Programação e Operação de Centro de Usinagem

Programação ponto a ponto

G00 Interpolação linear com avanço rápido

A função G00, realiza movimentos nos eixos da máquina com a maior velocidade de
avanço disponível, portanto, deve ser utilizada somente para posicionamentos sem
nenhum tipo de usinagem.

A velocidade de avanço pode variar para cada modelo de máquina, e é determinada

pelo fabricante da mesma.
Sintaxe da sentença: G00 X... Z... (M...) #

Onde:
X... - Definição de
posicionamento final no eixo X
(diâmetro)
Z... - Definição de
posicionamento final no eixo Z
(comprimento)
M... - Definição de Função
Miscelânea (opcional)
# - Fim de bloco ou sentença
Função G00

Exemplo:
:
N10 G00 X95. Z70. #
:
Observações:
• A função G00 é Modal portanto cancela (G01,G02,G03).
• Graficamente é representada por linhas tracejadas e é dada em metros por minuto.
• Utilizar a função G00 somente para posicionamentos sem nenhum tipo de
usinagem.

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 17

Programação Ponto a Ponto

• Função entre parênteses é opcional.

G01 Interpolação linear com avanço programado

A função G01, realiza movimentos retilíneos com qualquer ângulo, calculado através
das coordenadas de posicionamento descritas, utilizando-se de uma velocidade de
avanço (F) pré-determinada pelo programador.

Sintaxe da sentença: G01 X... Y... (Q)... (C)... (I)... (J)... F... (M...) #

Q... – Definição de função de

arredondamento (Q positivo) ou
chanfro (Q- negativo).
C... – Ângulo Polar (ângulo em
relação ao centro polar, tomado
a partir de uma linha imaginária
do eixo positivo de X).
I... – Centro Polar (centro em
relação ao eixo X).
Função G01 J... – Centro Polar (centro em
relação ao eixo Y).
Onde: F... - Avanço programado
X... - Definição de posicionamento M... - Definição de Função
final no eixo X Miscelânea (opcional)
Y... - Definição de posicionamento # - Fim de bloco ou sentença
final no eixo Y

Exemplo:
:
N25 G01 X20. Y42. F100. #
:
Observações:
• O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em conta o
material, a ferramenta e a operação a ser executada.
• Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação, mas também
pode ser utilizado mm/min.
• A função G01 é Modal portanto cancela (G00,G02,G03) .
• A função Miscelânea "M..."., é opcional .

18 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Compensação Automática do Raio da Ferramenta

Nas Fresadoras CNC o ponto comandado da ferramenta, é um ponto que encontra-se

no cruzamento das linhas X e Y, e se dá na linha de centro da ferramenta, porém, a
aresta de corte da ferramenta é quem atua na usinagem.

Neste caso a compensação automática do raio da ferramenta, é um recurso de

programação que permite determinar o contorno real da peça, para que este seja
coincidente com a aresta de corte da ferramenta durante os blocos de usinagem,
evitando assim os cálculos de compensação por parte do programador.

Ferramenta de corte

Para que o comando efetue os cálculos de compensação é necessário que ele seja
informado sobre o diâmetro da ferramenta utilizada (D), o plano de trabalho desejado,
e o código de compensação que o instruirá sobre o deslocamento do avanço de corte
da ferramenta em relação a peça.

Compensação de ferramenta

As funções G40, G41 e G42 é que atuam na compensação do diâmetro da ferramenta.

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 19

Programação Ponto a Ponto

A ativação/desativação destas compensações poderá ocorrer durante a vigência de

G01, G02, G03 e G73.

As funções G40, G41 ou G42 devem ser programadas em um bloco sem

deslocamento de eixos, no entanto, a correção apenas terá efeito, quando pelo menos
um dos eixos pertencentes ao plano de correção for movimentado. No movimento
realizado dentro do bloco de aproximação, é que a compensação do raio da
ferramenta é efetuada, portanto, recomenda-se que o movimento seja feito sem o corte
de material.

A utilização de G41 ou G42 dependem basicamente do posicionamento da ferramenta

com relação a peça e do sentido de deslocamento da mesma, onde:

G41 ferramenta à esquerda da G42 ferramenta à direita da peça

peça em função do sentido de em função do sentido de
usinagem. usinagem.

