Você está na página 1de 45

NÚCLEO DE ENSINO EM ESTÉTICA ANA CAROLINA PUGA – NEPUGA

PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ESTÉTICA

FRANCIANE APARECIDA CAETANO COELHO

PEELINGS QUÍMICOS EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS

BELO HORIZONTE
2017
NÚCLEO DE ENSINO EM ESTÉTICA ANA CAROLINA PUGA – NEPUGA
PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ESTÉTICA

FRANCIANE APARECIDA CAETANO COELHO

PEELINGS QUÍMICOS EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS

Monografia apresentada ao Núcleo de Ensino em


Estética Ana Carolina Puga – NEPUGA, para
obtenção do título de Especialista em Farmácia
Estética, sob orientação do professor Cristian
Rogério Moroni.

BELO HORIZONTE

2017
FRANCIANE APARECIDA CAETANO COELHO1

PEELINGS QUÍMICOS EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS

Monografia submetida à Comissão Examinadora designada pelo Colegiado do


Curso de Pós-Graduação em Biomedicina Estética como requisito para a obtenção
do título de Especialista em Farmácia Estética

Belo Horizonte, 10 de Novembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA

Nome: Prof. Cristian Rogério Moroni

Instituição: Núcleo de Ensino em Estética Ana Carolina Puga – NEPUGA

Assinatura: __________________________________________________________

Nota:

Nome: Prof. Cristian Rogério Moroni

Instituição: Núcleo de Ensino em Estética Ana Carolina Puga – NEPUGA

Assinatura: __________________________________________________________

Nota:

1Farmacêutica Graduada pela Universidade Presidente Antônio Carlos em Ano, Pós-Graduanda em


Farmácia Estética pelo Núcleo de Ensino em Estética Ana Carolina Puga – NEPUGA.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela saúde e vida, por permitir a realização deste sonho.

A minha mãe querida Suely, por sempre estar me incentivando a cada conquista.

Ao meu noivo Bráulio, por estar sempre ao meu lado, pela companhia e dedicação.

Aos professores, pelo conhecimento e por aumentar o meu amor pela estética.

Ao casal amigos Graziela e Rafael, por me apoiarem na conclusão deste trabalho.


1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................11

2. A PELE E SUAS ESTRUTURAS.....................................................................................13

2.1. Epiderme.......................................................................................................................13

2.1.1. Camada Basal.............................................................................................................14

2.1.2. Camada Espinhosa.....................................................................................................14

2.1.4. Camada Granulosa.....................................................................................................15

2.1.4. Camada Córnea..........................................................................................................15

2.2. Derme............................................................................................................................15

2.2.1. Derme Papilar............................................................................................................16

2.2.2 Derme Reticular.........................................................................................................16

3. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO.....................................................................................18

4. CONCEITO DE PEELING QUÍMICO...............................................................................20

5. CLASSIFICAÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS.............................................................22

5.1. Peeling muito superficial............................................................................................22

5.2. Peeling superficial.......................................................................................................22

5.3. Peeling médio...............................................................................................................23

5.4. Peeling profundo.........................................................................................................23

6. TIPOS DE PEELINGS QUÍMICOS..................................................................................26

6.1. Ácido Azeláico.............................................................................................................26

6.2. Ácido Glicólico............................................................................................................26

6.3. Ácido Glicirrízico.........................................................................................................27

6.4. Ácido Mandélico..........................................................................................................28

6.5. Ácido Fítico..................................................................................................................28

6.6. Ácido Salicílico............................................................................................................29

6.7. Ácido Kójico.................................................................................................................29

6.8. Ácido Alipóico.............................................................................................................30

6.9. Ácido Tranexâmico.....................................................................................................30

6.10. Ácido Retinóico.........................................................................................................31

6.11. Ácido Tioglicólico.....................................................................................................31

6.12. Resorcina...................................................................................................................32

6.13.Ácido Tricloroacético.................................................................................................33
6.14. Solução de Jessner...................................................................................................34

6.14.1. Fórmula de Solução de Jessner.............................................................................. 34

6.15. Ácido Pirúvico............................................................................................................35

6.16. Peeling de Fenol........................................................................................................35

7. MECANISMO DE AÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS..................................................37

8. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DOS PEELINGS............................................39

9. CUIDADOS PRÉ E PÓS PEELING QUÍMICO................................................................40

10. CONCLUSÃO................................................................................................................42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LISTA DE FIGURAS

Figura1 Estruturas da Pele ..............................................................................13

Figura 2 Fototipos de pele.................................................................................20


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Tipos de pele e suas características...........................................................17

Tabela 2 Classificação dos fototipos de Fitzpatrick....................................................21

Tabela 3 Peelings muito superficiais........................................................................23

Tabela 4 Peelings superficiais..................................................................................24

Tabela 5 Peelings médios........................................................................................24

Tabela 6 Peeling profundo.......................................................................................24

Tabela 7 Níveis de profundidade e frost característico do ATA...............................33


RESUMO

É cada vez mais evidente a busca, tanto de homens quanto de mulheres por uma
melhora estética, de modo a lhes proporcionar maior satisfação pessoal e social pelo
aumento da autoestima. Um dos tratamento mais utilizados para tratar a pele de
forma saudável é o "peeling químico" ou "quimioesfoliação". Tal procedimento é
realizado por meio do uso de substancia ácidas e causticas que irão atingir na
epiderme ou derme, dependo da concentração e Ph do ácido. A ação do peeling
estimula a renovação celular, ocasionando o estímulo dos fibroblastos na produção
de colágeno. Tais reações químicas com a pele possibilitarão vários tratamentos
estéticos, tais como o tratamentos de envelhecimento cutâneo, hipercromias, de
estrias, de cicatrizes, alopecia, acne, ceratose seborreica, foliculite, psoríase, dentre
outros. Estudar o mecanismo de ação de cada peeling químico, bem como o local e
profundidade de onde se encontra o distúrbio cutâneo são fundamentais para a
melhor escolha do melhor tratamento para o paciente.

Palavras-chaves: peelings químicos, tratamentos estéticos.


ABSTRACT

The search of both men and women for an aesthetic improvement is increasingly
evident, in order to give them greater personal and social satisfaction by increasing
their self-esteem. One of the most commonly used treatments to treat the skin in a
healthy way is "chemical peeling" or "chemosensing". Such a procedure is performed
through the use of acidic and caustic substances that will reach into the epidermis or
dermis, depending on the concentration and Ph of the acid. The action of the peeling
stimulates the cellular renewal, causing the stimulation of the fibroblasts in the
production of collagen. Such chemical reactions with the skin will enable various
aesthetic treatments, such as skin aging treatments, hyperchromias, stretch marks,
scars, alopecia, acne, seborrheic keratosis, folliculitis, psoriasis, among others.
Studying the mechanism of action of each chemical peeling, as well as the location
and depth of the skin disorder are fundamental to the best choice of the best
treatment for the patient.

Keywords: chemical peels, cosmetic treatments.


1.INTRODUÇÃO

O “peeling”, palavra de origem inglesa que significa descamar e esfoliar,


através de um agente químico provocando uma remoção da epiderme e/ou da
derme, e em seguida ocasionando a regeneração de novos tecidos2.

