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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4
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6.2 Não será uma retomada de onde paramos – o retorno exigirá um
plano de ações em diversas frentes e demandará intensa articulação e
contextualização local. .................................................................................. 44
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre
o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para
todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa.
Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo
de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 A EDUCAÇÃO ESCOLAR NO PERÍODO DO CORONAVÍRUS
Fonte: e-konomista.pt
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As restrições causadas por intervenções não farmacológicas, como o
distanciamento social, também afetam a educação em todos os níveis inclusive
nas universidades. Como alunos e professores não podem se reunir na escola e
essa situação continuará por pelo menos alguns meses, essas limitações nas
capacidades de autodescoberta durante uma pandemia prolongada
provavelmente limitarão as oportunidades de aprendizagem dos alunos durante
o isolamento social. (REIMERS E SCHLEICHER, 2020)
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Pais despreparados para a educação a distância em casa: quando as
escolas são fechadas, muitas vezes os pais são solicitados a ajudar na
aprendizagem das crianças em casa e, assim, podem ter dificuldades para
realizar tal tarefa. Isso se torna ainda mais difícil para pais com nível
educacional e recursos limitados.
Desafios na criação, manutenção e melhoria do ensino a distância: a
demanda por ensino a distância dispara quando as escolas são fechadas
e, em geral, sobrecarrega os portais existentes para a educação remota. A
transferência da aprendizagem das salas de aula para as casas, em grande
escala e de forma apressada, apresenta enormes desafios, tanto humanos
quanto técnicos.
Lacunas no cuidado às crianças: na falta de outras opções, com
frequência, os pais que trabalham deixam as crianças sozinhas quando as
escolas são fechadas, e isso pode levar a comportamentos de risco,
incluindo uma maior influência da pressão dos colegas e o uso de
substâncias entorpecentes.
Altos custos econômicos: os pais que trabalham são mais propensos a
faltar ao trabalho para cuidar de seus filhos quando as escolas são
fechadas. Isso resulta em perdas salariais e tende a causar impactos
negativos na sua produtividade.
Pressão não intencional nos sistemas de saúde: os profissionais de
saúde com filhos têm dificuldades em comparecer ao trabalho, por terem
de cuidar das crianças devido ao fechamento da escola. Isso significa que
muitos profissionais da área médica não estão nos hospitais e clínicas onde
são mais necessários durante uma crise de saúde.
Maior pressão sobre as escolas e sobre os sistemas educacionais que
permanecem abertos: o fechamento localizado sobrecarrega as escolas,
à medida que os governos e os pais redirecionam as crianças para as
escolas que permaneceram abertas.
Aumento das taxas de abandono escolar: é um desafio garantir que
crianças e jovens retornem e permaneçam na escola quando elas forem
reabertas. Isso se aplica especialmente aos fechamentos prolongados e
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quando os impactos econômicos pressionam as crianças a trabalhar e
gerar renda para as famílias com problemas financeiros.
Maior exposição à violência e à exploração: quando as escolas são
fechadas, aumenta a ocorrência de casamentos prematuros, mais crianças
são recrutadas por milicias, aumenta a exploração sexual de meninas e
mulheres jovens, a gravidez na adolescência se torna mais comum e o
trabalho infantil igualmente cresce.
Isolamento social: as escolas são centros de atividade social e interação
humana. Quando elas são fechadas, muitas crianças e jovens perdem o
contato social que é essencial para a aprendizagem e para o
desenvolvimento.
Desafios para mensurar e validar a aprendizagem: quando as escolas
são fechadas, as avaliações agendadas, principalmente os exames que
determinam a admissão em instituições de ensino ou o avanço para novos
níveis educacionais, são comprometidas. As estratégias para adiar, pular
ou aplicar exames durante o período de ensino a distância levantam sérias
preocupações sobre a justiça da avaliação, principalmente quando o
acesso ao ensino se torna variável. As interrupções das avaliações
resultam em estresse para os estudantes e para suas famílias e, da mesma
forma, podem desencadear o abandono dos estudos.
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2.2 Planejamento educacional sensível a crises – Nota Informativa nº 2.4
UNESCO (2020)
Fonte: diariodorio.com
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oferta devem estar alinhados com as prioridades do Ministério da Educação e
com atividades de longo prazo. Apoiar os Ministérios da Educação na
institucionalização da redução e gestão de riscos de crise nos processos de
planejamento educacional pode ajudá-los a conduzir melhor o planejamento e a
oferta de ensino antes, durante e depois de uma crise, assim como na
preparação e mitigação de seus impactos. Essa abordagem é denominada
“planejamento sensível a crises”.