Através da função G40 será desativado a compensação do raio da fresa.

Restrições na compensação
As seguintes funções “G” não podem ser utilizadas com as funções G41 ou G42 ativas:
• G17, G18 ou G19 - seleção de plano;
• G22 ou G23 - interpolação helicoidal;
• G30 ou G31 - imagem espelho
• G92 - define zero programa
• G99 - cancela G92

20 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

G02 - G03 Interpolação circular – MACH 9

Nas interpolações circulares a ferramenta deve deslocar-se entre dois pontos,

executando a usinagem de arcos pré-definidos, através de uma movimentação
apropriada e simultânea dos eixos. A interpolação circular é regida pela regra da mão
direita e deslocará a ferramenta da seguinte forma:

1. Ao longo de uma circunferência, 2. Em um plano de trabalho selecionado

definida pelo tipo de torre utilizada (XY, XZ ou YZ).
(dianteira ou traseira) e pelo sentido
de corte da usinagem.
• No sentido horário G02
• No sentido anti-horário G03

- G17 plano X - Y
- G18 plano X - Z (torno)
Função G02 e G03 torre traseira - G19 plano Y – Z

Plano em G02 e G03

3. Do ponto inicial (P1) até o ponto final (P2) descrevendo uma trajetória circular.

Função G02 e G03

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 21

Programação Ponto a Ponto

A Interpolação circular pode ser efetuada da seguinte forma:

G01 X... Y... # (P1)

Sintaxe da Sentença: G02 / G03 X... Z... I... J... (C)... (Q)... (R )...#(P2)

Pontos da peça usados em G02/G03

Onde:
X... - Definição de posicionamento final no eixo X
Y... - Definição de posicionamento final no eixo Y
Q... – Definição de função de arredondamento (Q positivo) ou chanfro (Q- negativo).
C... – Ângulo Polar (ângulo em relação ao centro polar, tomado a partir de uma linha
imaginária do eixo positivo de X).
I... – Centro Polar (centro em relação ao eixo X).
J... – Centro Polar (centro em relação ao eixo Y).
R... – Valor do raio.
F... - Avanço programado.
# - Fim de bloco ou sentença. Obs:

As funções G02 e G03 não são modais, cancelam a função G00 e só autorizam o
código G01 para movimentos subseqüentes.

22 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Aplicar G00, G01, G02 e G03 somente como perfil final de acabamento.

Exemplo de fixação G02/G03 – mach9

G42 # (Compensação à direita)

G1 Y0 #
X 80. #
G3 X 100. Y 20. I 80. J 20. # OU G3 I 80.
Fresa de topo de φ10 mm J 20. C0.#
; EXEMPLO-04 # G1 Y 50. #
G99 # X 20. #
G90 # G2 X 0 Y 30. I 0 J 50. # OU G2 I 0 J 50.
G94 # C-90.#
G71 # G1 Y – 10. #
G17 # G40 # (Descompensação)
T01 M6 ; FRESA_10_MM # G1 X – 10. M9 #
O01 S3000 M03 # G0 Z 10. #
G0 X –10. Y – 10. Z 10. # GZO M5 #
G1 Z – 6. F500 M8 # T00 M6 #
M30 #

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 23

Programação Ponto a Ponto

Interpolação Circular G02 (Horária), G03 (Anti-Horário) – SIEMENS 810D

Sintaxe: G02 / G03 X... Y... Z... I... J... F... M... # ou G02 / G03 X... Y... Z...
CR=... # ou G02 / G03 X... Y... Z... I = AC(...) J = AC(...) #

Pontos da peça usados em G02/G03

Onde:
X - Definição do Ponto final no eixo X (absoluto).
Y - Definição do Ponto final no eixo Y (absoluto).
Z - Definição do Ponto final no eixo Z (absoluto).
I - Centro da interpolação no eixo X em relação ao posicionamento atual da
ferramenta.
I = AC (....)- Centro da interpolação em absoluto no eixo X.
J - Centro da interpolação no eixo Y em relação ao posicionamento atual da
ferramenta.
J = AC (....)- Centro da interpolação em absoluto no eixo Y.
F - Avanço
M - Definição de função Miscelânea.
CR – Valor do raio do círculo (+ para ângulo inferior a 180º, - para ângulo superior a
180º)
# - Fim de bloco

Aplicar G00, G01, G02 e G03 somente como perfil final de acabamento.