Com a busca constante pela estética facial e corporal, cada vez mais
aumenta a o interesse por tratamentos estéticos que resultarão na saúde da pele do
paciente e também irão deixa-lo mais seguro para a vida social e pessoal,
melhorando a autoestima e evitando o aparecimento de outras doenças promissoras
(ABDEL – HAFEZ Et al., 2009).

Para tratar da pele de forma segura, melhorando a saúde, estética e


beleza são utilizados peelings químicos que através da quimioesfoliação, feita
através de ácidos que podem atingir várias camadas da pele, como a epidérmica ou
dérmica de forma a ocasionar uma renovação celular, resultante da estimulação de
fibroblastos e a formação de colágeno3.

Então como definir o melhor tratamento estético de peeling químico para


o paciente?

Para definir a melhor escolha, deve-se identificar o problema estético ou a


doença do paciente, saber em qual profundidade ou camada da pele se encontra a
disfunção estética, qual agente caústico ou ácido e qual o tipo de pele que peeling
químico será mais indicado.

Desta forma, constitui objetivo desta obra explorar a pele e suas


camadas, o estudo do envelhecimento cutâneo e a distinção dos tipos de peelings
químicos disponíveis e, conhecendo-os com profundidade, poder-se-á identificar o
mais apropriado para o tratamento estético do paciente.

Para o desenvolvimento desta obra, foi realizada uma pesquisa em livros,

2 COSTA A, Basile AV, Medeiros VLS, Móveis TA, Ota FS, Palandi JAC. Peeling de gel ácido
tioglicólico 10% opção segura e eficiente na pigmentação infraorbicular constitucional. Surg
Cosmet Dermatol 2010.
3 GUIRRO, Elaine Caldeira de O.,Fisioterapia Dermato- funcional: fundamentos, recursos,

patologias. São Paulo: Manole. 2004.


11
artigos científicos, websites acadêmicos, de onde foi possível extrair informações
seguras e atualizadas relacionadas com o tema.

12
2. A PELE E SUAS ESTRUTURAS

A pele é o maior órgão humano, capaz de proteger o corpo contra agressões


externas de natureza biológica ou química, age impedindo a perda de agua e
proteína para o exterior, participa na regulação térmica corpórea, capaz de produzir
vitamina D, possui ação sensorial e exerce grande influência no sistema
imunológico4.

A pele é dividida em duas estruturas distintas: epiderme e derme.

2.1. Epiderme

A epiderme é um revestimento estratificado e pavimentoso, constituído de


células que vão sendo achatadas quando se tornam mais superficiais, sua principal
função é a produção de queratina, uma proteína fibrosa responsável pela
impermeabilidade da pele.

São subdivididas a em quatro subcamadas, sendo que cada uma possui


funções importantes para a manutenção da atividade epidérmica5.

Figura 1- Estruturas da Pele

4 KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 3.ed ver. Ampl., São Paulo: Atheneu,
2015, p. 03.
5 Idem 3, p. 04.

13
Fonte: Mundo e Educação. Disponível em:
www.mundoeeducacao.bol.uol.com.br/biologia/camadaspele.htm. Acesso em: 05 de Nov. de 2017.

A epiderme se distingue em camada basal, camada espinhosa, camada


granulosa e camada córnea6 (Borges, 2010).

2.1.1. Camada Basal

A camada basal é a camada mais profunda da epiderme, responsável


pela função derme epidérmica, ou seja, faz a ligação da derme na epiderme,
também é denominada de camada germinativa, possui essa denominação pelo qual
ocorre divisão por mitose germinado células responsáveis pela renovação celular da
epiderme.

É na camada basal responsável pela formação dos queratinócitos, células


responsáveis pela produção de queratina e é nessa camada onde ocorre a produção
de melanina que é o pigmento que dar cor à pele, produzidas por células
denominadas melanócitos7.

2.1.2. Camada Espinhosa

Devido ao aspecto celular periférico essa camada possui células com


uma aparência de espinhos, que foram identificados através da microscopia
eletrônica, realizando as comunicações intercelulares denominadas desmossomos.
Possui a função de resistência à fricção8.

6 BORGES, Fábio S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2.Ed., São


Paulo:Phorte, 2010. P. 330.
7 GOMES, Rosaline Kelly; Gabriel Marlene, Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos.

São Paulo; Editora Livraria Médica Paulista, 2006.


8 KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 3.ed ver. Ampl., São Paulo: Atheneu,

2015. P. 05
14
2.1.3. Camada Granulosa

Trata-se de uma camada formada por células achatadas, anucleadas e


com citoplasma repleto de grânulos de querato-hialina9. É composta basicamente de
uma proteína plasmática e resistente denominada queratina10.

2.1.4. Camada Córnea

A Camada Córnea é uma camada constituída por células mortas,


achatadas e empilhadas11.

Essas células se renovam com grande intensidade por desprendimento


dos desmossomos, quando se trata de células mais superficiais. A camada córnea é
mais espessa nas palmas e plantas12.

2.2. Derme

A derme é o tecido conjuntivo de origem mesodérmica situada entre a


epiderme e a hipoderme (tecido subcutâneo). A derme é formada por fibras
colágenas, elásticas e substâncias amorfas produzidas pelos fibroblastos·.

Camada mais complexa da pele contém muitas fibras nervosas, vasos


sanguíneos e linfáticos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas e
músculos eretores dos pelos. Sua função é a sustentação, elasticidade,
preenchimento, defesa contra microrganismos, nutrição da epiderme e produção das
fibras de colágeno e elastina13.

A derme possui duas subcamadas denominadas derme papilar e derme


reticular.

9 Idem 7.
10 OBAGI, Zein E.M.D. Restauração e rejuvenescimento da pele-Incluindo a classificação básica
dos tipos de pele. Rio de Janeiro :Revinter Ltda, 2004.
11 Idem 5.
12 Op. Cit.
13 Idem 12.

15
2.2.1. Derme Papilar

É fixada na membrana basal, responsável pela produção colágeno tipo III,


por isso nesta camada temos maior concentração de fibroblastos e vasos capilares.

2.2.2. Derme Reticular

Derme reticular é responsável pela formação de colágeno tipo I, fibras de


elastina que apresentam da forma, curta, curva e grosseira mais paralelas à
superfície.

A vascularização ocorre tanto na derme papilar quanto na reticular,


nutrindo as camadas da epiderme e tecidos ao redor.

A inervação da pele ocorre tanto por nervos motores autônomos quanto


sensoriais somáticos, ligado a receptores que correspondem ao deslocamento
causado pelo tato (receptores de meissner) e de receptores que correspondem a
pressão ou estiramento (corpúsculos de pacini). Também sendo responsáveis pela
sensação térmica, de prurido e dor14.

14 Idem 7. P 08.
16
Tabela 1: Tipos de Pele e suas Características

Fonte: Instituto Schulman de Investigação Científica. Tipos de Pele. Disponível em


www.isic.net.br/artigo-65. Acesso em 02 Nov. 2017.

