraw-Hill, 1988.
 Cohen, H.; Rogers, G. and Saravanamuttoo, H., Gas Turbine
Theory, 4th. ed., Longman: London, 1996.
 K. Herold, R. Radermacher and S. A. Klein, Absorption Chillers
and Heat Pumps, 1st ed., CRC-Press, 1996.
 M. M. Rathore, Thermal Engineering, 1st ed., McGraw-Hill, 2010.
 S. Kakac, A. Pramuanjaroenkij and H. Liu, Heat Exchangers:
Selection, Rating, and Thermal Design, 2nd ed., CRC-Press, 2002.
 EES Manual for Microsoft Windows Operating Systems, 2011,
http://www.fchart.com/.
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Revisão
da
Termodinâmica
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Etimologia

A palavra Termodinâmica tem origem das palavras gregas


 therme (θερμη): calor
 dynamis (δυναμις): movimento

Isto descreve bem os primeiros esforços na tentativa de


converter calor em movimento.

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Breve Histórico

 -∞ até 1697 (?): princípios da Termodinâmica existem desde a


criação do Universo

 1697 (Thomas Savery) e 1712 (Thomas Newconem):


surgimento da Termodinâmica como ciência após a construção
dos primeiros motores a vapor na Inglaterra

 Década de 1850 (Willian Rankine, Rudolph Clausius &


Willian Thomson [Lord Kelvin]): surgimento simultâneo da
Primeira e Segunda Leis da Termodinâmica

 1859 (Willian Rankine): primeiro livro sobre Termodinâmica


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Definição

 Termodinâmica é a ciência da energia.


(ÇENGEL & BOLES, 2007)

 Termodinâmica é a ciência da energia e da entropia.


(BORGNAKKE & SONNTAG, 2009)

 Termodinâmica é a ciência que trata da energia e das relações


entre as propriedades da matéria.
(MORAN & SHAPIRO, 2009)

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A base da Termodinâmica, como a de todas as ciências, é a
observação experimental.

Na Termodinâmica, essas descobertas foram formalizadas


através de certas leis básicas, conhecidas como Primeira,
Segunda e Terceira Leis da Termodinâmica. Além
dessas, a Lei Zero, que no desenvolvimento lógico da
termodinâmica precede a Primeira Lei, também foi
estabelecida.

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Energia

A energia pode ser entendida como a capacidade de causar


alterações.

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Princípio de Conservação da Energia

Uma das leis fundamentais da natureza, dita que durante uma


interação, a energia pode mudar de uma forma para outra,
mas que a quantidade total permanece constante. (Energia
não pode ser criada nem destruída)

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Primeira Lei da Termodinâmica

É uma expressão do Princípio de Conservação de Energia, e


diz que a energia é uma propriedade termodinâmica.

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Segunda Lei da Termodinâmica

Diz que a energia tem qualidade, bem como quantidade, e


que os processos reais ocorrem na direção da diminuição da
qualidade da energia.

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Termodinâmica Clássica

É a abordagem macroscópica da Termodinâmica, que não


exige o conhecimento do comportamento das partículas
individuais.

Um modo direto e fácil para a solução dos problemas de


Engenharia.

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Termodinâmica Estatística

É uma abordagem mais elaborada, com base no comportamento


médio de grandes grupos de partículas individuais.

Essa abordagem microscópica é bastante sofisticada e será


utilizada nesta disciplina somente como um elemento suporte.

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Aplicações da Termodinâmica

É difícil imaginar uma área que não se relacione à


Termodinâmica de alguma maneira, pois todas as atividades da
natureza envolvem alguma interação entre energia e matéria.

O desenvolvimento de uma boa compreensão dos princípios


básicos da Termodinâmica há muito constitui parte essencial
do ensino da Engenharia.

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Centrais Termoelétricas
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Centrais Nucleares
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Turbina a Gás Células de Combustível

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Motores Químicos de Foguetes
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Processos de
Mudança de Fase de
Substâncias Puras
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Há inúmeras situações práticas em que duas fases de uma
substância pura coexistem em equilíbrio.

Por ser uma substância familiar, a água é utilizada para


demonstrar os princípios básicos envolvidos na mudança de
fase.

Ressalta-se que todas as substâncias puras exibem, de uma


forma geral, o mesmo comportamento.

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Processos de Mudança de Fase

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Temperatura de Saturação
A uma determinada pressão, a temperatura na qual uma
substância pura muda de fase é chamada de temperatura de
saturação Tsat . (Por exemplo, a uma pressão de 101325 Pa a
Tsat da água é de 99,97°C.)

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Pressão de Saturação
Da mesma forma, a uma determinada temperatura, a pressão
na qual uma substância pura muda de fase é chamada de
pressão de saturação, psat . (Por exemplo, a uma
temperatura de 99,97 °C, psat da água é de 101,325 kPa.)

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Tabelas de Saturação

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Calor Latente
A quantidade de energia absorvida ou liberada durante um
processo de mudança de fase é chamada de calor latente.

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Calor Latente de Fusão
Quantidade de energia absorvida durante a fusão e é
equivalente à quantidade de energia liberada durante a
solidificação.

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Calor Latente de Vaporização
Quantidade de energia absorvida durante a vaporização e é
equivalente a energia liberada durante a condensação.

