Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Refrigeração 5
Refrigeração 5
REFRIGERAÇÃO E AR
CONDICIONADO
5
ENVIO 10
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CONDICIONAMENTO DO AR
Muitas pessoas acreditam que o condiciona- final, tem no ar condicionado e no controle da
mento do ar é simplesmente, resfriar o ar, porém, umidade, um fator que garante os objetivos pro-
isso não é certo nem correto. Essa operação deve postos. Como exemplo de comparação, algumas
ser chamada de resfriamento confortável do ar. plantas industriais têm unidades de ar condicio-
O emprego correto do termo condicionamento do nado que produzem o frio equivalente a várias
ar significa o controle da temperatura, da circu- toneladas de gelo por dia.
lação, da umidade e das impurezas do ar que é
respirado e que nos rodeia. Em termos gerais, o
condicionamento completo do ar significa aque- TIPOS DE UNIDADES DE AR
cê-lo no inverno, resfriá-lo no verão, fazer com
que se espalhe pelo ambiente, renová-lo com ar
CONDICIONADO
externo, secá-lo quando a umidade é muito alta,
umedecê-lo quando o ar está muito seco e filtrá- As instalações para condicionamento do ar são
lo para eliminar o pó e as bactérias que se en- basicamente de dois tipos:
contram no meio ambiente. - Unidades centrais
Considerando o que foi dito anteriormente, po- - Equipamentos individuais
demos observar as enormes possibilidades que
tem o ar condicionado para garantir o nosso con- As centrais de condicionamento de ar para casas,
forto e a nossa saúde, tanto na vida do lar como escritórios, fábricas, teatros, etc., têm a unidade
no trabalho. que aquece, esfria, filtra, umedece e recircula o ar,
Durante muito tempo as casas, escritórios e lo- muito compacta, geralmente localizada no porão
cais de trabalho foram aquecidos durante o in- ou em outra habitação, e dela sai a tubulação
verno para torná-los mais confortáveis. Porém, so- necessária para os pontos que devem ser
mente nos últimos anos, esses locais puderam climatizados.
ser resfriados, tornando a temperatura mais agra- Os equipamentos individuais têm a mesma fina-
dável durante os meses de verão. lidade, porém, eles ficam localizados em um com-
Com o aparelho de ar condicionado, também partimento único, com ótimo acabamento, para
pode ser controlada a umidade, que afeta, e mui- poder serem fixados no próprio local a ser condi-
to, o conforto das pessoas durante o verão. cionado.
Mediante processos muito simples também Alguns desses aparelhos possuem uma resistên-
pode ser eliminado o pó em até um 98%. A propa- cia para ser utilizada no inverno, e atualmente,
gação de muitas doenças contagiosas pode ser existem unidades reversíveis que utilizam uma
eliminada, ou diminuída, utilizando-se esses apa- válvula reversora. Este tipo de unidade será visto
relhos de ar condicionado. mais adiante.
Se consideramos que uma pessoa respira por
dia, uma quantidade de ar equivalente a cinco
vezes o peso dos alimentos e da água que conso-
me, é fácil entender a importância que tem a qua-
lidade do ar que entra em nosso corpo.
Hoje, muitas fábricas instalam ar condiciona-
do, com o intuito de aumentar o rendimento, a
saúde e conforto do pessoal e assim, melhorar a
qualidade e reduzir os custos de seus produtos.
Locais tais como gráficas, padarias, fábricas de
tintas, de têxteis, de doces, de farinhas e outros
locais onde o produto deve ser manufaturado com
grande velocidade e obter uma ótima qualidade
2
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
ESFRIAMENTODOAR
TORRE DE
RESFRIAMENTO
O procedimento mais simples de esfriamen- CAIXA DE
to o ar, consiste no emprego de unidades CONTROLE
refrigeradoras muito semelhantes às que
foram estudadas até agora em sistemas de
refrigeração. Realmente, tudo o que foi visto
e explicado sobre os princípios de funciona-
FORÇA
mento dos aparelhos de refrigeração, pode MOTRIZ
ser aplicado nas unidades de ar condicio- FIOS ELÉTRICOS
FIOS
nado. ELÉTRICOS
FLUXO
Algumas instalações empregam gelo para DE AR
esfriar o ar, fazendo-o passar através de uma
TERMOSTATO
câmara cheia desse elemento.
