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1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2
2. DO QUADRO NEGRO ÀS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS ................. 3
2.1. Evolução da Pedagogia .................................................................................... 8
2.1.1. Metodologia ead, ensino híbrido e aulas remotas ........................... 23
2.2. Contexto Histórico Do Estágio Remoto ........................................................... 25
2.3. Organização Curricular Pedagógica do ensino fundamental .......................... 25
2.3.1. Plano de ação da escola ................................................................. 29
3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................... 31
3.1. PPP – Projeto Político da Escola .................................................................... 32
4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO REMOTO
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4.1. Observação e Participação ............................................................................. 33
4.2. Regência ......................................................................................................... 36
5. ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................... 37
6. PROJETO DE INTERVENÇÃO ................................................................. 38
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES ............................................ 38
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39
APÊNDICES .......................................................................................... 42
ANEXOS ................................................................................................ 43
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1. INTRODUÇÃO
O estágio é um momento de experimentar a realidade do futuro ambiente de
trabalho do acadêmico. Através desse contato direto, o aluno do curso de Pedagogia
conhecerá o ambiente de atuação, apoiado por meio de orientação do professor(a)
supervisor(a) qualificado(a), permitindo a construção de novos conceitos, na sua
formulação do conhecimento. Assim, através do estágio, construímos nossa formação
acadêmica e desenvolvemos o profissional que almejamos ser. Apesar do pouco
tempo de estágio, podemos ver a realidade vivenciada pelo profissional de pedagogia
dentro do contexto escolar.
Decreto esse que foi acatado por todos os sistemas de educação, apesar da
dificuldade em desenvolver suas atividades, equipes de coordenação pedagógica de
diversas instituições de ensino tiveram que reorganizar seus calendários e suas
estratégias de ensino. A dificuldade era a falta de capacitação adequada para o uso
das tecnologias e suas ferramentas, muitos docentes se sentiram despreparados e
sem opções favoráveis às suas dificuldades. Outra problemática que veio à tona, foi
a disparidade social para o acesso a esse novo modelo de educação. Este novo
modelo de ensino, está diretamente ligado às tecnologias e ao acesso à internet de
qualidade. Assim, Saviani e Galvão (2021, p.38) diz que: “[...]o ‘ensino’ remoto é posto
como um substituto excepcionalmente adotado neste período de pandemia, em que a
educação presencial se encontra interditada”.
Porém, a tecnologia não é algo novo na vida e cotidiano da população
brasileira. Embora saibamos que muitas pessoas não têm acesso a esses recursos,
os usos das tecnologias já se faziam necessárias no meio educacional a muito tempo.
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De acordo com o PROJETO DE LEI N.º 9.165, DE 2017 (Do Poder Executivo), afirma
que:
Ainda que esse projeto tenha sido aprovado e implementado pelo PNE,
sabemos como participantes e comunidades dos meios escolares que a realidade é
bem diferente. Muitos professores, não conheciam sequer, as ferramentas básicas
dos sistemas operacionais de computadores, outros ainda, são considerados
“analfabetos digitais”. Assim, Alves (2020, p.355) diz que; “[...]o corpo docente não se
sente preparado para assumir as atividades escolares com a mediação das
plataformas digitais, seja por conta do nível de letramento digital, ou, por limitações
tecnológicas para acesso a estes artefatos”. Mesmo cientes desses fatos os
professores foram desbravando esse novo campo de atuação.
Mesmo diante desse esforço por parte dos profissionais e até de muitos alunos,
não há o que comemorar, deveríamos estar cientes de que essa solução não visa o
aprendizado, muito menos, é uma solução apropriada para o contexto
socioeconômico vivido pelos brasileiros. Saviani e Galvão (2021, p.39), afirma que:
área a que se propõem a ensinar, precisam dar conta de questões que não
são da sua atribuição, como por exemplo, serem responsáveis pelo pagamento
das suas conexões durante as aulas remotas, ministradas por meio das
plataformas digitais, já que não estão no espaço escolar. (ALVES, 2020, p.356)
Para ser eficaz, toda educação imposta pelas classes proprietárias deve
cumprir as três finalidades essenciais seguintes: 1º destruir os vestígios de
qualquer tradição inimiga, 2º consolidar e ampliar a sua própria situação de
classe dominante, e 3º prevenir uma possível rebelião das classes
dominadas. No plano da educação, a classe dominante opera, assim, em três
frentes distintas, e ainda que cada uma dessas frentes exija uma atenção
desigual segundo as épocas, a classe dominante não as esquece nunca.