17
3. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

O envelhecimento cutâneo é um processo dinâmico e progressivo,


resultando de modificações morfológicas, bioquímicas e psicológicas; ocasionando
aos indivíduos a capacidade de adaptar-se ao ambiente, levando a maior incidência
de doenças patológicas e mudanças morfofuncionais que ocorrem após a maturação
sexual, iniciando o processo de envelhecimento15.

O envelhecimento pode ser dividido em componentes intrínsecos e


extrínsecos. O envelhecimento intrínseco é o resultado de um decline de funções
fisiológicas e genéticas, que resultam na perda de elasticidade e atrofia de pele;
ocasionado pelo achatamento da junção dermo-epidérmica, resultado do aumento
do tamanho dos corneócitos (células existentes na camada córnea) e
consequentemente aumentando a flacidez e formação de rugas16.

O envelhecimento intrínseco inicia a partir dos 20 anos devido as


mudanças genéticas controladas pelo nosso organismo, com desgaste natural, o
envelhecimento atinge todos os órgãos além da pele. Este envelhecimento
intrínseco é observado nas regiões onde teve pouca exposição solar em uma
pessoa idosa, como face interna do braço e abdômen, tornando uma pele fina mais
flácida com aparência de rugas finas e a pele com pouca elasticidade 17.

O envelhecimento extrínseco surge devido a exposição excessivo e


repetitiva aos raios ultravioletas, que penetram na derme reticular, provocando
mudança nos fibroblastos e consequentemente na formação de fibras de colágenos
e elastina, que dão sustentação a pele18.

De acordo com Kede (2015), o envelhecimento extrínseco pode ser


causado por um conjunto de fatores como: exposição solar excessiva, fumo, estilo
de vida, stress, dentre outros. Peles negras possuem maior quantidade de melanina,
sofrendo assim menores influências do envelhecimento solar. Com o passar dos

15 Idem 7. P 69.
16 NARDIN, P.; Guterres, S. S. Alfa-hidroxiácidos:aplicações cosméticas e dermatológicas. Cad.
Farm., v.15,1999.
17 GUIRRO, Elaine C. O.; GUIRRO, Rinaldo R. J.Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos,

recursos e patologias. 3. Ed. São Paulo: Manole, 2004.


18 FATTACCIOLI, Daniel de Rossi. Rejuvenescimento facial integral en lostres níveles de

profundidad. Revista Dermatología Peruana, Lima, v.11, sup/.1, p.45-54, dic.2001.


18
anos, nossa pele apresenta aparentemente estes efeitos do envelhecimento
extrínseco com a redução do panículo adiposo, tornando nossa pele mais flácida e
com uma aparência envelhecida, principalmente, nas regiões da face, nádegas,
mãos, pés, redução dos lábios e mento, assim como, o surgimento de uma alopécia
androgenética. O acúmulo de exposição solar leva a presença de machas nas mãos,
braços e face. Assim, também, como a presença de melasma facial, rugas de
expressão nas áreas periorais e periorbitais, sulcos nasogenianos e glabelares.

19
4. CONCEITO DE PEELING QUIMICO

O peeling químico também é conhecido como quimioesfoliação ou


dermopeeling.

Consiste na aplicação de um agente caústico e corrosivo, que irá causar a


destruição controlada da derme e epiderme19.

O tratamento com peeling químico causará uma lesão na pele


programada e controlada, de forma a tratar o terapeuticamente o melasma, acne,
rejuvenescimento da pele, discromias pigmentares, rugas, ceratoses e cicatrizes 20.

A escolha do peeling químico ou agente esfoliante dependerá do fototipo


cutâneo, sensibilidade dérmica, quadro clínico do paciente, concentração do ácido
utilizado e pH do peeling químico escolhido.

Por isso torna se importante dois fatores: quadro clínico apresentado e a


classificação do fototipo do paciente de acordo com Fitzpatrick21.

Figura 2. Fototipos de pele

I II III IV V

Fonte: Centro Dermatológico Orsi. Dra. Ana Tereza Orsi. Disponível em: www.dra-
anaterezaorsi.com.br. Acesso em 02 Nov. 2017.

19 GARCIA, B. G. B. C. et. al. Manual Dermatológico Farmacêutico. Cosmiatria. 1.ed. Paraná:


Guarapuava, 2006
20 Idem 5. P 237.
21 Idem 20.

20
Tabela 02: Classificação de Fototipos de Fitzpatrick.

Fonte: extraída do Livro Cancer of Skin.

21
5. CLASSIFICAÇÃO DO PEELING QUIMICO

O Peeling químico é classificado como “muito superficial”, “superficial”,


“médio” e “profundo”. Suas especificidades são expostas abaixo:

5.1. Muito Superficial

Trata-se de procedimento que age no estrato córneo provocando uma


necrose celular da epiderme, também no estrato granuloso podendo atingir até a
camada de células basais22.

5.2. Peeling Superficial

Peeling que age na epiderme, renovando superficialmente o estrato


córneo, transforma a pele tornando sua cor mais homogenia e uniforme 23.

A escamação superficial ativa a renovação celular deixando a pele com


aparência mais saudável e uniforme, aumentando a produção de fibras de colágeno.

O peeling superficial é indicado para rugas finas, acne vulgar,


hiperpigmentação mais suave, melasma epidérmico e rosácea. Os mais indicados
para este tipo de peeling são os alfa-hidroxiácidos (AHA), beta-hidroxiácidos (ácido
salicílico), ácido tricloroacético (TCA ou ATA), resorcina, ácido azeláico, ácido
retinóico (tretinoína) e solução de jessner24.

22 Idem 5.
23 BAUMANN, Leslie. Cosmética- Príncipios e Prática. Rio de Janeiro: Revinter Ltda, 2004.
24 VELASCO, Maria Valéria Robles et al. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque

por peeling de fenol. Anais Brasileiros de dermatologia, Rio de Janeiro, v.79, n.1, p.91-9, 2004.
22
5.3. Peeling Médio

Peeling de ação na derme papilar muito indicado para rugas mais


acentuadas, hiperpigmentação mais aguda, cicatrizes e ceratoses25.

Para a realização de médio é indicado ácido tricloroacético (TCA), TCA


com solução de jessner, TCA associado ao ácido glicólico e resorcina26.

5.4. Peeling Profundo

Peeling de ação na derme reticular, indicado para lesões mais profundas


como rugas, flacidez, manchas, cicatrizes, discromias actínicas, melasma, lentigos e
sulcos profundos. Os ácidos mais indicados são ácido tricloroacético 50% e fenol a
88%27.

De ação cáustica e agressiva é muito indicado nos casos de peles


extremamente foto envelhecidas e danificadas, peeling que pode cicatrizar até em
30 dias, e após este peeling poderá ocorrem cicatrizes e queloide, por isso a
necessidade de uma avaliação anterior ao tratamento para definir se o peeling
profundo será o mais indicado (Almeida de Sá, 2006)28.

De acordo com Borges29, a classificação dos peelings segue em quadro


abaixo de acordo com concentração e número de camadas aplicadas.