24 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Exemplo de fixação G02/G03 – siemens 810d

X 80. #
G3 X 100. Y 20. I=AC(80) J=AC(20) #
OU G3 X 100. Y 20. CR=20
G1 Y 50. #
Fresa de topo de φ10 mm X 20. #
G2 X 0 Y 30. I=AC(0) J=AC(50) # OU G2
; EXEMPLO-05 # X 0 Y 30. CR=20.
G17 G71 G90 G94 G1 Y – 10. #
G53 G0 Z-110 D0 G40 # (Descompensação)
T01;--------------FRESA 12 MM G1 X – 10. M9 #
M06 G00 Z20
G54 D01 MSG("")
S3000 M03 G53 G0 Z-110 D0 M05
MSG(" ***** Exemplo G2/G3 ****** ") M30
G0 X –10. Y – 10. Z 10. #
G1 Z – 6. F500 M8 #
G42 # (Compensação à direita)
G1 Y0 #

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 25

Programação Ponto a Ponto

Posicionamento Polar – MACH 9

A aplicação Polar é dada quando os posicionamentos são definidos através de um

determinado ângulo de referência.

Posisionamento polar – mach9

Onde:
W – Zero peça (zero do programa)
I – Coordenada do Centro polar no eixo X em relação ao zero peça "W" (absoluto)
J – Coordenada do Centro polar no eixo Y em relação ao zero peça "W" (absoluto)
cp – Centro polar em relação ao zero peça "W"
P1 – Posicionamento atual da ferramenta (coordenadas X, Y)
P2 – Posicionamento final desejado
R – Comprimento polar (comprimento medido do centro polar "cp" até o ponto final
desejado "P2" )
r – Comprimento polar (comprimento medido do posicionamento atual da ferramenta
"P1" até o ponto final desejado "P2" )
C – Ângulo polar (ângulo medido a partir de uma linha imaginária do eixo X até a linha
que une o centro polar "cp" ao ponto final desejado "P2").
c - Ângulo polar (ângulo medido a partir da linha imaginária que une o centro polar
"cp" ao posicionamento atual da ferramenta "P1", em relação a linha imaginária que
une o centro polar "cp" ao ponto final desejado "P2")

26 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

A – Ângulo do movimento polar (ângulo medido a partir de uma linha imaginária do

eixo X até a linha do movimento efetuado entre a posição atual "P1" e a final "P2" da
ferramenta.

Possíveis combinações lineares

Possíveis combinações circulares

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 27

Programação Ponto a Ponto

Exemplo 01 aplicando posicionamento polar

PROGRAMA DE USINAGEM: N2 T02 M06 ; BROCA DE 10MM

G99 O02 S700 M03
G94 G0 I 55. J 50. R 35. C 30.
G90 Z10.
G71 G1 Z – 20. F150 M8
G17 G0 Z10.
N1 T01 M06 ; BROCA DE CENTRO G0 I 55. J 50. C 320.
O01 S1000 M03 G1 Z – 20. F100 M8
G0 I 55. J 50. R 35. C 30. G0 Z10. M09
Z10. GZO M5
G1 Z – 6.5 F100 M8 N3 T03 M06 ; FRESA DE TOPO DE
G4 F1. 10MM
G0 Z10. O03 S1000 M03
G0 I 55. J 50. C 320. G0 I 55. J 50. R 35. C 30.
G1 Z – 6.5 Z10.
G4 F1. G1 Z – 5. F100 M8
G0 Z10. M9 G03 I 55. J 50. C 320. F200
GZO M5 G0 Z10. M09
GZO M5
M30

28 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Exemplo 01 aplicando posicionamento polar

PROGRAMA DE USINAGEM: A 20. r 30.