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IDENTIFICAÇÃO E A SUPERAÇÃO DE PADRÕES DE DESIGUALDADE E
EXCLUSÃO NA EDUCAÇÃO
Isso é particularmente importante no atual contexto de pandemia, pois o
confinamento e o fechamento de escolas podem ocasionar consequências de longo
prazo para as populações mais vulneráveis e marginalizadas, agravando as
disparidades já existentes no sistema de educação. O planejamento sensível a crises
no contexto da COVID-19 deve dar atenção especial à equidade, por exemplo,
combatendo a exclusão digital e assegurando que sejam implementadas soluções de
aprendizagem inclusivas e sensíveis ao gênero.
É fundamental refletir sobre os impactos específicos do fechamento de
escolas sobre meninas, pessoas deslocadas internamente (PDIs), refugiados,
estudantes em contextos afetados por crises e outros grupos vulneráveis, assim como
oferecer soluções adaptadas a cada caso. Sem alcançar primeiro os mais
desassistidos, os ganhos obtidos com a inclusão de grupos marginalizados e
vulneráveis nos sistemas nacionais de educação sofrerão um retrocesso.
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Qualquer medida adotada no setor da educação deve estar alinhada às
prioridades nacionais em ambos os níveis (centralizado e descentralizado),
a fim de aprimorar a sustentabilidade dos esforços. Mais especificamente,
qualquer solução de aprendizagem remota deve ser desenvolvida com base
nas capacidades existentes, e também deve ser aplicada em estreita
coordenação com as autoridades educacionais nacionais e subnacionais,
incluindo os gestores escolares e os próprios professores. Em alguns
contextos, as escolas estão mais bem posicionadas para determinar as
capacidades existentes e sugerir estratégias apropriadas de aprendizagem
remota. O planejamento no contexto da COVID-19 requer a coordenação e
o envolvimento de professores e comunidades para identificar estratégias
eficazes de aprendizagem remota e comunicação com todas as partes
interessadas envolvidas, para compartilhar ideias e oferecer motivação e
informações que salvam vidas. Isso também implica a identificação, em
contextos específicos, de potenciais barreiras a tais estratégias, baseadas
em gênero, língua, localização, habilidade e outros parâmetros, para garantir
que as respostas não reproduzam ou perpetuem desigualdades e práticas
discriminatórias. Tais esforços devem ajudar a estabelecer as bases de
longo prazo para sistemas nacionais de educação funcionais e resilientes.
A atual crise global de saúde exige sólidas parcerias e colaborações para se
alcançar, na prática, a relação de desenvolvimento humanitário no setor da
educação, fazendo a ponte entre as intervenções humanitárias e as de
desenvolvimento. Isso implica uma melhor coordenação entre os parceiros,
para garantir que as necessidades primárias do sistema de educação não se
tornem preocupações secundárias devido à COVID-19. Países que já estão
lutando para garantir a oferta de educação precisam de apoio contínuo para
manter essa oferta, além dos esforços específicos dedicados à resposta à
COVID-19. Os parceiros devem responder às necessidades de curto prazo,
com programas de longo prazo que abordem as vulnerabilidades sistêmicas.
Os atores humanitários e de desenvolvimento devem colaborar e
desenvolver esforços conjuntos para atender às necessidades da educação,
tomando como base pontos fortes mútuos e vantagens comparativas. Por
exemplo, isso pode significar que os parceiros de desenvolvimento ofereçam
conhecimentos técnicos especializados (expertise) e aproveitem as
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capacidades operacionais e logísticas dos atores humanitários,
especialmente para a educação à distância ou autoaprendizagem.
Os esforços para responder à COVID-19 também devem incluir o
planejamento coordenado de campanhas e estratégias para o retorno às
aulas, incluindo programas de aprendizagem acelerada direcionados
especificamente a grupos vulneráveis, a fim de enfrentar as desigualdades
existentes e crescentes, por meio da prevenção ao abandono escolar.
No médio e no longo prazo, institucionalize a redução e a gestão do risco
de crises dentro do próprio setor educacional. Especificamente, os Ministérios
da Educação, nos âmbitos nacional e subnacional, podem prevenir, preparar-se
para e mitigar crises, inclusive pandemias, por meio de:
Análise de impactos dos riscos de crises na educação: Inclusive para
populações deslocadas e marginalizadas, como parte das análises e
avaliações do setor educacional. Tais análises devem ser baseadas em
análises de gênero, considerando os papéis, os riscos, as
responsabilidades e as normas sociais de gênero.
Isso inclui garantir que as medidas de mitigação e de resposta enfrentem
as questões relacionadas à carga de trabalho doméstico de mulheres e
meninas, assim como os elevados riscos de violência baseada em gênero
e outros impactos adversos.