trabalho dos seus instrutores, que geralmente, eram escravos letrados que se
responsabilizavam pela educação do jovem nobre. Desse modo, Ponce (2001, p.62)
descreve a educação romana da seguinte forma:
e poderosos, agora estava ao alcance de todos. Mas como a influência cultural dos
monastérios terem sido, propositadamente, muito exagerada, tornemos claro que as
escolas monásticas eram de duas categorias: umas, destinadas à instrução dos
futuros monges, chamadas "escolas para oblatas", em que se ministrava a instrução
religiosa necessária para a época, categoria essa que, no momento, não nos
interessa, e outras, destinadas a "instrução" da plebe, que eram as verdadeiras
"escolas monásticas".
O intuito dessa instituição de “Escola Pública” não era, de fato, ensinar ou letrar
os camponeses, eram apenas instruções religiosas para que os mesmos se
mantivessem dóceis e servis. Já a Educação dada aos monges também tinha caráter
religioso, mas eles aprendiam a ler, escrever, transcrever, oratória, filosofia,
matemática e ainda a linguagem criada e utilizada pela igreja; o latim. Isso fazia com
que os monges e camponeses suportassem duras cargas de trabalho e uma vida
miserável de forma aceitável, levando em consideração que os mesmos acreditavam
estar servindo a Deus através de seus esforços, e que no céu receberiam suas tão
merecidas recompensas. Assim, Ponce (2001, p.89) descreve que:
Para os nobres a Educação já não tinha mais tanta importância, assim que os
filhos aprendiam a ler, eram tirados das escolas e colocados para aprender coisas
mais “relevantes”, como; arco e flecha, equitação, lutas, caça, manejo de armas e
combates corpo a corpo. A leitura passou a ser vista como algo feminino e pouco
valorizado, voltando às raízes espartanas, mas agora com povos diferentes.
Nesse sistema, existiam muitas classes e essas divisões foram ganhando
proporções insustentáveis. Cuja hierarquia crescia descabidamente e o surgimento
de títulos e variações de poder eram crescentes. Dentro desse contexto, o servo era
considerado livre, mas relutava contra sua liberdade, aprisionando-se as terras de
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algum nobre. Pois o mesmo, não poderia sobreviver, já que, nada tinha e que nada
era seu de fato, até sua liberdade era ilusória, uma vez que cercado de tantos
poderosos seu lugar era o mais baixo e impossível de ser mudado.
Com a crescente queda no sistema feudal, nas grandes invasões bárbaras e
no início de grandes revoltas de servos contra senhores feudais. A Educação começa
a tomar novo rumo no contexto histórico e econômico das sociedades. Isso se deve
às constantes revoltas e as mudanças políticas no período da Burguesia. Assim,
também, temos o início da Reforma Protestante, que liderada por Martinho Lutero se
levanta contra a autoridade e domínio da igreja católica sobre as massas
populacionais. Diante desse contexto, Ponce (2001, p.118) diz que:
Ainda que com base nesses fatos tenham surgido novas vertentes religiosas e
educacionais, a escola ainda tem um caráter religioso muito forte. E as escolas que
erguiam suas bandeiras em prol da lógica, razão e humanismo eram consideradas
pagãs. Mas, essas escolas surgem pelo simples fato de que os próprios monges que
eram educados nos domínios dos mosteiros começam a se rebelar contra esse tipo
de educação. Assim, a educação, ainda que destinada apenas para os nobres,
começa a exigir conhecimentos mais úteis ao contexto histórico-social.
Durante esse período algumas disciplinas são incluídas nas respectivas grades
curriculares da época, como geografia, história, economia, direitos e geometria. Mas,
a intenção do protestantismo não era que apenas os nobres tivessem acesso à
educação, parte do protestantismo defendia a igualdade de classes. Nessa época
algumas figuras importantes começam a surgir, a igreja católica, em contrapartida,
cria a Companhia de Jesus, ou Jesuítas que agora são responsáveis por catequizar e
educar os infiéis e rebeldes.
