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SET 2005

Projeto ABNT NBR 14208

Sistemas enterrados para condução de


esgotos - Tubos e conexões cerâmicos
ABNT – Associação com junta elástica - Requisitos
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20031-901 –Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 2220-8249/2220-6436
Endereço eletrônico: www.abnt.org.br
2º Projeto de Revisão

Copyright © 2005
ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Folha provisória – não será incluída na publicação como norma
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Apresentação
I) Este Projeto de Revisão de Norma:
1) é previsto para substituir a NBR 14208:2002, quando for aprovado, sendo que,
nesse interim a referida continua em pleno vigor;
2) foi preparado pela CE 02:101.05 – Comissão de Estudo de Tubos Cerâmicos para
Canalização do ABNT/CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil;
3) recebe sugestões de forma e objeções de mérito, até a data estipulada no edital
correspondente;
4) não tem valor normativo.

II) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:


CERÂMICA MARISTELA Paula R. Marchi de Souza
SANEQUALI Edgard Olivetto Jr.
AESABESP Gilberto Alves Martins
SIOCERGS Antonio Cristovão Kipper
ACERTUBOS Estela Felipe
ORGANIZAÇÕES VIDEIRA José Orivaldo Videira Junior
CIENTEC José Vírgilio Gonçalves
CERÂMICA SANTA MARIA Luciano Cardoso Furtado
CERÂMICA PARAPUAN Ralph Luiz Perrupato
SET 2005 Projeto ABNT NBR 14208
Sistemas enterrados para condução de
esgotos - Tubos e conexões cerâmicos
com junta elástica - Requisitos
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
Origem: ABNT NBR 14208:2002
CEP 20031-901 – Rio de Janeiro – RJ ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil.
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 2240-8249 CE-02:101.05 - Comissão de Estudo de Tubos Cerâmicos para Canalização.
Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br ABNT NBR 14208 Ceramic pipes and fittings with elastic joint for burried sewerage systems
– Requirements.
Descriptors: Ceramic pipe and fittings. Elastic joint. Sewerage systems.
Esta Norma substitui a ABNT NBR 14208:2002.
Copyright © 2005, Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 14213:1998, ABNT NBR 14215:1998,
ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas ABNT NBR 14216:1998, ABNT NBR 14217:1998 e ABNT NBR 14218:1998.
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Válida a partir de
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Palavras-chave: Tubo e conexão cerâmicos. Esgoto sanitário. Junta elástica 43 páginas

Sumário
Prefácio
1. Objetivo
2. Referências normativas
3. Definições
4. Requisitos gerais
5. Requisitos específicos
6. Inspeção de recebimento
7. Aceitação e rejeição
8. Marcação
Anexos
A - Anel de vedação não toroidal para junta elástica tipo “E” de tubos e conexões cerâmicos.
B - Anel de vedação toroidal para junta elástica de tubos e conexões cerâmicos.
C - Método de ensaio de verificação da estanqueidade das juntas e da permeabilidade dos tubos e conexões.
D - Método de ensaio de verificação da resistência à compressão diametral em tubos cerâmicos com junta elástica.
E - Método de ensaio de verificação dimensional em tubos cerâmicos com junta elástica.
F - Método de ensaio de determinação da resistência quimica das resinas de regularização de bolsa e/ou de ponta de
tubo com juntas elásticas de tipos “E”, ”K” ou ”O”.
G - Método de ensaio de determinação da dureza de anel de vedação.
H - Método de ensaio de determinação da deformação permanente à compressão de anel de vedação.
J - Método de ensaio de determinação da variação da dureza com envelhecimento acelerado de anel de vedação.
K - Método de ensaio de determinação do alongamento permanente à tração de anel de vedação.
L - Controle de processo de fabricação.
M - Transporte, armazenagem e assentamento de tubos cerâmicos com junta elástica.
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública
entre os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma introduz conceitos modificadores com respeito à NBR 14208:2002 no que concerne à introdução de
conexões, acessórios, novos tipos de juntas elásticas e métodos de ensaios para uma melhor avaliação dos produtos.
Esta Norma contém os anexos A a K, de caráter normativo, e os anexos L e M de caráter informativo.
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1 Objetivo
Esta Norma fixa os requisitos para fabricação, aceitação e/ou recebimento de tubos e conexões cerâmicos de junta
elástica “A”, “E”, “K”, “O”, “P” e “PP”, de luvas de elastômero “PPE” ou de polipropileno “PPP”, de anéis de vedação e de
acessórios utilizados em canalizações de esgotos sanitários, despejos industriais e águas pluviais, que operam sob
ação da gravidade. No caso das juntas elásticas dos tipos “E”, “K “ e “O” a intercambiabilidade entre os componentes,
de juntas distintas, deve ser assegurada pelo diâmetro interno das bolsas. No caso das juntas elásticas dos tipos “A”,
“P” ou “PP” há necessidade de se empregar um adaptador cerâmico (luva) para a sua intercambiabilidade com os tubos
de outros tipos de juntas.
2 Referências normativas
As Normas relacionadas e seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no ato desta publicação. Como toda Norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5645:1989 Tubo cerâmico para canalizações - Especificação.
NBR 6549:1991 Tubo cerâmico para canalizações - Verificação da permeabilidade - Método de ensaio
NBR 6565:1982 Elastômero vulcanizado - Determinação do envelhecimento acelerado em estufa.
NBR 7318:1982 Elastômero vulcanizado para uso em veículos automotores - Determinação da dureza - Método de
ensaio.
NBR 7462:1992 Elastômero vulcanizado - Determinação da resistência à tração - Método de ensaio.
NBR 7529:1991 Tubo cerâmico para canalizações - Determinação da absorção de água - Método de ensaio.
NBR 7588:1985 Anéis de borracha para juntas de tubos de ferro fundido centrifugado - Ensaios - Método de ensaio.
NBR 7689:1991 Tubo e conexão cerâmicos para canalizações - Determinação da resistência química - Método de
ensaio.
NBR 11407:1990 Elastômero vulcanizado - Determinação das alterações das propriedades físicas por efeito de imersão
em líquidos - Método de ensaio.
NBR 14211:1998 Tubo cerâmico com junta elástica tipos “E”, “K” e “O” - Verificação dimensional.
NBR 14212:1998 Tubo cerâmico com junta elástica tipos “E”, “K” e “O” - Determinação da resistência química das
resinas de regularização da bolsa e da ponta.
ISO 812:1991 Rubber vulcanized - Determination of low - Temperature brittleness.
ISO 3384:1990 Rubber, vulcanized or thermoplastic - Determination of stress relaxation in compression at ambient and at
elevated temperatures.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 5645 e as seguintes:
3.1 anel de vedação: Componente fabricado de elastômero, com perfil e dimensões capazes de assegurar a
estanqueidade de uma junta elástica.
3.2 anel de vedação toroidal: Componente fabricado de elastômero, de seção toroidal, utilizado em juntas elásticas
de tipos “E”, “O”, “P” ou “PPP”.
3.3 bolsa regularizada: Bolsa com perfil adequado para assegurar a estanqueidade da junta nos tubos e conexões de
junta elástica de tipos “E”, “K” e “O”.
3.4 conexão: Componente destinado a interligar tubos, ou outros componentes, ou tamponamento de tubulações.
3.5 comprimento útil nominal (LN): Valor da distância, em milímetros, entre dois pontos extremos de urna geratriz
qualquer da superfície cilíndrica interna do segmento principal, a partir do qual se obtém a medida do comprimento útil.
3.6 diâmetro interno da bolsa regularizada (DIB): Valor da distância, expresso em milímetros, entre dois pontos
diametralmente opostos e situados na superfície interna de uma mesma seção reta da bolsa regularizada.
3.7 diâmetro nominal (DN): Número que classifica, em dimensão, os elementos de tubulações (tubos, conexões e
acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno da tubulação em milímetros. O diâmetro nominal
(DN) não deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculo.
3.8 diâmetro nominal principal: Diâmetro nominal do segmento principal de uma conexão.
3.9 diâmetro nominal secundário (DNS): Diâmetro nominal da derivação ou derivante(s), conforme o caso, igual ou
menor que o diâmetro nominal do segmento principal de uma conexão.
3.10 diâmetro nominal do anel de vedação: Diâmetro nominal equivalente ao diâmetro nominal do tubo ou da
conexão com o qual deve ser empregado o anel.
3.11 imperfeição: Falha, trinca, fissura, incrustações de pedras, escamações e ovalização.
3.12 junta elástica do tipo “A”: Junta de montagem constituída por uma ponta e uma bolsa, com um anel de vedação
acoplado, conforme indicado na figura 1.
3.13 junta elástica do tipo "E": Junta de montagem constituída por uma bolsa regularizada, uma ponta e um anel de
vedação, conforme indicado na figura 2.
3.14 junta elástica do tipo "K": Junta de montagem constituída por uma ponta e uma bolsa regularizadas, conforme
indicado na figura 3.
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3.15 junta elástica do tipo "O": Junta de montagem constituída por uma ponta e uma bolsa regularizadas e um anel
de vedação toroidal, conforme indicado na figura 4.
3.16 junta elástica do tipo "P": Junta de montagem constituída por uma ponta e uma bolsa sem regularização e um
anel de vedação toroidal, conforme indicado na figura 5.
3.17 juntas elásticas de tipos “PP”: Juntas de montagem constituídas pela montagem de duas pontas de tubos e/ou
de conexões, com uma luva de elastômero e duas cintas de amarração conforme indicado na figura 6, denominada pela
sigla “PPE”, ou montada com uma luva de polipropileno e dois anéis de vedação conforme indicado na figura 7,
denominada pela sigla “PPP”.
3.18 lote: Conjunto de tubos ou de conexões, de mesmo tipo e de mesmo(s) diâmetro(s) nominal(is) (DN e DNS
conforme o caso), fabricados sob mesmas condições, apresentado em uma única pilha de uma só vez.
3.19 ovalização: Diferença entre o maior e o menor dos valores do diâmetro externo de uma ponta, bem como entre
o maior e o menor dos valores do diâmetro interno de uma bolsa.
3.20 ponta: Extremidade cilíndrica de um tubo ou de uma conexão, que penetra na bolsa do elemento vizinho.
3.21 ponta regularizada: Ponta de um tubo ou de uma conexão com perfil regularizado e adequado para assegurar a
estanqueidade da junta.
3.22 profundidade de bolsa regularizada (PJ): Medida do comprimento de uma bolsa regularizada.
3.23 rebarba: Saliência eventualmente existente em um anel de vedação, em um acessório, ou em um tubo ou
conexão cerâmicos, devido à não eliminação do material escoado, entre as placas do molde correspondente ou dos
dispositivos de fabricação, conforme o caso.
3.24 tamanho do lote de inspeção: Quantidade de tubos ou de conexões cerâmicos, fabricados sob mesmas
condições, de um mesmo tipo de junta, mesmo(s) diâmetro(s) nominal(is) e de mesma matéria-prima, devidamente
identificados.
3.25 trinca: Fresta ou rachadura que pode ocorrer em um uma conexão ou tubo cerâmico.
4 Requisitos gerais
4.1 Controle do processo de fabricação
Recomenda-se que o fabricante mantenha atualizado um controle do processo de fabricação, conforme o anexo L, que
envolva os fornecedores de matérias-primas, acessórios e demais componentes, capaz de assegurar que os produtos
que fabrica estejam de acordo com esta Norma e satisfaçam as expectativas do comprador.
4.2 Constituição
Tubos e conexões cerâmicos devem ser constituídos por um material de estrutura argilosa e compacta, obtido pela
queima de compostos minerais.
Os anéis de vedação devem ser fabricados a partir de um elastômero, ocre ou preto, conforme o caso, que atenda aos
requisitos da tabela 23 e confeccionados de neoprene, ou borracha nitrílica, ou outro elastômero resistente aos agentes
agressivos contidos nos despejos dos esgotos.
As luvas para junta elástica do tipo PPE devem ser fabricadas a partir de um elastômero que atenda aos requisitos da
tabela 23 e confeccionados de neoprene, ou borracha nitrílica, ou outro elastômero resistente aos agentes agressivos
contidos nos despejos dos esgotos.
NOTA - Quando os esgotos a serem transportados não apresentarem alguma concentração de combustíveis, as luvas e os anéis de
vedação de elastômero podem ser produzidos a partir de EPDM que atenda aos requisitos da tabela 23.
As cintas de amarração para luvas de elastômero, assim como qualquer outro componente de junta elástica do tipo
PPE, devem ser de aço inoxidável, ou de teflon, ou de outro material resistente à corrosão e aos efeitos deletérios
dos esgotos.
As luvas para junta elástica do tipo PPP devem ser fabricadas de polipropileno.
4.3 Regularização de bolsas ou pontas
A regularização das dimensões internas de bolsas ou das dimensões externas de pontas de tubos ou de conexões
cerâmicos apropriados para juntas elásticas dos tipos “E”, “K” ou “O”, de acordo com o indicado nas figuras 2, 3 ou 4,
conforme o caso, deve ser feita pela aplicação de uma resina plástica resistente ao esgoto e às condições de
armazenamento (umidade, calor e raios UV) que atenda às condições estabelecidas em 4.8.2, 4.8.3 e 4.8.4, conforme o
caso.
4.4 Aspecto
Tubos e conexões cerâmicos com junta elástica devem apresentar-se isentos de estrias, fissuras, trincas e falhas. As
superfícies internas de bolsas regularizadas devem apresentar-se lisas e uniformes. Outras imperfeições que não
prejudiquem o desempenho do tubo e da conexão não devem ser consideradas, desde que em comum acordo entre
fabricante e comprador.
A superfície externa da ponta do tubo deve apresentar-se sem arestas cortantes
NOTA: Eventuais reparos em tubos ou conexões podem ser aceitos, desde que em comum acordo entre fabricante e comprador.
4.5 Percussão
Quando submetidos ao exame de verificação da percussão, com martelo de madeira, os tubos e conexões cerâmicos
íntegros devem produzir um som característico da perfeita homogeneidade do material.
4.6 Junta elástica
Os tubos e conexões cerâmicos podem ser fabricados com perfis adequados para aplicação em redes coletoras, com
juntas elásticas dos tipos: ”A”, “E”, ”K”, ”O”, ”P” e ”PPE” ou “PPP”; sendo que, independentemente do tipo de junta
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empregado, eles devem atender aos requisitos da seção 5 e apresentar estanqueidade interna apropriada às condições
de uso e estanqueidade externa relativa aos efeitos dos lençóis freáticos dos solos onde serão instalados.
Os anéis de vedação fazem parte integrante da junta e devem ser fornecidos juntamente com os tubos e/ou conexões
correspondentes em número idêntico ao dos tubos ou de acordo com a quantidade de extremidades das conexões,
quando for o caso.
As luvas de elastômero ou de polipropileno para junta elástica de tipos “PPE” ou “PPP”, respectivamente, fazem parte
integrante da junta e devem ser fornecidos juntamente com os tubos e/ou conexões correspondentes em número
idêntico ao dos tubos ou extremidades em ponta das conexões, quando for o caso.
Para os casos de junta elástica tipo “PPP”, as luvas de polipropileno devem ser fornecidas juntamente com os anéis
de vedação correspondentes.
4.7 Dimensões gerais de tubos e conexões cerâmicos
4.7.1 Comprimento útil mínimo de tubos cerâmicos
O comprimento útil mínimo de tubos cerâmicos deve satisfazer aos valores indicados na tabela 1.
Tabela 1 - Comprimentos úteis mínimos de tubos cerâmicos.
Dimensões em milímetros
Diâmetro Comprimento útil mínimo
nominal
(LN)
DN
100 -
-
150 600
800 1 000 1 250 1 500
200 a 300 1 750
2 000
350 a 600 -
NOTAS
1 Tubos de DN 100 podem ser fabricados com os comprimentos úteis nominais (LN) de 600 a 1 500.
2 Tubos de DN 150 podem ser fabricados com os comprimentos úteis nominais (LN) de 600 a 1 750.
3 Tubos de DN 200 a DN 300 podem ser fabricados com os comprimentos úteis nominais (LN) de 600 a 2 000.
4 Tubos de DN 350 a DN 600 podem ser fabricados com os comprimentos úteis nominais (LN) de 800 a 2 000.
4.7.2 Tolerâncias permitidas de desvio vertical e flecha de tubos cerâmicos
Tubos cerâmicos fabricados de acordo com esta Norma podem apresentar no máximo os desvios verticais (DV) e
flechas (F) indicados na tabela 2.
Tabela 2 - Desvio vertical e flecha
Dimensões em milímetros