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Desenvolvimento de programas e políticas educacionais sensíveis a
crises: Visando a redução dos riscos, fortalecer as capacidades de resposta e de
prontidão dos governos e dos Ministérios da Educação nos âmbitos individual,
escolar, comunitário, nacional e subnacional, inclusive por intermédio de planos
de contingência com base em diferentes cenários sobre a duração do fechamento
das escolas e a data prevista para a sua reabertura:
1. Planos de contingência serão um elemento fundamental para preparar a
reabertura das escolas na atual crise da COVID- 19. Uma vez reabertas as escolas
e retomadas as aulas, deve ser implementada uma orientação detalhada
delineando como o setor educacional responderá, em todos os âmbitos, a uma
crise emergente ou prevista, antes de sua ocorrência. Isso pode incluir, por
exemplo, um padrão geral de procedimentos operacionais, protocolos e linhas de
tomada de decisão, e fluxogramas de comunicação, tanto dentro do Ministério da
Educação como entre o ministério e os parceiros.
2. Os processos de planejamento de contingência também devem incluir recursos
para se compreender melhor as implicações das emergências de saúde pública
ou surtos de doenças em diferentes grupos populacionais, para que os planos de
prontidão e resposta sejam capazes de mitigar os danos a mulheres, meninas e
outros grupos vulneráveis.
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3 ESTRATÉGIAS DE ENSINO A DISTÂNCIA EM RESPOSTA A PANDEMIA
DO COVID-19.
Fonte: novaescola.org.br
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1. Definição do tema e principais questões
Ensino a distância: em um sentido amplo, esta expressão é
frequentemente utilizada como sinônimo de aprendizagem online, e-learning,
educação a distância, educação por correspondência, estudos externos,
aprendizagem flexível e cursos online abertos e massivos (massive open online
courses – MOOCs).
São características comuns a qualquer forma de ensino a distância: a
separação entre professor e estudante pelo espaço, pelo tempo ou por ambos,
e o uso de mídias e tecnologias para possibilitar a comunicação e o intercâmbio
durante o processo de aprendizagem, apesar dessa separação. Isso pode ser
alcançado por meio de materiais de aprendizagem impressos, ou pela
transmissão unidirecional em massa (programas de TV e de rádio), ou por meio
de intercâmbio via web, com a utilização de canais de mídia social ou
plataformas de aprendizagem. O ensino a distância tende a exigir um alto nível
de autodidatismo por parte dos estudantes, bem como habilidades de estudo,
que devem ser apoiadas por meio de novas estratégias de ensino, aprendizagem
e orientação.
Estratégias de ensino a distância: tais estratégias, em resposta ao
fechamento das escolas devido à COVID-19, são um conjunto de medidas
setoriais tomadas por órgãos do governo e parceiros para dar continuidade aos
estudos com base nos currículos dos estudantes e a outras atividades
educacionais regulares, quando escolas e outras instituições de ensino
presencial estão fechadas.
Para que isso tenha sucesso, as atividades de aprendizagem devem ser
revisadas, e soluções alternativas para fornecer remotamente programas de
ensino devem ser planejadas e ofertadas juntamente com o apoio aos
professores, à comunidade educacional e em colaboração com os estudantes e
suas famílias. Enquanto as estratégias nacionais de ensino a distância
consideram a complementaridade da educação formal e não formal, assim como
a gama de níveis de educação e formação para percursos de aprendizagem ao
longo da vida, esta nota informativa enfoca a educação escolar.
Prontidão para o ensino a distância: a eficácia das estratégias de ensino
a distância está condicionada por níveis de preparação a partir de várias
perspectivas:
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PRONTIDÃO TECNOLÓGICA
Geralmente inclui níveis de prontidão tanto em capacidades
tecnológicas de plataformas de aprendizagem digital, quanto em sistemas de
transmissão de TV e rádio para ofertar remotamente cursos curriculares a
todos os estudantes, bem como o acesso doméstico a eletricidade, telefones,
televisores, aparelhos de rádio, dispositivos digitais, conectividade à internet e
dados.
PRONTIDÃO DE CONTEÚDO
Inclui acessibilidade a materiais de ensino e aprendizagem alinhados
com os currículos nacionais e que podem ser ofertados por meio de
plataformas online, programas de TV ou rádio, ou usados para a aprendizagem
em casa com base em materiais impressos. Continua a ser um desafio a
prontidão do conteúdo curricular que abranja todos os níveis de ensino e todas
as áreas de estudo, e que possa ser ofertado a todos os estudantes. Em
muitos países, existem lacunas em termos de recursos e conhecimentos locais
necessários para desenvolver rapidamente cursos com base nos currículos
nacionais prontamente acessíveis por meio de plataformas online ou
programas de TV e rádio
PRONTIDÃO DE APOIO PEDAGÓGICO E DE APRENDIZAGEM EM CASA
Inclui a preparação dos professores para elaborar e facilitar a
aprendizagem online, o ensino a distância com base em TV ou rádio, ou a
aprendizagem em casa com base em materiais impressos; e disponibilidade e
capacidade dos pais ou responsáveis para facilitar a aprendizagem a distância
efetiva em casa.