Em outras situações e quando se dispõe
de grandes quantidades de água fria, ela é FIOS
ELÉTRICOS
forçada a passar pelo interior de uma FIOS
ELÉTRICOS
serpentina e o ar circula trocando calor com INTERRUPTOR
BOMBA E
ela. Este sistema é muito econômico. DE CORTE
MOTOR
FORÇA MOTRIZ
Para esfriar o ar diretamente com o siste-
ma de refrigeração, é colocado um evapora-
dor, tipo seco, na rota do ar e deste modo,
quando passa através das aletas desse tro- UNIDADE CENTRAL DE CONDICIONAMENTO DE AR
cador de calor, ele é resfriado.
Os evaporadores ou serpentinas de esfriamento Outro modo de esfriar e limpar o ar, é fazer que
de ar, têm grandes superfícies ou áreas de contato, ele passe através de água fria e atomizada. Nes-
por causa da superfície das aletas, desta forma o tas unidades, é produzida uma fina cortina d’água
metal, já frio, retira o calor existente no ar do e através dela, o ar é forçado obtendo o seu esfri-
ambiente. amento.
3
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CARACTERÍSTICAS DO AR
4
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Ventilador
Helicoidal o
Exterior Axial
M/C Tubo Capilar
M/V
Ventilador
Centrífuga
ou turbina
Serpentina de
Interior
tubo aletado
Evaporador ou
condensador
Filtro de Ar
5
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
6
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Gabinete interior
Serpentina aletada
Condensador ou
evaporador
Ventilador centrífugo
M/V
ou turbina
Filtro de ar
Tubo capilar
Tubulação de alta
e baixa pressão
Unidade condensadora
M/V
Tubulação de alta
e baixa pressão
M/C
7
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Sistema direto
Central de ar condicionado
Injeção de ar
8
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
9
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
(CHILLER)
Evaporador
FAN COILL
V.E.T.
M/V VS
BI
T
F
S
A.S.
Comp. M/V
DL
Condensador
Unidade condensadora
10
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
PULVERIZADOR
AQUECEDORA
TELA D’ÁGUA
RESFRIADORA
SERPENTINA
saúde dos seus morado-
SERPENTINA
VENTILADOR
res, se deve ter cuidado
FILTRO
para que ele não fique de-
masiado frio, ou seja, que
a temperatura não fique
muito diferente da exter-
na.
É evidente que o ar fres- ENTRADA DE AO DUTO
co é mais confortável e AR
são que o ar quente, no
verão, porém não é conve-
niente que as pessoas re-
cebam um choque térmico
AO CIRCUITO DE
REFRIGERAÇÃO
TUBULAÇÃO
TUBULAÇÃO
DE VAPOR
ao saírem ou entrarem no
D’ÁGUA
prédio. Isto significa que a
diferença de temperatura
do ar exterior e o interior
não pode ser muito gran-
ESQUEMA QUE MOSTRA COMO FILTRAR, UMIDIFICAR OU SECAR O AR
de, sendo que, geralmen-
te, uma diferença de 10º
C entre ambas temperatu-
ras é suficiente para deixar o local
confortável.
A temperatura do corpo humano é
de, aproximadamente, 37º C e esse
calor é desenvolvido pela combus-
tão dos alimentos consumidos com
o oxigênio que entra em nosso corpo
quando respiramos. Dito com outras
palavras, o corpo humano é seme-
lhante a uma casa com lareira, e
contém o seu próprio sistema de
aquecimento.
Quando a temperatura do ambien-
te é inferior à do corpo, o calor é
transmitido ao ar por radiação. Se
o ambiente onde estamos, tem uma
temperatura superior à do nosso
corpo, esse calor não pode ser FIGURA INFERIOR DE UM CONDICIONADOR DE AR INDIVIDUAL OU DE JANELA
transmitido por radiação, e a trans-
ferência será feita por transpiração.
A velocidade com que é feita esta troca de calor
e o controle da temperatura do corpo são feitos
pelo que é conhecido como metabolismo.
