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SONEGAÇÃO FISCAL

DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

GILBERTO LUIZ DO AMARAL


JOÃO ELOI OLENIKE
LETÍCIA M. FERNANDES DO AMARAL
CRISTIANO LISBOA YAZBEK
FERNANDO STEINBRUCH
2018
SONEGAÇÃO FISCAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

ESTUDO SOBRE SONEGAÇÃO FISCAL

- Sonegação das empresas brasileiras vem diminuindo, correspondendo a 17% do seu faturamento;

- Em 2002 o índice de sonegação era de 32%, crescendo para 39% em 2004 e em seguida caindo para
25% em 2009;

- Faturamento não declarado é de R$ 2, 17 trilhões por ano;

- Tributos sonegados pelas empresas somam R$ 390 bilhões por ano;

- O montante dos autos de infração emitidos (R$ 304,4 bilhões) representa 4,6% do PIB (R$ 6,6 trilhões)
em 2017.

- Cruzamento de informações, retenção de tributos e fiscalização mais efetiva são os principais


responsáveis pela queda da sonegação;

- ICMS é o tributo mais sonegado, seguido do Imposto de Renda e CSLL;

- Indícios de sonegação estão presentes em 49% das empresas de pequeno porte, 33% das empresas
de médio porte e 18% das grandes empresas;

- Em valores, a sonegação de tributos federais é maior no setor industrial, seguido das empresas do
comércio e das prestadoras de serviços. Por atividade econômica, a sonegação de ICMS é maior no
setor do comércio, seguido das empresas industriais e das prestadoras de serviços;

- Com os novos sistemas de controles fiscais o Brasil já possui o menor índice de sonegação
empresarial da América Latina. Em 3 anos este índice estará na média dos países desenvolvidos.

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O objetivo do presente estudo é estimar o montante de tributos sonegados no Brasil, bem


como o índice de sonegação por setores e por tributos.

É a quarta vez que o IBPT divulga o presente estudo. Inicialmente, o levantamento foi feito
com base nos dados compilados de 2000 a 2002. Posteriormente com os dados compilados de
2003 e 2004 e estimativa de 2005. O estudo passado considerou os dados de 2006, 2007 e 2008.
Neste ano, foram analisados os dados de 2015, 2016 e 2017.

Verifica-se forte queda no índice de sonegação fiscal, principalmente por parte das
empresas:

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1. A Fiscalização da Receita Federal do Brasil bate recorde em autuações em 2017


– R$ 204,99 bilhões

A estimativa da Receita Federal para lançamentos de ofício em 2017 era de R$ 143,43


bilhões e foi superada em muito. O montante do crédito tributário lançado alcançou o valor de R$
204,99 bilhões. Isso representa um montante de 68,5% maior do que o valor lançado em 2016 (R$
121,66 bilhões)

2. Quantidade de procedimentos fiscais executados pela RFB

De acordo com os dados abaixo, verifica-se que no ano de 2017 houve um crescimento de
26,56% na quantidade de auditorias externas, em relação ao ano de 2016. Desta forma, ocorreram
11.812 auditorias externas, as quais geraram um crédito tributário de R$ 199,35 bilhões. Já a
revisão de declarações, corresponderam 378.381 procedimentos, os quais geraram um crédito
tributário de R$ 5,63 bilhões, que no total dos dois procedimentos, importou em um crédito
tributário de R$ 204,99 bilhões, um crescimento de 67,81% em relação ao ano anterior.

Fonte: Receita Federal do Brasil

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3. Grau de aderência das autuações da Receita Federal

O grau de aderência é um indicador que mede a manutenção dos lançamentos, efetuados


pela Fiscalização, após a sua constituição e durante todo o trâmite administrativo. Consideram-se
mantidos os lançamentos pagos, parcelados, em cobrança administrativa e aqueles
encaminhados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa e a
consequente cobrança de execução fiscal.