A maioria dos professores não está preparada de forma adequada para
a transição da oferta de educação escolar, e as famílias não estão preparadas
para facilitar e acompanhar a aprendizagem diária em casa, especialmente as
que têm várias crianças. É muito mais desafiador quando os pais não possuem
as habilidades linguísticas e de alfabetização, assim como o tempo necessário
para acompanhar os horários dos estudos e administrar os processos de
aprendizagem.
PRONTIDÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
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Inclui capacidades para: monitorar os processos de ensino a distância,
acompanhar o acesso às aulas e o envolvimento nelas, avaliar os resultados
da aprendizagem, e obter respostas imediatas de ensino a distância para
atingir metas de longo prazo.
No contexto da aprendizagem online, é fundamental monitorar as
diferenças no nível de participação e envolvimento dos estudantes que, muitas
vezes, têm habilidades fracas de autorregulação e auto-organização. Quando
programas de TV ou de rádio, que são sistemas unidirecionais de transmissão
de conhecimento, são adotados como a solução principal, é ainda mais
desafiador mensurar até que ponto estudantes, professores e pais ou
responsáveis estão envolvidos com o ensino a distância.
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Os cursos com base nos currículos devem ser acessíveis para estudantes
com deficiências e para aqueles cuja língua principal não é a língua de ensino
nas escolas. Tome medidas rápidas para garantir que todos os estudantes
tenham acesso a cursos ofertados remotamente, incluindo a descentralização
temporária de dispositivos digitais de laboratórios de informática ou o aluguel de
dispositivos digitais para estudantes de famílias de baixa renda, fornecendo
pacotes temporários gratuitos de dados de internet, ou concedendo um preço
reduzido de dados ou acesso gratuito para o acesso de conteúdo educacional.
Uma opção é negociar com o setor de telecomunicações para oferecer
acesso educacional com taxa zero para plataformas nacionais de aprendizagem
e sistemas de serviços de aprendizagem online, repositórios institucionais e
serviços de bibliotecas digitais
Proteja a privacidade dos estudantes e a segurança dos dados – garanta
que a gestão das plataformas nacionais e dos provedores privados de aplicativos
não violem a privacidade pessoal dos estudantes. Isso está relacionado à
segurança de dados ao se fazer o upload de dados ou recursos educacionais
confidenciais para espaços web, bem como ao compartilhá-los com outras
organizações ou indivíduos. Adote medidas concretas para garantir o uso ético,
não discriminatório e transparente dos dados dos estudantes.
Desenvolva regulamentos para a proteção de dados educacionais e
credencie apenas serviços de fornecedores que cumprirem tais regulamentos. O
Regulamento Geral da Proteção de Dados da União Europeia oferece um
exemplo de termos sobre o uso totalmente transparente de dados privados e o
“direito ao esquecimento”, o que permite que registros com base em dados
privados sejam removidos a qualquer momento.
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coordenadores pedagógicos e as escolas quanto ao envolvimento de pais ou
responsáveis para administrar a aprendizagem em casa.
Forneça-lhes materiais de orientação ou desenvolva regras, em conjunto
com pais e estudantes, sobre a administração das práticas diárias de
aprendizagem em casa. Crie comunidades de professores, pais e gestores
escolares para manter uma troca periódica de informações e discutir estratégias
para enfrentar os principais desafios. Para famílias que não têm pais ou
responsáveis disponíveis para cuidar dos estudantes, ofereça espaços seguros
de acolhimento ou apoio financeiro às famílias para que tenham acesso a
serviços particulares de cuidado infantil.
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ensino a distância vão rapidamente voltar para a oferta de ensino presencial.
Portanto, é aconselhável planejar estratégias que progridam da oferta de
respostas rápidas para um período de transição e, depois disso, para um objetivo
de longo prazo de melhoria dos sistemas de oferta de educação.
Considerando o futuro, ações que agora estão sendo tomadas para
garantir a eficácia do ensino a distância lançarão uma base sólida para
inovações pedagógicas tecnologicamente mais avançadas, ambientes de
aprendizagem mais abertos e flexíveis, e um sistema educacional mais
dinâmico. O objetivo de longo prazo deve ser integrar princípios-chave e
elementos constituintes essenciais para sistemas mais inclusivos, mais abertos
e mais resilientes, quando a educação se estabilizar em um “novo normal”.
Os elementos fundamentais do “novo normal” incluem a acessibilidade
aprimorada para os grupos mais vulneráveis, plataformas de aprendizagem
atualizadas, cursos a distância que cubram todos os níveis de ensino e todas as
disciplinas, e capacidades aprimoradas dos professores na elaboração e na
facilitação do ensino a distância.