G99 A 110. r 50.
G90 A 200. r 30.
G71 A 290. r 50.
G17 Y – 5.
N1 T01 M06 ; FRESA_10_MM G40 ; (Descompensação)
O01 S2000 M03 G1 X – 10. M9
G0 X –10. Y – 10. G0 Z 10.
Z10. GZO M5
G1 Z – 6. F500 M8 M30
G42 ; (Compensação à direita)
G1 Y0 F300
X30.

Posicionamento Polar – SIEMENS 810D

A aplicação Polar é dada quando os posicionamentos são definidos através de um

determinado ângulo de referência.

As coordenadas podem ser programadas através de coordenadas polares (raio e

ângulo).

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 29

Programação Ponto a Ponto

Pólo é o centro do arco, e é declarado através da função G111

Sintaxe: G111 X.... Y.... #

G0 / G1 AP=..... RP=..... #
ou
G2 / G3 AP=..... RP=..... #

Posicionamento polar – siemens 810d

Onde:
W – Zero peça (zero do programa).
Pólo – Centro do arco em X e Y em relação ao zero peça "W".
X – Coordenada do Centro polar no eixo X em relação ao zero peça "W" (absoluto).
Y – Coordenada do Centro polar no eixo Y em relação ao zero peça "W" (absoluto).
P1 – Posicionamento final desejado .
RP – Raio polar (comprimento medido do centro polar "Pólo" até o ponto final desejado
"P1").
AP – Ângulo polar (ângulo medido a partir de uma linha imaginária do eixo X até a
linha que une o centro polar "Pólo" ao ponto final desejado "P1".

30 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Exemplo 01, aplicando posicionamento polar – siemens 810d

PROGRAMA DE USINAGEM: Z10.

G17 G71 G90 G94 G111 X55. Y50.
G53 D0 G0 Z-110 M5 G0 AP=30. RP=35. M08
T1;------------- Broca de Centro G1 Z-20. F100
M6 G0 Z10.
G54 D1 G0 AP=320. RP=35.
S1000 M3 G1 Z-20. F100
G0 X0 Y0 G0 Z10. M9
Z10. G53 D0
G111 X55. Y50. G0 Z-110. M5
G0 AP=30. RP=35. M08 T3; --------Fresa de Topo de 10 mm
G1 Z- 6.5 F100 M6
G0 Z10. G54 D1
G0 AP=320. RP=35. S1500 M3
G1 Z- 6.5 F100 G0 X0 Y0
G0 Z10. M9 Z10.
G53 D0 G0 Z-110. M5 G111 X55. Y50.
T2; -------------Broca de 10 mm G0 AP=30. RP=35. M08
M6 G1 Z-5. F100
G54 D1 G3 AP=320. RP=35.
S900 M3 G0 Z10. M9
G0 X0 Y0 G53 D0 G0 Z-110. M5
M30

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 31

Programação Ponto a Ponto

Exemplo 02, aplicando posicionamento polar

PROGRAMA DE USINAGEM: G111 X52.5 Y=108.951;---------------G111

G17 G71 G90 G94 X52.5 Y=(46.951+32+30)
G53 D0 G0 Z-110 M5 G3 AP=300 RP= 30; ------------------G3
T1;------------- Fresa de Topo AP=(270+30) RP= 30
M6 G111 X90. Y44.
G54 D1 G2 AP=45. RP=45.
S1000 M3 G1 AP=2.5 RP=61.035
G0 X-15. Y-15. G2 AP=300 RP=61.035;-------------G2
Z10. M8 AP=(270+30) RP=61.035
Z0 CFTCP; Avanço constante no G1 X90. Y0
centro da fresa na trajetória de curvas X0
externas G40
INICIO: G1 Z=IC(-3.) F80 FIM: X-15. Y-15. F1000
G41 REPEAT INCIO FIM P4
G1 X0 Y0 F500 G53 D0
Y34.167 G0 Z-110. M5
G111 X52.5. Y46.951 M30
G1 AP=140. RP=32.
G2 AP=90. RP=32.