11
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
NOTA: Se sabe que um litro d’água pesa um quilograma e pode ser observado por um fato muito
interessante: o ar de um cômodo de tamanho normal pode conter mais de quatro litros de água,
durante um dia quente e uma umidade relativa muito alta. O ar de um cômodo de tamanho
regular pesa uns 77 quilogramas (kg).
12
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
13
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 100 81 64 48 36 25 14 6
1 100 82 66 52 39 28 18 10
2 100 83 67 54 42 31 21 13 8
3 100 84 69 56 44 34 25 17 9 3
4 100 84 70 57 46 36 27 20 13 7
5 100 85 71 59 48 39 30 23 16 10 5
6 100 85 72 61 50 41 33 25 19 13 8
7 100 86 73 62 52 43 35 28 22 16 11
8 100 87 74 64 54 37 30 24 18 13
9 100 87 75 65 55 47 39 26 21 16
10 100 88 76 66 57 49 41 35 29 23 18
11 100 88 77 67 58 50 43 37 31 26 21
12 100 88 78 68 60 52 45 38 33 28 23
13 100 89 79 69 61 53 46 40 35 30 25
14 100 89 79 70 62 55 48 42 36 31 27
15 100 89 80 71 63 56 49 43 38 33 29
16 100 90 80 72 64 57 51 45 40 35 30
17 100 90 81 73 65 58 52 46 41 36 32
18 100 90 81 73 66 59 53 48 42 38 33
19 100 91 82 74 67 60 54 49 44 39 35
20 100 91 82 75 68 61 55 50 45 40 36
21 100 91 83 75 68 62 56 51 46 42 38
22 100 91 83 76 69 63 57 52 47 43 39
23 100 92 84 76 70 64 58 53 48 44 40
24 100 92 84 77 70 65 59 54 49 45 41
25 100 92 84 77 71 65 60 55 50 46 42
26 100 92 85 78 72 66 61 56 51 47 43
27 100 92 85 78 72 67 61 56 52 48 44
28 100 92 85 79 73 67 62 57 53 49 45
29 100 93 86 79 73 68 63 58 54 50 46
30 100 93 86 80 74 68 63 59 54 50 47
14
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
INSTRUMENTOS
A umidade relativa do ar pode ser checada por
meio de um instrumento chamado higrômetro e
seu aspecto é semelhante ao da figura. Este apa-
relho tem um ponteiro que se desloca sobre uma
escala. Esse movimento é ocasionado por fios
de cabelo que se dilatam com a umidade alta e
se contraem, quando a umidade é muito baixa.
Outro método para determinar, com maior exa-
tidão, a umidade relativa do ar é o emprego do
psicrômetro. Este aparelho consiste num ter- HIGRÔMETRO
mômetro de bulbo seco e outro de bulbo úmi-
do. Os dois termômetros são instalados no
mesmo suporte. ALTO BAIXO
O termômetro de bulbo seco, é carregado CABELO HUMANO
com álcool ou mercúrio. O termômetro de
bulbo úmido é semelhante, porém, com uma
pequena diferença: o bulbo está envolto em
um feltro molhado com água à mesma tem-
peratura ambiente.
Quando o conjunto é girado, a umidade do
feltro se evapora e isto esfria o bulbo, crian-
do uma diferença de temperaturas entre am-
bos termômetros. A velocidade da evapora-
ção depende da umidade relativa do ar, ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UM HIGRÔMETRO
no momento em que é feito o teste.
Quanto mais baixa é a umidade relati-
va, maior será a velocidade da evapo-
ração, e maior será a diferença de tem- FELTRO
peratura entre ambos termômetros. ÚMIDO
Ambas leituras são feitas no mesmo TERMÔMETRO DE BULBO ÚMIDO
instante e usando uma tabela especi-
al, é possível determinar a umidade re- TERMÔMETRO DE BULBO SECO
lativa do ar. Não é necessário dizer que
o feltro somente pode ser molhado com
água, qualquer outro líquido afetaria a PSICRÔMETRO
leitura do aparelho.
