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Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção
Curso de Especialização em Construção Civil
Monografia
Março/2014
FERNANDA CALDEIRA DE LACERDA
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2014
2
Dedico à minha família, por todo o carinho e
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AGRADECIMENTOS
trabalho.
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SUMÁRIO
RESUMO ......................................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12
2. OBJETIVOS .............................................................................................. 14
PATOLÓGICAS ............................................................................................... 47
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6. CONCLUSÃO............................................................................................ 62
6
LISTA DE FIGURAS
de ruptura ......................................................................................................... 22
7
Figura 16: Execução do revestimento epóxi espatulado................................. 43
8
LISTA DE TABELAS
manchamento .................................................................................................. 25
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LISTA DE NOTAÇÕES E ABREVIATURAS
MMA = Metilmetacrilato
10
RESUMO
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1. INTRODUÇÃO
preocupar tanto em obter comida, já que ela está amplamente disponível nas
restaurantes cada vez mais próximos das empresas. Com esta solução,
refeições.
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dos materiais, identificar as características do local onde serão aplicados e
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2. OBJETIVOS
industriais;
causas;
piso estudados.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
manutenção periódica.
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No caso de cozinhas industriais, não existe uma norma técnica que especifique
material deve ter. Segundo ela, o revestimento deve ser “liso, impermeável e
inclinação suficiente em direção aos ralos, não permitindo que a água fique
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Segundo a RDC50/02 de 21/02/2002, a especificação dos materiais de
disponíveis no mercado que são mais utilizados neste tipo de ambiente, para
todo.
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3.3.1. Placa Cerâmica
1
Tardoz: Face da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa de assentamento.
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placas cerâmicas com tardoz branco possuem menor teor de óxido de ferro do
Figura 3: Placa cerâmica extrudada com Figura 4: Placa cerâmica prensada com
tardoz branco e mono-orientado tardoz vermelho e polidirecionado
Fonte: Acervo pessoal. Fonte: Acervo pessoal.
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Tabela 1: Grupo de absorção de água (produtos prensados) conforme ISO 13006 / NBR
13818:1997 / NBR 15463:2007
FONTE: ATLAS, 2013, p.2.
Classificação ISO13006 /
Produto Cerâmico Absorção de Água (%)
NBR13818 NBR 15463
Porcelanato Técnico ≤ 0,1%
Porcelanato Esmaltado ≤ 0,5%
Grês BIb 0,5% ≤ 3,0%
Semi-grês BIa 3,0% ≤ 6,0%
Semi-poroso BIIb 6,0% ≤ 10%
Poroso BIII 10% ≤ 20%
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É importante ressaltar que a NBR13818 (1997) “quantifica apenas a
da ruptura após ensaio (b, em milímetros) (Figura 5). (NBR 13818, 1997, p.14).
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Quanto maior a espessura de uma placa cerâmica, maior será sua carga de
equação:
c. Resistência à abrasão
cerâmicos esmaltados e, quanto maior o PEI, numa escala que vai até 5, maior
23
p.24). Tal resistência à abrasão é essencial em cozinhas industriais onde o
d. Gretagem
(Figura 6).
24
f. Dureza Mohs
g. Resistência ao Manchamento
3):
25
h. Resistência Química
i. Resistência ao Congelamento
j. Dilatação Térmica
submetida ao calor.
k. Choque Térmico
l. Atrito
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m. Resistência ao Impacto
resistência ao impacto.
prazo mínimo de cura da base ou contrapiso ou, caso não haja processo de
cura, o assentamento deverá ser pelo menos “28 dias após a concretagem da
sarrafeada e desempenada.
1996, p.5).
estrutura.
executadas sempre que a área total for igual ou superior a 20m² ou sempre
revestimentos” (NBR 13753, 1996, p.7). A profundidade das juntas deve ser
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Figura 9: Detalhe da junta com selante flexível
Fonte: GEROLLA, 2006.
b) Camada de Regularização
recomendado de 1:6 em volume” (NBR 13753, 1996, p.8) com espessura entre
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Figura 10: Pasta de argamassa colante que deve preencher irregularidades da superfície
do contrapiso e da base das placas cerâmicas.
Fonte: NBR 13753, 1996, p.15
c) Camada de Separação
próximas aos limites máximos estabelecidos na NBR 6118” (NBR 13753, 1996,
p.8). Segundo a NBR 13753 (1996), essa camada pode ser constituída pelos
seguintes materiais:
“papel Kraft com gramatura igual ou maior que 80g/m², membrana de polietileno com
espessura mínima de 0,1mm, feltro asfáltico com gramatura mínima de 250g/m²,
membrana de poliisobutileno com espessura mínima de 0,8mm, membrana de cloreto
de polivinila com espessura mínima de 0,8mm.” (NBR 13753, 1996, p.8).
1996, p.9).
pode ser constituída por diversos materiais desde que livres de umidade,
e) Contrapiso
cimento, cal hidratada e areia média úmida com espessura entre 15mm e
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Figura 11: Preparo do contrapiso
Fonte: 4SHARED.
alinhamento das juntas é feito com auxílio de linha esticada nos sentidos
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Figura 12: Preenchimento prévio das Figura 13: Alinhamento das juntas
reentrâncias do tardoz das placas Fonte: DIY ADVICE.
cerâmicas com argamassa colante
Fonte: WEBER, Saint-Gobain.
g) Rejuntamento
35
Figura 14: Rejuntamento do revestimento cerâmico
Fonte: THIS OLD HOUSE.