Surge também, Jean-Jacques Rousseau, também conhecido como J.J.
Rousseau ou simplesmente Rousseau, foi um importante filósofo, teórico político,
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Quase vinte anos depois desta carta de Voltaire (1694-1778), Diderot (1713-
1784) se dirigia a outra majestade, a Imperatriz Catarina da Rússia, e a
aconselhava a respeito do Plano de uma Universidade, destinada a ministrar
instrução para todos. "É bom que todos saibam ler, escrever e contar - dizia
ele -, desde o Primeiro-Ministro ao mais humilde dos camponeses." E pouco
mais adiante, depois de indagar por que a nobreza se havia oposto à
instrução dos camponeses, respondia nestes termos: "Porque é mais difícil
explorar um camponês que sabe ler do que um analfabeto."
Mas, na realidade, o advento da escola laica não foi uma vitória, foi apenas
uma transação. Depois da Revolução Francesa, a restauração monárquica
foi acompanhada em todas as partes por uma feroz reação nas escolas. Uma
reação tão feroz que provocou por sua vez, da parte da burguesia liberal, um
ódio à Igreja, perfeitamente comparável ao dos primeiros dias da Revolução.
Porém, esse discurso perdeu suas forças no que tange a erradicação do poder
religioso dentro da escola, o que ocorreu foi, na verdade, uma reorganização desse
ensino religioso e a agregação de alguns outros conhecimentos distintos, para que a
população não percebesse que o ensino ainda era uma forma de subjugar e fazê-los
aceitar a suas míseras condições. Desse modo, ainda existia uma distinção de ensino
para os ricos e o ensino para os pobres.
Durante esse período surgem duas novas correntes pedagógicas: a
"metodológica" e a "doutrinária". Nessas correntes, ambas defendem a liberdade da
criança e a sua autonomia, porém, a corrente doutrinária defendia a educação para a
liberdade, prosperidade e plenitude do ser, de forma individual e indissociável.
Enquanto a corrente metodológica trabalha no desenvolvimento para a coletividade e
contribuição da sociedade como um todo.
Deste modo, é possível analisar um vislumbre resumido da trajetória da
educação e o seu contexto histórico. Agora que fora explicitado esses fatos devemos
elencar como essa trajetória histórica se desencadeou no Brasil e que influência essas
ações colaboraram para a formação do modelo educacional em nosso território.
A Educação no Brasil tem seu início em 1549, com a chegada do Jesuítas da
Companhia de Jesus, por intermédio da coroa Portuguesa para catequizar, educar e
levantar-se firmemente contra a Reforma Protestante, auxiliando no ato de dominação
e subjugação dos nativos indígenas situados no território brasileiro. Com seus
modelos de ensino fundamentados em princípios religiosos e dogmáticos, visava
tornar o processo de colonização o mais manso possível, retirando dos nativos
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indígenas o mais dóceis, para que os mesmos colaborassem de forma pacífica com
esse processo.
Porém, essa realidade fora se distanciando à medida que esse modelo
educacional se tornou parte do modelo de ascensão social e os únicos contemplados
com educação, de fato, fossem os descendentes dos nobres. Enquanto as populações
indígenas e os povos posteriormente escravizados e trazidos ao território brasileiro de
países africanos eram apenas catequizados e doutrinados para obedecerem aos seus
senhores.
Entretanto, em 1759, Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal,
primeiro-ministro de Portugal, tratou de expulsar todos os Jesuítas das províncias
portuguesas, trazendo a responsabilidade da educação para o Estado e declarando
que a Educação Jesuítica era uma forma de rebeldia contra o domínio Português.
Com isso, houve uma ruptura nos modelos de Educação Básica, e um declínio na
qualidade da educação. Embora essa mudança fosse algo extraordinário, suas
mudanças eram apenas simbólicas, uma vez que, o novo corpo docente era composto
de membros educados pelos Jesuítas e que ainda conservavam suas práticas e
metodologias de ensino.