Diâmetro Comprimento útil mínimo (LN) Comprimento útil mínimo (LN)


nominal 600 800 1 000 1 250 1 500 1 750 2 000 600 800 1 000 1 250 1 500 1 750 2 000
DN
Desvio vertical (DV) máximo Flecha (F) máxima
_ _
100 32 42 50 63 76 _ _
150 21 29 36 44 53 55
200 17 23 27 34 40 43 46 5
250 13 19 23 27 34 37 40
300 11 15 19 23 27 30 36
350 17 21 25 28 34 7 8 10 11 12 15
13
375 15 19 23 26 32
400 _ 21 25 32 _
450 11 13 17 23 29
19
500 22 28
600 8 11 13 15 18 21

4.8 Dimensões específicas de tubos e conexões cerâmicos para junta elástica

4.8.1 Dimensões específicas de tubos e conexões cerâmicos para junta elástica do tipo “A”
As dimensões específicas de pontas e bolsas de tubos e conexões cerâmicos para junta elástica do tipo “A” devem
satisfazer os valores indicados na figura 1 e determinados na tabela 3.
Todo anel acoplado para junta elástica do tipo “A” faz parte integrante da bolsa do tubo ou conexão fabricado para
aplicação com este tipo de junta; para tanto ele deve manter-se integrado à bolsa durante toda a sua vida útil.
NOTA - A superfície externa da ponta do tubo deve apresentar-se sem arestas cortantes
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Anel acoplado

e
e'

1/3 Bolsa

Ø DIB'

Ø DIB
Ø DE'
Ø DI
Ph'

Figura 1 - Junta elástica tipo “A”


Tabela 3 - Dimensões de pontas e bolsas de tubos e conexões para junta elástica de tipo ”A”
Dimensões em milímetros
Ponta Bolsa
Diâmetro
nominal DI DE DE e’ DIB DIB DIB’ DIB’ Ph’ E
DN (mínimo) (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo) (mínimo) (mínimo)
100 94 127 130 12 136 139 140 145 50 12
150 138 179 182 15 191 194 197 202 58 15
200 180 230 234 17 243 247 251 256 68 17
250 236 293 299 21 313 318 323 329 68 21
300 282 342 348 22 364 369 374 380 68 22
4.8.2 Dimensões de bolsas regularizadas
Bolsas regularizadas de tubos e de conexões para juntas elásticas de tipos “E”, “K” e “O” conforme figuras 2 a 4,
respectivamente, devem apresentar dimensões cujos valores estão indicados na tabela 4.
e
e

Ø DIB
Ø DI

PJ

Ph

Figura 2 - Junta elástica tipo “E”


e
e

Ø DIB
Ø DI

PJ

Ph

Figura 3 - Junta elástica tipo “K”


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e
e

Ø DIB
Ø DI

Ø DI
PJ

Ph

Figura 4 - Junta elástica tipo “O”


Tabela 4 - Dimensões de bolsas regularizadas de tubos e conexões para juntas elásticas de tipos “E”, “K” e “O”
Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal DIB e PJ Ph
DN (máximo) (mínimo) (mínimo) (mínimo) (mínimo)
100 145 144 12 40 50
150 205 204 15 40 58
200 263 261 17 50 68
250 325 323 21 55 68
300 379 377 22
350 447 445 23 60 68
375 463 461 25
400 495 492 27
450 549 546 28
65 73
500 604 601 30
600 716 713 34
4.8.3 Dimensões de pontas de tubos e de conexões para juntas elásticas de tipos "E", "K" e "O"
As pontas, regularizadas ou não, de tubos e conexões para juntas elásticas de tipos “E”, “K” ou “O” devem apresentar
dimensões cujos valores estão indicados na tabela 5.
Tabela 5 - Dimensões de pontas de tubos e conexões para juntas elásticas de tipos "E", "K" e "O"
Dimensões em milímetros
Diâmetro interno Espessura
Diâmetro nominal DI e
DN (mínimo) (mínima)
100 94 12
150 140 15
200 188 17
250 236 21
300 282 22
350 342 23
375 354 25
400 378 27
450 424 28
500 470 30
600 565 34
4.8.4 Dimensões de pontas regularizadas de tubos e conexões para juntas elásticas de tipos "K" e "O"
Pontas regularizadas de tubos e conexões com juntas elásticas de tipos “K” e “O” devem apresentar dimensões
indicadas em 4.6 que propiciem a estanqueidade das juntas quando ensaiadas conforme 5.1 e 5.2.
4.8.5 Dimensões de pontas e bolsas de tubos e conexões para junta elástica tipo "P"
Pontas e bolsas de tubos e conexões para junta elástica do tipo “P" devem apresentar dimensões cujos valores estão
indicados na figura 5 e determinados na tabela 6.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 7

e'
e

Ø DIB'
Ø DE
Ø DI
Ph

Figura 5 - Junta elástica do tipo “P”


Tabela 6 - Dimensões de pontas e bolsas de tubos e conexões para junta elástica de tipo “P”
Dimensões em milímetros
Dimensões das pontas Dimensões das bolsas
Diâmetro Diâmetro interno Diâmetro externo
nominal Ovalização Espessura Diâmetro Ovalização Espessura Profundidade
DI DE e interno DI e Ph
DN
mínimo mínimo máximo máxima mínima mínimo máximo máxima mínima mínima
100 94 127 130 3 12 136 139 12 50
3
150 138 179 182 15 191 194 15 58
4
200 180 230 234 17 243 247 4 17
250 236 293 299 21 313 318 21 68
5 5
300 282 342 348 22 364 369 22
NOTAS
1 Medir os diâmetros interno e externo a 2 cm da extremidade da bolsa ou da ponta, conforme o caso.
2 O diâmetro interno do fundo da bolsa deve ser 3 mm maior que o diâmetro externo máximo.
4.8.6 Dimensões de pontas de tubos e conexões para junta elástica de tipo “PP” (PPE e PPP)
As pontas de tubos e conexões cerâmicos para junta elástica do tipo PPE, para utilização com luvas de elastômero
(borracha) ou do tipo PPP, para utilização com luvas de polipropileno, devem apresentar dimensões cujos valores estão
indicados nas figuras 6 ou 7, respectivamente, e determinados na tabela 7.
Tabela 7 - Dimensões de pontas de tubos e conexões para junta elástica de tipo PPE e PPP
Dimensões em milímetros
Diâmetro interno Diâmetro externo
Diâmetro nominal DI DE
DN mínimo mínimo máximo
100 94 127 132
150 138 179 184
200 180 230 236
250 236 293 301
300 282 342 350

Cinta de Luva de borracha


amarração
e

Ø DE
Ø DI

Tubo cerâmico Tubo cerâmico


L
e'

Comprimento da luva

Figura 6 - Junta elástica tipo PPE com luva de borracha (elastômero)


Projeto ABNT NBR 14208:2005 8

L
Comprimento da luva

e'
e

Ø DE Tubo
Ø DI

Ø DI Luva
Tubo cerâmico
Tubo cerâmico
Luva polipropileno Anel de vedação

Figura 7 - Junta elástica tipo PPP com luva de polipropileno

4.9 Dimensões específicas de luvas para juntas elásticas de tipos PPE ou PPP
As dimensões específicas de luvas para juntas elásticas de tipo PPE de elastômero ou PPP de polipropileno devem
satisfazer aos valores indicados na figuras 6 ou 7, respectivamente, e determinados na tabela 8.
Tabela 8 - Dimensões de luvas de elastômero PPE e de polipropileno PPP
Dimensões em milímetros
Luva de elastômero Luva de polipropileno PPP
Diâmetro PPE
nominal Diâmetro interno
DN L e’ L H e’ DI
(mínimo) (mínima) (mínimo) (máximo) (mínima)
(mínimo) (máximo)
100 75 6 100 12 4 138 141
150 75 6 120 15 4 193 196
200 90 6 150 17 6 245 248
250 100 8 170 21 8 315 318
300 120 8 200 22 8 366 369

4.10 Dimensões de conexões cerâmicas para junta elástica


As dimensões gerais de pontas e bolsas de conexões para juntas elásticas devem satisfazer os valores indicados
nas tabelas 3, 4, 5, 6 ou 7 , de acordo com o correspondente tipo de junta, e os valores indicados em 4.10.1 a
4.10.9, conforme o caso.
4.10.1 Dimensões específicas de curvas cerâmicas com ponta e bolsa (PB)
As dimensões específicas de curvas cerâmicas com ponta e bolsa (PB), de 45° e de 90°, devem satisfazer os
valores indicados em figura 8 e determinados na tabela 9.

Figura 8 - Curvas cerâmicas de 45º e de 90º com ponta e bolsa (PB)


Projeto ABNT NBR 14208:2005 9

Tabela 9 - Dimensões especificas de curvas cerâmicas com ponta e bolsa (PB)


Dimensões em milímetros
Diâmetro Curvas de 45° Curvas de 90°
nominal
DN a (máximo) b (máximo) c (mínimo) a (máximo) b (máximo) c (mínimo)
100 545 560 58 325 390 58
150 625 635 58 430 455 58
200 690 700 68 510 590 68
250 750 750 68 590 620 68
300 870 870 68 660 690 68
NOTA - Curvas com pontas devem apresentar as dimensões indicadas nesta tabela.
4.10.2 Dimensões específicas de tês cerâmicos com ponta e bolsas (PBB)
As dimensões específicas de tês cerâmicos com ponta e bolsas (PBB) devem satisfazer os valores indicados na
figura 9 e determinados na tabela 10.

Figura 9 - Tê cerâmico com ponta e bolsas (PBB)


Tabela 10 - Dimensões específicas de tês cerâmicos com ponta e bolsas (PBB)
Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal Comprimento (L) L1 L’
secundário
DNS (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo) (máximo)
100 400 440 100 120 100
150 400 440 100 120 125
200 500 550 125 165 150
250 600 660 150 200 175
300 800 880 200 260 200
350 800 880 200 260 225
375 800 880 200 260 250
400 800 880 200 260 275
450 800 880 200 260 300
500 1 000 1 100 250 320 325
600 1 000 1 100 250 320 350

4.10.3 Dimensões específicas de tês cerâmicos com pontas e bolsa (PPB)


As dimensões específicas de tês cerâmicos com pontas e bolsa (PPB) devem satisfazer os valores indicados na
figura 10 e determinados na tabela 11.

Figura 10 - Tê cerâmico com pontas e bolsa (PPB)


Projeto ABNT NBR 14208:2005 10

Tabela 11 - Dimensões específicas de tês cerâmicos com pontas e bolsa (PPB)


Dimensões em milímetros

Diâmetro nominal Comprimento L1 L’


secundário L
DNS (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo)
150 790 830 100 140 110 150
200 790 830 120 160 130 170
250 790 830 120 160 130 170
300 790 830 130 180 140 190
375 800 860 130 190 140 200
450 800 860 170 230 180 240
NOTA - Tês com pontas devem apresentar a dimensão “L” indicada nesta tabela, de uma ponta à outra.

4.10.4 Dimensões específicas de tês (luvas) cerâmicos com ponta, bolsa e ponta (PBP)
As dimensões específicas de tês cerâmicos com ponta, bolsa e ponta (PBP) devem satisfazer os valores indicados
na figura 11 e determinados na tabela 12.

Figura 11 - Tê cerâmico com ponta, bolsa e ponta (PBP)


Tabela 12 - Dimensões específicas de tês (luvas) cerâmicos com ponta, bolsa e ponta (PBP)
Dimensões em milímetros

Diâmetro nominal Comprimento (L)


L’
secundário Alternativa 1 Alternativa 2
DNS (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo) (mínimo) (máximo)
100 400 440 600 660 110 150
150 400 440 600 660 130 170
200 500 550 800 880 130 170
250 600 660 1 000 1 100 140 190
300 800 880 1 000 1 100 140 200
NOTAS
1 Tês com ponta, bolsa e ponta (PBP) devem apresentar uma dos comprimentos “L” indicados nesta tabela.
2 Os tês podem ser adquiridos de acordo com uma das alternativas indicadas nesta tabela.

4.10.5 Dimensões específicas de junções cerâmicas com ponta e bolsas (PBB)


As dimensões das junções cerâmicas com ponta e bolsas (PBB) devem satisfazer os valores indicados na figura 12
e determinados na tabela 13.

Figura 12 - Junção cerâmica com ponta e bolsas (PBB)


Projeto ABNT NBR 14208:2005 11

Tabela 13 - Dimensões específicas de junções cerâmicas com ponta e bolsas (PBB)


Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal Comprimento (L) L' L1
secundário
(DNS) (mínimo) (máximo) (máximo) (mínimo)
100 400 440 350 150
150 500 550 400 170
200 600 660 450 200
250 800 880 500 220
300 800 880 550 240
350 800 880 600 250
375 1 000 1 100 650 270
400 1 000 1 100 700 290
450 1 000 1 100 750 310
500 1 200 1 320 800 320
600 1 200 1 320 850 360
NOTA - O comprimento útil principal (L) é obtido em função do diâmetro nominal secundário (DNS).

4.10.6 Dimensões específicas de junções cerâmicas com pontas e bolsa (PPB)


As dimensões das junções cerâmicas com pontas e bolsa (PPB) devem satisfazer os valores indicados na figura 13
e determinados na tabela 14.

Figura 13 - Junções cerâmicos com pontas e bolsa (PPB)


Tabela 14 - Dimensões específicas de junções cerâmicas com pontas e bolsa (PPB)
Dimensões em milímetros

Diâmetro nominal Comprimento


secundário L L' L1
DNS (mínimo) (máximo) (máximo) (mínimo)
100 400 440 410 150
150 500 550 460 170
200 600 660 520 200
250 800 880 570 220
300 800 880 620 240
350 800 880 670 250
375 1 000 1 100 720 270
400 1 000 1 100 770 290
450 1 000 1 100 820 310
500 1 200 1 320 870 320
600 1 200 1 320 920 360
NOTA - Junções com pontas devem apresentar a dimensão “L” indicada nesta tabela, de uma ponta à outra.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 12

4.10.7 Dimensões específicas de plugues cerâmicos


As dimensões específicas dos plugues cerâmicos devem satisfazer os valores indicados na figura 14 e determinados
na tabela 15.

Figura 14 - Plugues cerâmicos


Tabela 15 - Dimensões especificas de plugues cerâmicos
Dimensões em milímetros
Diâmetro Diâmetro externo Espessura Altura
nominal (DE) (e) L
DN (mínimo) (máximo) (mínima) (mínimo) (máximo)
100 125 135 15
150 170 180 15 20 40
200 230 240 17

4.10.8 Dimensões específicas de reduções cerâmicas com bolsa e ponta (BP)


As dimensões específicas das reduções cerâmicas com bolsa e ponta devem satisfazer os valores indicados na
figura 15 e determinados na tabela 16.