32 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Exemplo 03, aplicando posicionamento polar

PROGRAMA DE USINAGEM: G1 Z-25. F100

G17; G71 G90 G94 G0 Z10.
G53 D0 G0 Z-110 M5 G0 AP=162. RP=35. M8; ----------3
T1;-------------Broca de 10 mm POSICIONAMENTO
M6 G1 Z-25. F100
G54 D1 G0 Z10.
S1000 M3 G0 AP=234. RP=35. M8;----------4
G0 X-15 Y-15 POSICIONAMENTO
G0 Z10. G1 Z-25. F100
G111 X45. Y50. G0 Z10.
G0 AP=18. RP=35. M8; ----------1 G0 AP=306. RP=35. M8;----------5
POSICIONAMENTO POSICIONAMENTO
G1 Z-25. F100 G1 Z-25. F100
G0 Z10. G0 Z10.
G0 AP=90. RP=35. M8;----------2 G53 D0
POSICIONAMENTO G0 Z-110. M5
M30

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 33

Programação Ponto a Ponto

Exemplo 04, aplicando posicionamento polar

PROGRAMA DE USINAGEM: G1 X100. Y15.

G17; G71 G90 G94 G1 Y0
G53 D0 G0 Z-110 M5 G1 X-15
T1;------------- Fresa de Topo de 12 mm G40
M6 FIM: Y-15. F1000 M9
G54 D1 REPEAT INICIO FIM P3
S1000 M3 G53 D0 G0 Z-110 M5
G0 X-15 Y-15 M30
G0 Z10.
G0 Z0 CFTCP
INICIO: G1 Z=IC(-4) F100 M8
G41
G1 X0 F500
Y15.
G111 X50. Y86.41
G1 AP=235. RP=45.;----OU---- G1
AP=(270-35) RP=45RP=45.
G3 AP=305 RP=45.;------------------OU------
G3 AP=(270+35) RP=45.

34 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Função Q: chanfro ou arredondamento - MACH 9

A função "Q" quando programada juntamente com as funções G01, G02 ou G03,
provocará a inserção de um Raio ou Chanfro, entre o movimento gerado pelo bloco
que contém a função "Q" (mov. 1) e o bloco seguinte (MOV. 2).

Arredondamento

Se o valor de "Q" for positivo, especificará o raio do arco a ser inserido entre os dois
movimentos.

Chanframento

Se o valor de "Q" for negativo, especificará a dimensão do chanfro a ser inserido

entre os dois movimentos.

Observação: As intervenções usando a função "Q" , tanto para raios quanto para
chanfros, trabalham com o vértice das interpolações.

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 35

Programação Ponto a Ponto

Exemplo de fixação função Q

PROGRAMA DE USINAGEM: X 60. Q10.

G99 Y 60. Q- 10.
G90 X 0 Q15
G71 Y- 10.
G17 G40 ; (Descompensação)
N1T01 M06 ; FRESA_10_MM G1 X – 10. M9
O01 S2000 M03 G0 Z 10.
G0 X –10. Y – 10. GZO M5
Z10. M30
G1 Z – 5. F1000 M8
G42 ; (Compensação à direita)
G1 Y0 F300

Função de Arredondamento ou Chanfro - SIEMENS 810D

Arredondamento RND
A função "RND" quando programada juntamente com as funções G01, G02 ou G03,
provocará a inserção de um Raio, entre o movimento gerado pelo bloco que contém a
função "RND", e o bloco seguinte, cujo objetivo é o de arredondar os cantos da peça.

36 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Função RND

Exemplo 01 de aplicação da função RND

PROGRAMA DE USINAGEM: G1 X60 Y10.71

G17 G71 G90 G94 G1 Y40 RND=10
T01; --------------FRESA 12 MM X0 RND=15
M06 Y-10
G54 D1 G40
S3000 M03 X-10
G0 X-10 Y-10 G53 D0
G0 Z10 M8 G0 Z-110 M5 M9
G1 Z-10 F800 M30
G42
Y0
X45 RND=20

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 37

Programação Ponto a Ponto

Exemplo 02 de aplicação da função RND

PROGRAMA DE USINAGEM: G1 Y60 CHR=10

G17 G71 G90 G94 G1 X20 RND=8
T01;--------------FRESA 12 MM G2 X0 Y40 I-20 J0;--G2 X0 Y40 I-20 J0
M06 RND=9--(Acrescentar Função CR)
G54 D1 G1 Y0 CHR=10
S3000 M03 G1 X80
G0 X-10 Y-10 Y-10
G0 Z10 M8 G40
G1 Z-10 F800 X-10
G42 G53 D0
G1 Y0 G0 Z-110 M5 M9
G1 X40 RND=6 M30
G2 X60 Y20 I20 J0; --G2 X60 Y20 I20 J0
RND=7---(Acrescentar função CR)