Tabela 3: Peelings muito superficiais

Peeling muito Concentração Número de camadas


superficiais
Ácido salicílico 30% 1 ou 2 camadas
Ácido glicólico 40% a 50% 1 camada
Ácido tricloroacético 10% a 25 % 1 camada

25 ALMEIDA DE SÁ, Edson José. Peeling de TCA. Rio de janeiro, 2006.


26 Idem 24.
27 CUCÉ, L. C.; NETO, C. F. Manual de Dermatologia. 2. Ed. São Paulo: Atheneu. 2001.
28 Idem 25.
29 BORGES, Fábio S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2.Ed., São

Paulo:Phorte,2010. P. 331.
23
Ácido retinóico 3% a 5 % 1 camada
Solução de jessner 14% 1 ou duas camadas
Resorcina 20% a 30 % 1 camada

Fonte: adaptada do livro Modalidades Terapêuticas nas disfunções estéticas (Borges, 2010).

Tabela 4: Peelings superficiais

Peelings Superficias Concentração Número de camadas


Ácido glicólico 40% a 50% 1 camada
Ácido mandélico 30% a 50% 1 camada
Ácido tricloroacético 10% a 30% 1 ou 2 camadas
Resorcina 40% a 50% 1 camada
Solução de jessner 14% 4 a 10 camadas

Fonte: adaptada do livro Modalidades Terapêuticas nas disfunções estéticas (Borges, 2010).

Tabela 5: Peelings médios

Peelings médios Concentração Número de camadas

Ácido tricloroacético(ATA) 35% a 50% 3 a 4 camadas

Ácido glicólico 70% 1 camada


Solução de Jessner + ATA 14% e 35% 1 camada de jessner e 2
camadas de ATA
Ácido glicólico + ATA 70% e 35% 1 camada de ácido
glicólico e 1 ou 2 camadas
de ATA

Solução de Jessner + 40% e 70% 1 ou 2 camadas de


ácido glicólico jessner e 1 camada de
ácido glicólico

Fonte: adaptada do livro Modalidades Terapêuticas nas disfunções estéticas (Borges, 2010).

Tabela 6: Peeling profundo

Peeling profundo Concentração


Ácido tricloroacético 50%
Fenol 88%
24
Fonte: Cucé, 2001.

De acordo com Borges (2010, 332), os fatores que influenciam na


profundidade dos peelings são:

 Estrutura molecular.
 Concentração do agente na solução e PH.
 Técnica de aplicação (pincel delicado, gaze, esponja).
 Número de camadas do ácido.
 Recuperação da pele antes do peeling (pré-peeling).
 Biótipo cutâneo.
 Localização anatômica da aplicação.

25
6. TIPOS DE PEELINGS QUÍMICOS

6.1. Ácido Azeláico

O ácido azeláico é um ácido de carboxílico, obtido da cultura de


Pityrosporum Ovale, seu mecanismo de ação ocorre por inibição a tirosinase, além
de interferir na síntese melanina causando um dano aos melanócidos e ocasionando
um efeito clareador do melasma.

Sua concentração usual é de 10% a 25% ocasionando pouco efeito


irritativo30.

De acordo com Borges31, além do fator despigmentante o ácido azeláico


tem ação antibacteriana podendo assim ser coadjuvante ao tratamento da acne. Sua
ação bacteriostática é inibidora da conversão da testosterona, reduzindo a
proliferação da acne.

É contraindicado para as peles sensíveis, área ferida e cicatrizes recentes


não foram encontrados relatos contraindicando o uso no período da gestão32.

6.2. Ácido Glicólico

É um alfa hidroxidoácido (AHA) extraído da cana-de-açúcar e


extremamente hidrofílico, possui pH = 0,5. Nas concentrações 3% o pH = 3,0, esse
pH é capaz de edificar toda a camada córnea, em concentrações a 10% e pH =3,0,
acidifica as camadas mais profundas da epiderme33.

Ao estimular a produção de colágeno reduz a o pigmento melanina sendo

30 KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 3.ed ver. Ampl., São Paulo: Atheneu,
2015. 411.
31 Op. Cit
32 Op. Cit.
33 DEPREZ, Philipe M. D. Peeling quiímico superficial, médio e profundo. Rio de Janeiro: Revinter

Ltda, 2009.
26
utilizado no combate de hiperpigmentações.

Ao retirar o excesso de queratinócidos e manchas senis, tornando a pele


mais macia e uniforme34.

Ao promover o aumento da síntese de glicosaminoglicanos tem um alto


poder de hidratação pela fixação da água nos tecidos, isso aumentará a estimulação
de fibroblastos consequentemente a produção de colágeno e elastina35.

O uso de ácido glicólico é indicado para tratar acne, melasma, ceratoses


actínicas, estrias, rugas finas e foto envelhecimento. Cada tratamento será utilizado
em uma concentração de ácido glicólico que deverá ser escolhido de acordo com o
tratamento definido e a concentração indicada para cada o tipo de pele. O ácido
glicólico poderá ter efeito superficial, médio ou profundo de acordo com a
concentração utilizada36.

Sua concentração usual poderá ser entre 2 a 70%, para estimular a


síntese de colágeno e elastina, melhorar a hidratação da pele reduzindo rugas finas,
também muito indicado para o tratamento de estrias, acne e melasma37.

6.3. Ácido Glicirrízico

Ácido obtido do alcaçus, com a ação anti-inflamatória e antialérgica, é


muito indicado no tratamento de dermatite de contato e foto dermatites. A
concentração usual pode variar entre 0,01% a 1% em cremes, géis ou loções que
podem ser associadas ao ácido glicólico e retinóico, reduzindo a irritabilidade da
pele38.

34 Idem 33.
35 MENE; ANDREONI; MORAES; MENDONÇA; Peelings químicos combinados <Disponível
em:www.owlind.com.br/pdf%20files/peelingscombinados.pdf>. Acesso em 06 Nov. 2017.
36 Idem 5. P. 341.
37 BATISTTUZZO, J. A. O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição,

São Paulo, Tecnopress, 2002.


38 Idem 5. P 343.

27
6.4. Ácido Mandélico

Considerado um alfa hidroxidoácido (AHA), é um ácido de absorção lenta


devido ao seu maior peso molecular, obtido através do estrato de amêndoas
amargas. Possui uma ação antisséptica combatendo bactérias e prevenindo a
formação de acne. Age na inibição da síntese de melanina. A melanina depositada
na superfície da epiderme promove a remoção de pigmentos hipercrômicos e a
renovação da camada córnea, que auxilia No tratamento rejuvenescedor e de foto
envelhecimento.

Sua concentração usual mais utilizada é de 20% com pH entre 2,0 e 3,0.
Pode ser utilizado em fototipos 1,0 a 4,0 com segurança, segundo a classificação de
Fitizpatrick em intervalos de 10 a 20 dias39.

6.5. Ácido Fitíco

Ácido de origem orgânica obtido de sementes leguminosas e cereais


como arroz, aveia ou gérmen de trigo. Tem ação inibidora da tirosinase e também
ação anti-inflamatória, antioxidante, hidratante e quelante.

Promove o clareamento de manchas hipercrômicas, reduz a acne, hidrata


a pele e trata e previne o foto envelhecimento, pelo o seu poder inibidor de radicais
livres, utilizados nas concentração de 0,5% a 2% e o pH entre 4,0 e 4,5. Pode ser
associado para maiores resultados com o ácido glicólico, Kójico e retinóico40.