Figura 15 - Reduções cerâmicas com bolsa e ponta (BP)


Tabela 16 - Dimensão específica de reduções cerâmicas com bolsa e ponta (BP)
Dimensões em milímetros
Comprimento
Diâmetro nominal L
DN
(mínimo) (máximo)
150 x 100
300 330
200 x 150
NOTA - Reduções com pontas devem apresentar a dimensão “L”,
indicada nesta tabela, de uma ponta à outra.

4.10.9 Dimensões específicas de selins cerâmicos de 90° e de 45°


As dimensões específicas de selins cerâmicos de 90° e 45° devem satisfazer os valores Indicados nas figuras 16 e 17,
respectivamente, e determinados na tabela 17.

Figura 16 - Selins cerâmicos de 90º Figura 17 - Selins cerâmicos de 45º


Projeto ABNT NBR 14208:2005 13

Tabela 17 - Dimensões específicas dos selins cerâmicos de 45º e 90º


Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal A B e R L1 L2 L’ h
secundário (mín.) (mín.) (mín.) (mín.) (mín.) (mín.) (máx.)
DNS (mín.) (máx.)

100 200 210 12 90 140 200 120 15 25


150 260 290 15 150 160 220 125 15 25
NOTA - A dimensão “B” da aba do selim serve para qualquer diâmetro principal.
4.10.10 Dimensões específicas de conexões cerâmicas especiais
Eventuais conexões cerâmicas não especificadas nesta Norma são consideradas “conexões cerâmicas especiais”;
assim, suas especificações, desenhos e dimensões devem ser objeto de comum acordo entre fabricante e
comprador.
4.11 Dimensões específicas dos anéis de vedação para juntas elásticas
As dimensões específicas dos anéis de vedação para juntas elásticas devem satisfazer os valores indicados em
4.11.1 a 4.11.5.
4.11.1 Anel de vedação para junta elástica tipo "A"
Os anéis de vedação para junta elástica do tipo "A" devem atender às dimensões estabelecidas nos desenhos de
fabricação.
4.11.2 Anel de vedação de seção toroidal para junta elástica do tipo "E"
Os anéis de vedação para junta elástica do tipo "E" devem atender às dimensões estabelecidas na tabela 18, quando
fabricados com seção toroidal, ou às dimensões indicadas nos desenhos de fabricação, quando fabricados com seção
não toroidal, e atender aos requisitos do anexo A.
Tabela 18 - Dimensões de anéis de vedação de seção toroidal para junta elástica tipo “E”
Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal Diâmetro externo Diâmetro interno Espessura Tolerância
DN (máximo) (mínimo) e t
100 133 119 6
150 189 170 8
200 243 219 10
250 299 273 ± 0,4
300 348 322
11
350 400 373
375 414 387
400 442 413
450 490 460 12
500 537 507
600 639 601 15
4.11.3 Anel de vedação para junta elástica tipo "O"
Os anéis de vedação para junta elástica do tipo "O" devem atender às dimensões estabelecidas nas tabelas B.1 e os
requisitos do anexo B.
4.11.4 Anel de vedação para junta elástica tipo “P”
Anéis de vedação para junta elástica do tipo "P" devem atender às dimensões estabelecidas nas tabelas 19 e B.1 e os
requisitos do anexo B.
4.11.5 Anel de vedação para junta elástica tipo “PPP”
Anéis de vedação toroidais para junta elástica do tipo “PPP” devem atender às dimensões estabelecidas nas tabelas 19
e B.1 e os requisitos do anexo B.
Tabela 19 - Dimensões de anéis de vedação para junta elástica tipo “P” e “PPP”
Dimensões em milímetros
Diâmetro nominal Diâmetro externo Diâmetro interno Espessura Tolerância
DN (máximo) (mínimo) e t
100 125,2 109 7 + 0,4
150 179,4 159 9 -0

200 222,0 199 10 + 0,5


-0
250 283,4 247 15 + 1,2
300 351,5 311,5 16 -0

4.12 Caracterização
Projeto ABNT NBR 14208:2005 14

4.12.1 Para efeito de caracterização, os tubos cerâmicos com juntas elásticas são designados no mínimo por
a) diâmetro nominal (DN);
b) comprimento útil nominal (LN);
c) tipo de junta elástica; e
d) número desta Norma.
4.12.2 Para efeito de caracterização, as conexões cerâmicas com juntas elásticas são designadas no mínimo por:
a) nome e tipo da conexão;
b) diâmetro nominal principal (DN);
c) diâmetro nominal secundário (DNS), quando for o caso;
d) ângulo da conexão, quando for o caso;
e) tipo da junta elástica; e
f) numero desta Norma.
4.12.3 Para efeito de caracterização, luvas e anéis de vedação e outros acessórios são designados no mínimo por:
a) diâmetro nominal (DN) do tubo ou da conexão a que se destina;
b) nome ou tipo de junta;
c) tipo de elastômero ou composto de PP; e
d) número desta Norma.
4.13 Unidade de compra
4.13.1 A unidade de compra de tubos é o metro.
4.13.2 A unidade de compra de conexões, luvas, anéis de vedação e acessórios é a peça.
4.14 Estocagem
A estocagem de tubos e conexões cerâmicos em fábrica fica a critério do fabricante, observando-se as condições ideais
de preservação e facilidade de inspeção. A estocagem de tubos e conexões em outros locais deve ser feita de acordo
com as recomendações do fabricante e orientações do anexo M.
A estocagem de luvas, anéis de vedação e seus acessórios em fábrica fica a critério do fabricante, observando-se as
condições ideais de preservação e facilidade de inspeção. A estocagem desses componentes em almoxarifados ou
canteiros de obras deve ser feita de acordo com as recomendações do fabricante e orientações do anexo M.
4.15 Transporte
O transporte de tubos e conexões cerâmicos com junta elástica, luvas, anéis de vedação e demais acessórios deve ser
feito de acordo com as orientações previstas no anexo M e demais recomendações do fabricante, conforme o caso.
Para se evitarem danos aos tubos, conexões ou às suas juntas, recomenda-se que eles sejam mantidos paletizados até
o momento de sua instalação em obra. As luvas, anéis de vedação e demais acessórios devem ser mantidos em suas
embalagens e ao abrigo dos raios solares.
5 Requisitos específicos
5.1 Estanqueidade da junta elástica
Um conjunto de dois tubos cerâmicos com junta elástica de qualquer um dos tipos estabelecidos nesta Norma, com a
deflexão máxima indicada na tabela 20, quando submetido a uma pressão hidrostática interna de 50 kPa, durante o
tempo especificado na tabela 21, não deve apresentar vazamentos. Eventuais gotas aderentes não são consideradas
como vazamento.
Para a verificação da estanqueidade de conexões, monta-se um conjunto de uma conexão com um tubo ou de uma
conexão com dois tubos, ou mais, conforme o tipo de conexão a ser ensaiada, cuja montagem deve ser feita sem
considerar eventuais deflexões.
Tabela 20 - Deflexões admissíveis para tubos cerâmicos de junta elástica
Diâmetro nominal Deflexão
DN máxima
100 a 200 3º
250 a 450 1º 45’
500 a 600 1º 15’
Tabela 21 - Duração do ensaio de permeabilidade de tubos e conexões e de estanqueidade da junta elástica
Espessura do tubo Duração do
ou da conexão ensaio
mm min
e ≤ 25 7
25 < e ≤ 38 9
38 < e ≤ 51 12
e > 51 15
Projeto ABNT NBR 14208:2005 15

5.2 Resistência à pressão hidrostática interna da junta elástica


A junta elástica de qualquer um dos tipos estabelecidos nesta Norma, quando submetida à pressão hidrostática interna
de 200 kPa, durante um período de 6 s, não deve sofrer expulsão do anel, bem como apresentar descolamento da
resina para o caso de bolsas e pontas regularizadas, quando submetida ao ensaio de verificações da estanqueidade
das juntas e da permeabilidade de tubos e/ou de conexão realizado de acordo com o anexo C.
5.3 Resistência à compressão diametral
Tubos cerâmicos devem apresentar uma resistência à compressão diametral, expressa em newtons por metro, igual ou
superior aos valores indicados na tabela 22.
Os tubos cerâmicos devem ser submetidos ao ensaio de verificação da resistência à compressão diametral de acordo
com o anexo D.
Tabela 22 - Carga mínima de resistência à compressão diametral
Carga mínima
Diâmetro nominal de ruptura
DN N.m
100 a 200 20 000
250 e 300 22 000
350 30 000
375 a 450 34 000
500 e 600 40 000
5.4 Absorção de água
A absorção de água admissível para tubos e conexões expressa em porcentagem da massa relativa ao estado seco,
deve ser menor ou igual a 10%, cuja verificação deve ser efetuada de acordo com a NBR 7529.
5.5 Resistência química do tubo e conexão
A verificação da resistência química de tubos ou de conexões cerâmicos não é obrigatória, sendo realizada quando
solicitada previamente pelo comprador, em comum acordo com o fabricante. Quando prevista na aquisição do produto,
o comprador deve indicar com qual das soluções ácidas normais, citadas no método, deve ser realizado o ensaio.
Tubos e conexões cerâmicos com junta elástica devem resistir à ação química dos solos de qualquer natureza, assim
como das águas puras, pluviais, servidas e residuárias, com exceção daquelas que contenham ácido fluorídrico.
A perda de massa admissível, para tubos e conexões sob a ação dos ácidos, expressa em porcentagem de massa, não
deve ser superior a 1% da massa inicial do corpo-de-prova, conforme NBR 7689.
5.6 Resistência química da resina plástica
A verificação da resistência química da resina plástica, empregada em tubos ou conexões cerâmicos, não é obrigatória,
sendo realizada quando solicitada previamente pelo comprador, em comum acordo com o fabricante.
A resina plástica utilizada para regularização das dimensões das pontas e das bolsas, quando submetida ao ensaio de
resistência química, conforme método de ensaio da verificação da resistência química das resinas de regularização da
bolsa e ponta, deve apresentar-se sem perda de massa.
5.7 Exames e ensaios durante a fabricação de anéis de vedação, luvas e demais acessórios.
O fabricante de anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno ou de acessórios deve realizar exames
visual e dimensional em todos os lotes que fabrica, assim como realizar os ensaios estabelecidos em 5.7.3 durante a
fabricação de anéis de vedação ou de luvas de elastômero.
5.7.1 Exame visual
O fabricante de anéis de vedação, luvas e demais acessórios deve efetuar um exame visual em todos os materiais,
para a verificação da perfeita homogeneidade deles e a ausência de defeitos de fabricação, tais como: sulcos não
previstos nos desenhos de fabricação, rebarbas não removidas, bolhas, escamações, furos, falhas ou diferenças de
nuanças de cor ou forma, e observar se apresentam a marcação estabelecida na seção 8.
NOTA - Para acessórios como cintas, parafusos e anéis acoplados, somente o nome ou marca de identificação do seu fabricante é obrigatório.
Após a realização do exame visual, o fabricante deve emitir um relatório dos lotes aprovados, o qual deve ser
encaminhado ao fabricante de tubos e/ou conexões cerâmicos, juntamente com o lote de produtos a ser fornecido.
5.7.2 Exame dimensional
Para os casos de anéis de vedação e luvas de elastômero ou de polipropileno e seus acessórios, após a aprovação no
exame visual, o fabricante deve realizar um exame dimensional, de acordo com os valores indicados na tabelas 8, 18
ou B.1, conforme o caso, em todos os lotes que produz, e emitir um relatório dos lotes aprovados, o qual deve ser
encaminhado ao fabricante de tubos e/ou de conexões cerâmicas, juntamente com o lote de produtos a ser fornecido.
5.7.3 Inspeção por ensaios
Para o caso dos anéis de vedação, após a aprovação no exame dimensional, o fabricante deve realizar os ensaios
previstos na tabela 23, em todos os lotes que produz, de acordo com o plano de amostragem da tabela 26, e emitir um
relatório dos lotes aprovados, o qual deve ser encaminhado ao fabricante de tubos e/ou conexões cerâmicos,
juntamente com os demais relatórios e com o lote de anéis de vedação a ser entregue.
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Tabela 23 - Requisitos específicos de anéis de vedação e das luvas de elastômero


Requisitos específicos Unidade Método de ensaio Requisitos Tipo
Classificação Classe 45
)
Dureza nominal Shore A Anexo G 45 Anéis*
Intervalo de dureza 40 a 50

Classificação Classe 50
Dureza nominal Shore A Anexo G 50 “O”
Intervalo de dureza 45 a 55
Classificação Classe 65
Dureza nominal Shore A Anexo G 65 Luva PPE
Intervalo de dureza 60 a 70
Controles obrigatórios
Tolerância sobre a dureza especificada Shore A NBR 7318 ±5
Tensão de ruptura (mínima) MPa NBR 7462 9
Alongamento de ruptura (mínimo) % NBR 7462 400
Deformação permanente à compressão (máxima)
- após 72 h a (23 + 2)°C % NBR 7588 12
Anéis
- após 24 h a (70 + 2)°C % NBR 7588 20
Envelhecimento ao ar, após sete dias a (70 + 2)°C NBR 6565
- Variação máxima da dureza Shore A NBR 7588 -5a+8
- Variação máxima da tensão de ruptura % NBR 7462 - 20
- Variação máxima de alongamento de ruptura % NBR 7462 - 30 a + 10
Imersão em água
- Máxima variação de volume após imersão em água % NBR 11407 -1a+8 Luva PPE
destilada ou deionizada, após sete dias a (70 + 2)°C
- Máxima variação de deflexão à compressão após % ISO 3384 13 Anéis
sete dias a (23 + 2)°C
- Cor Ocre Anéis
- -
Preta Luva PPE
Controles Facultativos
Máxima variação de deflexão à compressão após 100 dias % ISO 3384 19
P e PP
a (23 + 2)ºC
Fragilidade a baixa temperatura (- 25°C) - ISO 812 Sem ruptura
*) Todos os anéis com exceção do tipo “O”.
6 Inspeção de recebimento
6.1 Generalidades
6.1.1 A inspeção de recebimento para tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno e
demais acessórios limita-se ao produto acabado, devendo ser processada somente para compras superiores a 16
unidades de um mesmo tipo e mesmo diâmetro nominal. No caso de quantidades inferiores pode ser efetuado um
acordo prévio entre fornecedor e comprador, para se efetuar a inspeção de recebimento para controlar as dimensões e
a qualidade dos produtos, de acordo com o previsto nas tabelas 24, 25 e 26.
6.1.1.1 Para o caso específico de inspeção de recebimento de anéis de vedação, devem também ser atendidos os
requisitos estabelecidos no anexo A ou B, conforme o caso.
6.1.2 Para os casos de anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno e demais acessórios, a inspeção
deve ser efetuada em amostra formada de acordo com 6.2.
6.1.3 A inspeção deve ser efetuada na fábrica, podendo ser realizada em outro local previamente escolhido, mediante
acordo prévio entre fabricante e comprador, desde que o local escolhido reúna todos os recursos e condições para a
realização dos exames e ensaios previstos nesta Norma e de acordo com 6.1.4.
6.1.4 O fabricante deve colocar à disposição do comprador, ou de seu representante, equipamentos e pessoal
especializado, para os ensaios e verificações, conforme sua rotina normal de controle de qualidade.
6.1.5 O comprador, ou seu representante, deve ser avisado com antecedência mínima de 10 dias sobre a data em que
devem ter início as operações de inspeção.
6.1.6 Caso o comprador ou seu representante não compareça na data estipulada para acompanhar os ensaios e
processos de recebimento, o fabricante deve proceder aos exames, ensaios e verificações estabelecidos nesta Norma, e
emitir relatório de liberação para os lotes aprovados, o qual deve ser encaminhado junto com o material correspondente.
6.2 Formação de amostra
6.2.1 O fabricante deve formar lotes de tubos, de conexões, de anéis ou acessórios de acordo com a tabela 24, para a
realização dos exames visuais e para a verificação da percussão no caso de tubos e conexões.
6.2.2 Se um lote de tubos ou conexões apresentar mais de uma pilha, cada uma das pilhas deve ser considerada
como sendo um lote, cujo tamanho de lote e plano de amostragem deve estar de acordo com a tabela 24.
6.2.3 A amostra, representativa do lote, deve ser retirada aleatoriamente pelo comprador ou pelo seu representante
ou, no caso da ausência destes, pelo pessoal de controle de qualidade do fabricante.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 17