II. Uma estratégia consistente para o ensino remoto é aquela que busca
mitigar as condições heterogêneas de acesso e os diferentes efeitos de
soluções a distância em função do desempenho prévio dos estudantes:
Para enfrentar o risco da ampliação de desigualdades, ao lançar mão de
estratégias de ensino a distância, é preciso entender que a disposição de
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recursos tecnológicos é heterogênea entre os alunos e que aqueles que já
têm desempenho acadêmico melhor tendem a se beneficiar mais das
soluções tecnológicas. Uma das medidas cruciais para se pensar de maneira
consistente a introdução temporária de soluções de ensino a distância é a
avaliação dos recursos tecnológicos que já estão à disposição dos alunos ou
que podem ser rapidamente providos. E isso precisa ser feito levando em
conta as disparidades sociais no Brasil, que existem não só entre redes de
ensino, mas também entre alunos da mesma rede, escola ou, até mesmo,
sala de aula. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2020)
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IV. Mesmo a distância, atuação dos professores é central: Pesquisas
apontam que, quando o assunto é ensino a distância, o trabalho dos
professores tem papel significativo no sentido de assegurar uma boa
experiência, independentemente da solução utilizada. Diante do cenário atual,
em que são igualmente impactados pela pandemia, apoiá-los, pessoal e
profissionalmente, é medida absolutamente fundamental. Estratégias de
ensino remoto que prescindam da atuação dos professores provavelmente
terão maiores dificuldades de engajamento. (TODOS PELA EDUCAÇÃO,
2020)
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4 PROTOCOLO DE VOLTA ÀS AULAS – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
(2020)
Fonte: pp.org.br
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administrativos, prestadores de serviços, colaboradores e fornecedores de
materiais e insumos.
Fonte: desafiosdaeducacao.grupoa.com.br
Medidas coletivas:
Organizar as equipes para trabalharem de forma escalonada, com
medida de distanciamento social;
Manter, sempre que possível, portas e janelas abertas para
ventilação do ambiente;
Garantir adequada comunicação visual de proteção e prevenção de
risco à Covid-19;
Organizar a rotina de limpeza do ambiente de trabalho e dos
equipamentos de uso individual;
Considerar o trabalho remoto aos servidores e colaboradores do
grupo de risco;
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Priorizar o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)
para a realização de reuniões e eventos à distância. Se necessário
o encontro presencial, optar por ambientes bem ventilados.
Medidas individuais:
Utilizar máscaras, conforme orientação da autoridade sanitária, de
forma a cobrir a boca e o nariz;
Seguir as regras de etiqueta respiratória para proteção em casos de
tosse e espirros;
Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel
70%;
Evitar cumprimentar com aperto de mãos, beijos e/ou abraços;
Respeitar o distanciamento de pelo menos 1,5m (um metro e meio)
entre você e outra pessoa;
Manter o cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como
brincos, anéis e relógios;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres,
materiais de escritórios, livros e afins.
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impossibilidade do cumprimento de tais orientações, recomenda-se a
interdição dos bebedouros.
Laboratórios:
Utilizar, obrigatoriamente, máscara e touca descartável, cobrindo
todo cabelo e orelha, sem uso de adornos;
Utilizar, obrigatoriamente, EPIs (jaleco, máscara e touca) antes de
entrar no laboratório;
Não manusear celulares e bolsas dentro dos laboratórios;
Manter os ambientes ventilados (janelas abertas);
Manter o distanciamento social, respeitando a distância mínima de
1,5m (um metro e meio);
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Disponibilizar frascos com álcool em gel 70%;
Manter tapete com hipoclorito na entrada, renovando conforme a
especificidade da atividade;
Aferir a temperatura na entrada do laboratório; e
Manter a limpeza e desinfecção do ambiente a cada 2 horas.
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Gestão de pessoas (quem não poderá voltar em quaisquer dos
grupos dentro da comunidade)
Recomenda-se atuação integrada com serviço de segurança e de
medicina do trabalho; e
No caso de estudantes de grupo de risco, a Instituição deve
considerar a adoção de estratégias para reposição das atividades
após o fim da pandemia.
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contribuem para segurança dos colaboradores e para a higiene dos espaços.
Recomenda -se a formação de equipes de limpeza em todos os setores da
Instituição, com definição de escalas para aumentar a frequência de higienização
das superfícies e de locais como corrimões, maçanetas, bancadas, mesas,
cadeiras e equipamentos.
VI. Comunicação
Elaborar peças de comunicação institucional voltadas à retomada das
atividades acadêmicas presenciais, ressaltando as principais medidas
e cuidados necessários;
Possibilitar que a comunidade escolar tenha acesso à informação nos
sítios oficiais da Instituição; e
Divulgar as orientações sobre o uso correto de máscaras e medidas
de prevenção ao contágio.