Na página anterior podemos ver uma tabela que tem o número 5 na parte superior. O valor
para calcular a umidade relativa, usando a leitu- encontrado é 49 ou seja que, a umidade relativa
ra feita com o instrumento. Quando não é possí- do ambiente é de 49%.
vel o uso da tabela, existem gráficos que têm a Outro psicrômetro muito utilizado em lares e
mesma finalidade. escritórios é o de parede. Seu funcionamento é
Nela pode ser vista, à esquerda, a coluna "Ter- semelhante ao anterior, porém, como ele é fixo,
mômetro Úmido" e na parte superior, a "Diferen- deve ser colocado num local onde o fluxo do ar
ça entre as leituras", de 0 até 10 graus. condicionado passe através dele.
O uso da tabela é o seguinte:
Considere que a temperatura do bulbo úmido é
de 10º C e do seco 15º C. A diferença entre as
duas leituras é 5º C. Na coluna esquerda e a
partir do valor 10, nos deslocamos até a coluna
15
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
GRÁFICOPSICROMÉTRICO
Conhecer e poder interpretar um gráfico
psicrométrico é de fundamental importância
para projetar um sistema de ar condicionado,
pois nele os fatores principais são as propri-
edades do ar durante o seu esfriamento ou
aquecimento.
Este gráfico serve para o estudo das pro-
priedades do ar e da água que há no ambien- TERMÔMETRO
te, assim como a quantidade de calor, peso DE BULBO
e umidade relativa. Para poder utilizar o grá- TERMÔMETRO ÚMIDO
fico, é necessário definir alguns parâmetros: DE BULBO
SECO
Temperatura do bulbo seco (BS): É a tem-
peratura que tiramos do ar ambiente com um FELTRO
termômetro simples. ÚMIDO
Temperatura do bulbo úmido (BU): É a tem-
peratura que tiramos do ar ambiente com um
termômetro comum que incorpora um feltro
empapado em água e instalado no bulbo. PSICRÔMETRO DE PAREDE EM GRAUS FARENHEIT
16
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
17
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
18
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
PSICROMETRIA
A psicrometria é uma ciência muito interes- CALOR TOTAL
UMIDADE ABSOLUTA:
g D’ÁGUA POR kg DE
sante, porém, o nosso interesse neste capítu-
lo, está na sua aplicação no condicionamento
do ar.
AR.
Agora passemos à análise dos processos
básicos do condicionamento e será explicado
como podem ser utilizados os diferentes gráfi-
cos psicrométricos para resolver problemas. CURVA
DE Vesp.
SATURAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DO AR
TEMPERATURA DO BULBO SECO EM ºc
O processo de aquecimento, esfriamento,
umedecimento ou a retirada de umidade, que ESQUEMA DE UM GRÁFICO PSICROMÉTRICO COM AS SETE
são parte das funções do condicionamento do PROPRIEDADES DA MISTURA DO AR COM O VAPOR D’ÁGUA. SE
ar, modificam suas características a partir do DUAS PROPRIEDADES SÃO CONHECIDAS E O PONTO DO ESTADO
estado no ponto inicial até atingir o segundo INICIAL FICA DETERMINADO, PODEM SER OBTIDAS AS OUTRAS
ponto do gráfico, que é a condição desejada. CINCO PROPIEDADES.
Há cinco procedimentos ou processos pos-
síveis:
1) De calor sensível constante, indicado por
temperatura do bulbo seco constante.
2) De calor latente constante, indicado por
umidade e ponto de orvalho constante.
3) De calor total constante, indicado por tem-
peratura do bulbo úmido constante.
4) De umidade absoluta constante, onde to-
dos os outros fatores são modificados.
5) Qualquer combinação dos pontos anterio-
res.
Cada um dos pontos anteriores serão vistos
com exemplos.
ANÁLISEPSICROMÉTRICA
INTERPRETAÇÃO DE UM GRÁFICO PSICROMÉTRICO
No gráfico psicrométrico são representadas
as sete propriedades de mistura do ar e do
vapor d’água.
Elas são:
Temperatura do bulbo seco (BS)
Temperatura do bulbo úmido (BU)
Umidade absoluta (UA)
Umidade relativa (UR)
Temperatura do ponto de orvalho (PR)
Calor total (CT)
Volume específico (Vesp)
19
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
20
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
REFRIGERAÇÃOCOMUMIDADE
Este processo é o inverso ao aquecimento
com umidade constate descrito anteriormen-
te. O processo é ilustrado pelo deslocamento
do ponto B a partir do ponto A, no gráfico que
aparece na figura superior desta página. So-
mente deve ser eliminado o calor sensível do
ar, enquanto não for atingido o ponto de orva-
lho.