De acordo com Nicoletti41, pode ser indicado nos casos de peles claras e
sensíveis, pois ele tem um alto poder de hidratação. Hoje, o ácido fítico substitui a
hidroquinona pela segurança e menores efeitos colaterais irreversíveis futuros.

39 Idem 5.
40 DOMÍNGUES, Beatriz Martínez; GÓMES, Maria Victoria Ibánez; LÉON, Francisco Rincón. O ácido
Fítico: implicações nutricionais e analíticas. 2002.
41 NICOLETTI, M. A., ORSINE, E. M., DUARTE, A. C., BUONO, G. A. 2002. Hipercromias: aspectos

gerais e o uso despigmentantes cutâneos. Cosmetics & Toietries.

28
6.6. Ácido Salicílico

Classificado como beta-hidroxiácido obtido do extrato do salgueiro branco


(Salix Alba). Pode ser utilizado nas concentrações de 1% a 20% (PIMENTEL, 2006).
Muito indicado no tratamento da acne por ter uma ação ceratolítica solubilizando
proteínas na camada córnea e resultando em descamação42.

Segundo Borges (2010), nas concentrações até 2% o ácido salicílico tem


ação queratoplástica, acima de 2% ter ação queratolítica, entre a 1% a 5% ação
bacteriostática e fungicida, nas queratoses deverá ser usada em até 10% e em
verrugas e calosidades até 20% e no tratamento da acne nas concentrações até
10%.O ácido salicílico é contraindicado para pessoas alérgicas ao ácido
acetilsalicílico, e deve ser evitado em áreas extensas para evitar os salicilismo, ou
seja, intoxicação causada pelo excesso de ácido salicílico43.

6.7. Ácido Kójico

Obtido através da fermentação do arroz atua inibindo a formação de


melanina, por quelar os íons de cobre que bloqueia a ação da tirosinase resultando
um efeito clareador e despigmentante de hipercromias, possui também ação
antisséptica inibindo a proliferação de fungos e bactérias. A ação antioxidante ajuda
a prevenção do envelhecimento cutâneo, podendo ser associado a outros ácidos
como glicólico e vitamina C.

Uma outra vantagem porque o ácido Kójico não causa irritação ou foto
sensibilidade podendo ser utilizado até durante o dia, não oxidando quando
associado a outros ácidos44. Pode ser utilizados nas concentrações de1% a 3% em

42 GARCIA, B. G. B. C. et. al. Manual Dermatológico Farmacêutico. Cosmiatria. 1.ed. Paraná:


Guarapuava, 2006.
43 Idem 5.
44 BATISTTUZZO, J. A. O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição,

São Paulo, Tecnopress, 2002.


29
cremes ou loções com PH 3,0 a 5,045.

6.8. Ácido Alfa Lipóico

Ácido que segundo Borges46, possui uma ação antioxidante, repara danos
oxidativos causado pela radiação UV, ocasionando um efeito protetor. Seu
mecanismo de ação ocorre através da modulação e ativação do fator de transcrição
NF-KAPPA-B, que produzirá citosinas (substâncias pró-inflamatórias) capazes de
causar danos nas células e acelerando o envelhecimento cutâneo. Sendo assim, o
uso de ácido alfa lipóico auxilia na prevenção e redução das rugas e linhas de
expressão.

Suas indicações são para uma pele opaca, com poros dilatados
presenças de rugas e linhas de expressão, cicatrizes atróficas e hipertróficas. É
contraindicado o uso do ácido alfa lipóico em pessoas sensíveis a este podendo
causar dermatites e irritações na pele, utilizado nas concentrações usuais são de
1% a 5% em cremes e loções não iônicas, também poder ser ministradas por via
oral, entre 10 a 200 mg por dia, divido em duas ou três doses.

6.9. Ácido Tranexânico

É um agente antifibrinolítico que age inibindo a plasmina. Na estética esta


inibição irá reduzir pigmentações na pele, muito indicado nas aplicações
intradérmicas ou em formulações entre 3% a 5% em cremes47.

Kede (2010), ressalta que seu mecanismo de ação ocorre através da


inibição das síntese de melanina por bloquear a conversão de plasminogêneo em
plasmina, resultando assim uma menor quantidade de ácido araquidônico e a

45 Idem 5.
46 Ibidem.
47 KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 3.ed ver. Ampl., São Paulo: Atheneu,

2015. P. 418.
30
liberação de fator de crescimento BF e GF, que é um potente estimulador de
melanócidos, possui poucos efeitos colaterais, sendo uma boa opção para tratar
melasmas.

6.10. Ácido Retinóico

O ácido retinóico também denominado tretinoína ou vitamina A é um


potente antiacnéico e tem grande ação na psoríase, agindo sobre os receptores
nucleares das células alvo, estimulando a mitose e a renovação celular, por isso, é
muito eficaz nos tratamentos antienvelhecimento, pois melhora a irrigação da pele e
promove a produção de colágeno. Age nos queranócitos promovendo a perca de
coesão, causando um desprendimento à medida que atinge a camada córnea,
reduzindo a oleosidade e consequentemente a formação de cravos e acnes. Deixa a
pele após o tratamento sensível e irritada, mas apenas por certo tempo, após a pele
fica macia e menos enrugada48.

Também, Borges (2010, 346), ressalta que o ácido retinóico é indicado


para o tratamento de melasmas hiperqueratoses e estrias. Em tratamentos para
alopecia, é associado ao minoxidil para aumentar a absorção na pele. Deve ser
aplicado somente a noite, produz eritema e descamação; e durante o dia o paciente
deve fazer o uso de protetor solar. Usualmente são utilizados nas concentrações de
0.01% a 10% de acordo com as necessidades de cada paciente.

É contraindicado para pessoas de peles claras e finas com a presença de


dermatite seborréica e rosácea49.

6.11. Ácido Tioglicólico

Ácido também denominado de ácido mercapto – acítico, em sua

48 KOROLKOVAS, A., Análise Farmacêutica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2008.


49 Idem 47.
31
composição possui enxofre, muito utilizados para tratamento de hipercromia
periorbicular constitucional (olheiras) e no tratamento de ocre, possui odor
característico forte. O peeling de tioglicólico depende do tempo de ação na pele,
iniciando com o tempo de dois minutos e a cada sessão acrescentar três minutos no
tempo de ação.

Pode causar leve desconforto associado a uma leve vermelhidão, a


vantagem é que o ácido tioglicólico possui pouca toxicidade ocular.

A aplicação tópica nas regiões afetadas será indicada o uso de 5% a 15%


em gel50.

6.12. Resorcina

Também denominado de resorcinol, está estrutural e quimicamente


relacionado com o fenol desempenha um papel ceratolítico nas concentrações a 5%.
Pode causar irritação e até dermatite de contato.

O peeling de resorcina pode ocasionar complicações como


hiperpigmentação transitória, tontura, palidez e sudorese51.

O peeling químico de resorcina é um agente caustico que pode ser


utilizados na forma de pasta nas concentrações entre 10% a 70 % que também
poderá associar a solução de Jessner. Muito indicado para o tratamento de pele
acnéica, discromias da pele, rugas, hiperpigmentação pós inflamatória e sendo
muito indicado para peles com foto tipos altos52.

