AS – Direito Administrativo

*A Avaliação é obrigatória, possui grau 6,00 e é composta por 5 questões discursivas;

*A Avaliação deve ser entregue obrigatoriamente e exclusivamente pelo ambiente

Aula
ATÉ às 23:59 do dia 05/12;

*A Avaliação pode ser feita em duplas, neste caso, o arquivo entregue no Aula deve
conter obrigatoriamente o nome dos membros da dupla.

Questão 1:
Descreva em qual grande ramo do Direito o Direito Administrativo se encontra e explique
qual o sentido da seguinte afirmação: “no Direito Privado, tudo aquilo que não está vetado
pela Lei, é permitido. No Direito Público, só é permitido aquilo que está prescrito em
Lei”.
Ramo do direito público. A afirmação acima desejada demonstrar justamente uma
das características que diferem o direito público do privado, aonde que no direito
público existe um cuidado mais minucioso em limitar a atuação e os atos do Estado,
devido a sua importância e amplitude de atuação, visando assim o exercício de um
Estado Democrático. Quando que no direito privado o norte a ser priorizado é do
art. 5°, inc. II, CF, o qual também tem como objetivo permear a democracia.

Questão 2:
Considerando os princípios específicos que regem a Administração Pública (“LIMPE”) e
considerando a possibilidade de a Administração Pública praticar atos discricionários,
esclareça, de forma justificada e fundamentada, se o Princípio da Supremacia do Interesse
Público pode se sobrepor ao Princípio da Legalidade. Para auxílio na fundamentação, é
possível utilizar como inspiração (não cópia) os votos dos Desembargadores do
julgamento do seguinte caso:

RECURSO INOMINADO. MUNICÍPIO DE CAPITÃO. DIREITO

ADMINISTRATIVO. RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO.
AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.
INDENIZAÇÃO. LUCROS CESSANTES. CABIMENTO. 1) É nula a rescisão
unilateral de contrato administrativo fundada em razões de interesse público sem
que se tenha assegurado ao contratado o contraditório e a ampla defesa. Art. 78, §
único, da Lei n. 8.666/1993. 2) A invocação do princípio da supremacia do
interesse público sobre o interesse privado não garante à Administração Pública a
incolumidade dos seus atos administrativos ao arrepio da observância das leis. 3)
Nula a rescisão do contrato administrativo, tem o contratado direito aos lucros
cessantes por conta da quebra ilegal, arbitrados em 30% do valor mensal.
Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio Grande do Sul. RECURSO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Recurso Cível, Nº
 71009680315, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais,
Relator: Mauro Caum Gonçalves, Julgado em: 25-11-2020)

Não. O propósito do principio da Supremacia do interesse público existir é que por

o interesse público ser mais abrangente e atingir a coletividade ele se torna em
situações de conflitos com interesse de particulares mais relevante e predominante,
porém o Princípio da Legalidade justamente existe para assegurar que os direitos
de cada indivíduo sejam preservados e garantidos pois é a lei a fonte absoluta do
nosso ordenamento jurídico e justamente é ela que irá definir os limites e a atuação
de quem for, sendo assim qualquer que seja o dispositivo jurídico que esteja atuando
é necessário que esse respeite primeiramente todas as disposições legais, salvo
quando a mesma desobriga-lo a faze-lo.

Questão 3:
Explique a diferença entre Fundação e Autarquia e aponte, pelo menos, um exemplo de
Fundação e Autarquia na esfera Estadual (Estado do Rio Grande do Sul) e na esfera
Federal.
As Autarquias são pessoas jurídicas de direito público apenas, criadas através de lei
especifica para executar atividades típicas da Administração pública, sua existência
se faz necessária porque existe objetivos e finalidades que devido sua características
precisam ser executados de maneira descentralizada.
Exemplos: Anatel (Federal),

Enquanto que as Fundações são pessoas jurídicas de direito privado ou público,

que visam executar atividade social, criadas tanto pela lei ou através de autorização
do legislativo.
Exemplos: Funai (Federal), Fundação Ângelo Bozzetto (RS)

Questão 4:
Explique a diferença entre Revogação e Invalidação dos atos administrativos. Além disto,
pontue qual o entendimento do Supremo Tribunal Federal em relação aos enunciados de
Súmula nº 346 e 473.
Revogação: tem como objetivo revogar atos válidos administrativos que se tornaram
desnecessários e inconvenientes, e que sendo assim podem atrapalhar o bom
funcionamento das práticas administrativas e do interesses público. seus efeitos são
ex-nunc.
Enquanto que a Invalidação tem como objetivo anular os atos administrativos que
estejam contrários ao ordenamento jurídico, seus efeitos são ex-tunc .
A principal diferença desses dois dispositivos de extinção está justamente nos seus
efeitos e nos motivos de sua aplicação.
Em relação ao STF o entendimento demonstrado nas súmulas é justamente declarar
a autonomia que a Administração Pública possui para aplicar os dispositivos de
extinção de seus atos.

Questão 5:
Considerando a temática de Servidores Públicos, responda: (i) em quais esferas (áreas do
Direito) um Servidor Público pode ser responsabilizado? (ii) a responsabilização em uma
das esferas referidas impossibilita a responsabilização em outra esfera (área do Direito)?;
(iii) quais são os fatos/atos que levam à responsabilização em cada uma das esferas
referidas?
i. Civil, Penal e Administrativa;
ii. Não, o que ocorre é que se responsabilizado criminalmente se reconhece
automaticamente a responsabilização nas outras esferas, devido a
relevância do ilícito penal ser considerada superior aos outros ilícitos,
porém a absolvição na esfera penal não impede o reconhecimento do
ilícito civil nem do administrativo.

iii. a) Resp. Administrativa decorre de violação de deveres e de proibições

existentes nos estatutos. ( Violação á norma interna ).
b) Resp. Civil decorre de dano ao erário direto, sendo essa subjetiva,
tornando-o assim obrigando a reparar os danos sejam eles causados ao
Estado ou a terceiros se comprovado dolo ou culpa.
c) Resp. Penal decorre de crimes funcionais do CP e de crimes Políticos,
de Responsabilidade