21
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
REFRIGERAÇÃOCOMCALOR
CONSTANTE
A condição inicial está representada pelo
ponto A da figura. Nesse gráfico, pode ser
lido que a umidade absoluta inicial = 28,2
g/kg. Se segue a linha da temperatura do
bulbo úmido = 32,5º C até a escala de ca-
lor total inicial = 27 kcal/kg.
22
30 35 40 45
25
23
22
CT = CALOR TOTAL = KCAL/KG DE AR SECO
21
20
25
20
19
18
17
16
15
15
14
20
13
12
0,90 m
3
23
11
%
90
%
por K
80
10
%
10
g. de
15 70 % iva
at
ar
ido 60 rel 10
9
úm de Tem
o ida
seco
ulb % p. d
e
um
8
deb 50 bul
. de bo
mp % úm
40 ido
Temp. de bulbo úmido e temp. de saturação
Te
7
UA
6
0 %
-1 30
5
0,85
5
%
4
20
2
3
5
2
0 %
1
10
UA = UMIDADE ABSOLUTA = GR/KG DE AR SECO
0,80
-5
0
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
AR DE RETORNO
PULVERIZADOR OFICINA
SERPENTINA DE REFRIGERAÇÃO
24
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
DIVISOR
25
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Os dutos devem ser feitos com chapas que te- Os joelhos com ângulo muito pequeno deverão
nham uma espessura apropriada e de acordo com incorporar aletas orientadoras.
o seu tamanho. Os dutos de grandes dimensões
devem ter nervos ou reforços e assim garantir Quando forem feitas derivações, elas deverão
sua resistência. manter o fluxo principal do ar.
Os dutos grandes que ficam suspensos, devem Na figura aparecem dois métodos corretos de
ser reforçados com cantoneiras. derivação.
FO
RN AR SAÍDA
EC DE UNIDADE DE
IM CONDICIONAMENTO AR DE AR
EN MIS
FO TO DO AR TU
RA
RN AR DO
EC DE
IM
EN AQUECIMENTO
TO
RESFRIAMENTO SAÍDA DE AR
26
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
“MÉTODOS DE DERIVAÇÃO”
Diafragma divisor
27
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
28
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
29
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Mudanças de direção
apresentam maior
resistência
Controles de fluxo
Fricção e turbulência
aumentam a fricção
mesmo em trechos retos
Ventilador
Grades de proteção
aumentam a fricção
"DIFUSORES"
Estes são construídos em diferentes tamanhos e modelos, e são as grades encarregadas de distri-
buir e dirigir o ar, até o recinto a climatizar.
Gabinete interior
30
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Boa
Boa Deficiente
Deficiente Deficiente
DIREÇÃO DO AR
31
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Velocidade
A tabela mostra a velocidade do ar mais apropriada em locais fechados e inclui as reações das
pessoas atingidas pelo fluxo e velocidade do ar.
TABELA DE VELOCIDADE DO AR
NA ZONA OCUPADA DO CÔMODO
Velocidade Reação Aplicação
do ar (m/s)
32
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
33
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
ALCANCE
É a distância horizontal que percorre, uma cor-
rente de ar, desde sua saída. A distância é medi-
da da saída até o ponto que se quer atingir e
com uma velocidade máxima de 0,25 m/s e a
uma altura de 2,1 m sobre o nível do piso. O
alcance ou distância é proporcional à velocidade
do ar primário na saída, sendo que é
independente da diferença de temperaturas entre
o ar fornecido e o ar do cômodo.
INDUÇÃO
É o arrasto de ar do cômodo que deve ser cli-
matizado, ocasionado pelo ar condicionado a
partir de sua saída. O ar que atinge a boca de
saída é chamado de primário e o ar que entra no
cômodo e é misturado com o ar do ambiente é
conhecido como secundário. A corrente de ar que
se forma assim, ou seja, a mistura do ar primário
com o secundário, é chamada de ar total.
