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BETINA WERNER
BRUNO OLIVEIRA FERNANDEZ
EDUARDO HENRIQUE DO NASCIMENTO PESTANA
OTÁVIO AGUIAR IMHOF SALUM
VERÔNICA CAROLINE HERBST PAZDA
JOINVILLE - SC
2021
Sumário
1. OBJETIVO............................................................................................................................... 1
2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
4. RESULTADOS ........................................................................................................................ 7
4.2. Temperatura Superficial Média dos cilindros para cada caso ................................. 9
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 15
2. INTRODUÇÃO
Quando se fala da transferência de calor para ou a partir de um feixe (matriz) de tubos em um
escoamento cruzado, o mesmo é relevante em inúmeras aplicações industriais, tais como: geração
de vapor em uma caldeira, resfriamento de ar na serpentina de um ar-condicionado.
Irá se considerar um trocador de calor com fluxo cruzado, da forma de um feixe de tubos
em arranjo alinhado. O mesmo está posicionado na seção de testes de um túnel de vento, conforme
a figura 1 e 2 denotam:
1
Figura 2: Feixe de tubos – arranjo alinhado (autoria própria).
𝑈𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥 𝑆𝑇 (1)
𝑈𝑚á𝑥 =
𝑆𝑇 − 𝑑
𝑆𝑇 𝑆𝐿
𝑁𝑢̅ = 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 (𝑅𝑒𝑑,𝑚á𝑥 , , ,𝑃 ) (2)
𝑑 𝑑 𝑟
2
ℎ̅𝑑
𝑁𝑢̅ = (3)
𝑘
∫ 𝑇𝑑𝐴𝑠 ∑12
𝑖=1 𝑇𝑖 𝐴𝑖 𝐴(𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇12 ) 𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇12
𝑇̅𝑠 = = 12 = =
∫ 𝑑𝐴𝑠 ∑𝑖=1 𝐴𝑖 12𝐴 12 (5)
Como na experimentação estão sendo utilizados quatro tubos, ambos com a presença de
3 termopares, o somatório tem que ir até o doze. A determinação de ‘𝑇∞ ’ seguiu a mesma lógica,
visto que os valores também foram retirados experimentalmente.
𝐴𝑠 = 4𝜋𝐷𝑐 𝐿𝑐 (6)
c) Determinando (𝑄′′𝑐𝑜𝑛𝑣 ):
Para o fluxo de calor por convecção, primeiramente, considera-se a potência elétrica que está
sendo fornecida, pois está-se submetendo o sistema a um diferencial de potencial conhecido;
logo:
4
𝑉²
𝑃𝑒𝑙 = ∑ (7)
𝑅𝑖
𝑖=1
3
De forma que a potência é dissipada em forma de calor em diferentes modos, sendo
predominantemente de forma convectiva. Além disso, as perdas por radiação também têm de
ser estimadas, conforme:
2
ℎ𝑟 = 𝜖𝜎(𝑇̅𝑠 + 𝑇𝑉𝑖𝑧 ) (𝑇̅𝑠 + 𝑇𝑉𝑖𝑧 2 ) (8)
0,96𝑃𝑒𝑙 − 𝑞𝑟𝑎𝑑
𝑄′′𝑐𝑜𝑛𝑣 = (10)
𝐴𝑠
Assim, todos os parâmetros foram encontrados para o cálculo do coeficiente de troca de calor
por convecção (equação 4).
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Os tubos utilizados nada mais são que aquecedores elétricos que foram acionados na rede
elétrica; a partir disso, o calor é dissipado por efeito Joule. Logo, fazendo com que a superfície
dos cilindros seja aquecida. Cada aquecedor em questão tem de ser instrumentado, possuindo um
termopar, que foi soldado a superfície:
4
Figura 3: Aquecedor – soldagem termopar.
A soldagem dos termopares foi feita utilizando-se capacitores, conforme mostra a figura
4:
5
Figura 5: Geometria estudada – dentro do túnel de vento.
6
Tabela 2: Resistência elétrica dos cilindros e propriedades de radiação.
Variável Valor obtido
𝑅1 [Ω] 278
𝑅2 [Ω] 275
𝑅3 [Ω] 267
𝑅4 [Ω] 275
𝜀 0,25
𝑊
𝜎[ ] 5,67. 10−8
𝑚2 𝐾 4
4. RESULTADOS
Inicializara-se analisando os parâmetros que têm função para com o coeficiente de troca
de calor por convecção:
ℎ = 𝑓𝑢𝑛çã𝑜(𝜌, 𝑉, 𝐷, 𝜇, 𝐶𝑝 , 𝑘, 𝑆𝑇 , 𝑆𝐿 ) (11)
Onde:
7
𝑀 𝐿²
ℎ [𝑡³𝑇]→ Coeficiente de convecção; 𝐶𝑝 [𝑡²𝑇]→ Calor específico;
𝑀 𝑀𝐿
𝜌 [𝐿³]→ Massa específica; 𝑘 [𝑡³𝑇]→ Condutividade térmica;
𝐿
𝑉 [ 𝑡 ]→ Velocidade do escoamento; 𝑆𝑇 [𝐿]→ Passo transversal;
A partir da visualização das unidades desses parâmetros, pode-se observar quatro (4)
dimensões primárias.