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As magnitudes dos calores latentes dependem da temperatura ou
da pressão na qual ocorre a mudança de fase.

À pressão de 1 atm, o calor latente de fusão da água é de


333,7 kJ/kg e o calor latente de vaporização é de 2256,5 kJ/kg.

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Durante o processo de mudança de fase, pressão e temperatura
são propriedades dependentes, existindo definitivamente
uma relação entre elas, ou seja, Tsat = f (psat).

A curva de saturação líquido-vapor de uma substância pura (valores numéricos: água).


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Diagramas de
Propriedades para os
Processos de Mudança
de Fase
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É mais fácil estudar e entender as variações das propriedades
durante os processos de mudança de fase com o auxílio dos
diagramas T-v, p-v e p-T das substâncias puras.

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Diagrama T-v
O processo de mudança de fase da água à pressão de 1 atm foi
descrito anteriormente e traçado uma diagrama T-v.

Agora, repetiremos esse processo a pressões diferentes para


desenvolver o diagrama T-v.

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Ponto Crítico
O ponto no qual os estados de líquido saturado e vapor
saturado são idênticos. (Por exemplo, para água 22,06 MPa,
373,95 °C e 0,003106 m³/kg.)

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Diagrama T-v de uma substância pura.
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Diagrama p-v
A forma geral do diagrama p-v de uma substância pura é
muito parecida com o diagrama T-v, porém as linhas de T
constante desse diagrama apresentam uma tendência
descendentes.

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Diagrama p-v de uma substância pura.
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Diagrama p-v de uma substância que se contrai ao solidificar.
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Diagrama p-v de uma substância que se expande ao solidificar.
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Ponto Triplo
Ponto sob determinadas condições em que todas as três fases
de uma substância pura coexistem em equilíbrio. (Por
exemplo, para a água 0,01°C e 0,6117kPa.)

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Nenhuma substância pode existir na fase líquida em equilíbrio
estável a pressões abaixo da pressão do ponto triplo.

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Diagrama p-T
Este diagrama é frequentemente chamado de diagrama de
fase, uma vez que todas as três fases são separadas umas
das outras por três linhas.

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Diagrama p-T de uma substância pura.
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Superfície p-v-T
As superfícies p-v-T apresentam uma grande quantidade de
informações simultaneamente.

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Superfície p-v-T de uma substância Superfície p-v-T de uma substância
pura que se contrai ao solidificar. pura que se expande ao solidificar.

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Equação de Estado
Qualquer equação que relacione pressão, temperatura e
volume específico de uma substância.

Relações envolvendo outras propriedades de uma substância


em estados de equilíbrio também são chamadas de equação
de estado.

Existem várias equações de estado, algumas são simples e


outras bastante complexas.

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A equação de estado para substâncias na fase gasosa mais
simples e mais conhecida é a Equação de Estado do Gás
Ideal.

Gás e Vapor são utilizados como sinônimos. A fase vapor de


uma substância é normalmente chamada de gás quando está
acima da temperatura crítica. Em geral, entende-se por
vapor um gás que não está longe do estado de condensação.

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Equação de Estado
do Gás Ideal

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Essa equação prevê o comportamento p-v-T de um gás com
bastante precisão dentro de uma determinada região.

 1662 (Robert Boyle): observou que a pressão dos gases era


inversamente proporcional ao seu volume.

 1802 (J. Chales & J. Gay-Lussac): determinaram


experimentalmente que a baixas pressões o volume de um
gás é proporcional à sua temperatura.

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Equação de Estado do Gás Ideal

pv  RT
sendo que:
 R e a constante do gás [J/(kg.K)]
 p é a pressão absoluta [Pa]
 T é a temperatura absoluta [K]
 v é o volume específico [m3/kg]

Um gás que obedece a Equação de Estado do Gás Ideal


(Relação do Gás Ideal) é chamado de gás ideal.

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Constante R do Gás
A constante R do gás é diferente para cada gás e determinada
a partir de
Ru
R
M
sendo que:
 Ru é a constante universal dos gases [J/(kmol.K)]
 M é a massa molar (ou peso molecular) [kg/kmol]

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Constante Universal dos Gases Ru
É a mesma para todas as substâncias.

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Massa Molar (Peso Molecular)
Pode ser definida de forma simples como a massa de um mol
de uma substância em gramas.

m=NM

sendo que
 m é a massa do sistema [kg]
 N é o número de moles [kmol]

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Formas da Equação de Estado do Gás Ideal

pV  NRuT

pv  RuT

pV  mRT
sendo que v é o volume específico molar, definido como o
volume total (V) pelo número de moles (N) [m3/kmol].

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Base Molar
Uma barra acima de uma propriedade denota valores na base
molar.

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Outra Forma da Relação do Gás Ideal

p1v1 p2 v2

T1 T2

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Gás Ideal
Um gás ideal é uma substância imaginária que obedece à
relação pv = RT.

Foi observado experimentalmente que a relação do gás ideal


aproxima-se bastante do comportamento p-v-T dos gases
reais a baixas massas específicas.