50 Idem 47. P 614.


51 Idem 47. P 618.
52 TEIXEIRA, C. M. Peelings Superficiais associados à isotretinoína oral no tratamento da acne.

Jornal da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 2007. Disponível em:


http://www.wnestética.com.br/peelings.pdf. Acesso em 06 Nov. 2017.

32
6.13. Ácido Tricloroacético (TCA ou ATA)

O peeling de ácido tricloroacético também denominado de TCA ou ATA é


um cauterizante químico de ação cáustica que coagula as proteínas da pele. Pode
ser classificado como peeling muito superficial, superficial, médio e profundo. Essa
classificação dependerá da concentração do ácido aplicado sobre a pele, o tempo
de ação e o número de camadas do ácido de ATA. O nível de enregelamento, ou
seja, aparência esbranquiçada denominada frost irá definir o nível de profundidade
que o ácido atingirá a pele, podendo ser observada no quadro que segue abaixo:

Tabela 7: Níveis de profundidade e frost característico do ATA

Níveis Frost Aspecto Da Pele Profundidade


Nível 0 Sem frost Sem frost, brilhante Muito superficial
e pálida
Nível 1 Frost, com cobertura Brilhante com Superficial e
branca, leve e eritemas epidérmico.
irregular.
Nível 2 Frost, com cobertura Pele branca Superficial e
branca e fundo rosa. uniforme e rosada. epidérmico.
Nível 3 Frost, com cobertura Pele branca sem Dérmico papilar
branca, sólida. fundo rosado. médio a profundo.

Fonte: Tabela adaptada do livro Dermatologia Estética (KEDE, 2015).

O peelling de ATA pode provocar necrose da pele, causando uma


remoção da epiderme e o processo inflamatório pode durar entre 8 a 10 dias.
Quanto maior a concentração e o tempo de ação associado ao número de camadas,
mais profundo será a ação do peeling de ATA e maior a formação do Frost. A
profundidade do peeling de ATA poderá atingir até a derme, sendo assim mais
33
indicado para o tratamento de envelhecimento cutâneo, manchas senis, acne,
cicatrizes, estrias, rugas finas, efélides, queratoses actínicas53.

Pode ser aplicado nas concentrações entre 20% a 50%, suas vantagens
são por não causar toxicidade sistémica e por ser estável e de baixo custo, após seu
uso não é necessário a neutralização, sua profundidade pode ser controlada. O
peeling de ATA é muito indicado para peles envelhecidas, mas tem a desvantagem
de ser pouco indicado para o melasma, pois sua ação pode aumentar de acordo
com a ação e profundidade do peeling de ATA. Outra desvantagem é que este
peeling pode levar a formação de cicatrizes hipertrófica e queloides ou até mesmo
discromias na pele54.

6.14. Solução de Jessner

Formulado pelo Dr. Max Jessner, sendo uma combinação de substancias


ácidas com o intuito de reduzir a concentração e danos causados pela toxicidade
mas ao mesmo tempo aumentando seu efeito sobre a pele. A ação da solução de
Jessner é definida através do número de camadas aplicadas e o uso de terapias
combinadas com outros ácidos55.

6.14.1 Fórmula do solução de Jessner:

Ácido salicílico 14g

Resorcina 14g

Ácido lático 14g

Etanol QSP 100ml

53 ZANINI, Maurício. Gel de ácido tricloroacético-Uma nova técnica para um antigo ácido. Med
Cutan Iber Lat AM 35(1): 14-17, 2007.
54 Op. Cit.
55 Idem 23.

34
Este peeling tem sido muito utilizado nas alterações de foto
envelhecimento, melasma e acne comedogênica. Na aplicação da solução de
Jessner ocorre estágios de alteração de acordo com a profundidade da lesão: como
o aparecimento de eritema discreto, eritema vermelho brilhante e formação de frost.
Após de 7 a 8 dias a descamação finaliza, a desvantagem é que pode causar
toxicidade pela resorcina e o ácido Salicílico e até mesmo alergia a um dos
componentes da fórmula56.

6.15. Ácido Pirúvico

É uma alfa-cetoácido, sendo um potente esfoliante com ação sebostática,


queratolítica e antimicrobiana, possui baixo peso molecular ocorrendo uma ação
rápida na epiderme e derme, sua concentração usual pode ser de 50% a 99%, nas
concentrações de 50% pode atingir a derme reticular levando a ação de um peeling
profundo, sua vantagem que não é tóxico, mas, pode causar cicatrizes hipertróficas.
A profundidade do peeling pirúvico irá depender do tipo de pele do paciente, e
também do pré-peeling realizado, assim como a concentração do ácido e o número
de camadas aplicadas, suas indicadações são para cicatrizes superficiais, acne,
rejuvenescimento (rugas periorais e periorbitárias).

O intervalo da aplicação deve ser feito de 15 a 30 dias totalizando 4


sessões na concentração de 50% (KEDE, 2015).

6.16. Peeling de Fenol

O Fenol é um peeling de ação profunda com alto poder de toxicidade:


cardíaca, renal e hepática, podendo somente ser realizados por médicos. Atinge a
epiderme e a derme papilar e reticular, por isso, é um peeling mais indicado para
tratamento de foto envelhecimento com a presença de rugas profundas. É

56 Idem 47.
35
contraindicado para lesões carcinomatosas, paciente com doenças hepáticas,
renais, cardíacas e autoimunes, paciente diabéticos, insulino dependente, gestante,
paciente com herpes simples em atividade, cicatrizes hipertrópicas e queloides,
pacientes com depressão e em pacientes em tratamento quimioterápicos,
antecedentes de radioterapias, uso de tretinoína oral e sensibilidade ao fenol. O
procedimento deverá ser feito por um médico habilitado em centro cirúrgico, o
paciente será sedado e monitorado acompanhado de anestesia, após o
procedimento a pele é envolvida por um curativo que deverá ser ocluído durante 48
horas, a exposição ao sol deve ser evitada ao máximo. O uso de foto protetor diário
deverá ser associado a acessórios como bonés, chapéus e óculos escuros. As
complicações que o peeling de fenol pode ocasionar são: conjuntivite, alteração de
pigmentação, cicatrizes hipertrófica a concentração usual do peeling de fenol é de
88% associada ao óleo de cróton e água destilada57.

57 Ibidem.
36
7. MECANISMO DE AÇÃO
O mecanismo de ação do peeling químico serve para promover uma químio
esfoliação, com o objetivo de remover camadas da pele de modo controlado e
preciso, essa inflamação e necrose tecidual será definida de acordo com o tipo de
peeling e a profundidade que este irá atingir. O peeling químico age na pele através
de três mecanismos:

 Remoção do estrato córneo estimulação do crescimento


epidérmico.
 Destruição de camada definidas de acordo com o objetivo
desejado, melhorando esteticamente a pele.
 Reação inflamatória seguida de necrose tecidual (Guerra,
2013).
De acordo com Pimentel 2008, os peelings químicos terão suas ações
influenciadas pela substâncias utilizadas que precisam ser compatíveis ao grau de
penetração desejada.