𝜋1 = 𝑘 𝑎1 𝑉 𝑏1 𝐷𝑐1 𝜇 𝑑1 𝜌 (12)
𝜋2 = 𝑘 𝑎2 𝑉 𝑏2 𝐷𝑐2 𝜇 𝑑2 𝑆𝑇
𝜋3 = 𝑘 𝑎3 𝑉 𝑏3 𝐷𝑐3 𝜇 𝑑3 𝐶𝑝
𝜋4 = 𝑘 𝑎4 𝑉 𝑏4 𝐷𝑐4 𝜇 𝑑4 𝑆𝐿
𝜋5 = 𝑘 𝑎5 𝑉 𝑏5 𝐷𝑐5 𝜇 𝑑5 ℎ
𝜌𝑉𝐷
𝜋1 = = 𝑅𝑒 (13)
𝜇
𝑆𝑇
𝜋2 =
𝑑
𝐶𝑝 𝜇
𝜋3 = = 𝑃𝑟
𝑘
𝑆𝐿
𝜋4 =
𝑑
8
ℎ𝐷
𝜋5 = = 𝑁𝑢
𝑘
Logo, a partir de (13), um dos parâmetros consegue ser descrito em função dos demais,
de forma que:
𝑆𝑇 𝑆𝐿
𝑁𝑢 = 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 (𝑅𝑒 , , ,𝑃 ) (14)
𝑑 𝑑 𝑟
Para a presente experimentação, a temperatura superficial média dos cilindros para cada
caso estudado (ou seja, para as diferentes velocidades) está denotada pela tabela 4:
Os coeficientes de troca de calor por convecção forçada para cada caso, foram calculados
segundo às equações 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
De forma que a área superficial para os quatro casos fica da mesma forma e é dada por:
4
𝑉² 𝑉² 𝑉² 𝑉² 𝑉²
𝑃𝑒𝑙 = ∑ = + + + (16)
𝑅𝑖 𝑅1 [Ω] 𝑅2 [Ω] 𝑅3 [Ω] 𝑅4 [Ω]
𝑖=1
9
Onde cada caso dos quatro possui seu valor específico de ‘V’, conforme descrito na tabela
3. Assim, reunindo-se os valores requeridos das tabelas 1, 2 e 3; para os quatro casos, têm-se os
seguintes dados:
10
4.4. Determinação dos Números Adimensionais
Dado as informações da Tabela abaixo, são calculados os valores posteriores:
4.4.1. Reynolds
Chegando-se ao valor para os números adimensionais de Reynolds de:
4.4.2. Nusselt
Utilizou-se a seguinte expressão para determinação do Nusselt experimental:
ℎ̅𝐷
̅̅̅̅̅̅
𝑁𝑢𝐷 = (17)
𝑘
11
Tabela 10: Determinação – Nusselt.
𝒎
𝒗[ ] ̅̅̅̅̅̅
𝑵𝒖𝑫
𝒔
7,2 62,84
8,9 74,90
10,6 85,15
12,2 98,98
4.4.3. Prandtl
12
1 (18)
̅̅̅̅̅̅ 𝑚
𝑁𝑢𝐷 = 1,13𝐶1 . 𝐶2 . 𝑅𝑒𝐷,𝑚á𝑥 𝑃𝑟 3
Onde ‘𝐶1’ e ‘m’ são dependentes dos espaçamentos longitudinal e transversal, já o valor
de ‘𝐶2’ é dependente do número de fileiras presentes na matriz. Esta equação é válida para uma
faixa de número de Reynolds máximo entre 2000 e 40000, sendo seu valor avaliado na velocidade
máxima do fluido no interior da matriz. Dessa forma, os valores foram retirados de [2]:
Dessa forma, plota-se os valores de Nusselt em relação ao Reynolds de cada um, conforme
mostrado na figura 6:
13
Figura 6: Gráfico Nusselt X Reynolds.
Agora, com os valores teórico e experimental definidos, é possível calcular o erro entre
eles, a partir da equação 19.
|∆𝑃𝑒𝑥𝑝 − ∆𝑃𝑡𝑒𝑜 |
%𝐸 = . 100 (19)
∆𝑃𝑡𝑒𝑜
Assim, nota-se que o erro é um valor bem alto, que mostra como há a variação de valores
calculados empiricamente e valores retirados experimentalmente, devido às condições que são
impostas ao experimento, como variações climáticas, por exemplo.
Além disso, a própria equação empírica possui um erro inerente a mesma, o que acabou
contribuindo também para o erro percentual.
14
5. CONCLUSÃO
Dessa forma, os coeficientes de troca de calor por convecção forçada experimentais foram
determinados, calculando-se, intermediariamente, a potência elétrica, o coeficiente de troca de
calor por radiação e os fluxos de calor por radiação e convecção. A partir da correlação empírica
de Grimison, calculou-se os valores dos coeficientes de troca de calor por convecção forçada
teóricos; sendo que os valores teóricos e experimentais apresentaram uma diferenciação de
aproximadamente 40%.
Portando, pode-se auferir que os erros para a presente experimentação acabaram sendo
relativamente expressivos, o erro pode ter sido provocado pelas condições impostas
experimentalmente, como o clima e as aproximações empíricas para a utilização da equação de
Grimison.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BENDER, Ademar; MEIER, Anderson Moisés; ZDANSKI, Paulo Sérgio Berving.
INVESTIGAÇÃO HÍBRIDA NUMÉRICO-EXPERIMENTAL DE UM ARRANJO
TRAPEZOIDAL DE TUBOS IMERSO EM ESCOAMENTO TURBULENTO. 10Th Abcm
Spring School On Transition And Turbulence, São José dos Campos – Sp, v. 2016
[2] Frank P. Incropera & David P. DeWitt & Theodore L. Bergman & Adrienne Lavine,
Fundamentos da Transmissão de Calor e Massa, Editora LTC.
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