6.2.4 A amostra da tabela 25, retirada aleatoriamente da amostra da tabela 24, deve ser formada por um lote de tubos
ou de conexões e de anéis ou acessórios aprovados nos exames visuais e na verificação da percussão.
6.2.5 A amostra da tabela 26, retirada aleatoriamente da amostra da tabela 25, deve ser formada por um lote de tubos
ou de conexões e de anéis ou acessórios aprovados nos exames dimensionais.
6.3 Exames visuais e de verificação da percussão
6.3.1 O comprador, ou seu representante, deve verificar se as condições exigidas em 4.2, 4.3, 4.4, 4.5, 5.7 e 8.1 ou
8.2, conforme o caso, são atendidas pelos lotes de tubos ou conexões da amostra extraída conforme 6.2 e de acordo
com a tabela 24.
6.3.2 O comprador, ou seu representante deve verificar se as condições exigidas em 4.2, 4.6, 5.7 e 8.3 são atendidas
pelos lotes de anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou de acessórios da amostra extraída
conforme 6.2 e de acordo com a tabela 24.
Tabela 24 - Plano de amostragem para exames visuais e de verificação da percussão

Tamanho do lote Tamanho da amostra Unidades defeituosas


(unidades) (unidades) Aceitação (Ac) Rejeição (Re)
Até 15 20 % 0 1
16 a 50 13 0 1
50 a 91 20 0 1
91 a 150 32 1 2
151 a 500 50 2 3
501 a 1 200 80 3 4
1 201 a 3 200 125 5 6
3 201 a 10 000 200 8 9
6.4 Exame dimensional
6.4.1 Para os lotes de tubos ou de conexões cerâmicos aprovados nos exames visuais e na verificação por percussão,
o comprador ou seu representante deve verificar se as condições estabelecidas em 4.7 e 4.8 ou 4.10, conforme o caso,
são atendidas pela amostra extraída conforme 6.2 e de acordo com a tabela 25, e examinadas de acordo com o
indicado no anexo E.
6.4.2 Para os lotes de anéis, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou de acessórios aprovados nos exames
visuais, o comprador ou seu representante deve verificar se as condições estabelecidas em 4.9, e anexos A ou B,
conforme o caso, são atendidas pela amostra extraída conforme 6.2 e de acordo com a tabela 25.
Para realização de exames dimensionais de anéis de vedação, devem ser empregados os valores da tabela 18 para
anéis do tipo “O” e tabela 19 para tipos “P” e “PPP”, e de acordo com o estabelecido no anexo B.
Para realização de exames dimensionais de anéis de vedação do tipo “E”, quando não toroidais, devem ser
empregados os valores indicados no desenho de fabricação e de acordo com o estabelecido no anexo A.
Para realização do exame dimensional de luvas de elastômero ou de polipropileno, devem ser empregados os valores
da tabela 8.
Tabela 25 - Plano de amostragem para exame dimensional
Tamanho da amostra (unidades) Unidades defeituosas
Tamanho do lote
Primeira Segunda Primeira amostragem Segunda amostragem
(número de unidades) amostragem amostragem Ac1 Re1 Ac2 Re2
Até 15 3 3 0 1 - -
16 a 150 5 5 0 2 1 2
151 a 500 8 8 0 2 1 2
501 a 3 200 13 13 0 3 3 4
3 201 a 10 000 20 20 1 4 4 5
6.5 Inspeção por ensaios
O fabricante deve formar lotes compatíveis com o plano de amostragem da tabela 26, a partir dos tubos e conexões
retirados aleatoriamente dos lotes aprovados nos exames dimensionais, para a realização dos ensaios previstos em
6.5.1 a 6.5.4.
Durante a realização dos ensaios, o comprador ou o seu representante deve verificar se as condições exigidas na
seção 5 são atendidas pelos tubos ou conexões da amostra.
Quando o fabricante não comprovar a realização dos ensaios previstos em 6.5.5 e 6.5.6, o comprador pode exigir a
realização destes ensaios durante a inspeção de recebimento.
Para lotes de anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno aprovados nos exames dimensionais, o
comprador ou seu representante deve efetuar os ensaios previstos na seção 5.7.3 e nos anexos B, C, D, E, F, G, H, J e
K, de acordo com o plano de amostragem da tabela 26.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 18

Tabela 26 - Plano de amostragem para ensaios


Tamanho da amostra (unidades) Unidades defeituosas
Tamanho do lote
Primeira Segunda Primeira amostragem Segunda amostragem
(número de unidades) amostragem amostragem Ac1 Re1 Ac2 Re2
Até 15 2 2 0 1 - -
16 a 150 3 3 0 2 1 2
151 a 500 5 5 0 3 3 4
501 a 3 200 8 8 1 4 4 5
3 201 a 10 000 13 13 2 5 6 7
6.5.1 A permeabilidade do tubo e da conexão e a estanqueidade da junta elástica devem ser verificadas conforme 5.1
e de acordo com anexo C.
6.5.2 A resistência à pressão hidrostática interna deve ser verificada conforme 5.2 e de acordo com NBR 6549.
6.5.3 A resistência à compressão diametral deve ser verificada conforme 5.3 e de acordo com anexo D.
6.5.4 A absorção deve ser verificada conforme 5.4 e de acordo com a NBR 7529.
6.5.5 A resistência química do tubo e da conexão deve ser verificada conforme 5.5 e de acordo com a NBR 7689.
6.5.6 A resistência química da resina plástica deve ser verificada conforme 5.6 e de acordo com o anexo F.
6.6 Relatório de ensaios
Para cada lote de produtos a ser entregue, deve ser fornecido um relatório de resultados de ensaios contendo no
mínimo o seguinte:
a) diâmetro nominal (DN) do tubo; diâmetro nominal (DN) da conexão e diâmetro nominal da derivação (DNS), quando
for aplicável; diâmetro nominal (DN) do anel de vedação, diâmetro nominal (DN) do acessório, conforme o caso;
b) ângulo da conexão, quando for o caso;
c) nome ou tipo de junta elástica;
d) número da semana do ano e ano de fabricação do tubo, da conexão, do anel ou do acessório, conforme o caso;
e) quantidade do lote fornecido ao comprador, em metros para os tubos ou em unidades para conexões, anéis, luvas de
elastômero ou de polipropileno, ou acessórios, conforme o caso; e
f) declaração de que o lote apresentado atende às especificações desta Norma.
7 Aceitação e rejeição
7.1 Condições de aceitação ou rejeição do exame visual e da verificação da percussão
Para o caso de tubos e conexões, verifica-se o resultado do exame visual e do exame de verificação da percussão,
realizados de acordo com 6.3, utilizando-se o plano de amostragem da tabela 24.
Para o caso de anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou de acessórios, verifica-se o resultado do
exame visual realizado de acordo com 6.3, utilizando-se o plano de amostragem da tabela 24.
A quantidade de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou de acessórios
examinados e verificados deve ser igual ao tamanho da amostra dado pelo plano da tabela 24.
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios não
conformes encontrados na amostra for igual ou menor do que o número de aceitação (Ac), o lote deve ser considerado
aceito neste exame.
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios não
conformes for igual ou maior do que o número de rejeição (Re), o lote deve ser rejeitado.
7.2 Condições de aceitação ou rejeição do exame dimensional
Após a aprovação nos exames visual e de verificação da percussão, devem ser verificados os resultados do exame
dimensional realizado conforme 6.4, nos lotes de tubos, conexões e cerâmicos de junta elástica, anéis de vedação,
luvas de elastômero ou de polipropileno ou acessórios, utilizando-se o plano de amostragem da tabela 25.
A quantidade de tubos e conexões cerâmicos, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno ou acessórios
examinados deve ser igual ao tamanho da amostra dado pelo plano da tabela 25.
7.2.1 Primeira amostragem
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios da amostra
que apresentarem não-conformidades for igual ou menor que o primeiro número de aceitação (Ac1), o lote deve ser
considerado aceito.
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios da amostra
que apresentarem não-conformidades for igual ou maior que o primeiro número de rejeição (Re1), o lote deve ser
rejeitado.
Quando o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios que
apresentarem não-conformidades na primeira amostragem for maior que o primeiro número de aceitação (Ac1) e menor
que o primeiro número de rejeição (Re1), uma segunda amostragem, com o tamanho dado pelo plano, deve ser retirada
da amostra aprovada conforme 7.1, não sendo realizada a inspeção dos ensaios até a obtenção dos resultados da
segunda amostragem do exame dimensional.
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7.2.2 Segunda amostragem


As quantidades de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios não
conformes encontrados na primeira e segunda amostragem devem ser acumuladas.
Se a quantidade acumulada for igual ou menor que o segundo número de aceitação (Ac2), o lote deve ser aceito.
Se a quantidade acumulada for igual ou maior que o segundo número de rejeição (Re2), o lote deve ser rejeitado.
7.3 Condições de aceitação ou rejeição da inspeção por ensaios
Após a aprovação no exame dimensional, verificam-se os resultados da inspeção por ensaios, somando-se o número
de tubos, conexões, anéis de vedação luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios que apresentarem não-
conformidades no conjunto de ensaios realizados conforme 6.5, utilizando-se o plano de amostragem da tabela 26.
A quantidade de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios
inspecionados em cada um dos ensaios deve ser igual ao tamanho da amostra dado pelo plano da tabela 26.
7.3.1 Primeira amostragem
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios da amostra
que apresentarem não-conformidades for igual ou menor que o primeiro número de aceitação (Ac1), o lote deve ser
considerado aceito.
Se o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios da amostra
que apresentarem não conformidades for igual ou maior que o primeiro número de rejeição (Re1), o lote deve ser
rejeitado.
Quando, em algum ensaio, o número de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno,
ou acessórios que apresentarem não-conformidades na primeira amostragem for maior que o primeiro número de
aceitação (Ac1) e menor que o primeiro número de rejeição (Re1), uma segunda amostragem, com o tamanho dado pelo
plano, deve ser retirada da amostra aprovada conforme 7.2, não sendo realizada a inspeção dos demais ensaios até a
obtenção de resultados satisfatórios da segunda amostragem do respectivo ensaio.
7.3.2 Segunda amostragem
As quantidades de tubos, conexões, anéis de vedação, luvas de elastômero ou de polipropileno, ou acessórios não
conformes encontrados na primeira e na segunda amostragem devem ser acumuladas.
Se a quantidade acumulada for igual ou menor que o segundo número de aceitação (Ac2), o lote deve ser aceito.
Se a quantidade acumulada for igual ou maior que o segundo número de rejeição (Re2), o lote deve ser rejeitado.
7.4 Substituição de tubos, conexões, anéis de vedação ou de acessórios não conformes
Desde que a quantidade, de amostras rejeitadas, seja inferior ao número admissível indicado na tabela correspondente,
todo produto, que apresentar alguma não-conformidade em um dos exames ou ensaios, deve ser substituído por outro
da mesma amostra aprovada no(s) exame(s) e/ou ensaio(s) anterior(es) do caso em que ocorrer a não-conformidade,
sendo que a amostra substituta deve ser submetida a todos os exames ou ensaios em que a amostra substituída ainda
não tenha sido examinada ou ensaiada. Deve-se eliminar do lote toda amostra que apresente não-conformidade, sendo
admissível a substituição de no máximo três unidades em cada um dos exames ou ensaios, após o que, ocorrendo
mais alguma não-conformidade deve-se proceder à rejeição do lote.
8 Marcação
8.1 Tubos cerâmicos com junta elástica devem trazer marcados, no mínimo, os dados a seguir de forma visível e
indelével, em baixo relevo, com uma profundidade de no máximo (4) mm:
a) número desta Norma;
b) nome ou marca de identificação do fabricante;
c) diâmetro nominal (DN);
d) comprimento útil nominal (LN);
e) nome ou tipo de junta; e
f) código de produção ou o número da semana do ano e ano de fabricação.
8.2 Conexões cerâmicas com junta elástica devem trazer marcados no mínimo os dados a seguir de forma visível e
indelével, em baixo relevo, com uma profundidade de no máximo 4 mm:
a) número desta Norma;
b) nome ou marca de identificação do fabricante;
c) diâmetro nominal (DN) e diâmetro nominal da derivação (DNS), quando for o caso;
d) ângulo, quando for o caso;
e) nome ou tipo de junta; e
f) código de produção ou o número da semana do ano e ano de fabricação.
8.3 Os anéis de vedação e luvas de elastômero ou de polipropileno para tubos e conexões cerâmicos devem trazer
marcados, de forma legível e permanente, em local que não prejudique a eficiência da junta elástica, no mínimo as
seguintes informações:
a) número desta Norma;
b) nome ou marca de identificação do fabricante do anel, da luva ou do acessório, conforme o caso;
c) diâmetro nominal (DN) do tubo ou conexão a que se destina;
d) tipo de elastômero ou composto; e
Projeto ABNT NBR 14208:2005 20

e) nome ou tipo de junta.