Após esse período, com a chegada da Família Real, em 1808, o Brasil tem a
sua entrada no período Imperial. Apesar de se tratar de um contexto de proclamação
de independência e automação do poder, o Brasil continuava com suas principais
características intactas. Era ainda considerado um império elitista, escravocrata e
suas riquezas continuavam centralizadas nas cidades polos; Rio de Janeiro, Salvador,
Pernambuco, Minas Gerais e Pará. A dominância e o prevalecimento da desigualdade
social, além do total desprezo pelas colônias, povoados e cidadelas ou lugarejos.
Tudo que era produzido em território nacional ainda era escoado através dos portos
para Portugal, Espanha e Inglaterra. De modo que a independência era apenas
ficcional.
Assim, o debate pela importância de um sistema de educação era apenas para
a caracterização de um império independente, mas os métodos educacionais eram
apenas para caracterizar a retirada do "espírito primitivo e selvagem da população”.
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Mas a verdade oculta por trás dessas medidas eram a formação de nobres sem a
necessidade de enviá-los para o exterior. Ou seja, a Educação era uma mera
formalidade para a consolidação do Império e emancipação do jugo da Metrópole
Portuguesa.
A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, garantia apenas, em
seu Art. 179, “a instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”. No ano de 1827,
uma lei determinou a criação de escolas de primeiras letras em todos os lugares e
vilas, além de escolas para meninas, nunca concretizadas anteriormente.
O ato adicional de 1834 e a Constituição de 1891 descentralizaram o ensino,
mas não ofereceram condições às províncias de criar uma rede organizada de
escolas, o que acabou contribuindo para o descaso com o ensino público e para que
ele ficasse nas mãos da iniciativa privada, acentuando ainda mais o caráter classista
e acadêmico, gerando assim um sistema dual de ensino: de um lado, uma educação
voltada para a formação das elites, com os cursos secundários e superiores; de outro,
o ensino primário e profissional, de forma bastante precária, para as classes
populares.
A ESCOLA DAS PRIMEIRAS LETRAS, OU ENSINO ELEMENTAR OU
ALFABETIZAÇÃO: era pública, para cidadão livres, meninos e meninas em classes
ou escolas separadas. Sem limite de duração, podendo variar de 2 anos há 4 anos de
instrução. Eram apenas para o aprendizado básico, leitura, escrita, cálculos, belas
artes e catecismo. Muitos encerravam sua instrução para vida apenas nessa
modalidade.
A ESCOLA SECUNDÁRIA E TECNICISTA: era pública, para cidadãos livres,
moças e rapazes, em escolas separadas. Aprendendo gramática, história, religião,
aritmética e funções ou habilidades manuais para os rapazes. As moças aprendiam
costumes e tarefas femininas para ser uma boa esposa. Também era oferecido a
formação como Professora. Ao fim de sua formação secundária a moça estava apta
a dar aulas.
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constante entre os chamados mundo físico e digital. Não são dois mundos ou
espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se
mescla, hibridiza constantemente. Por isso, a educação formal é cada vez
mais blended, misturada, híbrida, porque não acontece só no espaço físico
da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os
digitais. O professor precisa seguir comunicando-se face a face com os
alunos, mas também deve fazê-lo digitalmente, com as tecnologias móveis,
equilibrando a interação com todos e com cada um.
tecnologias que grande parte da população não tem acesso, como, por exemplo,
internet de qualidade, aparelhos tecnológicos. Demonstrando que a educação não
está ao acesso de todos. Assim, Saviani e Galvão (2021, p.39) defendem que:
Ainda não se calculam os prejuízos causados por esse sistema de ensino. Mas,
é importante salientar que, o sistema governamental cogita em torná-lo parte da
Educação no Brasil, pois, economicamente, esse modelo tem tornado-se muito
lucrativo aos cofres públicos, que preferem enxergar esse modelo emergencial como
algo que pode ser a solução econômica para a crise educacional.
Dessa forma, o discorrer deste texto é baseado nos novos modelos de
educação no Brasil, dando ênfase ao Ensino Remoto e como objeto de estudo para a
formulação deste Relatório de Estágio. Baseando-se nos conhecimentos abordados
durante esse semestre e culminando na escrita deste documento.