36
3.4. Revestimento de Alto Desempenho (RAD)
1998, p.1);
de natureza química.
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Seguem os critérios de desempenho definidos pela norma para cada tipo de
RAD:
2006, p.3-4).
39
3.4.2. Resina Metilmetacrilato (MMA)
41)
Seu tempo de cura é de até duas horas e sua durabilidade gira em torno de
industriais, etc. Esta resina tem grande aplicação como revestimento, pois
plásticos e metais.
2
Os polímeros termoplásticos podem ser conformados várias vezes desde que reaquecidos,
enquanto os termorrígidos só podem em um estágio intermediário de sua fabricação (COELHO,
2005, p.16).
41
3.4.4. Procedimentos de Execução
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compactar e dar a superfície o acabamento e espessura especificados” (NBR
Sua aplicação deve ser realizada quando a temperatura ambiente estiver entre
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primer selador, é espalhado uniformemente o revestimento com o uso de
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c) Aplicação de RAD monolítico multicamadas
(Figura 18).
cloretos ou outros sais. Caso esse apresente regularidades, elas deverão ser
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corrigidas antes da aplicação. Aplica-se então o primer “sobre a superfície
(Figura 19).
proteção e, caso haja contato com os olhos, lavá-los imediatamente com água
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4. ESTUDOS DE CASO – EXEMPLOS DE MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS
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exigência de rapidez na construção sem respeitar os prazos mínimos
produto.
revestimentos de piso.
unidades visitadas. Na Figura 20, observa-se que, embora tenha sido utilizado
descolamento das placas cerâmicas extrudadas. Isso pode ter ocorrido devido
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Também é frequente a presença de quebra da quina das peças cerâmicas
revestimento de piso.
placas cerâmicas prensadas (Figura 22, Figura 23 eFigura 24). Supõe-se que
50
Figura 22: Manchas de umidade em revestimento cerâmico prensado
Fonte: Acervo pessoal.
51
Figura 24: Manchas de umidade em revestimento cerâmico
Fonte: Acervo pessoal.
52
Figura 26: Descolamento de placa cerâmica prensada
Fonte: Acervo pessoal.
assentamento;
revestimento;
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- Planejar o processo de assentamento das peças verificando condições
argamassa.
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Figura 27: Revestimento de Alto Desempenho executado em Agosto/2012.
Fonte: Acervo pessoal.
utilização do local.
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5. ANÁLISE COMPARATIVA DOS REVESTIMENTOS DE PISO
sujeitos a fatores como gordura, contato com alimentos, calor, vapor, produtos
deveria ter características de alto tráfego, ter baixa absorção de água, ser
cores claras, ter resistência a impactos, ter resistência ao fogo, ter resistência
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Figura 30: Áreas sujeitas a muita umidade: higienização de panelas à esquerda e
higienização de pratos e talheres à direita.
Fonte: Acervo pessoal.
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Verifica-se assim a complexidade envolvida na especificação do revestimento
regra dos revestimentos que são mais adequados, pois isso irá depender de
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Definição - Resistência Química
Códigos de classificação: XYZ (Ex:GHA)
X - Uma letra: G (superfície esmaltada) ou U (superfície não esmaltada) | Y - Uma letra: H (solução de
alta concentração) ou L (solução de baixa concentração) | Z - Uma letra: Classe de resistência química:
A = Alta | B = Média | C = Baixa
Definição – Resistência a Manchas
Classe 5 - Máxima facilidade de limpeza | Classe 4 - Mancha removível com produto de baixa
concentração | Classe 3 - Mancha removível com produto de alta concentração | Classe 2 - Mancha
removível com solventes | Classe 1 - Impossibilidade de remoção de manchas.
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Autonivelante Saturada Flexível é indicada em áreas refrigeradas, como as
câmaras frigoríficas. No entanto, por ser facilmente inflamável, não deve ser
justifica seu custo mais alto em relação à cerâmica prensada. Este custo, no
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revestimento com maior resistência química, fácil higienização, baixa absorção
juntas que são áreas que tendem ao acúmulo de sujidades. Além disso, possui
MMA, mas com um custo quase 65% mais baixo. A Resina MMA é adequada
61
6. CONCLUSÃO
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materiais de revestimento que atendam aos diversos aspectos normativos e
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cecrisa, 1996.
<ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM343/09_1fundament
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____________. NBR 15575-3: Edificações Habitacionais – Desempenho.
Disponível em:
<http://www.ceratlas.com.br/ceramicaatlas/upload/manuais/Novo/classificacao_
http://www.baserevest.com.br/novo/artigos/desempenho-dos-revestimentos-
Cerâmicas para Revestimento. In: Cerâmica Industrial. São Paulo: 2000. 45p.
União, 2002.
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____________. Notas da aula de Técnicas de Revestimento. Belo
<http://www.ceramicaportoferreira.com.br/area-tecnica.php?idioma=pt-BR>.
<http://www.diyadvice.com/diy/flooring/install-tile-floor/ceramic/>. Acesso em
Janeiro de 2014
66
FIORITO, Antonio J.S.I. Manual de argamassas e revestimentos: estudos
<http://www.metalica.com.br/lajes-e-pisos-para-estrutura-metalica>. Acesso em
Outubro de 2013.
<http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arqtema/ceramica/principal6.htm>.
2014.
67
PORTARIA CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (PORTARIA CVS).
<http://www.4shared.com/all-images/8s_lPMED/09-08-13.html?locale=ru>.
avaliação das condições de uso em Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2009.
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