Para acessórios como anéis de elastômero acoplados ao tubo ou conexão, cintas e parafusos, somente a marcação do
nome ou marca de identificação do fabricante é obrigatóriao.
_______________________
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Anexo A (Normativo)
Anel de vedação de seção não toroidal para junta elástica de tipo “E”
A.1 Objetivo
Este anexo estabelece os requisitos exigíveis para fabricação e recebimento de anéis de vedação, de seção não
toroidal, para junta elástica do tipo "E" de tubos e/ou de conexões cerâmicos.
A.2 Requisitos gerais
A.2.1 Matéria-prima
Os anéis de vedação devem ser fabricados com uma massa uniforme, de um elastômero adequado para emprego em
redes coletoras de esgotos (sintético ou composto), aditivado ou não com substâncias adicionais, durante o processo
de fabricação, a critério do fabricante, de modo a assegurar a obtenção de um produto que atenda aos requisitos de
qualidade e dimensões estabelecidos nesta Norma.
NOTA - Não é permitida a utilização de borracha (elastômero) regenerada na fabricação dos anéis.
A.2.2 Forma
A.2.2.1 Anéis de vedação para junta elástica do tipo “E” devem apresentar formato e dimensões de acordo com o
desenho do fabricante de tubos e/ou conexões cerâmicos.
A.2.2.2 Anéis de vedação para junta elástica do tipo “E” devem apresentar superfícies isentas de irregularidades,
sendo permitidos apenas os sinais de eliminação de rebarbas.
A.2.3 Unidade de compra
A unidade de compra é o anel.
A.2.4 Dimensões
O fabricante de tubos e/ou de conexões cerâmicos com junta elástica do tipo "E" deve fornecer, por ocasião do
fornecimento, o desenho dos anéis de vedação, de seção não toroidal, com as respectivas dimensões e tolerâncias.
A.2.5 Estocagem
Os anéis de vedação devem ser estocados em um local ventilado, seco, ao abrigo da ação de raios solares, e sob uma
temperatura inferior a 27°C.
A.3 Requisitos específicos
A.3.1 Dureza
O fabricante de tubos e/ou de conexões cerâmicos com junta elástica do tipo "E", por ocasião do fornecimento dos
anéis de vedação, deve indicar a dureza ou as durezas (caso o anel apresente durezas distintas em uma mesma
seção), admitindo-se uma tolerância de ± 5 Shore A para cada dureza especificada.
A.3.2 Deformação permanente à compressão
Os corpos-de-prova retirados dos anéis, mantidos sob uma temperatura de (70 ± 2)°C durante (22 ± 0,25) h, devem
apresentar uma deformação permanente à compressão inferior a 25%.
A.3.3 Alongamento permanente à tração
Os corpos-de-prova retirados dos anéis devem apresentar um alongamento inferior a 5%.
A.3.4 Envelhecimento acelerado
Os corpos-de-prova retirados dos anéis devem apresentar uma variação de dureza igual ou inferior a 5 Shore A, em
relação à dureza especificada.
A.4 Inspeção de recebimento
A.4.1 Generalidades
A inspeção de anéis de vedação para junta elástica do tipo “E”, de seção não toroidal, limita-se ao produto acabado,
devendo ser processada somente para compras superiores a 16 anéis de um mesmo diâmetro nominal.
No caso de compras com quantidades inferiores, pode haver acordo prévio entre fornecedor e comprador para controlar
as dimensões e a qualidade dos anéis de vedação, seguindo o previsto nas tabelas 23, 24 e 25, podendo ser aceitos
relatórios e certificados emitidos pelo controle de qualidade do fabricante.
A inspeção deve ser efetuada em fábrica, no entanto, pode ser realizada em outro local previamente escolhido,
mediante acordo prévio entre fabricante e comprador, desde que esse local reúna todas as condições para a realização
dos exames e ensaios previstos nesta Norma.
O fabricante deve colocar à disposição do comprador, ou de seu representante, os equipamentos e o pessoal
especializado necessários à execução dos exames, ensaios e verificações de acordo com sua rotina normal de controle
de qualidade.
O comprador, ou seu representante, deve ser avisado com antecedência mínima de 10 dias, sobre a data em que
devem ter início as operações de inspeção.
Caso o comprador, ou seu representante, não compareça na data estipulada para acompanhar os exames e ensaios de
recebimento, o fabricante deve proceder aos exames, ensaios e verificações estabelecidos nesta Norma e emitir um
relatório de liberação para cada lote aprovado, encaminhando-o juntamente com o lote correspondente durante o
fornecimento.
A.4.2 Exame visual
O comprador, ou seu representante, deve verificar, em fábrica, se os requisitos estabelecidos em A.2.2.2, 5.7.1 e 8.3
são atendidos, rejeitando os lotes de anéis que não os satisfazem.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 22

Para realização do exame visual, o fabricante deve formar lotes compatíveis com a tabela 24, com anéis de mesmo
diâmetro nominal.
A.4.3 Exame dimensional
Para realização do exame dimensional, o fabricante deve formar lotes compatíveis com a tabela 25, com anéis de
mesmo diâmetro nominal aprovados em A.4.2.
O comprador, ou seu representante, deve verificar se as dimensões e tolerâncias estabelecidas no desenho de
fabricação são atendidas pelos anéis da amostra.
A.4.4 Inspeção por ensaios
Para realização dos ensaios indicados em A.4.4.1 a A.4.4.4 o fabricante deve formar lotes, compatíveis com a tabela
26, com anéis de vedação aprovados em A.4.3.
O comprador ou seu representante deve verificar se as condições exigidas em A.3 são atendidas pelos anéis de
vedação da amostra.
Os corpos-de-prova devem ser constituídos por segmentos retirados de anéis de vedação da amostra, de modo que,
para cada ensaio, seja possível retirar apenas um corpo-de-prova por anel de vedação. Para os diferentes ensaios, os
corpos-de-prova necessários devem ser retirados de um mesmo anel.
A.4.4.1 Deve ser verificada a dureza dos anéis de vedação da amostra de acordo com os requisitos da tabela 23 e do
anexo G.
A.4.4.2 Deve ser verificada a deformação permanente à compressão de acordo com os requisitos da tabela 23 e do
anexo H.
A.4.4.2.1 Na aplicação deste ensaio devem ser obedecidos os seguintes parâmetros:
- a espessura e do anel de vedação deve ser medida na direção vertical, estando o anel apoiado em um plano
horizontal;
- a altura do espaçador deve ser de acordo com a fórmula:
e
3
onde:
e é a espessura do anel de vedação.
NOTA - A tolerância admissível para a altura do espaçador é de ± 0,1 mm.
- temperatura da estufa: (70 ± 2)°C;
- tempo de permanência na estufa: (72 ± 1) h;
- o corpo-de-prova deve ser resfriado à temperatura ambiente e mantido sem compressão durante um período de 30
min após o término do ensaio.
A.4.4.3 Deve ser verificado o alongamento permanente à tração de acordo com os requisitos da tabela 23 e do anexo
K.
A.4.4.4 Deve ser verificado o envelhecimento acelerado de acordo com os requisitos da tabela 23 e do anexo J.
A.5 Aceitação ou rejeição
Para a aceitação ou rejeição de lotes de anéis de vedação, devem ser seguidas as condições estabelecidas na seção
7.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 23

Anexo B (Normativo)
Anel de vedação de seção toroidal para junta elástica
B.1 Objetivo
Este anexo estabelece os requisitos exigíveis para fabricação e recebimento de anéis de vedação, de seção toroidal,
para junta elástica.
B.2 Requisitos gerais
B.2.1 Matéria-prima
Os anéis de vedação devem ser fabricados com uma massa uniforme, de um elastômero adequado para emprego em
redes coletoras de esgotos (sintético ou composto), aditivado ou não com substâncias adicionais, durante o processo
de fabricação, a critério do fabricante, de modo a assegurar a obtenção de um produto que atenda aos requisitos de
qualidade e dimensões estabelecidos nesta Norma.
NOTA - Não é permitida a utilização de borracha (elastômero) regenerada na fabricação dos anéis.
B.2.2 Forma
B.2.2.1 Anéis de vedação cujos requisitos estão indicados neste anexo são fabricados com seção toroidal.
B.2.2.2 Os anéis de vedação devem apresentar superfícies isentas de irregularidades, sendo apenas permitidos sinais
de eliminação de rebarbas.
B.2.3 Unidade de compra
A unidade de compra é o anel.
B.2.4 Dimensões
Os anéis de vedação de seção toroidal devem apresentar as dimensões e tolerâncias de acordo com o estabelecido em
4.11.2, 4.11.3, 4.11.4 e 4.11.5, e tabela 18 ou tabela 19, conforme o caso.
B.2.5 Estocagem
Os anéis de vedação devem ser estocados em um local ventilado, seco, ao abrigo da ação de raios solares, e sob uma
temperatura inferior a 27°C.
B.3 Requisitos específicos
B.3.1 Dureza
Os anéis de vedação devem apresentar uma dureza igual a (45 ± 5) Shore A.
B.3.2 Deformação permanente à compressão
Os corpos-de-prova retirados dos anéis, mantidos sob uma temperatura de (70 ± 2)°C durante (22 ± 0,25) h, devem
apresentar uma deformação permanente à compressão inferior a 25%.
B.3.3 Alongamento permanente à tração
Os corpos-de-prova retirados dos anéis devem apresentar um alongamento inferior a 5%.
B.3.4 Envelhecimento acelerado
Os corpos-de-prova retirados dos anéis devem apresentar uma variação de dureza igual ou inferior a 5 Shore A.
B.4 Inspeção de recebimento
B.4.1 Generalidades
A inspeção de anéis de vedação de se cão toroidal para junta elástica limita-se ao produto acabado, devendo ser
processada somente para compras superiores a 16 anéis de um mesmo diâmetro nominal.
No caso de compras com quantidades inferiores, pode haver acordo prévio entre fornecedor e comprador para controlar
as dimensões e a qualidade dos anéis de vedação, cujos planos de amostragens devem estar de acordo com as
tabelas 24, 25 e 26, podendo ser aceitos relatórios e certificados emitidos pelo controle de qualidade do fabricante.
A inspeção deve ser efetuada em fábrica, no entanto, pode ser realizada em outro local previamente escolhido,
mediante acordo prévio entre fabricante e comprador, desde que esse local reúna todas as condições para a realização
dos exames e ensaios previstos nesta Norma.
O fabricante deve colocar à disposição do comprador, ou de seu representante, os equipamentos e o pessoal
especializado necessários à execução dos exames, ensaios e verificações de acordo com sua rotina normal de controle
de qualidade.
O comprador ou seu representante deve ser avisado, com antecedência mínima de 10 dias, sobre a data em que
devem ter início as operações de inspeção.
Caso o comprador ou seu representante não compareça na data estipulada, para acompanhar os exames e ensaios de
recebimento, o fabricante deve proceder aos exames, ensaios e verificações estabelecidos nesta Norma e emitir um
relatório de liberação para cada lote aprovado, encaminhando-o juntamente com o lote correspondente durante o
fornecimento.
B.4.2 Exame visual
O comprador ou seu representante deve verificar, em fábrica, se os requisitos estabelecidos em B.2.2.2, 4.10, 5.7 e 8.3
são atendidos pelas amostras, rejeitando os lotes de anéis que não os satisfazem.
Para realização do exame visual, o fabricante deve formar lotes compatíveis com a tabela 24, com anéis de mesmo
diâmetro nominal.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 24

B.4.3 Exame dimensional


Para realização do exame dimensional, o fabricante deve formar lotes compatíveis com a tabela 25, com anéis de
vedação aprovados no exame visual.
O comprador ou seu representante deve verificar se as dimensões e tolerâncias estabelecidas em 4.10 e nas tabelas
18 e B.1 são atendidas pelos anéis de vedação da amostra.
A espessura do anel é obtida pela média aritmética de oito medidas executadas em quatro pontos diferentes defasadas
em cerca de 90°C. Em cada um dos pontos efetuam-se duas medições em direções perpendiculares entre si.
Os diâmetros externo máximo e interno mínimo dos anéis devem ser verificados com a utilização de gabaritos
metálicos, conforme indicado na figura B.1, sendo que os anéis da amostra que se encaixam sem necessidade de
esforço elástico são considerados conformes.

DN 150
( L2 )

DN 200
( L 3)

A A
DN 100
( L1 )

L3'
L3
L2'
L2
L1'
L1
H3
H2
H1

Figura B.1 - Gabarito para realização do exame dimensional de anel


Projeto ABNT NBR 14208:2005 25

Tabela B.1 - Dimensões de anéis de borracha


Dimensões em milímetros
Diâmetro Diâmetro interno Diâmetro externo
Tipo de junta Espessura do anel
nominal mínimo máximo
elástica
DN L L' H Tolerância
Tipo “O” 119 133 6 ± 0,4
100
Tipos "P" e "PPP" 109 125,2 7 + 0,4
Tipo “O” 170 189 8 ± 0,4
150
Tipos "P" e "PPP" 159 179,4 9 + 0,4
Tipo “O” 219 243 10 ± 0,4
200
Tipos "P" e "PPP" 199 222 10 + 0,5
Tipo “O” 273 299 11 ± 0,4
250
Tipos "P" e "PPP" 247 283,4 15 + 1,2
Tipo “O” 322 348 11 ± 0,4
300
Tipos "P" e "PPP" 311,5 351,5 16 + 1,2
350 Tipo “O” 373 400 11 ± 0,4
375 Tipo “O” 387 414 11 ± 0,4
400 Tipo “O” 413 442 12 ± 0,4
450 Tipo “O” 460 490 12 ± 0,4
500 Tipo “O” 507 537 12 ± 0,4
600 Tipo “O” 601 639 15 ± 0,4
B.4.4 Inspeção por ensaios
Para realização dos ensaios indicados em B.4.4.1 a B.4.4.4, o fabricante deve formar lotes compatíveis com a tabela
26, com anéis de vedação aprovados em B.4.3.
O comprador ou seu representante deve verificar se as condições exigidas em B.3 são atendidas pelos anéis de
vedação da amostra.
Os corpos-de-prova devem ser constituídos por segmentos retirados de anéis de vedação da amostra, de modo que,
para cada ensaio, seja possível retirar apenas um corpo-de-prova por anel de vedação. Para os diferentes ensaios, os
corpos-de-prova necessários devem ser retirados de um mesmo anel.
B.4.4.1 Deve ser verificada a dureza dos anéis de vedação de acordo com os requisitos da tabela 23 e do anexo G.
B.4.4.2 Deve ser verificada a deformação permanente à compressão conforme requisitos da tabela 23 e parâmetros
indicados na tabela B.1 e de acordo com o anexo H.
Tabela B.1 - Parâmetros para determinação da deformação permanente

Espessura do Altura do Temperatura Tempo na


anel de vedação espaçador da estufa estufa Condições de resfriamento
(e) após a retirada da estufa
mm mm °C h
6 2
8 2,7 O corpo-de-prova deve ser
10 3,3 mantido sem compressão, em
± 0,1 70 ± 2 72 ± 1 resfriamento à temperatura
11 3,7 ambiente, durante um período
12 4 de 30 min
15 5
B.4.4.2.1 Na aplicação deste ensaio devem ser obedecidos os seguintes parâmetros:
- a espessura (e) do anel de vedação deve ser medida na direção vertical, estando o anel apoiado em um plano
horizontal;
- a altura do espaçador deve ser de acordo com a os valores indicados na tabela B.1
NOTA - A tolerância admissível para a altura do espaçador é de ± 0,1 mm.