Fonte: Receita Federal do Brasil

4. Crédito tributário federal por atividade econômica

Fonte: Receita Federal do Brasil

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De acordo com o levantamento acima, pode se constatar que a Indústria foi o segmento da
economia com o maior valor nos autos de infração no ano de 2017, representando R$ 107,44
bilhões (56,68%), seguido pelo segmento de Prestação de Serviços com R$ 21,06 bilhões
(11,11%), pelo Comércio com R$ 20,43 bilhões (10,78%) e pelo Serviços Financeiros com R$ 15,25
bilhões (8,05%). Os demais segmentos tiveram uma participação menor no montante dos autos
de infração, tais como: Sociedades de Participação com R$ 8,16 bilhões (4,30%), Outros Setores
participaram com R$ 5,65 bilhões (2,98%), Construção Civil R$ 4,72 bilhões (2,50%), Transporte e
Serviços Relacionados R$ 4,55 bilhões (2,40%). Os Serviços de Comunicação, Energia e Água
tiveram autos de infração que corresponderam a R$ 2,25 bilhões (1,20%).

5. Crédito Tributário, por tributo, decorrente de autuações fiscais.

Tributos Total 2016 Total 2017 % 2016 – 2017


Qtd R$ Qtd R$ Qtd R$
IRPJ 2.739 59.548.486.893 4.211 72.518.071.627 53,74 21,78
CSLL 2.709 24.085.291.550 4.144 27.197.948.632 52,97 12,92
COFINS 2.548 17.588.140.869 3.163 20.976.961.264 24,14 19,27
IRRF 1.144 12.416.211.451 887 16.248.514.149 -22,47 30,87
Contribuição Previdenciária 3.836 8.449.346.987 5.912 15.769.294.535 54,12 86,63
IPI 945 5.987.498.789 1.204 15.082.798.174 27,41 151,90
Cide remessa exterior 32 4.897.460.795 42 5.067.965.689 31,25 3,48
PIS 2.528 3.825.610.086 3.129 4.362.302.431 23,77 14,03
Outras multas adm 998 3.546.343.989 1.129 2.677.307.256 13,13 -24,51
IOF 197 1.472.844.729 155 1.037.558.739 -21,32 -29,55
Multas previdenciária 507 444.246.142 539 430.914.636 6,31 -3,00
Pasep 120 465.373.352 214 390.984.303 78,33 -15,98
Simples Nacional 118 77.232.507 434 237.329.081 267,80 207,29
ITR 19 4.392.820 18 8.416.712 -5,26 91,60
Total 18.440 142.808.480.959 25.181 182.006.367.228 36,56 27,45
Fonte: Receita Federal do Brasil

Cabe aqui um esclarecimento, tanto os dados mencionados nos itens anteriores, quanto os
dados mencionados nesse item, tem como fonte a Receita Federal do Brasil, no entanto, se
verifica que existe uma diferença de valores mencionados nesse item e os mencionados nos itens
anteriores, especialmente com relação ao valor total dos autos de infração.

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Como base nos dados mencionados acima, no ano de 2017, o IRPJ foi o tributo que gerou
o maior volume nos autos de infração, ou seja, foram R$ 72,5 bilhões, seguido da CSLL com R$
27,1 bilhões, a COFINS com R$ 20,9 bilhões e o IRRF com R$ 16,2 bilhões. Outros tributos que
tiveram uma participação importante no montante dos autos de infração, da Receita Federal do
Brasil, foram a Contribuição Previdenciária, com R$ 15,7 bilhões, o IPI com R$ 15 bilhões, a Cide
remessa ao exterior com R$ 5 bilhões e o PIS com R$ 4,3 bilhões.

Na sequência, em termos de valores lançados como autos de infração, temos outras


multas administrativas com R$ 2,6 bilhões, o IOF com R$ 1 bilhão, as multas previdenciárias com
R$ 430,9 milhões, o Pasep com R$ 390,9 milhões, o Simples Nacional com R$ 237,3 milhões e o
ITR com R$ 8,4 milhões.