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VII. Sugestões para adoção de estratégias digitais
Disponibilizar os laboratórios de informática, respeitando o
distanciamento e com rigorosa higienização do ambiente, para
utilização dos estudantes que não possuam acesso à internet ou
computadores;
Utilizar controle de acesso aos laboratórios, possibilitando cadastro de
solicitação dos estudantes;
Disponibilizar aulas e materiais de apoio nos ambientes virtuais de
ensino da Instituição; e
Disponibilizar outros meios para o acesso aos conteúdos educacionais.
Fonte: prensalatina.com.br
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âmbito mundial e constata que a maior parte dos Ministérios da Educação está
planejando: uma reabertura parcial (como, por exemplo, na China), uma
reabertura de dispersão (séries diferentes em dias diferentes) ou manter as
escolas fechadas até segunda ordem.
Os planos de contingência para a reabertura das escolas podem se
basear em fatores contextuais, uma vez que, em alguns países, o período de
fechamento coincide, por exemplo, com o início do ano letivo e, em outros, com
o final deste, com o período de exames ou de férias escolares. Os Ministérios da
Educação precisam dar prioridade às estratégias de reabertura com base na
situação do seu calendário escolar, assim como em seus objetivos e prioridades
educacionais.
Embora reconheçam que a situação varia em diferentes contextos
geográficos, socioculturais e econômicos, entre outros, as estratégias a serem
consideradas em relação à reabertura das escolas estão agrupadas em três
áreas gerais, a fim de avaliar e assegurar a:
Prontidão do sistema: avaliar a disponibilidade de pessoas,
infraestrutura, recursos e capacidade de retomar as funções;
Continuidade da aprendizagem: assegurar que a aprendizagem seja
retomada e continue da forma mais harmoniosa possível após a interrupção; e
Resiliência do sistema: construir e reforçar a preparação do sistema
educacional para antecipar, responder e mitigar os efeitos das crises atuais e
futuras.
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governança, especialmente no contexto do envolvimento de parceiros como, por
exemplo, o setor privado e as instituições filantrópicas; assegure a participação
da comunidade e melhore a responsabilização e a prestação de contas.
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Garanta apoio profissional aos professores que precisam adaptar suas
abordagens didático pedagógicas de forma flexível. Por exemplo, a
oferta de um currículo compactado.
Forme professores e estudantes sobre abordagens alternativas de
ensino e aprendizagem antes, durante e após a crise, em consulta com
instituições de formação docente
Identifique estratégias e intervenções para lidar com as lacunas de
aprendizagem, especialmente entre os grupos vulneráveis, e para
mitigar desigualdades que possam ter sido criadas ou agravadas
durante o confinamento. Isso pode incluir ensino complementar, tutoria
e atividades de aprendizagem extracurriculares e não formais.
Determine o que avaliar. Por exemplo, na Costa Rica, a avaliação será
formativa, e não relacionada com notas, uma vez que oportunidades de
aprendizagem ideais e igualitárias não poderiam ser garantidas para
todos os estudantes durante o fechamento das escolas.
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Disponibilidade e coordenação de recursos e modalidades para oferecer
apoio psicossocial: Por exemplo, médicos e outros especialistas
qualificados, tais como psicólogos, conselheiros escolares e assistentes
sociais. Na ausência de especialistas, é necessário identificar pontos focais,
observando que, nesse caso, será necessária uma pré-formação. Outras
opções podem incluir a colaboração com universidades/instituições locais
relevantes.
Oferta e distribuição de alimentos para programas de alimentação escolar.
Impacto financeiro geral e situação do financiamento da escola.
I. Apoio à saúde
Garanta a segurança e a proteção dos estudantes, na ida e na volta da
escola, para minimizar o risco de novas infecções.
Avalie o impacto do fechamento da escola e do confinamento na saúde
e no bem-estar de toda a comunidade educacional, incluindo
estudantes, professores e outros funcionários. Isso pode exigir o
reforço da capacidade de monitoramento dos Ministérios da Educação.
Por exemplo, ao expandir o Sistema de Gestão de Informações da
Educação (Education Management Information System – EMIS) pelo
desenvolvimento de um sistema de rastreamento/relatórios ou pela
introdução de procedimentos operacionais padrão (POPs) para o
monitoramento do estado de saúde da equipe e dos estudantes.
Estabeleça parcerias com a comunidade e com profissionais da saúde
para o monitoramento sistemático do estado de saúde de estudantes e
funcionários, incluindo POPs, sistemas de alerta em caso de infecção
ou doença, e ações a serem tomadas no caso de novas infecções.
Promova a educação em saúde, implemente protocolos de saúde
escolar, dissemine mensagens apropriadas em termos de idade e
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linguagem sobre lavagem das mãos, higiene, prevenção na escola e
na sala de aula.
Cuide da saúde mental e do bem-estar socioemocional. Por exemplo,
ofereça apoio psicossocial para que estudantes e profissionais da
educação lidem com o estresse pós-traumático, coordene o trabalho de
pré-identificação de psicólogos, conselheiros, assistentes sociais ou
pontos focais.