34
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
35
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
NO FORRO OBSTÁCULO
36
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Barulho Na lateral
Uma coisa muito importante e que afeta o re- Geralmente as saídas laterais são localizadas
sultado final de um bom projeto de instalação de na parte superior da parede, quando o forro esti-
ar condicionado é o nível de ruído nas saídas. A ver livre de obstáculos. Se existem obstáculos
tabela seguinte fornece as velocidades mais re- tais como vigas, madeiras, aparelhos de luz, etc.
comendadas e que garantem níveis de ruído acei- as saídas de ar devem ser colocadas de forma
táveis em diferentes tipos de aplicações. que o fluxo do ar de saída não seja afetado no
seu trajeto horizontal. Também podem ser utili-
zados defletores para orientar o ar na direção
correta. Lembre-se que a velocidade que atinge
esse ar deve ser controlada para que ele não
crie desconforto nas pessoas que habitam a área
condicionada. As saídas laterais que ficam perto
do chão são muito adequadas para o
aquecimento, mas não para o arrefecimento do
local.
37
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
P.T. M/C
C
P T
Linha
5 2
P1 L1
4
3 2 1
T
Capacitor
de Capacitor
Capacitor Arranque Permanente
Permanente
T
M/V C
P
Conexões do seletor
L1 – 3 = Ventilação Baixa
L1 – 2 = Ventilação Alta
L1 – 3 – P1 = Frio – Baixo
L1 – 2 – P1 = Frio – Alto
Cada vez que um compressor necessita, para arrancar, de um capacitor de partida, deve se usar um
Relé Voltimétrico, que tem por missão desconectar o capacitor de arranque uma vez que o motor
tenha entrado em funcionamento.
38
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
O Relé Voltimétrico tem seu funcionamento nor- auxilia a bobina de partida. Arranca então o moto-
mal fechado (contatos 1-2) e abre, quando sua ventilador com velocidade baixa.
bobina é energizada (contatos 5-2). O contato nº
4 é somente uma ponte de conexões. A segunda conexão do seletor será L 1-2, varia
somente a velocidade do ventilador (velocidade
O moto-ventilador, funciona com um capacitor alta)
do tipo permanente, isto significa que durante
todo o tempo de marcha, ambas as bobinas A terceira conexão será L 1-3 P 1: é energizado
estão energizadas. o ponto comum do compressor e também o con-
tato nº 5 do relé voltimétrico.
Da rede de alimentação elétrica chega à ponte
de conexões do seletor uma linha que energiza o Arranca desta forma o compressor e o equipa-
ponto comum das bobinas de trabalho e partida mento começa a funcionar em frio com velocida-
do moto-ventilador, também conecta o termosta- de baixa. Como permanece energizada a bobina
to e o contato nº 4 do relé voltimétrico, que ener- do relé, se abre o contato (1-2) normalmente fe-
giza de forma direta a bobina de trabalho do com- chado, desconectando o capacitor de arranque e
pressor. Do contato nº 4 do relé, também se ener- desta maneira o compressor permanece traba-
gizam os capacitores permanente e de arranque, lhando durante todo o tempo de marcha com
que têm por missão auxiliar a bobina de partida ambas bobinas energizadas; a de trabalho de for-
do compressor. ma direta e a de partida com o capacitor perma-
nente.
A primeira conexão do seletor será L 1-3, ener-
gizando toda a bobina de trabalho do moto-venti- A última conexão será L1- 2- P1: idêntica à an-
lador e também o capacitor permanente que terior, mas agora com velocidade alta.
39
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
M/V
P
C
M/C
T
V.S.
P
Capacitor C
Permanente
T
P.T.
Capacitor
2
Permanente
T.S. T
N.C.
1 3
Calor
Frío
2 4 5 3
Linha
Conexões do Seletor
L1 – 2 = Ventilação Alta
L1 – 4 = Ventilação Baixa
L1 – 2 – 5 = Frio – Alto
L1 – 4 – 5 = Frio – Baixo
L1 – 2 – 3 = Calor - Alto
L1 – 4 – 3 = Calor - Baixo
40
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Antes de mais nada devemos esclarecer que A terceira conexão será L1 –2–5, o termostato
este circuito trabalha com dois termostatos: conecta os contatos “1 – 2”, energizando a bobi-
na de trabalho do compressor e o capacitor per-
Um termostato frio / calor de três contatos manente que auxilia a bobina de partida e desta
onde: 2 é comum, 1 é frio e 3 é calor. O outro é forma arranca o compressor em frio com veloci-
um termostato de segurança cujo funcionamento dade alta.