Com relação ao Simples Nacional, é importante ressaltar que a quantidade autos de infração
cresceu 267,8% de 2016 para 2017 e em relação aos valores autuados, houve um crescimento de
207,29%.

Considerando a média, da quantidade de autuações por tributos e em valores, temos que a


quantidade de autuações fiscais, da Receita Federal do Brasil, cresceu 36,56% de 2016 para 2017,
e com relação aos valores autuados houve um crescimento de 27,45%.

6. TRIBUTOS FEDERAIS – INDÍCIOS DE SONEGAÇÃO


Tributos Total 2017 Par�cipação
Qtd R$ %
IRPJ 4.211 72.518.071.627 39,84%
CSLL 4.144 27.197.948.632 14,94%
COFINS 3.163 20.976.961.264 11,53%
IRRF 887 16.248.514.149 8,93%
Contribuição Previdenciária 5.912 15.769.294.535 8,66%
IPI 1.204 15.082.798.174 8,29%
Cide remessa exterior 42 5.067.965.689 2,78%
PIS 3.129 4.362.302.431 2,40%
Outras multas adm 1.129 2.677.307.256 1,47%
IOF 155 1.037.558.739 0,57%
Multas previdenciária 539 430.914.636 0,24%
Pasep 214 390.984.303 0,21%
Simples Nacional 434 237.329.081 0,13%
ITR 18 8.416.712 0,00%
Total 25.181 182.006.367.228 100,00%

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7. Autuações fiscais de ICMS em todo o Brasil

O ICMS é o tributo mais sonegado. No ano de 2016 foram lavrados pelos fiscos estaduais
232.320 autos de infração de ICMS, em todo o País, o que representou mais de R$ 98,7 bilhões em
autuações fiscais.

No ano de 2017, os fiscos estaduais lavraram 247.025 autos de infração de ICMS, o que
representou R$ 91,5 bilhões em autuações fiscais.

Verifica-se que, de 2016 para 2017 houve um crescimento 6,33% na quantidade de autos de
infração de ICMS, no entanto, nesse mesmo período, houve uma redução de 7,30% no montante
dos valores dos autos de infração de ICMS, em todo o País.

Diante dos valores que foram lavrados de autos de infração, constata-se que o ICMS é o
tributo mais sonegado no País, (R$ 91,5 bilhões em 2017), seguido pelo o IRPJ (R$ 72,5 bilhões em
2017).

Tributos Brasil 2016 Brasill 2017 % 2016 - 2017


Qtd R$ Qtd R$ Qtd R$
ICMS 232.320 98.788.952.770 247.025 91.575.080.461 6,33 -7,30
Total 232.320 98.788.952.770 247.025 91.575.080.461 6,33 -7,30

Autos de infração de ICMS em 2017, em todo o País, por atividade

Autos Infração ICMS Qtde Valor % Qtde % Valor


Agricultura, pecuária 2.940 R$ 686.813.103 1,19 0,75
Indústria 96.093 R$ 33.195.966.667 38,9 36,25
Infraestrutura 3.656 R$ 4.597.069.039 1,48 5,02
Comércio 115.904 R$ 42.921.240.212 46,92 46,87
Serviços 28.433 R$ 10.173.991.439 11,51 11,11
Total 247.025 R$ 91.575.080.461 100 100,00

No ano de 2017 o Comércio foi o segmento que teve o maior montante em autuações
fiscais do ICMS, representando R$ 42,92 bilhões, seguido pela Indústria com R$ 33,19 bilhões. O
Setor de Serviços representou R$ 10,17 bilhões, o Setor de Infraestrutura representou R$ 4,59
bilhões e Agricultura e Pecuária representou R$ 686 milhões.

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8. Autuações fiscais de ISS em todo o Brasil


Tributos Brasil 2016 Brasil 2017 % 2016 - 2017
Qtd R$ Qtd R$ Qtd R$
ISS 40.262 14.988.210.436 27.838 7.859.266.456 -30,86 -47,56
Total 40.262 14.988.210.436 27.838 7.859.266.456 -30,86 -47,56

No ano de 2017, em todo o País, houve 27.838 autuações de ISS, que representaram um
montante de R$ 7,85 bilhões. Se comparado com o ano anterior, em 2017 houve uma redução na
quantidade de autos de infração de ISS de 30,86% e uma redução de 47,56% no montante dos
autos de infração de ISS.