Decreto esse que foi acatado por todos os sistemas de educação, apesar da
dificuldade em desenvolver suas atividades, equipes de coordenação pedagógica de
diversas instituições de ensino tiveram que reorganizar seus calendários e suas
estratégias de ensino. A dificuldade era a falta de capacitação adequada para o uso
das tecnologias e suas ferramentas, muitos docentes se sentiram despreparados e
sem opções favoráveis às suas dificuldades.
Outra problemática que veio à tona, foi a disparidade social para o acesso a
esse novo modelo de educação. Este novo modelo de ensino remoto ou ensino
híbrido, está diretamente ligado às tecnologias e ao acesso à internet de qualidade.
Em meio a essa pandemia, o Brasil revelou não estar preparado para as
situações de calamidade, o que tem sido um grande empecilho na hora de elaborar
seus métodos de combate ao vírus, suas soluções para a economia e os moldes da
educação. Mesmo assim, a educação ganhou um ponto a seu favor, finalmente se
pode perceber que a profissão de Pedagogos e Professores é essencial e
insubstituível.
investigativo por traz dos resultados obtidos. Para isso, o componente curricular de
ciências utiliza como unidades temáticas; Matéria e energia, Vida e evolução, Terra e
Universo.
Como quarta, mas não menos importante, a ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
visa contextualizar e desenvolver as noções de tempo, espaço e o movimento. Assim,
a BNCC (2017, p.353) aponta o seguinte;
A abordagem das relações espaciais e o consequente desenvolvimento do
raciocínio espaço-temporal no ensino de Ciências Humanas devem favorecer
a compreensão, pelos alunos, dos tempos sociais e da natureza e de suas
relações com os espaços. A exploração das noções de espaço e tempo deve
se dar por meio de diferentes linguagens, de forma a permitir que os alunos
se tornem produtores e leitores de mapas dos mais variados lugares vividos,
concebidos e percebidos.
Essas necessidades terão total prioridade nas ações por parte da equipe
pedagógica e apoio da comunidade para o seu desenvolvimento e que a solução seja
o mais eficaz possível. Assim, apresentando resultados positivos e de longo prazo,
cabendo, ou não, reorganização das práticas docentes ou complementos por
profissionais de apoio educacional.
3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Flor do Piquiá,
está inserida no bairro Tiradentes, na zona leste da capital. Sua demanda são alunos
moradores do bairro e suas adjacências. O bairro possui comércios e alguns serviços
básicos, ruas asfaltadas e com calçamento, sinalizadas e com grande fluxo de
movimentação, mas sua população é formada, em sua maioria, por pessoas de baixa
renda e em situação de vulnerabilidade social. A escola está localizada em uma
localidade considerada como periferia de Porto Velho, onde existe um alto índice de
violência e criminalidade. A maioria dos alunos são filhos de pais separados, mães
solteiras ou até mesmo criados com avós.
Atualmente a escola atende crianças de 7 a 10 anos de idade, sendo estes
filhos de famílias carentes e de baixa renda. Muitos sobrevivem de programas sociais
do governo federal ou de trabalhos informais, em sua maioria são pedreiros, auxiliares
de serviços e empregadas domésticas. A escola atende a 515 alunos matriculados e
divididos entre os períodos matutino e vespertino.
Atuando na escola como docentes, são 15 profissionais formados em
pedagogia distribuídos em dois turnos e em 9 salas de aulas, com carteiras, armário,
etc. A equipe de apoio é formada por 8 profissionais, sendo eles; vigilantes,
merendeiras, secretaria e auxiliar, agentes de limpeza escolar, etc.
A estrutura física da escola é composta por; 9 salas de aula,1 sala de diretoria,
1 sala de secretaria, 1 depósito material limpeza,1 dispensa de merenda,1 refeitório,1
cozinha, 1 área de serviço,1 banheiro para os funcionários, 1 banheiro masculino para
os alunos, 1 banheiro feminino para alunas. Todos equipados, em bom estado de
conservação e agradáveis para o uso.
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4.2. Regência
O momento da regência foi elaborado em conjunto com a docente responsável,
através de um grupo de WhatsApp. Assim, nos foi sugerido algumas atividades
relacionadas aos conteúdos que a docente já possuía no planejamento de aulas. Por
se tratar de um estágio remoto as atividades propostas deveriam ser por meio de
vídeo-aulas bem detalhadas e claras para o bom desenvolvimento e entendimento por
parte dos alunos.