- temperatura da estufa: (70 ± 2)°C;


- tempo de permanência na estufa: (72 ± 1) h;
- o corpo-de-prova deve ser mantido sem compressão e resfriado à temperatura ambiente durante um período de 30
min após o término do ensaio.
B.4.4.3 Deve ser verificado o alongamento permanente à tração de acordo com a tabela 23 e anexo K.
B.4.4.4 Deve ser verificado o envelhecimento acelerado de acordo com a tabela 23 e anexo J.
B.5 Aceitação ou rejeição
Para aceitação ou rejeição de lotes de anéis de vedação, devem ser seguidas as condições estabelecidas na seção 7.
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Anexo C (Normativo)
Método de ensaio de verificação da estanqueidade de juntas e da permeabilidade
C.1 Objetivo
Este anexo prescreve o método de ensaio de verificação de estanqueidade de juntas e da permeabilidade, sob uma
pressão hidrostática interna em tubos e conexões cerâmicos com junta elástica.
C.2 Aparelhagem
O dispositivo com o qual se executa este ensaio deve permitir a sua realização com o corpo-de-prova em posição
horizontal e atender às seguintes condições:
a) ser possível a elevação gradual da pressão interna da água, sem golpes, até a pressão máxima especificada;
b) possuir um manômetro com o limite superior de escala menor ou igual a 250 kPa e subdivisões menores ou iguais a
5 kPa, com tolerância de 2% do total da escala para os pontos entre 25% e 75% da faixa, e tolerância de 3% do total da
escala para os demais pontos, com diâmetro do mostrador igual ou maior que 100 mm.
NOTA - O manômetro deve ser aferido por um laboratório especializado, em intervalos que não excedam 12 meses, devendo a
aferição ser comprovada por certificado de aferição.
c) possuir tampões macho para a bolsa e fêmea para a ponta, para cada um dos diâmetros nominais, com perfis e
dimensões iguais aos das extremidades em ponta ou bolsa dos tubos e conexões a serem ensaiados; e
d) possuir dispositivos e acessórios para encher de água o corpo-de-prova a ser ensaiado, conforme indicado a seguir:
- permitir a saída de todo o ar contido no corpo-de-prova, durante o seu enchimento com água;
- permitir o alívio da pressão interna e o esvaziamento da água do corpo-de-prova;
- ancorar os tampões para evitar o seu deslocamento, quando sob a ação dos esforços resultantes da pressão interna
máxima de ensaio;
- permitir o acoplamento da ponta de um dos tubos no tampão fêmea, o acoplamento da bolsa desse tubo e da ponta
do segundo tubo ou da conexão, e da bolsa desse segundo tubo ou conexão com o tampão macho; e
- permitir o alinhamento dos dois tubos ou de um tubo e uma conexão que constituem o corpo-de-prova, bem como a
deflexão entre eixo dos dois tubos.
C.3 Preparação do corpo-de-prova
C.3.1 O corpo-de-prova deve ser constituído de no mínimo dois componentes secos, quer sejam dois tubos inteiros ou
um tubo e uma conexão inteiros, conforme o caso.
C.3.2 O conjunto de componentes a ser ensaiado deve ser montado de tal forma que sejam evitados danos aos
respectivos tubos e/ou conexões e seus correspondentes anéis de vedação.
C.3.3 O tamponamento das extremidades do corpo-de-prova deve ser efetuado com o respectivo dispositivo de
ensaio, de tal forma que permita o alinhamento e a deflexão máxima previstos.
C.4 Procedimento
C.4.1 Montar o corpo-de-prova de modo a manter o conjunto com a deflexão máxima prevista, com água, eliminando
todo o ar existente no interior desta através de saída.
C.4.2 Elevar gradualmente a pressão interna da água, até atingir a pressão de ensaio para verificação da
estanqueidade da junta especificação.
C.4.3 Manter a pressão hidrostática interna do corpo-de-prova pelo tempo previsto.
C.5 Relatório de ensaio
Deve ser apresentado um relatório de ensaio, para cada corpo-de-prova ensaiado, contendo no mínimo o seguinte:
a) número desta Norma;
b) tipo de junta do(s) tubo(s) e/ou da conexão ensaiados e especificações dos eventuais anéis de vedação utilizados
durante os ensaios;
c) diâmetro nominal (DN) do(s) tubo(s) e/ou das conexões e diâmetro nominal de derivações (DNS), quando for o
caso;
d) ocorrência ou não de vazamentos nos tubos, ou nas conexões, e/ou na junta; e
e) comportamento da junta sob a pressão máxima prevista nesta Norma.
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Anexo D (Normativo)
Método de ensaio de verificação da resistência à compressão diametral de tubos cerâmicos com junta elástica
D.1 Objetivo
Este anexo prescreve o metodo de ensaio de verificação da resistência à compressão diametral de tubos cerâmicos.
Este método de ensaio consiste na aplicação de uma carga de compressão diametral progressiva, sem golpes e
uniformemente distribuída, sobre um tubo colocado entre dois apoios longitudinais.
D.2 Aparelhagem
O dispositivo de ensaio consiste em máquina que deve satisfazer as seguintes condições (ver figura D.1):
a) ser provida de dispositivo que assegure a distribuição uniforme da carga e compressão concentrada, aplicada ao
longo do corpo-de-prova;
b) permitir a aplicação da carga de compressão progressivamente, sem golpes, com uma velocidade igual a CM/50 por
segundo, sendo CM o valor da carga, mínima, de compressão diametral especificada, com capacidade para atingir
valores iguais ou superiores a 1,5 CM;
NOTA - A velocidade de aplicação da carga de compressão em prensas automáticas, ou não, destina-se à obtenção de uma maior
uniformidade nos ensaios não devendo ser usada em inspecão como fator de rejeição.
c) permitir a medida da carga de compressão diametral com aproximação de ± 2%, por leitura direta ou por meio de
uma tabela de conversão;
d) ser dotada de dispositivo de medida de carga com um mínimo de inércia de atritos e de oscilações, de modo que tais
fatores não influam sensivelmente nas condições da máquina durante o ensaio à velocidade especificada;
e) possuir apoio para o tubo a ser ensaiado, constituído por dois sarrafos de madeira dura, cada um com comprimento
tal que deixe a ponta e a bolsa livres, e afastados um do outro cerca de 10 mm para cada 100 mm de diâmetro nominal
do tubo a ensaiar, sendo que este afastamento não deve ser inferior a 20 mm;
NOTA - No caso de a ponta ser regularizada, esse espaço deve estar livre.
f) possuir uma viga reta de madeira dura com 150 mm x 150 mm de seção transversal e comprimento igual ao dos
sarrafos; e
g) possuir tiras de borracha com cerca de 10 mm de espessura, fixadas sobre as faces dos sarrafos e da viga que vão
ficar em contato com o tubo
NOTA - O dispositivo de ensaio deve ser aferido por laboratório especializado, em intervalos que não excedam 12 meses, devendo ser
comprovado por certificado de aferição.
D.3 Preparação do corpo-de-prova
O corpo-de-prova é um tubo inteiro.
D.4 Procedimento
D.41 Medir o comprimento dos sarrafos e da viga.
D.4.2 Colocar o tubo sobre os dois apoios inferiores paralelos e simétricos em relação ao seu eixo.
D.4.3 Ajustar a viga e sarrafos ao longo de uma geratriz superior do tubo, de tal modo que se evitem esforços
localizados. Ajustar o conjunto de forma que o centro de aplicação da carga sobre o tubo coincida com a metade da
distância L, para que a carga seja distribuída uniformemente ao longo da viga.
D.4.4 Elevar a carga de compressão diametral com a velocidade especificada em D.2 b) até atingir a carga de ensaio
CM e prosseguir até um valor igual a 1,5 CM, ou até a ruptura do tubo.
NOTA - A carga de ensaio CM, expressa em newtons, é obtida multiplicando-se a carga mínima especificada nesta Norma pelo
comprimento do apoio, em metros.
D.5 Expressão dos resultados
O resultado do ensaio, expresso em newtons por metro, é obtido pela divisão da carga aplicada pelo comprimento do
apoio.
D.6 Relatório de ensaio
Deve ser apresentado um relatório contendo no mínimo os seguintes dados para cada corpo-de-prova ensaiado:
a) número desta Norma;
b) diâmetro nominal do tubo ensaiado;
c) comprimento útil do tubo ensaiado; e
d) carga máxima atingida, ou carga de ruptura quando for o caso, expressa em newtons por metro.
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Madeira
Borracha

Corpo-de-prova

Borracha

Madeira

1
2 L

L
Figura D.1 - Dispositivo de ensaio
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Anexo E (Normativo)
Exames dimensionais de tubos ou conexões cerâmicos com junta elástica
E.1 Objetivo
Este anexo esbelece o procedimento para se efetuar a verificação dimensional de tubos ou conexões cerâmicos com
extremidades apropriadas para um dos tipos de junta elástica estabelecidos nesta Norma.
E.2 Aparelhagem
Para a execução destes exames, a seguinte aparelhagem é nescessária:
a) trena com resolução de 1 mm.
b) paquímetro ou outro aparelho capaz de medir a espessura do tubo;
c) compasso de pontas secas para medição de diâmetros internos e externos;
d) régua de aço com resolução de 1 mm; e
e) dispositivo que permita a medição da flecha e do desvio da vertical, com resolução de 1 mm.
E.3 Preparação do corpo-de-prova
O corpo-de-prova é constituído por um tubo inteiro ou uma conexão, conforme o caso.
E.4 Procedimento
E.4.1 Verificações dimensionais de tubos cerâmicos
Para serem efetuadas as verificações dimensionais de tubos cerâmicos com ponta e bolsa, devem ser observadas as
indicações da figura E.1.

e'
Ø DIB

Ø DI
PJ

L
Figura E.1 - Dimensões de tubos cerâmicos com junta elástica
E.4.1.1 Comprimento útil mínimo do tubo (L)
Medir o comprimento útil mínimo do tubo, segundo duas geratrizes internas, diametralmente opostas, com aproximação
de 1 mm, utilizando uma trena. O menor dos valores medidos é considerado o comprimento útil.
No caso de tubos com pontas, o comprimento útil mínimo a ser medido corresponde ao seu comprimento total.
E.4.1.2 Desvio vertical (DV)
O tubo a ser examinado deve ser colocado na posição vertical, com a sua bolsa ou ponta no caso específico de tubo
para junta elástica do tipo “PP”, apoiada sobre um plano nivelado.
Aplicar uma régua munida de nível na base inicial da bolsa ou da ponta, conforme o caso. Conservar a régua em
posição vertical, medir o desvio da vertical, com aproximação de 1 mm, conforme indicado na figura E.2, ou E.3, ou E.4,
em função do tipo de tubo, quer seja com pontas ou com ponta e bolsa, e da junta elástica correspondente, e de acordo
com um dos métodos indicados nas alíneas a ou b, conforme o caso:
a) para tubos com ponta e bolsa, com pontas sem regularização (figura E.2), a medição do desvio vertical deve ser
efetuada junto à extremidade final da ponta;
b) para tubos com ponta e bolsa, com pontas regularizadas, a medição do desvio vertical deve ser efetuada junto à
extremidade inferior da resina de regularização das pontas, obtendo-se a medida DV, usando a equação de E.5.1;
c) para tubos com pontas, para juntas elásticas dos tipos “PP” (figura E.4), a medição do desvio vertical deve ser
efetuada junto à extremidade final da ponta.
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Anel
Régua Anel
Régua Régua Régua
Régua

c
dv v

Fr
F
F

A
a) b)

Figura E.2 - Desvio vertical Figura E.3 - Flecha Figura E.4 - Desvio vertical e flecha
para tubos para juntas “PP”
E.4.1.3 Diâmetro interno da bolsa regularizada (DIB)
Medir os diâmetros internos mínimo e máximo da bolsa regularizada segundo duas direções perpendiculares entre si,
com aproximação de 1 mm, usando um compasso e uma régua.
NOTA - Tais medidas devem ser efetuadas na seção do fim do chanfro da resina.
E.4.1.4 Diâmetro interno (DI)
Medir o diâmetro interno do tubo segundo duas direções perpendiculares entre si, com aproximação de 1 mm,
utilizando uma trena. Tais medidas devem ser efetuadas na extremidade da ponta, sendo considerado como diâmetro
interno do tubo o menor dos valores medidos.
E.4.1.5 Flecha (F)
Colocar o tubo na posição vertical com a bolsa ou a ponta, para o caso específico de tubos para juntas elásticas dos
tipos “PP”, apoiada sobre um plano nivelado. Em tubos com pontas sem regularização, medir a flecha F na região de
maior curvatura, com aproximação de 1 mm, e de acordo com o indicado na figura E.3 a) ou figura E.4, conforme o
caso.
Em tubos com pontas regularizadas, medir a flecha F de acordo com o indicado na figura E.3 b), utilizando uma régua
com comprimento A, usando a equação de E.5.2.
Medir a flecha F na região de maior curvatura, conforme indicado na figura E.3.b), com aproximação de 1 mm. O valor
da flecha, para efeito de comparação com os valores indicados na tabela 5, é obtido utilizando-se a equação de E.5.3.
Em tubos com pontas, medir a flecha de acordo com o indicado na figura E.4.
E.4.1.6 Espessura da ponta (EP)
Medir a espessura da ponta do tubo cerâmico, ou ambas as pontas do tubo cerâmico com pontas para junta elástica
dos tipos “PP”, com aproximação de 1 mm, utilizando um paquímetro ou outro dispositivo, segundo duas direções
perpendiculares entre si. O menor dos valores obtidos é considerado como sendo o valor da espessura da ponta do
tubo. Em tubos com pontas normais, essa medição deve ser realizada na extremidade da ponta do tubo, ou das pontas,
quando for o caso. Em tubos com pontas regularizadas, essa medição deve ser realizada antes da aplicação da resina
de regularização, em uma posição tal que seja a mais próxima possível do local onde inicia a regularização pela resina.
E.4.1.7 Profundidade da bolsa regularizada (PJ)
Medir a profundidade da parte regularizada da bolsa, segundo duas geratrizes internas diametralmente opostas, com
aproximação de 1 mm, usando uma régua ou um paquímetro. O menor dos valores medidos é considerado o valor da
profundidade da bolsa regularizada.
E.4.2 Verificações dimensionais de conexões cerâmicas
Para as verificações dimensionais de conexões cerâmicas devem ser observadas as condições indicadas nas figuras 8
a 16 e nas tabelas 9 a 17, conforme o caso. Devem também ser verificadas as dimensões indicadas em E.4.2.1 a
E.4.2.4.
E.4.2.1 Diâmetro interno de bolsas regularizadas (DIB)
Medir os diâmetros internos máximo e mínimo das bolsas regularizadas, segundo duas direções perpendiculares entre
si, com aproximação de 1 mm, utilizando um compasso e uma régua.
NOTA - As medições devem ser feitas na seção do fim do chanfro da resina das bolsas, quando for o caso.
E.4.2.2 Diâmetro interno (DI)
Medir o diâmetro interno da conexão, no tramo principal e na derivação quando for o caso, segundo duas direções
perpendiculares entre si, com aproximação de 1 mm, utilizando uma trena. Essas medidas devem ser efetuadas na
extremidade da ponta, sendo considerado como diâmetro interno o menor dos valores medidos, do tramo principal da
conexão ou de seu derivante quando for o caso.
E.4.2.3 Espessura da ponta (EP)
Medir a espessura da ponta da conexão, com aproximação de 1 mm, utilizando um paquímetro ou outro dispositivo,
segundo duas direções perpendiculares entre si. O menor dos valores obtidos é considerado a espessura da ponta da
conexão. Em conexões com ponta normal, essa medição é realizada na extremidade da ponta da conexão. Em
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conexões com pontas regularizadas, essa medição deve ser realizada antes da aplicação da resina, em uma posição
tal que seja a mais próxima possível do local onde inicia a regularização pela resina.
E.4.2.4 Profundidade da bolsa regularizada (PJ)
Medir a profundidade da parte regularizada da bolsa, segundo duas geratrizes internas diametralmente opostas, com
aproximação de 1 mm, usando uma régua ou um paquímetro. O menor dos valores medidos é considerado o valor da
profundidade da bolsa regularizada.
E.5 Expressão dos resultados
E.5.1 Para determinar o desvio vertical (DV) de tubos com ponta regularizada, utilizar a seguinte equação
DV = M. dv
M.C