é normalmente fechado e abre quando seu bulbo
sensor detecta o congelamento da serpentina A quarta posição do seletor será L1 – 4-5, idên-
externa, quando este atua como evaporador, fato tica à anterior mas agora em frio com velocidade
que ocorre no inverno. baixa.
Por outro lado a válvula reversora atua somen- A quinta posição do seletor será L1-2-3, o ter-
te quando sua bobina é energizada, desta forma mostato agora conectará os contatos “2-3”, li-
inverte o ciclo, e o equipamento começa a ope- gando novamente o compressor; mas ao mesmo
rar em calor. tempo o contato nº3 do termostato termina por
energizar o outro extremo da solenóide da válvu-
Agora passaremos a analisar as conexões do la, imediatamente então a válvula reversora in-
controle seletor: verte o ciclo, partindo o equipamento em calor
Da rede de alimentação elétrica chega à ponte com velocidade alta.
de conexões do seletor, uma linha que energiza
o ponto comum do compressor, passando pelo Finalmente a última conexão será L1- 4-3, na
termostato de segurança normalmente fechado qual varia somente a velocidade, quer dizer, ca-
e energizando um extremo do solenóide da vál- lor com velocidade baixa.
vula reversora e o comum do moto-ventilador.
Quando o equipamento opera em calor e a tem-
A primeira conexão do Seletor será L1 – 2, ener- peratura externa é próxima a 0ºC, é comum que
gizando a bobina de trabalho do ventilador e tam- se bloqueie a serpentina externa (evaporador) o
bém o capacitor permanente que auxilia a bobina que é percebido pelo bulbo do termostato de se-
de partida. Arranca assim o ventilador com gurança; este imediatamente abre seus conta-
velocidade alta. tos, desenergizando o moto-ventilador e a válvula
solenóide, invertendo assim o ciclo, e se realiza
A segunda conexão do seletor será L1 – 4, vari- o descongelamento automático. Uma vez ocorri-
ando somente a velocidade do ventilador (velo- do isto, o bulbo do termostato volta a fechar seus
cidade baixa). contatos energizando novamente o moto-ventila-
dor e a válvula solenóide, e o equipamento volta
a inverter o ciclo para funcionar em calor.
41
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
P.T.
T P
C D.F.
M/V
Resistencia
M/C P
C
Capacitor T
Permanente
3
2 Capacitor
1 Permanente
3 5 2 4
L1
Conexões do Seletor
L1 – 4 = Ventilação Baixa
L1 – 2 = Ventilação Alta
L1 – 4 – 5= Frio - Baixa
L1 – 2 – 5= Frio - Alto
L1 – 4 – 3= Calor - Baixo
L1 – 2 – 3= Calor - Alto
A figura mostra um equipamento de ar condicionado do tipo Frio – Calor com resistência (circuito
elétrico).
No painel de controle, encontraremos o seletor e o termostato Frio – Calor de três contatos: 2
comum – 1 frio e 3 calor.
42
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
43
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Nas figuras 1 e 2 podemos ver o ciclo que com- A válvula inverte instantaneamente o ciclo,
pleta o gás no inverno e verão. segundo o sentido de fluxo das pressões, pois
opera através da diferença entre alta e baixa
No primeiro caso a válvula conecta a serpenti- pressão do sistema.
na interna com o “tubo de alta” do compressor, Na figura 1 se indica a passagem de gás refri-
aquecendo a parte interna do recinto; e o "tubo gerante através do corpo principal da válvula e
de baixa" com a serpentina externa; é através permite observar o desviador.
desta, que o refrigerante absorve calor do ar ex-
terno, necessário para sua evaporação. No ciclo calor, a bobina solenóide ao energizar-
se aciona a haste da válvula piloto:
Neste caso a bobina solenóide está energiza-
da, ou seja, que existe tensão em seus contatos. O conduto esquerdo se fecha com uma válvula-
Se estando o equipamento em aquecimento in- agulha, ficando assim aberto o condutor direito;
terno, desconectamos intencionalmente algum a diferença de pressões criada entre as duas
dos fios que conectam a bobina solenóide, vere- câmaras “a” e “b” da válvula principal pela ação
mos que o sistema inverte a circulação e come- do piloto, faz que instantaneamente se deslizem
ça a esfriar o ambiente. Isto é o que representa os pistões movendo o desviador, mudando o sen-
a figura 2, que ilustra o circuito no ciclo verão. tido de circulação do refrigerante. Em seguida as
duas pequenas recâmaras igualam as pressões.