A baixas pressões e altas temperaturas, a massa específica


de um gás diminui e o gás se comporta como um gás ideal
nessas condições.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 72/216
Em faixas de interesse prático, muitos gases, como o ar,
nitrogênio, hidrogênio, argônio, hélio, kriptônio, neônio
e até mesmo gases mais pesados, como o dióxido de
carbono, podem ser tratados como gases ideais com um
erro desprezível (< 1%).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 73/216
O Vapor d’Água é um Gás Ideal?
Depende!

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Fator de
Compressibilidade

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Os gases se desviam significativamente do comportamento de
gás ideal em estados próximos à região de saturação e ao
ponto crítico.

Esse desvio de comportamento de gás ideal a uma


determinada temperatura e pressão pode ser calculado com
precisão por meio da introdução de um fator de correção,
chamado de fator de compressibilidade, Z,

pv  ZRT

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Obviamente, Z = 1 para gases ideais. Para gases reais Z pode
ser maior ou menor do que 1.
Quanto mais distante Z estiver da unidade, mais o gás se
desviará do comportamento de gás ideal.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 77/216
Como dito anteriormente, os gases obedecem à Equação de
Estado do Gás Ideal a pressões baixas e temperaturas altas.

O fato da temperatura ou a pressão de uma substância ser alta


ou baixa depende de sua temperatura ou pressão críticas.

p T
pR  TR 
pcr Tcr

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Princípio dos Estados Correspondentes

O fator de compressibilidade Z para todos os gases é


aproximadamente igual à mesma pressão e temperatura
reduzida.

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Pressão
Reduzida
p
pR 
pcr

Temperatura
Reduzida
T
TR 
Tcr

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Diagrama Geral de Compressibilidade

As seguintes observações podem ser feitas a partir do diagrama


geral de compressibilidade:

a) A pressões muito baixas (PR << 1), os gases se comportam


como gases ideais independentemente da temperatura.

b) A altas temperaturas (TR > 2), o comportamento de gás ideal


pode ser admitido com boa exatidão, independentemente da
pressão (exceto para PR >> 1)

c) O desvio de comportamento de gás ideal é maior na


vizinhança do ponto crítico.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 83/216
Quando p e v, ou T e v são fornecido ao invés de p e T, o
diagrama geral de compressibilidade pode ainda ser usado
para determinar a terceira propriedade, entretanto isso
implica num processo tedioso de tentativa e erro.

Com isso, é preciso definir uma propriedade reduzida adicional


chamada volume específico pseudo-reduzido, vR ,

vreal
vR 
RTcr Pcr

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 84/216
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 87/216
Outras Equações
de Estado

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Na busca por equações de estado que representam o
comportamento p-v-T das substâncias com precisão em
uma região maior e sem limitações, várias equações têm
sido propostas, a saber:

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 89/216
Equação de Estado: van der Waals
Esta equação foi proposta em 1873 e tem duas constantes
determinadas a partir do comportamento de uma substância
no ponto crítico. (importância histórica!)

 a
 p  2  v  b   RT
 v 

sendo que
27 R 2 Tcr2 R Tcr
a b
64 pcr 8 pcr

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 90/216
Equação de Estado: Beattie-Bridgeman
Esta equação foi proposta em 1928 e é uma equação de estado
que possui 5 constantes determinadas experimentalmente.

RuT  c 
p  2 1  3  v  B   2
A
v  vT  v
sendo

 a  b
A  A0 1   B  B0 1  
 v  v

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 91/216
Equação de Estado: Benedict-Webb-Rubin

Benedict, Webb e Rubin estenderam a Equação de Beattie-


Bridgeman em 1940 elevando o número de constantes para 8.



RuT  C0  1 bRuT  a a c    v2
p   0 u
B R T  A0  2  2
   3 2 
1  2 
e
v 2
 T v v 3
v 6
v T  v 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 92/216
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Equação de Estado:Virial
A equação de estado de uma substância pode também ser
expressa como uma séria na forma
RT aT  bT  cT  d T  eT 
p  2  3  4  5  6 
v v v v v v
Essa e outras equações similares são chamadas de Equações
de Estado do Virial e os coeficientes a(T), b(T), c(T) ..., que
são funções apenas da temperatura, são chamados de
coeficientes do Virial.

Estes coeficientes podem ser determinados experimental ou


teoricamente a partir da Mecânica Estatística.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 94/216
A precisão das Equações de estado de van der Waals, de Beattie-
Bridgeman e de Benedict-Webb-Rubin é ilustrada por

A Equação de Estado de Benedict-Webb-Rubin é a mais exata!


Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 95/216
Trabalho de
Fronteira Móvel

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 96/216
O trabalho de fronteira total realizado durante o processo
completo de movimentação do pistão é expresso pelo
somatório de todos os trabalhos diferenciais do estado
inicial até o estado final
2
Wb  1
p dV

Nota: esta integral pode ser avaliada somente se a relação


funcional entre p e V for conhecida durante o processo
[equação da trajetória do processo num diagrama p-V].