Avalie e trate da vulnerabilidade feminina, VBG, incluindo a violência
sexual e doméstica, bem como o aumento do risco de casamento
precoce e gravidez não intencional.
Comunique-se com a comunidade em geral, consulte e apoie os pais e
responsáveis para apoiar as crianças.
Lide com preconceitos e estigmas, os quais, em certas culturas,
persistem mesmo após a recuperação.
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escolares, a ampliação do escopo da alimentação escolar e a oferta de
apoio direcionado a grupos vulneráveis.
Avalie as consequências do fechamento das escolas na execução do
currículo e considere opções de ajuste.
Avalie o impacto na aprendizagem e identifique lacunas de
aprendizagem entre os estudantes, com foco em grupos vulneráveis.
Implemente de forma apropriada ações corretivas e estratégias de
aprendizagem aceleradas, como foi pré-planejado.
Garanta qualidade, igualdade e inclusão.
Identifique as desigualdades, considerando as disparidades entre
estudantes, escolas, residências ou regiões.
Reconheça e aborde a vulnerabilidade feminina.
Considere a garantia de qualificação e certificação, com foco em
grupos prioritários ou sensíveis ao tempo, como formados em transição
para níveis educacionais superiores que exigem exames de ingresso,
graduados em transição para o mundo do trabalho, e aqueles que
necessitam de certificação com base em exames
Monitore a situação, documentando as lições aprendidas em todos os
âmbitos, desde a escola até nacionalmente, para fundamentar ações
futuras. Isso pode dizer respeito a processos de ensino e
aprendizagem, governança e gestão das escolas, fortalecimento da
comunidade educacional e promoção da continuidade da troca de
experiências.
Desenvolva planos nacionais, distritais e escolares de redução de
riscos que enfoquem a gama de riscos com os quais as comunidades
são confrontadas.
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Repense o propósito, o conteúdo e a oferta da educação e da
aprendizagem, e considere possíveis reformas.
Repense o papel das escolas: construir conhecimento, habilidades e
atitudes, função social e promoção da saúde e do bem-estar.
Revise e desenvolva políticas e orientações sobre, por exemplo, a
aprendizagem a distância.
Fortaleça a aprendizagem a distância, incluindo tanto a oferta como o
desenvolvimento de conteúdo.
Estabeleça acordos de implementação, coordenação e monitoramento,
assim como a comunicação durante e após crises.
Reconsidere modalidades de oferta. Por exemplo, a educação a distância,
tanto online quanto offline, pode fazer parte de abordagens
convencionais. Isso deve ser acompanhado pela formação de professores
e estudantes, e de uma preparação para utilizar abordagens alternativas
de ensino e aprendizagem antes, durante e depois de crises.
Assegure a alocação de recursos adequados para atender aos padrões
de higiene escolar.
Possibilite a aprendizagem por pares: crie plataformas de
compartilhamento de experiências, nos âmbitos nacional, regional e
internacional.
Reveja e garanta que a educação em emergências (EiE) seja incluída nas
políticas e nos planos nacionais de educação, com estratégias específicas
e claras.
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6 O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NO CONTEXTO DA PANDEMIA
DA COVID-19.
Fonte: g1.globo.com
O Todos Pela Educação (2020), elaborou uma nota técnica com o intuito
de orientar os gestores quanto a reabertura das escolas no contexto da
Pandemia. Nessa nota, foi elaborada uma sistematização dos principais
aprendizados advindos de pesquisas sobre países e regiões que já passaram
por situações similares à atual - em função, por exemplo, de outras epidemias,
guerras e desastres naturais -, além de estudos sobre os temas que, no atual
contexto, serão desafios de grande magnitude à gestão educacional. Destaca-
se, ainda, que a Nota contou com contribuições e revisão crítica de cinco
especialistas em Educação, todos com experiência na gestão pública
educacional em diferentes regiões do País.
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férias. Estudos indicam que crises como essa geram múltiplos efeitos adversos
nas pessoas, tais como impactos emocionais, físicos e cognitivos que, inclusive,
costumam se prolongar por um longo período de tempo. (apud UNESCO, 2019,
KOUSKY 2016, BROWN ET AL. 2011, KAMENETZ 2020, LA MATTINA 2018,
GIBBS ET AL. 2019.)
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de escolas, é uma elevação nas taxas de abandono e evasão escolar dos alunos,
especialmente, dos jovens e daqueles em situação de maior vulnerabilidade. As
motivações para a evasão têm causas diversas, exigindo, portanto, diferentes
respostas do poder público. Entre as mais importantes, pode-se citar a perda de
motivação das crianças e dos jovens com seu aprendizado, causada pelo
afastamento do ambiente escolar e pelo menor engajamento que atividades de
ensino remoto possibilitam. (apud JANVRY et al. 2006, INSTITUTO SONHO
GRANDE, 2020, UNESCO et al. 2020).