Esta mesma inversão é realizada pela chave Esta ação pode ser invertida novamente pela ação
seletora quando selecionamos para operar na da válvula piloto acionada pelo controle de
posição inverno ou verão. A inversão se produz temperatura.
devido a que a bobina solenóide funciona atrain-
do um núcleo que mantém a válvula reversora Os equipamentos com válvula reversora têm
em posição de trabalho, e atua vencendo a re- um termostato frio /calor de três contatos que
sistência de uma mola. controla automaticamente a refrigeração ou aque-
cimento segundo se queira.
44
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Solenoide
energizado
Tubo de baixa
pressão
"b"
Compressor
Tubo capilar
45
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Solenoide
desenergizado
Válvula reversora
"b"
"a"
Compressor
Tubo capilar
46
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
“Recirculação do Ar”
Até agora temos falado do ventilador centrífugo considerando-o como um recirculador do ar ambien-
tal. Ou seja, que o ar absorvido pelo mesmo, volta a ser insuflado novamente ao recinto através da
serpentina interna da unidade.
RECIRCULAÇÃO DO AR
“Extração do Ar”
A maioria dos equipamentos contam com um sistema mecânico que nos permite duas opções a
mais. Uma delas consiste em enviar parte do ar absorvido ao exterior , através de uma janela acionada
por meio de uma chave de comando. Desta forma se consegue extrair parte do ar viciado contido no
recinto.
FIGURA 2 - EXAUSTÃO DO AR
47
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
“Renovação de Ar”
Outra variante consiste em introduzir ar externo que se mistura com o interno através de uma aber-
tura que possui o equipamento, para este fim, e que também é comandada do painel de controle.
RENOVAÇÃO DO AR
O controle se realiza com uma tensão de 24 volts, o que se consegue por meio de um transformador.
O termostato é do tipo ambiental eletrônico, ou seja, sem bulbo.
48
ABREVIATURAS
IF - MOTOR DO VENTILADOR INT.
MOTOR DO IFR - RELE DO VENTILADOR INT.
COMPRESSOR
M- CONTACTOR
OL - SOBRECARGA
EMB PPAL
MARCHA EM
BA
LP - INTERRUPTOR DE BAIXA PRESSÃO
UX
SIMBOLOS
INTERRUPTOR DE DESCONEXÃO
VERMELHO
VENTILADOR
PRETO
CAPAC. DE FUSíVEL
PPAL
EXTERIOR DO
MARCHA TERMINAL IDENTIFICAVEL
EMB MOTOR
AUX OTRAS CONEXÕES
CAPACITOR
ENROLAMENTO DE MOTOR
49
PRETO
AZUL TRANSFORMADOR
VERMELHO
AMARELO
AMARELO
INTERRUPTOR
AMARELO
BOBINA
ABREVIATURAS
OF - MOTOR DO VENTILADOR EXT.
IF - MOTOR DO VENTILADOR INT.
M- CONTACTOR
IFR - RELE DO VENTILADOR INT.
SIMBOLOS
CAPAC. DE EM
MARCHA BA
EMB PPAL
UX INTERRUPTOR DE DESCONEXÃO
FUSÍVEL
CAPAC. DE MOTOR DO TERMINAL IDENTIFICAVEL
MARCHA COMPRESSOR
OTRAS CONEXÕES
CAPACITOR
ENROLAMENTO DE MOTOR
IFR
50
TRANSFORMADOR
INTERRUPTOR
24 V. BOBINA
LIGAÇÃO VENT.
CONTACTO - NORMALMENTE ABERTO
AUTOM.
TERMOSTATO CONTACTO - NORMALMENTE FECHADO
INTERIOR
ESFR.
CABLEADO
DO TECNICO (FORÇA)
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
DA FABRICA (FORÇA)
DO TECNICO (CONTROLES)
DA FABRICA (CONTROLES)