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 97/216
2 2


A  dA 
1
 p dV
1

A área sob a curva de um processo num diagrama p-V é igual, em


magnitude, ao trabalho realizado durante um processo de compressão ou
de expansão em quase-equilíbrio de um sistema fechado.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 98/216
Processo Politrópico
São processos reais de expansão e compressão de gases, em
que a pressão e o volume são frequentemente relacionados
por
pV  cons tan te
n

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 99/216
Trabalho 1 (Entrega 05/09/14)
Demonstre que o trabalho de fronteira de um processo
politrópico é expresso por:

p2V2  p1V1
Wb  n 1
1 n

 V2  n 1
Wb  pV ln 
 V1 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 100/216
Balanço de Energia
em Sistemas Fechados
(1ª Lei da Termodinâmica para
Sistemas Fechados)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 101/216
Trabalho 2 (Entrega 05/09/14)
Mostre que o balanço de energia de um sistema fechado pode
ser expresso por:
Q  W  E  U  EC  EP

sendo que:
W  Woutros  Wb

U  mu2  u1 

EC  m V22  V12 


1
2
EP  mg  z2  z1 
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 102/216
Para um processo a pressão constante, Wb = pV, e com isso,

Q  Woutros  H  EC  EP


sendo que

 H  pV  U

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 103/216
Energia Interna,
Entalpia e
Calores Específicos
dos Gases Ideais
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 104/216
As variações diferenciais de u e de h de um gás ideal podem
ser expressar por

du  cv T  dT e dh  c p T  dT

e, estas variações de um gás ideal durante um processo do


Estado 1 para o Estado 2 são determinadas por
2 2
u  u2  u1  cv T  dT
 e h  h2  h1  c p T  dT

1 1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 105/216
Para realizar essas integrações, as relações de cv e cp como
funções da temperatura devem ser conhecidas.

Os calores específicos dos gases reais a baixas pressões são


chamados de calores específicos de gases ideais ou
calores específicos a pressão zero (cp0 e cv0).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 106/216
Tabela A.6

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 107/216
Tabela A.5

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 108/216
Para evitar cálculos trabalhosos, os valores de u e h de vários
gases foram expressos em tabelas com pequenos intervalos
de temperatura. Essas tabelas são obtidas pela seleção de
um estado de referência arbitrário (Zero Kelvin). No estado
de referência, u e h recebem o valor de zero.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 109/216
Tabela A.7

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 110/216
As funções dos calores específicos com a temperatura podem
ser substituídas pelos valores constantes dos calores
específicos médios.

u2  u1  cv ,méd T2  T1 

h2  h1  c p ,méd T2  T1 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 111/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 112/216
Para resumir, há 3 maneiras para determinação de Δu e Δh
para gases ideais.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 113/216
Relações entre Calores Específicos
dos Gases Ideais

dh  du  RdT
c p  cv  R
c p  cv  Ru
cp
k
cv

sendo k uma outra propriedade do gás ideal chamada razão


dos calores específicos.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 114/216
Energia Interna,
Entalpia e
Calores Específicos de
Sólidos e Líquidos
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 115/216
Líquidos e sólidos podem ser aproximados como substâncias
incompressíveis sem comprometer muito a precisão.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 116/216
Pode ser demonstrado matematicamente que os calores
específicos a volume constante e a pressão constante são
idênticos para substâncias incompressíveis.

c p  cv  c

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 117/216
Tabelas A.3 e A.4

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 118/216
Assim como nos gases ideais, os calores específicos de
substâncias incompressíveis dependem somente da
temperatura.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 119/216
Variações de Energia Interna

du  cT  dT
2
u  u2  u1  cT  dT

1

u2  u1  cméd T2  T1 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 120/216
Variações de Entalpia
Utilizando a definição de entalpia h = u +pv e observando que
v é uma constante, a forma diferencial da variação de
entalpia de substâncias incompressíveis pode ser
determinada por
=0
dh  dh  vdp  pdv  du  vdp
integrando,
h  u  vp

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 121/216
Sólidos
Nos sólidos, o termo v Δp é insignificante e,

h  u  cméd T

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 122/216
Líquidos
Nos líquidos, são encontrados comumente dois casos:

 Processos a pressão constante (p.ex., aquecedores)


h  u  cméd T

 Processos a temperatura constante (p.ex., bombas)


h  vp

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 123/216
Conservação
da Massa

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 124/216
Trabalho 3 (Entrega 05/09/14)
 Demonstre que o princípio da conservação da massa levando
em consideração todas as entrada e saídas do volume de
controle pode ser expresso por:
dmVC . .
  me   ms
dt e s

 O princípio de conservação da massa para um processo com


escoamento em regime permanente aplicado a um volume de
controle com várias entradas e saídas pode ser expresso em
forma de taxa por:

 m   m
e s

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 125/216
Caso Especial: Escoamento Incompressível

Para um fluido incompressível (ρ = constante), tem-se que o


princípio de conservação da massa é dado por

Q  Q e s

ou, para uma única corrente,

Qe  Qs

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 126/216
1ª Lei da
Termodinâmica

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 127/216
Trabalho 4 (Entrega 05/09/14)
Demonstre que a Primeira Lei da Termodinâmica (Balanço de
Energia) aplicada a um volume de controle pode ser
expressa por:
dEVC  Ve2   Vs2 
 QVC  WVC   me  he   gze    ms  hs   gzs 
dt e  2  s  2 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 128/216
De uma forma mais geral, a equação do balanço de energia
(a Primeira Lei da Termodinâmica) aplicada a um volume
de controle com escoamento em regime permanente
resulta
 Vs2   Ve2 
QVC  WVC   ms  hs   gzs    me  he   gze 
s  2  e  2 