A Unidade Temática contemplado nessa atividade foi; “Números”, e seus
objetos de conhecimento descrito na BNCC (2017, p.286) como; “Problemas
envolvendo diferentes significados da multiplicação e da divisão: adição de parcelas
iguais, configuração retangular, repartição em partes iguais e medida”.
O objetivo de aprendizagem e desenvolvimento contemplado encontra-se na
BNCC (2017, p.287) que é descrito da seguinte forma: (EF03MA07) “Resolver e
elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e 10) com os significados de adição
de parcelas iguais e elementos apresentados em disposição retangular, utilizando
diferentes estratégias de cálculo e registros”. Dessa forma, a atividade sugerida foi a
de: Problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação e da divisão:
adição de parcelas iguais, configuração retangular, repartição em partes iguais e
medidas.
A atividade consistiu em uma vídeo-aula explicativa sobre como realizar as
multiplicações de forma simples, utilizando como recursos vídeos do Youtube, vídeo
explicativo gravado com o meu celular, de forma bem detalhada demonstrando passo-
a-passo das melhores maneiras de realizar a multiplicação. Houve, também, um
momento de interação com os alunos através do Meet com desafios de multiplicação
e esclarecimento de possíveis dúvidas. Essa atividade foi enviada no dia 14 de maio
de 2021, ainda no período da manhã para que pais e alunos tivessem tempo para
realizar as atividades.
A apresentação e avaliação das atividades ocorreu por meio de fotografias e
vídeos dos alunos realizando as multiplicações nas atividades do livro didático, cada
um ao seu modo, as atividades propostas já realizadas e enviando as mesmas no
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6. PROJETO DE INTERVENÇÃO
O projeto de intervenção intitulado “A mamãe merece o melhor” fora elaborado
pela própria docente titular da turma em que estagiamos em parceria com as
acadêmicas de pedagogia lotadas em sua classe. Esse projeto teve por objetivo
proporcionar um momento diferenciado para as mães dos alunos matriculados no 3º
ano, buscando proporcionar um Dia das Mães mesmo em meio ao atual cenário de
pandemia que estamos enfrentando.
Desta forma, o projeto foi dividido em três etapas para o seu desenvolvimento
e conclusão. Na primeira etapa, buscou-se arrecadar o valor dos materiais para a
confecção das lembrancinhas. Na segunda etapa, foi o momento da produção das
lembrancinhas e a montagem. Na terceira e última etapa, fora o momento de
distribuição das lembrancinhas, onde a docente se encarregou de realizar a entrega
para as mães dos alunos.
O desenvolvimento do Projeto “A mamãe merece o melhor” teve seu início no
dia 06 de maio e sua finalização no dia 10 de maio. Todo desenvolvimento do projeto
culminou em um resultado positivo e satisfatório, a entrega foi realizada junto com a
entrega do kit alimentar, obedecendo as normas de segurança sanitárias vigentes e
oportunizando um momento de interação com os familiares.
REFERÊNCIAS
ALVES, Lynn.EDUCAÇÃO REMOTA: ENTRE A ILUSÃO E A REALIDADE.Interfaces
Científicas. Aracaju/SE. V.8, N.3, p. 348 - 365. 2020. Fluxo Contínuo.
BACICH, Lilian. NETO, Adolfo Tanzi. TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino
híbrido: personalização e tecnologia na educação [recurso eletrônico] /
Organizadores, Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto, Fernando de Mello Trevisani. – Porto
Alegre: Penso, 2015. e-PUB.
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Schola Colégio Militar de Santa Maria Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil Volume
VI, Número 1, Julho 2020. ISSN 2594-7672. Disponível em:
http://avaliacao.se.df.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/Rosa-2020-Das-aulas-
presenciais-as-aulas-remotas_-as-abruptas-mudancas-impulsionadas-na-docencia-
pela-acao-do-Coronavirus-o-COVID-19.pdf . Acesso em: 22/06/2021.
APÊNDICES
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ANEXOS