Você está na página 1de 44

Art.

3º - Considera-se empregado toda


pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa,
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os
efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas,
tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, constituindo
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra
atividade econômica, serão, para os efeitos da
relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma
das subordinadas.
3o Não caracteriza grupo econômico a mera
identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do
interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas
dele integrantes.
Art. 10-A. O sócio retirante responde
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que
figurou como sócio, somente em ações
ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a seguinte
ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá
solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária
decorrente da modificação do contrato.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os
empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que
não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1o Não serão descontadas nem computadas


como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de
cinco minutos, observado o limite máximo de
dez minutos diários.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado
desde a sua residência até a efetiva ocupação
do posto de trabalho e para o seu retorno,
caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser
acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual,
convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo
menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da
hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de
salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um
dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas,
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste
artigo poderá ser pactuado por acordo individual
escrito, desde que a compensação ocorra no
período máximo de seis meses.

§ 6o É lícito o regime de compensação de


jornada estabelecido por acordo individual,
tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime
previsto neste capítulo:

I - os empregados que exercem atividade


externa incompatível com a fixação de horário
de trabalho, devendo tal condição ser anotada
na Carteira de Trabalho e Previdência Social e
no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os
exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo,
os diretores e chefes de departamento ou
filial.

III - os empregados em regime de teletrabalho.


Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória
a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma)
hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo
em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o
trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
Art. 75-C. A prestação de serviços na
modalidade de teletrabalho deverá constar
expressamente do contrato individual de
trabalho, que especificará as atividades que
serão realizadas pelo empregado.
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre
regime presencial e de teletrabalho desde que
haja mútuo acordo entre as partes, registrado
em aditivo contratual.
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime
de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo
de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo
contratual.
Art. 75-D. As disposições relativas à
responsabilidade pela aquisição, manutenção
ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos
e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao
reembolso de despesas arcadas pelo
empregado, serão previstas em contrato
escrito.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do
empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subseqüentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.
§ 1o Desde que haja concordância do
empregado, as férias poderão ser usufruídas
em até três períodos, sendo que um deles não
poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os
demais não poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho,
qualquer que seja a sua causa, será devida ao
empregado a remuneração simples ou em
dobro, conforme o caso, correspondente ao
período de férias cujo direito tenha
adquirido.
Parágrafo único - Na cessação do contrato de
trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o
empregado, desde que não haja sido demitido
por justa causa, terá direito à remuneração
relativa ao período incompleto de férias, de
acordo com o art. 130, na proporção de 1/12
(um doze avos) por mês de serviço ou fração
superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 192 - O exercício de trabalho em
condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento),
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do
salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.
Art. 193. São consideradas atividades ou
operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem
risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia
elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física
nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial.
§ 1º - O trabalho em condições de
periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o
salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo
adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.

§ 3º Serão descontados ou compensados do


adicional outros da mesma natureza
eventualmente já concedidos ao vigilante por
meio de acordo coletivo.
§ 4o São também consideradas perigosas as
atividades de trabalhador em motocicleta.
Art. 224 - A duração normal do trabalho dos
empregados em bancos, casas bancárias e
Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas
continuas nos dias úteis, com exceção dos
sábados, perfazendo um total de 30 (trinta)
horas de trabalho por semana.
§ 1º A duração normal do trabalho estabelecida
neste artigo ficará compreendida entre sete e
vinte e duas horas, assegurando-se ao
empregado, no horário diário, um intervalo de
quinze minutos para alimentação.
§ 2º As disposições dêste artigo não se aplicam
aos que exercem funções de direção, gerência,
fiscalização, chefia e equivalentes ou que
desempenhem outros cargos de confiança
desde que o valor da gratificação não seja
inferior a um têrço do salário do cargo efetivo.
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais
destinadas a corrigir as distorções que afetam o
acesso da mulher ao mercado de trabalho e
certas especificidades estabelecidas nos
acordos trabalhistas, é vedado:
I - publicar ou fazer publicar anúncio de
emprego no qual haja referência ao sexo, à
idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a
natureza da atividade a ser exercida, pública e
notoriamente, assim o exigir;
II - recusar emprego, promoção ou motivar a
dispensa do trabalho em razão de sexo, idade,
cor, situação familiar ou estado de gravidez,
salvo quando a natureza da atividade seja
notória e publicamente incompatível;
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação
familiar como variável determinante para fins de
remuneração, formação profissional e
oportunidades de ascensão profissional;
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer
natureza, para comprovação de esterilidade ou
gravidez, na admissão ou permanência no
emprego;
V - impedir o acesso ou adotar critérios
subjetivos para deferimento de inscrição ou
aprovação em concursos, em empresas
privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação
familiar ou estado de gravidez;

VI - proceder o empregador ou preposto a


revistas íntimas nas empregadas ou
funcionárias.
Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo
pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de
rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao
menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência
dos seus responsáveis legais, quitação ao
empregador pelo recebimento da indenização
que lhe for devida.
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito)
anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Art. 443. O contrato individual de trabalho
poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para
prestação de trabalho intermitente.
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado
o contrato de trabalho cuja vigência dependa de
termo prefixado ou da execução de serviços
especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão
aproximada.
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será
válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade


justifique a predeterminação do
prazo;

b) de atividades empresariais de caráter


transitório;
c) de contrato de experiência.
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo
determinado não poderá ser estipulado por mais
de 2 (dois) anos, observada a regra do art.
451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não
poderá exceder de 90 (noventa) dias.
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo
determinado que, tácita ou expressamente,
for prorrogado mais de uma vez passará a
vigorar sem determinação de prazo.

Você também pode gostar