Para dispositivos com corrente única, esta equação pode ser


expressa por
 V22   V12 
QVC  WVC  m  h2   gz2    h1   gz1  
 2   2 
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 129/216
ou ainda, em termos de unidade de massa, tem-se que

 V22   V12 
 gz1    h2  h1    V22  V12   g  z2  z1 
1
qVC  wVC   h2   gz2    h1 
 2   2  2

Se o fluido sofrer uma variação desprezível em suas energias


cinética e potencial enquanto escoa através do volume de
controle, a Primeira Lei é reduzida a

qVC  wVC   h2  h1 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 130/216
Máquinas
Térmicas

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 131/216
Dispositivo que, operando segundo um ciclo termodinâmico,
realiza um trabalho líquido positivo a custa da
transferência de calor de um reservatório a temperatura
elevada para um reservatório a temperatura baixa.

Fluido de Trabalho: substância para a qual e da qual calor é


transferido.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 132/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 133/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 134/216
Eficiência Térmica

Wliq  energia pretendida  QH  QL QL


térmica    1
QH  energia gasta  QH QH

A eficiência térmica de uma máquina térmica é sempre menor


que 1, pois QH e QL são definidos como grandezas
positivas.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 135/216
Refrigerador e Bomba de Calor

Refrigerador: remover calor do espaço Bomba de calor: fornecer calor ao


refrigerado. espaço mais quente.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 136/216
Coeficiente de Performance: Refrigerador

QL  energia pretendida  QL 1
  
W  energia gasta  QH  QL QH  1
QL

O valor de β pode ser maior do que 1. Isto é, a quantidade de calor


removida do espaço refrigerado pode ser maior que o trabalho
realizado.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 137/216
Coeficiente de Performance: Bomba de Calor

QH  energia pretendida  QH 1
'  
W  energia gasta  QH  QL 1  QL
QH
 '   1
Essa relação indica que o coeficiente de performance de uma
bomba de calor é sempre maior do que 1, pois β é uma
quantidade positiva.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 138/216
Moto-Perpétuo

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 139/216
Um moto-perpétuo é qualquer dispositivo que infrinja à
Primeira ou à Segunda Leis da Termodinâmica.

Independentemente das muitas tentativas, não há registro


histórico de que alguma máquina desta natureza tenha
funcionado. Entretanto, isso não impediu os inventores de
tentarem criá-las.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 140/216
Trabalho 5 (Entrega 05/09/14)
Demonstre matematicamente porque esses sistemas abaixo
não poderiam existir. Quais Leis da Termodinâmica eles
estão infringindo?

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 141/216
A Escala
Termodinâmica
de Temperatura
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 142/216
Trabalho 6 (Entrega 05/09/14)
Demonstre, baseado no Segundo Princípio de Carnot, que
escala termodinâmica de temperatura relacionada às
transferências de calor entre um dispositivo reversível e os
reservatórios a alta e a baixa temperatura pode ser expressa
por:
 QH  TH
  
 QL rev TL

Esta escala de temperatura é chamada de escala Kelvin e as


temperaturas nesta escala são chamadas de temperaturas
absolutas.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 143/216
Máquina Térmica
de Carnot

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 144/216
A eficiência de Carnot é:

QL TL
t  1   1
QH TH

Essa é a mais alta eficiência que pode possuir uma máquina


térmica operando entre dois reservatórios de energia
térmica a temperaturas TL e TH.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 145/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 146/216
O Refrigerador de Carnot
O coeficiente de performance de um Refrigerador de Carnot
(Ciclo de Carnot Reverso) é:

QL 1 1
  
QH  QL QH  1 TH  1
QL TL

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 147/216
A Bomba de Calor de Carnot
O coeficiente de performance de uma Bomba de Calor de Carnot
(Ciclo de Carnot Reverso) é:

QH 1 1
 
'
 
QH  QL 1  QL 1  TL
QH TH

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 148/216
2ª Lei da
Termodinâmica

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 149/216
A Primeira Lei da Termodinâmica trata da energia e de sua
conservação.

A Segunda Lei da Termodinâmica leva à definição de uma


nova propriedade chamada entropia.

A entropia é mais bem compreendida no estudo de suas


aplicações nos processos mais comuns de Engenharia.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 150/216
Desigualdade de
Clausius

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 151/216
A Segunda Lei da Termodinâmica com frequência fornece
expressões que envolvem desigualdades.

Uma desigualdade com consequências importantes para a


Termodinâmica é a Desigualdade de Clausius, enunciada
pelo físico alemão Rudolf Julius Emanuel Clausius (1822-
1888), um dos fundadores da Termodinâmica, expressa por

Q
T 0

ou seja, a integral cíclica de δQ/T é sempre menor ou igual a


zero.
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 152/216
A Desigualdade de Clausius também pode ser expressa da
seguinte forma:

 Q 
  T vizinhaça   ciclo

 0, não há irreversibilidades no sistema



 ciclo   0, há irreversibilidades no sistema
 0, é impossível

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 153/216
O Princípio do
Aumento da
Entropia
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 154/216
Durante um processo irreversível, a entropia é gerada ou
criada e, essa geração deve-se totalmente à presença de
irreversibilidades.