OBAGI58 ressalta que os peelings químicos que removem partes da


epiderme basal, são de recuperação rápida entre três a sete dias após a aplicação.

O crescimento epidérmico irá induzir a remoção do estrato córneo, em


camadas específicas da pele, ocorrendo a indução da inflamação tecidual profunda
que levará a uma necrose, ativando mediadores inflamatórios responsáveis pela
estimulação e produção de colágeno.

De maneira citadas por BATISTUZZO59, existem fatores que podem


influenciar no mecanismo de ação dos peelings químicos.

Seguem abaixo essas influências:

a) Influência da solubilidade: Quanto mais o princípio ativo for mais solúvel em


água, maior será a sua penetração cutânea, consequentemente maior
irritação da pele.
b) Influência da Concentração: Se o ativo estiver em uma concentração maior a

58 Idem 9.
59 Op. Cit.
37
penetração será aumentada, se a concentração for reduzida
consequentemente haverá uma menor penetração e irritação da pele.
c) Influência do pH: Para um efeito eficaz e correto o pH do ativo ou peeling
deverá estar entre 3,0 e 4,0, quanto maior for o pH menor será o efeito
irritante sobre a pele.
d) Influência do veículo: A escolha de um veículo correto poderá aumentar a
permeabilidade do peeling químico, reduzir a irritação cutânea, melhorando a
absorção do produto e tempo de ação do ativo.

38
8. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DO PEELING QUÍMICO

Os peelings químicos são indicados para o foto envelhecimento tratando


rugas finas e profundas, rugas leves e moderadas, ceratoses seborréicas, pele
acneica, pigmentação inflamatórias, melasma, sarda, ou efélides, lentigos, acne
vulgar, rosácea, cicatrizes e estrias (Garcia et al, 2006; Rota, 2008).

De acordo com Korolkovas60 são especialmente indicados para acne


vulgar tipo I, II e III, resultando na redução de comedões, pústulas e pápulas. Pode
tratar também a íctiose lamelar (doença rara de recém-nascido de origem
hereditária), foto envelhecimento cutâneo, líquen plano, queratose folicular e
psoríase.

São contraindicados os peelings químicos para peles que no local da


aplicação se encontra com feridas. Também em regiões mais sensíveis como
mucosas, as quais estão sendo submetidas ao tratamento de depilação a laser ou
com luz intensa pulsada. Pacientes com cicatrizes recentes, herpes de zoster,
alergias, coceiras, urticárias e hipersensibilidade aos ácidos, o peeling químico são
contraindicados61.

Durante o tratamento a exposição ao sol deve ser suspensa, prevenindo


manchas escuras e o envelhecimento precoce da pele.

Na região periorbital dever ser tratada com cautela, usando baixas


concentrações pela a área ser sensível e delicada62.

De acordo com Garcia 2006 os peelings químicos também são


contraindicados nos casos de gravidez, pela falta de estudos quanto a segurança na
aplicação dos peelings químicos. Pacientes com cicatrizes hipertróficas e quelóides
devem evitar o uso de peeling médio e profundo. Em caso de pacientes que tratam
com rádio terapia o peeling é contraindicado porque este tratamento já causa uma
redução da reepiterização e pessoas portadora de doenças imunossupressoras não
podem ser tratadas com peelings químicos.

60 Op. Cit.
61 Idem 5 p. 340.
62 Ibidem.

39
9. CUIDADOS PRÉ-PEELING E PÓS-PEELING

Antes do início da realização do tratamento do peeling químico deve ser


feito preparação da pele, para a realização deste procedimento, eliminando assim,
as substâncias existentes na superfície da pele e o excesso da oleosidade.
Primeiramente, o ambiente deve ser ventilado, iluminado e higienizado, esses
fatores serão importantes para a realização de uma boa aplicação do peeling
químico63.

A preparação da pele deve ser feita com água, sabão de ácido glicólico a
10%, éter ou álcool 70%. Estes eliminarão barreiras que possam dificultar a
penetração do peeling. A limpeza de pele também é indicada três dias antes do
início do peeling. São indicados alguns pré peeling para a preparação prévia do
peeling químico como a soluçaõ de Jessner, ácido retinóico a 0,5%, ácido glicólico
de 5 a 10%, sendo o uso de 7 a 15 dias antes do peeling. Peles secas e sensíveis,
não são indicáveis aplicação prévia do pré peeling, pois a pele corre maior risco de
penetração agressiva do peelig químico. O objetivo do pré peeling é evitar manchas
hipercronicas e possíveis alergias. O pré peeling deverá ser aplicado na região a
noite e removido pela manhã com o uso de sabonete neutro e água corrente, e logo
após deve ser aplicado o filtro solar repetidas vezes ao dia64.

Imediatamente após a realização do peeling químico, em alguns tipos de


casos é indicado a neutralização imediata e o uso de substancias hidratantes, a
hidratação deve ser feita até 3 dias pós peeling para auxiliar na recuperação da
pele. Assim também, sendo necessário e recomendado o uso de filtro solar para a
proteção UVA e UVB repetidas vezes ao dia65.

Cuidados como limpeza da pele e tonificação devem ser mantidas com


sabão neutro ou loção de limpeza para peles sensíveis, em casos de peles oleosas
e resistentes aplicar sabonete com ácido glicólico a 10% e em caso de peles
normais a concentração do sabonete será de ácido glicólico a 5% além da
higienização, aos pacientes com peles secas devem usar formulações de protetor
solar em creme base contra raios UVA e UVB durante o dia, por três ou mais
63 Idem 5. P 333.
64 Ibidem.
65 Op. Cit.

40
aplicações diárias, já os pacientes com pele oleosa o protetor solar deverá ser em
gel base para evitar o aumento da oleosidade e a formação de acnes66.

66 Op. Cit.
41
10. CONCLUSÃO

Durante o tratamento com o peeling químico a pele fica mais sensível e


pode ocorrer de forma rara infecções bacterianas, fúngicas e viróticas, impondo uma
terapia adequada para estes casos. Antes da aplicação do peeling a pele deve ser
lavada com ácido acético a 0,5% com água corrente que irá reduzir possíveis
infecções. Em casos de infecções bacteriana, colher o material no local infectado e
sugerir uma cultura ou antibiograma.

Nos pacientes com reincidência de herpes simples deve iniciar a terapia


previa ao peeling químico utilizando aciclovir 250 mg 5 vezes ao dia ou valaciclovir
500 mg 2 vezes ao dia, essa terapia terá início dois dias antes ao procedimento e
prosseguir durante 10 a 14 dias pós procedimento. Pacientes com dificuldades de
cicatrização será indicado o uso de corticoides de potência média (dexametasona ou
clobetasol), associado a um antibiótico tópico. Este procedimento irá reduzirá o
surgimento de hipercromias, hipocromias e cicatrizes futuras67.

O peeling químico é um tratamento de grande destaque e relevância na


estética, sua ação caustica e irritante provoca na pele uma inflamação que irá de
acordo com cada agente utilizado inibir a ação da tirosinase, permitindo a pele ficar
mais clara e sem hipercromias; ao estimular a produção de fibroblastos aumenta a
formação de colágeno na pele, apresentando um aspecto mais saudável e
rejuvenescido; outra ação importante do peeling químico é a bactericida e
bacteriostática que agirá reduzindo a quantidade de bactérias responsáveis pela
formação e o desenvolvimento da acne. Essas ações podem ocorrer em conjunto,
assim, tratando simultaneamente várias disfunções estéticas como: hipercromias
(sardas ou efélides, melasma e lentigos) fotoenvelhecimento, acne, estrias, olheiras,
alopecia, queratose seborreica, e a redução de comedões.