Dessa forma, será preciso que o poder público lance mão de estratégias
de combate ao abandono e à evasão escolar de forma mais intensa, com ações
intersetoriais de atendimento aos alunos e a suas famílias. Possíveis iniciativas
evidenciadas por pesquisas e experiências prévias, tais como:
Manutenção de contato frequente das escolas e Secretarias de Educação
com os alunos e familiares durante o período sem atividades presenciais;
Garantia de apoio financeiro, especialmente aos mais vulneráveis, na
medida em que os efeitos econômicos do isolamento social seguirão
presentes após a retomada das atividades;
Realização de diagnósticos frequentes para detecção precoce do
desengajamento dos alunos com maior risco de evasão;
Comunicação com os pais e responsáveis sobre os novos protocolos de
limpeza e proteção à saúde que serão adotados nas escolas, para
certificá-los de que é seguro que os alunos retornem aos estabelecimentos
de ensino;
Busca ativa dos alunos que já evadiram ou abandonaram a escola, por
meio de diversas estratégias que podem ser potencializadas pela
integração entre os bancos de dados da Educação, da Saúde e da
Assistência Social
.
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6.2 Não será uma retomada de onde paramos – o retorno exigirá um plano
de ações em diversas frentes e demandará intensa articulação e
contextualização local.
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GRONHOLT-PEDERSEN 2020, GARGIULO 2020, BBC 2020, ZHU ET AL.
2020, UNICEF et al. 2020)
Maior espaçamento entre carteiras nas salas de aula;
Realização de aulas em ginásios, quadras ou mesmo ao ar livre;
Escalonamento dos horários de entrada, saída, recreio e almoço dos
alunos para evitar aglomerações;
Rodízios entre alunos e educadores, para que nem todos estejam
presentes na escola ao mesmo tempo;
Sinalização de rotas dentro das escolas para que os alunos
mantenham distância entre si;
Diminuição do número de alunos por sala
Utilização de múltiplas entradas da escola e divisão dos alunos de
acordo com a proximidade das salas; e
Marcação de lugares nos refeitórios, para minimizar a movimentação
durante o almoço
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(como o Enem, por exemplo) terem suas datas de realização revisadas. Por fim,
o documento dispõe que a reorganização do calendário escolar será de
responsabilidade de cada sistema de ensino.
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Comunicação frequente com os pais e responsáveis: Também crucial
no retorno às aulas presenciais será o fortalecimento da comunicação por parte
das autoridades de Educação e das escolas com as famílias dos alunos. Nesta
linha, estratégias que têm sido utilizadas ou que são recomendadas para a
comunicação sobre a forma como se dará o retorno das atividades escolares
presenciais são:
Canais tradicionais de imprensa (televisão e jornais impressos, por
exemplo);
Utilização de redes sociais dos governos e das escolas;
Envio de e-mails para alunos e familiares;
Disponibilização de informações no site da escola e das Secretarias de
Educação;
Canal de atendimento por telefone para dúvidas e informações;
Envio de mensagens instantâneas aos alunos, pais e responsáveis.
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cumprir seu dever de cuidado às crianças e adolescentes, previsto na
Constituição Federal.
Um exemplo específico deste tipo de atendimento, já reforçado nesta
Nota, são as ações de acolhimento emocional e cuidados com a saúde mental,
que serão necessárias logo nos momentos iniciais da volta às aulas presenciais.
Elas podem, por exemplo, representar o início do desenvolvimento de políticas
mais contínuas com esse enfoque, especialmente considerando que já há
evidências de efeitos positivos desse tipo de intervenção e que a demanda por
apoio psicológico nas escolas não é uma novidade no Brasil.
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pedagógicos, em sua maior parte digitais, visando possibilitar que os alunos
sigam estudando em seus domicílios.
O uso adequado e estruturado da tecnologia na Educação, quando aliado
ao trabalho docente, pode impulsionar a aprendizagem dos alunos. Além disso,
o mundo contemporâneo cada vez mais hiperconectado exige o
desenvolvimento de conhecimentos e competências específicas que precisam
ser trabalhados na escola.
No Brasil, os próprios professores e os alunos vêm manifestando em
pesquisas de opinião recentes a intenção de que os recursos tecnológicos façam
cada vez mais parte do cotidiano escolar. (apud TODOS PELA EDUCAÇÃO
2017)
Contudo, é preciso reconhecer que o País ainda está longe desse cenário,
dado que muitas escolas enfrentam o desafio da conectividade, há grande
heterogeneidade no acesso a recursos tecnológicos entre classes sociais e
muitos professores não possuem formação específica para lidar
pedagogicamente com os recursos tecnológicos (apud CETIC 2018)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tecnica.pdf?utm_source=site&utm_medium=estudos-corona-1205. Acesso em
set. 2020.
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