onde:
DV é o desvio vertical, em milímetros;
L é o comprimento útil do tubo, em milímetros;
C é o comprimento da ponta regularizada, em miIímetros;
dv é o desvio vertical medido, em milímetros.
E.5.2 Para determinar o comprimento de tubos com flechas, excluindo-se o comprimento da ponta regularizada, utílizar
a seguinte equação:
A = L - 70
onde:
A é o trecho de tubo sem a ponta regularizada, em milímetros;
L é o comprimento útil do tubo, em milímetros;
E.5.3 Para determinar a flecha de tubos com pontas regularizadas, utilizar a seguinte equação:
F = F’+ 1
onde:
F é a flecha, em milímetros;
F’ é a flecha do trecho de tubo sem a ponta regularizada, em milímetros.
E.6 Relatório de exame dimensional
E.6.1 Para os exames dimensionais de tubos cerâmicos, deve ser emitido um relatório com as seguintes informações:
a) número desta Norma, bem como a especificação do tubo ensaiado;
b) diâmetro nominal do tubo;
c) nome ou tipo de junta do tubo; e
d) os seguintes valores, expressos em milímetros:
- comprimento útil do tubo (L);
- desvio da vertical (DV);
- diâmetros internos máximo e minimo da bolsa regularizada (DIB);
- flecha (F);
- espessura da ponta do tubo (EP); e
- profundidade da bolsa do tubo (PJ).
E.6.2 Para os exames dimensionais de conexões cerâmicas, deve ser emitido um relatório com as seguintes
informações:
a) número desta Norma;
b) diâmetro nominal da conexão e de sua derivação, quando for caso;
c) nome ou tipo de junta da conexão; e
d) os seguintes valores, expressos em milímetros:
- diâmetros internos máximo e mínimo da bolsa regularizada (DIB);
- espessura da ponta da conexão (EP);
- profundidade da bolsa da conexão (PJ).
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Anexo F (Normativo)
Método de ensaio de determinação da resistência quimica de resinas de regularização de bolsa e ponta de
tubos e conexões para junta elástica de tipo “E”, “K” ou “O”
F.1 Objetivo
Este anexo estabelece o método de ensaio para determinação da resistência química de resinas ultilizadas na
regularização de dimensões de bolsas e pontas de tubos e conexões cerâmicos para junta elástica de tipo “E”, “K” ou “O”.
F.2 Reagentes
Preparam-se duas soluções ácidas normais, com o volume de 1,0 L cada uma, contendo os volumes abaixo indicados
dos ácidos correspondentes:
a) 239 mL de ácido clorídrico P.A. (d=1,18), com 746 mL de água destilada;
b) 199 mL de ácido sulfúrico P.A. (d=1,84), com 853 mL de água destilada.
F.3 Aparelhagem
Para a execução dos ensaios são necessários:
a) balança analítica com resolução de 0,0001 g;
b) estufa ou outro dispositivo capaz de manter os corpos-de-prova sob uma temperatura de (23± 2)°C, por um período
de 48 h, com umidade relativa do ar igual a (50± 5)%; e
c) dois recipientes adequados para resistirem à ação de HCI e ou H2SO4, nas condições indicadas em b).
F.4 Preparação de corpos-de-prova
Os corpos-de-prova são discos moldados com uma resina plástica a ser ensaiada, preparados nas mesmas condições
de aplicação na bolsa ou na ponta regularizadas de tubos cerâmicos, com diâmetro de 5,0 cm, espessura de 0,3 cm e
superfície externa total de 44 cm2.
F.5 Procedimento de ensaio
F.5.1 Deixar o corpo-de-prova em ambiente com (50 ± 5)% de umidade relativa e temperatura de (23 ± 2)°C, durante
um período de 40 h.
F.5.2 Pesar cada corpo-de-prova e anotar sua massa (Pr).
F.5.3 Colocar um corpo-de-prova de cada tipo de junta a ser ensaiado em um recipiente, com um deles contendo a
solução de HCI e o outro a solução de H2SO4, mantendo-os suspensos por um arame de níquel cromo, de modo que
todas as superfícies externas dos corpos-de-prova fiquem em contato com os respectivos reagentes.
F.5.4 Decorrido um período de 24 h, executar uma agitação moderada dos reagentes, por meio de oscilação manual
dos frascos.
F.5.5 Os corpos-de-prova devem ser mantidos em uma estufa, em contato com os reagentes, durante 48 h, sob uma
temperatura de (23 ± 2)°C.
F.5.6 Após o prazo indicado em F.5.5, retirar os corpos-de-prova, lavá-los com água corrente e enxugá-los com um
pano.
F.5.7 Pesar cada corpo-de-prova, com exatidão de 0,0005 g, e anotar suas respectivas massas (P).
F.6 Expressão dos resultados
Calcular a perda de massa, em porcentagem, de cada corpo-de-prova ensaiado e para cada reagente, em relação à
massa inicial, conforme fórmula a seguir:
Pm = Pi - Pf x 100
Pi
Onde:
Pm é a perda de massa, em porcentagem;
Pi é a massa inicial do corpo-de-prova, em gramas;
Pf é a massa final do corpo-de-prova, em gramas.
NOTA - Expressar os resultados com duas casas decimais.
F.7 Relatório de ensaio
Deve ser apresentado relatório contendo, para cada corpo-de-prova ensaiado e para cada reagente, as seguintes
indicações:
a) número desta Norma;
b) nome ou tipo de junta; e
c) perda de massa Pm para cada tipo de resina e reagente, expressa em porcentagem.
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Anexo G (Normativo)
Método de ensaio para determinação da dureza de anel de vedação
G.1 Objetivo
Este anexo estabelece o método de ensaio de determinação da dureza em anéis de vedação.
G.2 Aparelhagem
Para a execução deste ensaio é necessária a utilização de um durômetro com escala em "Shore A", com suporte de
apoio e braço de alavanca de pressão.
NOTA - O durômetro deve ser aferido por laboratório especializado, em intervalos que não excedam 12 meses, devendo ser
comprovado por certificado de aferição.
G.3 Preparação do corpo-de-prova
G.3.1 Para anel de vedação para junta elástica de tipo "E", de seção não toroidal:
a) se o anel possuir uma só dureza: o corpo-de-prova é o próprio anel;
b) se o anel possuir duas durezas: de cada anel devem ser cortados seis corpos-de-prova, de cada uma das regiões
com dureza distinta, sendo identificados de forma que não sejam confundidos durante o ensaio.
G.3.2 Para anel de vedação para junta elástica de seção toroidal, o corpo-de-prova é o próprio anel.
G.4 Procedimento
G.4.1 Colocar o corpo-de-prova sobre o suporte de apoio do durômetro, de modo que a face apoiada esteja isenta da
marcação de identificação do anel.
G.4.2 Ajustar o corpo-de-prova de modo que o ponto escolhido para a medida esteja no centro de sua parte maciça,
fora da região de marcação de identificação do anel.
G.4.3 Acionar o braço de alavanca de pressão, de modo que o penetrador desça na vertical até o ponto de medida
escolhido, e efetuar a medida da dureza em até 2 s após o instante da penetração.
G.4.4 Número de medidas
G.4.4.1 Em corpos-de-prova constituídos pelo próprio anel, efetuar seis medidas em pontos distribuídos uniformemente
ao longo de anel.
G.4.4.2 Para corpos-de-prova retirados de anel com duas durezas:
a) deve ser efetuada a medida em um corpo-de-prova extraído de uma região de dureza e repetida a verificação da
medida nos demais corpos-de-prova no mesmo local onde foi verificada a dureza do primeiro corpo-de-prova;
b) deve ser efetuada a medida em um dos outros corpos-de-prova da outra região de dureza distinta e repetida a
verificação da medida nos demais corpos-de-prova, no mesmo local onde foi verificada a dureza no primeiro corpo-de-
prova desse tipo.
G.5 Expressão dos resultados
A dureza do anel de vedação é a média aritmética das seis leituras obtidas, expressa em Shore A, desprezando-se a
fração decimal.
As durezas do anel de vedação com duas durezas são as médias aritméticas de cada uma das seis leituras obtidas,
expressa em Shore A, desprezando-se a fração decimal.
G.6 Relatório de ensaio
Para cada lote de anéis de vedação deve ser apresentado um relatório contendo:
a) número desta Norma;
b) tipo de junta elástica do anel de vedação;
c) diâmetro nominal (DN) do anel de vedação; e
d) dureza(s) obtida(s), conforme o caso, de cada anel de vedação ensaiado.
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Anexo H (Normativo)
Determinação da deformação permanente à compressão de anel de vedação
H.1 Objetivo
Este anexo estabelece o método de determinação da deformação permanente à compressão de anéis de vedação para
junta elástica.
H.2 Aparelhagem
Para execução deste ensaio são necessários:
a) uma célula de compressão dotada de duas ou mais placas de aço, rígidas, planas, cromadas ou inoxidáveis,
destinadas a comprimir os corpos-de-prova a partir do acionamento de parafusos, conforme indicado na figura H.1;
b) espaçadores de aço destinados a manter constantes as distâncias entre as placas de aço, durante a realização do
ensaio, com alturas especificadas no anexo E ou anexo F, conforme o caso;
c) uma estufa com controle automático de temperatura, dotada de termômetro com escala mínima de 120°C e com
resolução de 0,5°C;
d) um paquímetro ou outro instrumento de medição, com resolução de 0,1 mm.
H.3 Preparação do corpo-de-prova
H.3.1 O corpo-de-prova consiste em um segmento de anel de vedação, com um comprimento de no mínimo 50 mm.
H.3.2 Medir a altura do corpo-de-prova em três pontos e calcular a média aritmética inicial (hi).
A altura do corpo-de-prova é a espessura do anel, tomada na direção perpendicular ao seu plano de apoio.
H.3.3 Selecionar espaçadores com a altura especificada e posicioná-los entre as placas de compressão da célula.
A altura dos espaçadores varia de acordo com a espessura e tipo de anel, sendo que os seus valores correspondentes
estão indicados no anexo E ou anexo F, conforme o caso.
H.4 Procedimento
H.4.1 Colocar os corpos-de-prova na célula de compressão, de tal maneira que a direção que determina sua altura
fique perpendicular às placas de aço. Deve-se cuidar para que haja espaço para a expansão lateral do corpo-de-prova
durante a compressão.
H.4.2 Apertar os parafusos da célula de compressão de modo que as placas se aproximem uniformemente, até que
ocorra o contato entre elas e os espaçadores.
H.4.3 Introduzir a célula na estufa previamente aquecida.
A temperatura interna da estufa e o tempo em que a célula é mantida na estufa estão indicados no anexo A ou anexo B.
H.4.4 Retirar a célula da estufa após ter decorrido o período de tempo especificado.
Resfriar a célula à temperatura ambiente durante um período de 30 min.
H.4.5 Medir, após o resfriamento e desmontagem da célula, a altura do corpo-de-prova em três pontos e calcular a
média aritmética final (hf).
H.5 Expressão dos resultados
A deformação permanente à compressão, expressa em porcentagem, é calculada pela equação:
DCP = hi - hf x 100
onde: hi
DPC é a deformação permanente à compressão, em porcentagem;
hi é a altura média inicial do corpo-de-prova, em milímetros;
hf é a altura média final do corpo-de-prova, em milímetros;
H.6 Relatório de ensaio
Para cada lote de anéis de vedação, deve ser apresentado um relatório contendo:
a) número desta Norma;
b) tipo de junta elástica do anel de vedação;
c) diâmetro nominal (DN) do anel de vedação; e
d) deformação permanente à compressão DPC, de cada anel ensaiado.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 35

250

250
Vista superior

Espaçadores

10
7
7
10
Anel de borracha
em ensaio

Figura H.1 - Desenho esquemático de dispositivo de ensaio para dterminação da deformação permanente
Projeto ABNT NBR 14208:2005 36

Anexo J (Normativo)
Determinação da variação da dureza com envelhecimento acelerado de anel de vedação
J.1 Objetivo
Este anexo estabelece o método para determinação da variação da dureza de anéis de vedação submetidos a
envelhecimento acelerado.
J.2 Aparelhagem
Para execução deste ensaio são necessários:
a) uma estufa dotada de:
- controle automático de temperatura;
- circulação interna uniforme de ar aquecido; e
- termômetro com escala mínima de 120°C e com resolução de 0,5°C;
b) durômetro com escala, em Shore A, com suporte de apoio e braço de alavanca de pressão.
NOTA - O durômetro deve ser aferido por laboratório especializado em intervalos que não excedam 12 meses, devendo ser
comprovado por certificado de aferição.
J.3 Preparação do corpo-de-prova
J.3.1 O corpo-de-prova consiste em um segmento de anel de vedação com um comprimento mínimo de 50 mm. Caso
o anel de vedação seja de tipo "E", de seção não toroidal, e possua duas durezas, devem ser extraídos dois corpos-de-
prova de cada anel, sendo um de cada região de dureza diferente.
J.3.2 Medir a dureza inicial Di, de cada corpo-de-prova, conforme estabelecido no anexo G. Observar que neste caso
o corpo-de-prova é um segmento de anel.
J.4 Procedimento
J.4.1 Colocar corpo-de-prova na estufa, suspenso por dispositivo apropriado, de modo a permitir o máximo contato
com a circulação do ar e evitar contato com as paredes da estufa com outro corpo-de-prova.
J.4.2 Regular a temperatura interna da estufa para (70 ± 2)°C.
J.4.3 Manter o corpo-de-prova nesta situação durante (72 ± 1) h.
J.4.4 Retirar o corpo-de-prova da estufa após o período de tempo estipulado em J.4.3 e deixá-lo esfriar sobre uma
superfície plana de madeira, à temperatura ambiente, durante 30 min.
J.4.5 Medir a dureza final Df do corpo-de-prova conforme anexo G.
J.5 Expressão dos resultados
A variação da dureza VD é calculada pela equação:
VD = Df - Di
onde:
VD é a variação da dureza, em Shore A;
Df é a dureza final do corpo-de-prova, em Shore A;
Di é a dureza inicial do corpo-de-prova, em Shore A.
J.6 Relatório de ensaio
Para cada lote de anéis de vedação deve ser apresentado um relatório contendo:
a) número desta Norma;
b) tipo de anel de vedação;
c) diâmetro nominal do anel de vedação;
d) tipo de elastômero; e
e) variação da dureza (VD) de cada anel ensaiado.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 37

Anexo K (Normativo)
Ensaio de determinação do alongamento permanente à tração de anel de vedação
K.1 Objetivo
Esta Norma prescreve o método para determinação do alongamento permanente à tração em anéis de vedação para
tubos e conexões cerâmicos com junta elástica, submetidos a envelhecimento acelerado.
K.2 Aparelhagem
Para execução deste ensaio são necessários:
a) um aparelho com dispositivos que permitam realizar a tração do corpo-de-prova até o alongamento especificado;
b) um paquímetro com resolução de leitura de 0,1 mm.
K.3 Preparação do corpo-de-prova
O corpo-de-prova consiste em um segmento de anel de vedação com comprimento mínimo de 100 mm.
K.4 Procedimento
K.4.1 Endireitar o corpo-de-prova e marcar, em sua região média, dois traços distantes 50 mm um do outro (Ci).
K4.2 Fixar o corpo-de-prova pelas suas extremidades nos dispositivos apropriados do aparelho de tração.
K.4.3 Tracionar o corpo-de-prova até que o valor da distância entre as marcas referidas em K.4.1 seja de 200 mm.
K.4.4 Manter o corpo-de-prova tracionado durante 15 min.
K.4.5 Retirar o corpo-de-prova do aparelho e colocá-lo em repouso durante 1 h.
K.4.6 Medir a distância final (Cf) entre as marcas referidas em K.4.1.
K.5 Expressão dos resultados
A deformação do alongamento permanente à tração DT é calculada pela equação:

DT = Cf - Ci x 100
Ci
onde:
DT é a deformação do alongamento permanente à tração, em porcentagem;
Ci é a distância inicial entre as marcas do corpo-de-prova, em milímetros;
Cf é a distância final entre as marcas do corpo-de-prova, em milímetros;
K.6 Relatório de ensaio
Para cada lote de anéis de vedação deve ser apresentado um relatório contendo:
a) número desta Norma;
b) tipo de anel de vedação;
c) diâmetro nominal do anel de vedação;
d) tipo de elastômero; e
e) deformação do alongamento permanente à tração DT de cada anel.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 38

Anexo L (Informativo)
Controle de processo de fabricação
L.1 Verificação do controle do processo de fabricação
L.1.1 Recomenda-se ao fabricante colocar à disposição do inspetor os documentos do seu controle do processo
de fabricação, tais como os procedimentos e relatórios, cuja exibição deve ser objeto de acordo prévio.
L.1.2 Convém ao comprador, ou seu representante, avaliar o controle do processo de fabricação e os recursos
técnicos para produção de tubos cerâmicos de junta elástica de acordo com os requisitos estabelecidos nesta
Norma.
L.2 Exames e ensaios de matéria-prima e de tubos e conexões cerâmicos durante a fabricação
L.2.1 Exames e ensaios para aprovação de lotes de matéria-prima (massa dosada composta)
Recomenda-se ao fabricante de tubos cerâmicos deve realizar os exames e ensaios de matérias-primas indicados
na tabela L.1, de tal forma que as amostras ensaiadas atendam aos requisitos desta Norma. Sempre que
solicitado, após acordo prévio com o comprador, o fabricante deve apresentar os relatórios dos ensaios.
Os exames e ensaios para aprovação prévia da matéria-prima antes de seu emprego devem ser realizados
anualmente, ou a cada mudança de jazida, ou na alteração da dosagem de componentes. A amostra representativa de
cada lote de matéria-prima deve ser escolhida aleatoriamente.
Tabela L.1 - Exames e ensaios da matéria-prima
Propriedades Amostra Requisitos Método de ensaio
Exame visual 3 Ausência de trinca, falhas, estrias e de fissuras 4.1.8
Som característico da homogeneidade do
Verificação de percussão 3 4.1.9
material
Absorção 3 ≤ 10% NBR 7529
Compressão diametral 3 Resistir às cargas indicadas na tabela 22 Anexo D
Resistência à pressão Sem expulsão do anel, ou descolamento da
3 Anexo C
hidrostática interna resina quando for o caso
Resistência aos ácidos 3 Não apresentar perda de massa NBR 7689 e NBR 14212
Estanqueidade da junta Os tubos e juntas devem apresentar-se
3 Anexo C
elástica e permeabilidade estanques
NOTA - Tubos ou conexões cerâmicos com ponta e/ou bolsa regularizadas com resina podem apresentar distorção do som
característico, sem que isto signifique falha ou defeito.
L.2.2 Exames e ensaios durante a fabricação de tubos cerâmicos de junta elástica
Recomenda-se ao fabricante de tubos cerâmicos de junta elástica deve efetuar o controle de processo de
fabricação de acordo com os exames e ensaios indicados na tabela L.2.
Tabela L.2 - Exames e ensaios de tubos cerâmicos de junta elástica durante a fabricação
Propriedades Periodicidade Requisitos Método de ensaio
Controle em verde
Ensaio de vácuo Ausência de trincas, falhas,
Controle da pressão
Permanente estrias ou fissuras.
Análise com durômetro e
Verificação da umidade do tubo Permanente
amperímetro
Definidas pelo fabricante
Controle do diâmetro para verificar Medição com
Diário
o desgaste da boquilha paquímetro
Controle da queima
Acompanhamento da curva de
Permanente Controle da temperatura Controle por pirômetro
queima
Controle da saída do forno
Aplicações de gabarito da ponta Tabela L.1 NBR 14211
Aplicações de gabarito da bolsa Tabela L.1 NBR 14211
Exame Visual Ausência de trincas, falhas,
4.4
Permanente estrias ou fissuras.
Exame de verificação da percussão Som característico de
4.5
homogeneidade do material
Controle da conicidade interna da Até 3 mm do diâmetro interno
NBR 14211
bolsa médio
Resistência química aos ácidos Anual Sem perdas de massa ≥ 1% NBR 7689
Controle de resina "E”, "K" e "O".
A cada dois
Resistência química aos ácidos anos Sem perda de massa Anexo F
NOTA - Tubos ou conexões cerâmicos com ponta e/ou bolsa regularizadas com resina podem apresentar distorção do som
característico, sem que isto signifique falha ou defeito.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 39

Anexo M (Informativo)
Transporte, armazenagem e assentamento de tubos cerâmicos com junta elástica
M.1 Transporte e manuseio
Tubos cerâmicos com junta elástica devem ser transportados, preferencialmente, em embalagens apropriadas (paletes)
para facilitar o seu manuseio e evitar danos ao produto e às extremidades dos mesmos, de modo a não prejudicar o
seu emprego com os anéis de vedação correspondentes. Para tanto, é importante que no recebimento ou no manuseio
os tubos cerâmicos os mesmos sejam mantidos paletizados até a sua aplicação e que se utilizem empilhadeiras ou
veículos com guinchos para a sua movimentação.
M.2 Inspeção de recebimento em almoxarifado ou em canteiro de obra
Para o recebimento em almoxarifado ou em canteiro de obra, além da conferência da carga, os tubos devem passar por
uma inspeção visual e um exame de verificação da percussão, conforme indicado em 4.4 e 6.3, para que seja possível
verificar a ocorrência de danos no transporte e sejam segregados os tubos defeituosos.
M.3 Armazenagem
M.3.1 Generalidades
Deve ser escolhido um local limpo e nivelado, para garantir um bom apoio, evitar danos aos tubos da camada inferior e
para que não ocorra o escorregamento dos tubos superiores da pilha.
Tubos cerâmicos podem ser armazenados ao ar livre, entretanto, anéis de vedação, luvas de polipropileno ou de
elastômero, assim como seus acessórios, devem ser armazenados em local abrigado, ventilado e protegido da
incidência direta dos raios solares.
Da mesma forma, para os casos de tubos e conexões cerâmicos cujas juntas elásticas são integradas a eles, quando
armazenados por períodos maiores do que o indicado em M.3.4, recomenda-se a sua armazenagem em local abrigado
e ventilado sem incidência direta dos raios solares.
M.3.2 Empilhamento de tubos cerâmicos
Quando não for possível manusear os paletes e conservar os tubos cerâmicos embalados, o empilhamento deve ser
feito como descrito em M.3.2.1 a M.3.2.3.
M.3.2.1 Escolher o local onde se pretende erguer a pilha de tubos, nivelar o terreno, mecânica ou manulmente, e esticar
uma corda como guia para a colocação da primeira camada de tubos, conforme indicado na figura M.1.

Figura M.1 - Nivelamento do terreno e colocação de uma corda para alinhamento da primeira camada
M.3.2.2 Colocar a primeira camada de tubos cerâmicos encostando as suas bolsas na corda, para seguir o alinhamento
demarcado, conforme indicado na figura M.2.
Ao completar a primeira camada devem ser colocadas estacas de travamento lateriais com no mínimo duas de cada
lado, para evitar o escorregamento da pilha correspondente.
M.3.2.3 Para evitar esforços que comprometam os tubos cerâmicos, a segunda camada deve ser empilhada sobre a
primeira, invertendo-se a posição dos tubos conforme indicado na figrua M.3, de tal forma que as bolsas fiquem
apoiadas sobre as pontas dos tubos da primeira camada e, assim sucessivamente, sempre apoiando as bolsas de cada
nova camada de maneira invertida em relação à camada inferior.
Projeto ABNT NBR 14208:2005 40

Figura M.2 - Colocação da primeira camada de tubo


No caso de tubos cerâmicos de juntas elásticas dos tipos “K” e “O”, além dos cuidados acima deve se tomar cuidados
especiais com as pontas dos tubos, as quais devem ficar dispostas conforme indicado no detalhe 1 da figura M.3, de tal
forma que as pontas regularizadas não sejam danificadas por esmagamento ou choques entre tubos.
Durante e após o empilhamento, nenhum dos tubos pode ser rolado sobre os demais.
No caso de tubos cerâmicos com pontas, eles devem ser armazenados conforme figuras M.4 e M.5.

5cm

Figura M.3 - Empilhamento de tubos com juntas elástica dos tipos “K” e “O”

Figura M.4 - Colocação da primeira camada de tubos com pontas

Figura M.5 - Empilhamento de tubos com pontas


Projeto ABNT NBR 14208:2005 41

Figura M.6 - Empilhamento de tubos em paletes


M.3.3 Número recomendável de camadas
Para evitar sobrecargas desnecessárias sobre os tubos cerâmicos das camadas inferiores e facilitar o manuseio dos
demais, recomenda-se um número limitado de camadas durante a montagem das pilhas, de acordo com o número
máximo, recomendável, de camadas indicado na tabela M.1.
Os tubos cerâmicos cujos diâmetros nominais são maiores do que DN 250 podem ser armazenados em pé, apoiados
sobre as próprias bolsas, dispostas adequamente sobre pisos nivelados, sem pedras ou outros objetos pontiagudos ou
outros defeitos que possam danificar as bolsas dos tubos.
Tabela M.1 - Número máximo recomendável de camadas de tubos cerâmicos empilhados

Diâmetro nominal
100 150 200 250 300 350 375 400 450
DN
Quantidade de
14 8 6 5 4 4 4 3 3
camadas
M.3.4 Para o caso de juntas elásticas de tipos “E”, “K” e “O”, recomenda-se que os tubos cerâmicos, quando expostos
ao sol, sejam armazenados por um período máximo de um ano. Se for necessário o armazenamento de tubos
cerâmicos por um período maior, recomenda-se também que as pilhas desses produtos sejam armazenadas em local
abrigado da incidência direta de raios solares.
NOTA - Para o caso de conexões cerâmicas, recomenda-se que elas sejam armazenadas sem empilhamento, de tal forma que cada
uma esteja apoiada sobre um piso regularizado, para se evitar o seu tombamento e eventual quebra de pontas ou bolsas.
M.4 Assentamento de tubos e/ou conexões cerâmicos com junta elástica
Antes dos tubos e/ou conexões cerâmicos serem colocados na vala, para o seu assentamento definitivo, deve ser feito
um novo exame de verificação da percussão conforme indicado em 4.4 e 6.3, para se assegurar de que não tenham
ocorrido quaisquer danos aos mesmos, durante o seu manuseio no canteiro de obras e que somente os tubos e
conexões perfeitos sejam instalados na rede coletora.
Quando for observado que as pontas ou bolsas de tubos e/ou conexões cerâmicos não estão adequadamente limpas,
deve ser promovida a sua limpeza, com estopa ou pano, antes do acoplamento delas.
Na execução de uma junta elástica, ambos os tubos e/ou conexões a serem montados devem estar alinhados, de modo
a evitar a ocorrência de sobretensões na bolsa.
Para instalação de tubos ou conexões com juntas elásticas de tipos “K” e “O”, antes de sua montagem, deve ser
aplicada uma camada de pasta lubrificante, sendo que para os componentes de tipo “K” deve-se aplicá-la nas pontas
ou nas bolsas regularizadas e para os componentes de tipo “O” deve-se aplicá-la nas bolsas regularizadas.
Nota - Para os casos de juntas de tipos “E”, “P” e “PPP” com anel toroidal, não deve ser utilizada pasta lubrificante.
M.4.1 Assentamento de tubos e/ou conexões cerâmicos com junta elástica do tipo A
Para execução da junta do tipo A devem ser seguidos os seguintes procedimentos:
a) limpar a superfície interna da bolsa e externa da ponta de todo tubo ou conexão a ser instalado, com auxílio de uma
estopa ou pano;
b) após a limpeza das superfícies interna da bolsa e externa das pontas, com o auxílio de estopa ou pano limpo, aplicar
uma camada de pasta lubrificante sobre a ponta de cada componente a ser instalado;
c) proceder à instalação do tubo ou conexão direcionando a ponta do tubo ou da conexão na horizontal (conforme
figura M.7), até a bolsa de um tubo ou conexão já instalado, providenciando o alinhamento de cada novo componente
em relação ao eixo da rede, quando o novo tubo ou conexão deve ser empurrado até a sua posição final;
d) após o assentamento de cada componente deve-se verificar com uma espátula se o anel de vedação está distribuído
uniformemente em todo perímetro da bolsa e, caso contrário, deve-se repetir o procedimento de montagem até a
instalação ser considerada perfeita.
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Figura M.7 - Instalação de tubos cerâmicos com junta elástica do tipo A


M.4.2 Assentamento de tubos cerâmicos com junta elástica do tipo P
Para execução desse tipo de junta, devem ser seguidos os seguintes procedimentos:
a) para instalar um anel de borracha na ponta de um tubo ou de uma conexão com junta elástica tipo P, as superfícies
externa da ponta e interna da bolsa devem estar limpas;
b) após a limpeza, com o auxílio de estopa ou pano limpos, proceder à instalação do anel de borracha na ponta do tubo
ou da conexão, tomando o cuidado para se evitar que ele sofra torção, o que pode prejudicar a sua instalação, e aplicar
uma camada de pasta lubrificante sobre a superfície da bolsa do componente já assentado;
c) encaixar a ponta do tubo ou conexão com o anel posicionado na bolsa do tubo ou conexão já assentado e empurrar
o novo tubo ou conexão até a sua posição final, conforme indicado no desenho esquemático da figura M.8;
d) quando se tratar de tubulações de diâmetros nominais de DN 100 ou de DN 150 é suficiente a pressão das próprias
mãos do instalador, no entanto, para tubos de diâmetros nominais maiores devem ser utilizadas alavancas;
NOTA - Quando se utilizar alavanca para instalação de tubos ou conexões, suas bolsas devem ser protegidas, com calços de madeira
ou com algum outro material de superfícies planas, desde que se proteja com lençóis de borracha, quando tais materiais forem muito
rígidos, como no caso de placas de aço.
e) alinhar o eixo de cada tubo ou conexão a ser encaixado com o eixo do tubo ou conexão já assentado e, assim
sucessivamente, repetindo-se em seguida os mesmos procedimentos de assentamento para todos os tubos ou
conexões a serem instalados.

Figura M.8 - Instalação de tubos cerâmicos com junta elástica do tipo P


M.4.3 Assentamento de tubos cerâmicos com junta elástica do tipo PPP
Para execução desse tipo de junta, devem ser seguidos os seguintes procedimentos:
a) para instalar um anel de borracha na ponta de um tubo ou de uma conexão com junta elástica do tipo PPP, as
superfícies externas das pontas dos tubos ou conexões assentados ou a serem instalados devem estar limpas;
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b) após a limpeza com o auxílio de estopa ou pano limpos, proceder à instalação do anel de borracha na ponta do tubo
ou da conexão e aplicar uma camada de pasta lubrificante sobre as superfícies internas de ambos os lados da luva
PPP e, em seguida, posicionar e encaixar a luva até a posição final de encaixe no tubo assentado;
c) com o primeiro tubo ou conexão na posição de assentamento e a luva encaixada na sua posição definitiva, preparar
o próximo tubo ou conexão para instalação, alinhar o novo tubo ou conexão com o eixo da rede, encaixando-o na luva
já montada, conforme indicado no desenho esquemático da figura M.9, repetindo-se os mesmos procedimentos de
assentamento para todos os tubos ou conexões a serem instalados.
NOTA - Todos os componentes a serem instalados devem ter seus eixos alinhados em relação aos demais componentes já instalados.

Figura M.9 - Instalação de tubos cerâmicos com junta elástica do tipo PPP

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