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Funções:
No metabolismo, os lipídeos estão associados a 4 principais funções:
▪ fornecimento de energia: uma grama de lipídeo fornece 9 calorias, sendo
muito mais energética quando comparada com carboidratos e proteínas, que
fornecem 4 calorias por grama;
▪ estrutural: fosfolípideos são os principais constituintes das membranas
celulares, delimitando a forma das células e também sendo responsável por
selecionar o que pode “entrar e sair” da célula;
▪ isolante térmico: auxiliam na manutenção da temperatura corpórea, sendo
muito importante em animais que vivem em regiões frias, como ursos polares e
baleias;
▪ proteção: envolto em órgão e também sobre a pele, protege contra choques
mecânicos.
ÁCIDOS GRAXOS
A maior parte dos lipídeos, incluindo as gorduras, são constituídas a partir de
ácidos graxos, sendo a estrutura básica de muitas dessas moléculas. Ácidos graxos
possuem essa nomenclatura por serem ácidos carboxílicos, com cadeia carbônica
normal (sem ramificações) e com número de carbonos entre 4 e 22.
Abaixo estão alguns exemplos de ácidos graxos:
GORDURA
As gorduras compõem uma classe de lipídeos. Elas são formadas pela união
de três ácidos graxos com uma molécula de glicerol, sendo por isso denominadas,
mais formalmente, como triglicerídeos.
As gorduras saturadas e insaturadas são assim chamadas de acordo com os
ácidos graxos que as compõe: se esses ácidos forem de cadeia carbônica saturada
ou insaturada. É comum ainda fazer uma subdivisão entre gorduras monoinsaturadas,
quando existe uma única ligação dupla no ácido graxo que forma a gordura, e poli-
insaturadas, quando há mais de uma dupla.
Gorduras e dieta
Como dito no começo do texto, as gorduras são grandes fontes de energia, que
podem servir para realizar as atividades do dia a dia. Além disso, são a principal fonte
pela qual obtemos ácidos graxos, importantíssimos em diversos processos
metabólicos, como na regulação do humor, sono e memória.
O uso excessivo e sem restrições de gorduras pode sim levar a obesidade,
mas não pelo fato de “acumular” gordura, mas sim por ser muito calórico! Além disso,
as gorduras podem levar ao aumento do colesterol ruim e consequentemente às
doenças que isso acarreta, porém isso ocorre quando ingerimos muita quantidade de
gorduras “ruins”, como as saturadas e as trans-hidrogenadas, em desequilíbrio com
gorduras boas. É por isso que o equilíbrio e a moderação são essenciais, não apenas
no consumo de gorduras, mas também de proteínas e carboidratos, enfim, de
qualquer classe de alimentos!
Além disso, também é muito comum associar “ingerir gorduras” com “acumular
gordura no corpo” ou simplesmente “engordar”. Engordamos quando ingerimos mais
calorias do que gastamos. Carboidratos e proteínas, quando em excesso, geram
glicose que será convertida em triglicerídeos, armazenado posteriormente no tecido
adiposo, a chamada “gordurinha” que acumulamos sob a pele, mas também presente
em torno dos músculos e órgãos, levando não somente ao “engordar”, mas também
podendo acarretar nos diversos problemas de saúde ligados ao excesso de tecido
adiposo no corpo.
O tecido adiposo é muito importante para a manutenção da vida e é uma grande
maneira de armazenar energia. Para uma pessoa considerável saudável, com taxas
de gordura no padrão, é possível sobreviver cerca de 30 dias sem se alimentar (em
jejum). Toda a glicose presente em nosso sangue e no glicogênio de fígados e
músculos, provenientes dos carboidratos e proteínas, não são suficientes para
fornecer a energia para uma pessoa sobreviver em jejum por um único dia! Isso
explica porque ursos conseguem sobreviver a invernos rigorosos hibernando: eles
consomem alimentos riquíssimos em gorduras, como peixes e óleos de algumas
frutas e vegetais, e se mantém em estado de repouso quase absoluto, gastando
pouquíssimas calorias diariamente.
Um jejum extenso também pode levar a gastar os próprios músculos como
forma do corpo obter energia, não sendo recomendado para fins “estéticos”.