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9. Conclusões
Considerando que no ano de 2017 foram lavrados autos de infração que representam mais
de R$ 204,99 bilhões em tributos federais e, que, no mesmo ano, foram lavrados pelos fiscos
estaduais, autos de infração, que representam mais de R$ 91,57 bilhões, somente em ICMS, e que
neste mesmo ano os autos de infração de ISS (municipal) representaram R$ 7,86 bilhões, tem-se
que, os autos de infração de tributos federais, de ICMS e de ISS, representaram um total de R$
304,42 bilhões.

Autos de
Infração Brasil 2016 Brasill 2017 % 2016 - 2017
Qtd R$ Qtd R$ Qtd R$
Federais 345.252 122.157.260.157 390.193 204.986.490.505 13,02 67,81
Estaduais ICMS 232.320 98.788.952.770 247.025 91.575.080.461 6,33 -7,30
Municipais ISS 40.262 14.988.210.436 27.838 7.859.266.459 -30,86 -47,56
Total 617.834 235.934.423.363 665.056 304.420.837.425 7,64 29,03

Como no ano de 2016 foram lavrados autos de infração de tributos federais no valor de R$
122,15 bilhões e, no mesmo período, em termos de autos de infração de ICMS representou o
montante de R$ 98,79 bilhões e que, nesse mesmo período os autos de infração de ISS (municipal)
representaram R$ 14,99 bilhões, tem-se que, os autos de infração de tributos federais, de ICMS e
de ISS, representaram um total de R$ 235,93 bilhões.

Portanto, considerando os valores lançados em autos de infração, em tributos federais, de


ICMS e de ISS, houve um crescimento de 29,03% entre o ano de 2016 e 2017.

Considerando a totalidade de procedimentos fiscais realizados (tributos federais, ICMS e


ISS), tem-se que, no ano de 2016 foram lavrados 617.834 autos de infração e, em 2017 foram
lavrados 665.056 autos de infração, o que representou um aumento, de um ano para o outro, de
7,64% na quantidade de autuações fiscais federais, de ICMS e de ISS.

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ESTUDO E PESQUISA DE RESPONSABILIDADE:

IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário


Entidade criada em 11/12/92, cujo objetivo é a difusão de temas de interesse da sociedade,
relativos à tributação, com a realização de estudos e pesquisas que apurem e comparem a carga
tributária individual do cidadão e dos diversos setores da economia.
www.ibpt.org.br

COORDENAÇÃO:

Dr. GILBERTO LUIZ DO AMARAL, advogado tributarista, contador, consultor de empresas,


professor de pós-graduação em governança tributária. Presidente do Conselho Superior e
Coordenador de Estudos do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
gilberto.amaral@ibpt.org.br

Prof. JOÃO ELOI OLENIKE, tributarista, contador, auditor, professor de contabilidade e


planejamento tributário. Presidente Executivo do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação.
joao.olenike@ibpt.org.br

Dra. LETÍCIA MARY FERNANDES DO AMARAL, advogada tributarista, mestra em Direito


Internacional pela Universidade de Toulouse, França, professora de governança tributária.
Vice-Presidente do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
leticia.amaral@ibpt.org.br

Dr. CRISTIANO LISBOA YAZBEK, advogado especialista em Legislação e Planejamento


Tributário, Mestre em Direito Econômico e Socioambiental pela PUC-PR, professor de governança
tributária. Diretor de Negócios do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
cristiano.yazbek@ibpt.org.br

Dr. FERNANDO STEINBRUCH, Advogado, administrador, especialista em direito tributário


(IBET), Mestre em Direitos Fundamentais (ULBRA), professor de governança tributária.
Pesquisador do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
fsteinbruch@terra.com.br

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