Nos dias atuais cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a
imagem e uma pele bem cuidada, não se importando quanto a idade, sexo ou fase
da vida como adolescência, menopausa ou após a fase idosa. O peeling químico
ocasionará um aspecto de pele saudável e cuidado pessoal elevando a autoestima
dos pacientes e aumentando os cuidados com o seu corpo e pele, isto irá refletir em

67 Idem 47.
42
vários aspectos pessoais, sociais, facilitando o relacionamento com outras pessoas
até mesmo em redes sociais visto estar tão associado a imagem pessoal, outro
benefício poderá refletir na própria vida profissional do paciente transmitindo uma
imagem pessoal relacionada com cuidado, higiene e saúde. O tratamento com
peeling químico além de deixar a pele com aspecto saudável e livre de manchas
hipercrômicas e acne ocasionará a revitalização da pele de forma a reduzir sinais de
envelhecimento beneficiando os pacientes com o tratamento de peeling químico
relacionado com a estética.

Identificar a disfunção estética ou qual a maior queixa do paciente é um


fator relevante assim como uma avalição criteriosa para melhor escolha do tipo de
peeling químico utilizado no tratamento estético, essa escolha será definida de
acordo com a profundidade do peeling químico, por isso, em casos de peles com a
presença de rugas profundas, cicatrizes e estrias o peeling mais indicado será o
profundo, já em casos com a presença de muita oleosidade, acne ou comedão
poderá ser utilizado peeling superficiais e médios. Já em pacientes com
hipercromias a melhor escolha será definida de acordo com a profundidade da
disfunção relacionada a pigmentação, dentre estes a melhor escolha será um
peeling médio e superficiais para o tratamento de pré peeling. Todo processo de
peeling químico deve ser feito uma preparação prévia da pele sendo necessário uma
limpeza 3 dias antes do início do peeling e após o peeling químico, ou seja,
tratamento pós peeling, cuidados como limpeza, hidratação e o uso de protetor solar
repetidas vezes ao dia.

A cirurgia plástica facial ainda é um tratamento bastante aplicado para o


tratamento de peles envelhecidas e com aspecto flácido, essa cirurgia pode trazer
alguns riscos a pacientes como qualquer outra cirurgia. Sendo assim, um estudo
mais aprofundado do ácido pirúvico de ação profunda, para o tratamento do
envelhecimento cutâneo, seria uma boa opção de aplicação em peles enrugadas e
foto envelhecidas, pois além de não ter efeito sistêmico, como peeling de fenol,
poderá ser utilizado no tratamento de rejuvenescimento evitando riscos à saúde do
paciente e os beneficiando de uma forma saudável e segura.

Sendo assim, os peelings químicos em tratamentos estéticos sempre será


uma opção com menor custo proporcionando grandes resultados se utilizado da
forma segura e correta, ocasionando um tratamento saudável e eficaz.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abbel-Halfez 2009

ALMEIDA DE SÁ, Edson José. Peeling de TCA. Rio de janeiro, 2006.

BATISTTUZZO, J. A. O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico


Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002.

BAUMANN, Leslie. Cosmética- Príncipios e Prática. Rio de Janeiro: Revinter Ltda,


2004.

BORGES, Fábio S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2.Ed.,


São Paulo:Phorte,2010.

COSTA A, Basile AV, Medeiros VLS, Móveis TA, Ota FS, Palandi JAC. Peeling de
gel ácido tioglicólico 10% opção segura e eficiente na pigmentação
infraorbicular constitucional. Surg Cosmet Dermatol 2010.

CUCÉ, L. C.; NETO, C. F. Manual de Dermatologia. 2. Ed. São Paulo: Atheneu.


2001.

DEPREZ, Philipe M. D. Peeling quiímico superficial, médio e profundo. Rio de


Janeiro: Revinter Ltda, 2009.

DOMÍNGUES, Beatriz Martínez; GÓMES, Maria Victoria Ibánez; LÉON, Francisco


Rincón. O ácido Fítico: implicações nutricionais e analíticas. 2002.

FATTACCIOLI, Daniel de Rossi. Rejuvenescimento facial integral en lostres


níveles de profundidad. Revista Dermatología Peruana, Lima, v.11, sup/.1, p.45-
54, dic.2001.

GARCIA, B. G. B. C. et. al. Manual Dermatológico Farmacêutico. Cosmiatria. 1.ed.


Paraná: Guarapuava, 2006.

GUERRA, 2010.

GOMES, Rosaline Kelly; Gabriel Marlene, Cosmetologia: descomplicando os


princípios ativos. São Paulo; Editora Livraria Médica Paulista, 2006.
44
GUIRRO, Elaine C. O.; GUIRRO, Rinaldo R. J.Fisioterapia dermato-funcional:
fundamentos, recursos e patologias. 3. Ed. São Paulo: Manole, 2004.

KEDE, M. P. V; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 3.ed ver. Ampl., São


Paulo: Atheneu, 2015.

KOROLKOVAS, A., Análise Farmacêutica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,


2008.

MENE; ANDREONI; MORAES; MENDONÇA; Peelings químicos combinados


<Disponível em:www.owlind.com.br/pdf%20files/peelingscombinados.pdf>. Acesso
em 06 Nov. 2017.

NARDIN, P.; Guterres, S. S. Alfa-hidroxiácidos:aplicações cosméticas e


dermatológicas. Cad. Farm., v.15,1999.

NICOLETTI, M. A., ORSINE, E. M., DUARTE, A. C., BUONO, G. A. 2002.


Hipercromias: aspectos gerais e o uso despigmentantes cutâneos. Cosmetics &
Toietries.

OBAGI, Zein E.M.D. Restauração e rejuvenescimento da pele-Incluindo a


classificação básica dos tipos de pele. Rio de Janeiro :Revinter Ltda, 2004.

PIMENTEL, A. dos S. Peeling, máscara e acne: seus tipos e passo a passo do


tratamento estético. 1. ed. São Paulo, SP: Livraria Médica Paulista, 2007.

ROTTA, Osmar. Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmética. Barueri:


São Paulo. Manole.2008.

TEIXEIRA, C. M. Peelings Superficiais associados à isotretinoína oral no


tratamento da acne. Jornal da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 2007.
Disponível em: http://www.wnestética.com.br/peelings.pdf. Acesso em 06 Nov. 2017.

VELASCO, Maria Valéria Robles et al. Rejuvenescimento da pele por peeling


químico: enfoque por peeling de fenol. Anais Brasileiros de dermatologia, Rio de
Janeiro, v.79, n.1, p.91-9, 2004.

ZANINI, Maurício. Gel de ácido tricloroacético-Uma nova técnica para um antigo


ácido. Med Cutan Iber Lat AM 35(1): 14-17, 2007.

45

Você também pode gostar