Chanfro CHR / CHF

A função "CHR ou CHF" quando programada juntamente com as funções G01, G02 ou
G03, provocará a inserção de um Chanfro, entre o movimento gerado pelo bloco que
contém a função "CHR ou CHF", e o bloco seguinte, cujo objetivo é chanfrar os cantos
da peça.

38 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

Função CHR

Exemplo de aplicação da função CHR

PROGRAMA DE USINAGEM: Y60 CHR=15

G17 G71 G90 G94 G1 X40 Y60
T01; ---Fresa de 12 mm G1 X10 Y50 CHR=7
M06 G1 X0 Y20
G54 D1 G1 Y-10
S3000 M03 G40
G0 X-10 Y-10 X-10
G0 Z10 M8 G0 Z10 M9
G1 Z-10 F800 G53 D0
G42 G0 Z-110 M5
G1 Y0 M30
X70 CHR=12

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 39

Programação Ponto a Ponto

G04 - Tempo de Permanência ("D WELL")

Com a função G04 entre um deslocamento e outro da ferramenta, pode-se programar

um determinado tempo para que a mesma permaneça parada. A função G04 executa
essa permanência cuja duração é definida por um valor associado "F" (formato F3.2),
que define o tempo em segundos (000,01 a 999,99 segundos).
Na primeira vez que um bloco aparece com G04 no programa a função "F" (tempo de
permanência) deve ser incluída no bloco, porém o tempo de permanência é modal, e
novos tempos usados nos blocos seguintes que tiverem o mesmo valor da função "F",
podem ser requeridos apenas com a programação da função G04.

Tempo de permanência

:
G04 F10 # (executa a permanência de 10 Seg.)
:

G04 # (executa a permanência de 10 Seg.)

40 SENAI – RIBEIRÃO PRETO

Programação e Operação de Centro de Usinagem

G05 - Arco Tangente função

A função G05 permite programar 2 retas tangentes a um arco cujo raio e coordenadas
de centro são conhecidos.
Os pontos de tangência são automaticamente determinados pelo comando, aliviando a
necessidade do programador calcular estes pontos.
G05 é modal e permanece em efeito até que seja programado uma função G00, G01,
G02, G03 ou G73.
As funções usadas no G05 consiste primeiramente nas coordenadas do centro do
arco (X,Y,Z) e a função "Q" específica o raio do arco.
Se o valor de Q for positivo o arco será executado no sentido anti-horário.
Se o valor de Q for negativo o arco será executado no sentido Horário.
O centro do arco pode ser determinado usando coordenadas cartesianas ou
coordenadas polares seguindo os mesmos conceitos para movimentos polares.

Sintaxe: G05 X... Y... Z... Q... (F...) (M...) #

Ponto usados em um arco tangente

Onde:

X - Definição do centro do arco no eixo X (absoluto).

Y - Definição do centro do arco no eixo Y (absoluto).
Z - Definição do centro do arco no eixo Z (absoluto).
Q - Definição do raio (Q + anti-horário), (Q- horário)
M - Definição de função Miscelânea.
F - Avanço programado
# - Fim de bloco

SENAI – RIBEIRÃO PRETO 41

Programação Ponto a Ponto

Exemplo de aplicação da função G05

Desenho peça
G99
G90
G71
G17
N1T01 M06 ; FRESA_10_MM
O01 S2000 M03
G0 X –10. Y – 10.
Z10.
G1 Z – 5. F1000 M8
G42 ; (Compensação à direita)
G1 Y0 F300
G5 X50. Y20. Q20.
G1 X90. Y31.716
Y70.
X31.716
G5 X20. Y30. Q20.
G1 X0 Y-10.
G40 ; (Descompensação)
G1 X – 10. M9
G0 Z 10.
GZO M5
M30

42 SENAI – RIBEIRÃO PRETO