Dessa forma, a variação de entropia de um sistema pode ser


expressa por
2
Q
S sistema  S 2  S1  T
1
 S ger

sendo que a geração de entropia, Sger ≥ 0.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 155/216
Trabalho 7 (Entrega 05/09/14)
Demonstre que a Segunda Lei da Termodinâmica aplicada a
um volume de controle pode ser expressa por:

dSVC Qj
   me se   ms se  S ger
dt j Tj e s

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 156/216
Diagramas de
Propriedades que
Contêm a Entropia
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 157/216
Da definição de entalpia, tem-se que
Qint rev  T dS
Com isso, a transferência de calor total
durante um processo internamente
reversível é determinada por
2


Qint rev  T dS
1

que corresponde a área sob a curva do


processo num diagrama T-S.
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 158/216
Um caso especial no qual essas integrações podem ser
efetuadas facilmente é o processo isotérmico internamente
reversível.
Qint rev  T0 S

ou, por unidade de massa,

qint rev  T0 s

sendo que T0 é a temperatura constante do sistema e ΔS é a


variação da entropia do sistema durante um processo.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 159/216
Um processo isoentrópico num diagrama T-s é reconhecido
facilmente como um segmento de reta vertical. (Isso é
lógico, porque um processo isoentrópico não envolve
transferência de calor e, portanto, a área sob a trajetória do
processo deve ser zero.)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 160/216
As Relações T ds

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 161/216
A forma diferencial da Equação da Conservação da Energia para
um sistema fechado contendo uma substância compressível
simples pode ser expressa para um processo internamente
reversível por

Qint rev  Wint rev  dU


sabe-se que
Qint rev  T dS
Wint rev  p dV

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 162/216
Equação de Gibbs

T dS  dU  pdV
ou, ainda,
T ds  du  pdv

Além disso, da definição de entalpia (h = u + pv), tem-se que

T dS  dH  Vdp
ou, ainda,
T ds  dh  v dp

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 163/216
Relações explícitas para as variações de entropia na forma
diferencial ds podem ser expressas por

du p dv
ds  
T T
e
dh v dp
ds  
T T
A variação de entropia durante um processo pode ser
determinada pela integração dessas equações entre os estados
inicial e final.
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 164/216
Variação da Entropia
de Líquidos e Sólidos

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 165/216
Líquidos e sólidos podem ser aproximados como substâncias
incompressíveis (dv ≈ 0), neste caso, tem-se que

du c dT
ds  
T T

onde cp = cv = c e du = c dT. Com isso,

2
s2  s1   cT 
dT T2
 cméd ln
1
T T1

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 166/216
A variação da entropia de uma substância verdadeiramente
incompressível depende apenas da temperatura e independe
da pressão.

Para processos isoentrópicos envolvendo líquidos e sólidos


tem-se que
T2
s2  s1  cméd ln  0
T1
e com isso,
T2  T1

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 167/216
Variação da Entropia
dos Gases Ideais

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 168/216
Portanto, a variação diferencial da entropia de um gás ideal
torna-se
dT dv
ds  cv R
T v
ou,
dT dp
ds  c p R
T p

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 169/216
A variação da entropia para um processo é obtida pela integração
dessa relação entre os estados inicial e final, logo,
2
s2  s1   cv T 
dT v2
 R ln
1
T v1
ou, 2
s2  s1   c p T 
dT p2
 R ln
1
T p1

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 170/216
Mesmo quando as funções cv (T) e cp (T) estão disponíveis, a
solução de integrais complicadas, sempre que a variação de
entropia for calculada, não é prática.

Duas opções são razoáveis:


 Efetuar as integrações simplesmente admitindo calores
específicos constantes;
 Resolver as integrais uma vez e tabelar os resultados

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 171/216
Calores Específicos Constantes
Assumir calores específicos constantes para gases ideais
simplifica bastante a análise, entretanto, há uma certa perda
de precisão.
A magnitude do erro introduzido por essa hipótese depende da
situação.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 172/216
As expressões para a variação da entropia dos gases ideais sob
a hipótese de calor específico constante são

T2 v2
s2  s1  cv ,méd ln  R ln
T1 v1
e
T2 p2
s2  s1  c p ,méd ln  R ln
T1 p1

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 173/216
ou, na base molar (multiplicando as relações pela massa
molar),

T2 v2
s2  s1  cv ,méd ln  Ru ln
T1 v1
e
T2 p2
s2  s1  c p ,méd ln  Ru ln
T1 p1

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 174/216
Calores Específicos Variáveis
Quando a variação de temperatura durante um processo é
grande e os calores específicos do gás ideal variam de
forma não-linear dentro do intervalo de temperatura, a
hipótese de calores específicos constante pode levar a erros
consideráveis nos cálculos da variação de entropia.

Ao invés de resolver essas integrais trabalhosas sempre que


um novo processo ocorra, é mais conveniente resolvê-las
apenas uma vez e tabelar os resultados.

Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 175/216
Com essa finalidade, optamos pelo zero absoluto como a
temperatura de referência e definimos uma função s0 como

T
s   c p T 
0 dT
0
T

Obviamente, s0 é uma função apenas da temperatura, e seu


valor é zero à temperatura zero absoluto.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 176/216
Os valores de s0 são calculados em
diversas temperaturas e os
resultados para o ar são
tabelados em função da
temperatura.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 177/216
Com isso, 2
c T  dT
1 p T 2 1  s 0
 s 0

s
sendo que 2
0
 s 0
T  s
2 e 1
0
 s 0
T1 .
Finalmente,
p2
s 2  s1  s  s  R ln
0
2
0
1
p1
ou, na base molar,
p2
s 2  s 1  s  s  Ru ln
0
2 1
0

p1
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 178/216
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 179/216
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 180/216
Processos
Isoentrópicos de
Gases Ideais
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 181/216
Trabalho 8 (Entrega 05/09/14)
Considerando o calor específico constante, demonstre que as
relações isoentrópicas dos gases ideais podem ser expressas
por: k 1
 T2   v1 
    
 T1  s cte  v2 
k 1
 T2   p2  k
    
 T1  s cte  p1 
k
 p2   v1 
    
 p1  s cte  v2 
sendo que R = cp – cv , k = cp /cv e R/cv = (k –1).
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 182/216
ou, de forma compacta, tem-se que

Tvk 1  cte


1 k 
Tp k
 cte

pv k  cte

Geralmente, k varia com a temperatura e, portanto, é


necessário utilizar um valor médio de k para o intervalo de
temperatura.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 183/216
Calores Específicos Variáveis
Levando em conta a variação dos calores específicos com a
temperatura, as relações isoentrópicas de gases ideais são
expressas por

p2
s  s  R ln
0
2
0
1
p1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 184/216
A relação anterior apresenta um modo exato de avaliação das
variações das propriedades dos gases ideais durante
processos isoentrópicos, pois leva em consideração a
variação dos calores específicos com a temperatura.

Entretanto, ela pode resultar em interações cansativas quando a


razão entre volumes for fornecida ao invés da razão entre
pressões.

Para contornar essas deficiências, duas novas grandezas


adimensionais associadas aos processos isoentrópicos foram
definidas (pressão relativa e volume específicos relativo).
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 185/216
Pressão Relativa
Tem-se que
p2 
 exp 
 s2
0
 s1 
0


p1  R 
ou ainda,
p2 exp s R

 0
2 
p1 exp s10 R  

exp(s0/R) é definida como a pressão relativa (pr).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 186/216
Com esta definição, tem-se que

 p2  pr , 2
  
 p1  s cte pr ,1

Note que a pressão relativa pr é uma grandeza adimensional, e


é função somente da temperatura (s0(T)). Portanto, os
valores de pr podem ser tabelados em função da
temperatura.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 187/216
Volume Específico Relativo
Como dito anteriormente, razões entre volumes específicos
são fornecidas ao invés de razões entre pressões. Para tal,
tem-se que
p1v1 p2v2

T1 T2
com isso,
v2 T2 p1 T2 pr ,1 T2 pr , 2
  
v1 T1 p2 T1 pr , 2 T1 pr ,1

sendo que, a grandeza T/pr é função apenas da temperatura e é


definida como volume específico relativo (vr).
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 188/216
Com esta definição, tem-se que

 v2  vr , 2
  
 v1  s cte vr ,1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 189/216
Minimizando o
Trabalho do
Compressor
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 190/216
O trabalho entregue a um compressor é minimizado quando o
processo de compressão é executado de forma internamente
reversível.
2
wrev,e   v dp
1

A forma mais prática para isto é manter o volume específico do


gás no menor nível possível durante o processo de compressão.
Para tal, deve-se manter a mais baixa temperatura possível para
o gás durante a compressão.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 191/216
Trabalho 9 (Entrega 05/09/14)
Demonstre que o trabalho do compressor pode ser expresso
por:

 Processo isoentrópico (pvk = cte)


k 1 k

kRT2  T1  kRT1  p2  
wcomp,e      1
k  1 k  1  p1  

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 192/216
Trabalho 9 (Entrega 05/09/14)
 Processo politrópico (pvn = cte)
n 1 n

nRT2  T1  nRT1  p2  
wcomp,e      1
n  1 n  1  p1  

 Processo isotérmico (pv = cte)

p2
wcomp,e  RT ln
p1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 193/216
Eficiências Isoentrópicas
de Dispositivos com
Escoamento em Regime
Permanente
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 194/216
Eficiência Isoentrópica das Turbinas
A eficiência isoentrópica de uma turbina (ηT) é definida como
a razão entre o trabalho resultante real da turbina e o trabalho
resultante que seria alcançado se o processo entre o estado de
entrada e a pressão de saída fosse isoentrópico.
Trabalho real da turbina wr
T  
Trabalho isoentrópico da turbina ws

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 195/216
Geralmente, as variações de energias cinética e potencial
associadas a uma corrente de fluido que escoa através de uma
turbina são pequenas em relação à variação da entalpia, e
podem ser desprezadas.

Com isso, o trabalho resultante de uma turbina adiabática torna-


se simplesmente a variação da entalpia e portanto,
h1  h2 r
T 
h1  h2 s

sendo que h2r e h2s são os valores de entalpia no estado de saída


para os processos real e isoentrópico, respectivamente.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 196/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 197/216
Eficiência Isoentrópica dos Compressores

A eficiência isoentrópica de um compressor (ηC) é definida


como a razão entre o trabalho necessário para elevar a pressão
de um gás até um valor especificado de forma isoentrópica e o
trabalho de compressão real.

Trabalho isoentrópico do compressor ws


C  
Trabalho real do compressor wr

Note que as condições de entrada e a pressão de saída do gás são


as mesmas para os compressores real e isoentrópico.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 198/216
Quando as variações das energias cinética e potencial do gás que
está sendo comprimido são desprezíveis, o trabalho entregue a
um compressor adiabático torna-se igual à variação da entalpia
e portanto,
h2 s  h1
C 
h2 r  h1

sendo que h2r e h2s são os valores de entalpia no estado de saída


para os processos real e isoentrópico, respectivamente.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 199/216
Aula 1 – Apresentação do Curso e Revisão da Termodinâmica;
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 200/216
Eficiência Isoentrópica das Bombas
Quando as variações das energias cinética e potencial de um
líquido são desprezíveis, a eficiência isoentrópica de uma
bomba é definida de modo similar como

ws v  p2  p1 
B  
wr h2 r  h1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 201/216
Exergia
&
Balanço de Exergia

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 202/216
Exergia (Energia Disponível)
Trabalho máximo que pode ser obtido através de um
determinado processo sofrido por um sistema que se encontre
num estado inicial até que atinja o estado final, caracterizado
pelo equilíbrio termodinâmico com o ambiente.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 203/216
Trabalho Reversível
Quando um gás expande num dispositivo pistão-cilindro, parte
do trabalho realizado pelo gás é usado para empurrar o ar
atmosférico pelo deslocamento para cima do pistão.
Logo, esse trabalho não pode ser reutilizado e é igual a:

w viz  p0  V2  V1 

Trabalho útil:

w u  w  w viz  w  p0  V2  V1 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 204/216
Trabalho Reversível
O trabalho reversível é a quantidade máxima de trabalho útil
que pode ser produzida (ou o trabalho mínimo que precisa ser
fornecido) a medida que o sistema sofre um processo entre os
estados iniciais e finais.
Quando o estado final é o estado morto (sistema em equilíbrio
termodinâmico com o ambiente), o trabalho reversível é igual
a exergia.
A diferença entre o trabalho reversível e o trabalho útil é devido
as irreversibilidades:
I  w rev,sai  w u,sai ou w rev,ent  w u,ent

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 205/216
Eficiência de Segunda Lei
É definida como a razão entre a eficiência térmica real e a
eficiência térmica (reversível) máxima possível sob as
mesmas condições: 
II  t
t,rev

 TL 
rev,A  1    50%
 TH  A
 T 
rev,B   1  L   70%
 TH  B

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 206/216
Eficiência de Segunda Lei
Turbina:
wu
turb,II 
w rev
Compressor:
w rev
comp,II 
wu

Coeficiente de Desempenho (COP): COP


COP,II 
COPrev

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 207/216
Fluxo de Exergia
Para um Sistema
2
Energia: e  u  V
 gz
2
2
Exergia:    u  u   p  v  v   T  s  s   V
0 0 0 0 0  gz
2
Para um Volume de Controle
2
Energia:   h  V  gz
2
2
V
 0 0 0
Exergia:   h  h  T s  s   gz
2
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 208/216
Fluxo de Exergia
Variação de exergia de uma corrente de fluido ao passar por um
processo do estado 1 para o estado 2:

V22  V12
   2   1   h2  h1   T0  s2  s1    g  z2  z1 
2

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 209/216
Transferência de Exergia
Transferência por calor:  T0 
X calor  1   Q
 T 

Transferência por trabalho:


W  Wviz (para o trabalho de fronteira)
X trabalho 
W (para outras formas de trabalho)

Transferência pela massa: X massa  m

Destruição de exergia: X destruida  T0 S ger


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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 210/216
Balanço de Exergia: Vol. de Controle
Regime Transiente:
X calor  X trabalho  X massa ,ent  X massa ,sai  X destruida   X 2  X 1 VC

ou em função das taxas,


 T0   dVVC  dX VC
  T  k 
1  Q  W  p0  

 ent
m   m  X destruida 
 k  dt sai dt

Regime Permanente:
 T0 
 1  T  Qk  W   m   m  X destruida  0
 k  ent sai

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 211/216
Aplicação – Trabalho Reversível
Trabalho reversível:
 T0 
Wrev   m   m    1   Qk
ent sai  Tk 

Trabalho reversível adiabático para uma única corrente com entre


os estados 1 e 2:
Wrev  m  1   2 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 212/216
Aplicação – Eficiência de 2ª Lei
Para dispositivos que operam em regime permanente:
- Turbina
wsai h1  h2
 II ,turb  
wrev ,sai  1   2

- Compressor
went ,rev  2   1
 II ,comp  
went h2  h1

- Trocador de Calor m frio  4   3 


 II ,TC 
mquente  1   2 
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 213/216
Lista de Exercícios

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 214/216
Lista de Exercícios

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 215/216
Fonte Bibliográfica
 ÇENGEL, Y.A. & BOLES, M.A., 2007. Termodinâmica.
São Paulo, SP: McGraw-Hill, 740p.

 MORAN, M.J. & SHAPIRO, H.N., 2009. Princípios de


Termodinâmica para Engenharia. Rio de Janeiro, RJ: LTC,
800p.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 216/216

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