Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS
Exercícios
Questões
1. Como ocorre a síntese enzimática (síntese proteica) em uma célula?
A síntese proteica ocorre nos ribossomos, é realizado em três etapas: iniciação,
extensão e finalização. O processo começa quando uma pequena subunidade ribossômica
se liga ao mRNA no códon inicial, que é reconhecido pela molécula de tRNA que carrega a
metionina. O tRNA tem anti-códon UAC, que é emparelhado com o códon AUG, o chamado
códon de iniciação da tradução. Após esse processo, a subunidade grande do ribossomo se
combina com a subunidade pequena para tornar o ribossomo intacto.
O local onde o tRNA transportador de metionina entra no ribossomo é chamado de
sítio P. Este local é posteriormente ocupado pelo tRNA, que carrega a cadeia polipeptídica
que está sendo formada. Próximo a este local está o local A, que abriga o tRNA, que por sua
vez carrega os aminoácidos que serão colocados na cadeia polipeptídica formada. Depois
que o tRNA está localizado no local P, o novo tRNA é localizado no local A, e a fase de
extensão começa.
Depois que os dois primeiros tRNAs são combinados, os aminoácidos são conectados
por ligações peptídicas e o ribossomo se move para as três bases seguintes na molécula de
mRNA. O tRNA que carrega metionina é quebrado, e o segundo tRNA se move em direção
ao local P, deixando o local A para outro tRNA usar.
A molécula de mRNA é transportada pelo ribossomo de códon a códon até encontrar
o códon de parada UAA, UAG ou UGA, que representa o final da cadeia polipeptídica. Nesse
momento, o fator de liberação garante a separação de todos os componentes e fornece a
liberação do polipeptídeo completo. Esta última etapa é chamada de conclusão.
Av Itália, km 08 - Campus Carreiros – Rio Grande – RS, CEP: 96203-900, Tel.: (53) 3233-6959
Home Page: eqa.furg.br E-mail: eqa@furg.br
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS
Segundo o livro de Bioquímica Básica escrito por Anita Marzocco, o quadro acima mostra
que as letras d, e e f são irreversíveis. Observando a letra “d” (Glicose → Proteína) vê-se que a
glicose pode originar apenas alguns aminoácidos (Glicose →Piruvato → Ala, Cys, Gly, Ser), não
havendo via possível para a obtenção de Ile, Leu, Lys e Phe. Na ausência do conjunto completo de
aminoácidos, a síntese de proteínas é inviável. E ao observar a letra “e” (Ácido graxo → Glicose) é
impossível a síntese de glicose a partir de ácido graxo. Na sua degradação, os ácidos graxos são
convertidos a acetilCoA, com dois átomos de carbono; este composto condensasse com
oxaloacetato (quatro carbonos), formando um composto de seis carbonos, o citrato, e liberando a
coenzima A (CoA). Por reações subsequentes, o citrato pode regenerar o oxaloacetato, mas deve-se
notar que, nestas reações, há produção de duas moléculas de CO2. Esta sequência de reações
pode ser assim resumida:
Acetil-CoA + oxaloacetato (4) Citrato (6) + CoA
Citrato (6) Oxaloacetato + 2CO2
Somando essas duas reações, teremos:
Acetil-CoA (2) → 2 Co2 + CoA
Então, que os dois carbonos do grupo acetila da acetil-CoA são eliminados sob a forma de CO2 e
que não pode haver síntese líquida de oxaloacetato (e, portanto, de glicose) a partir de acetil-CoA. E
por fim, a letra “f” (Ácido graxo → Proteína) Por razões análogas às apontadas as questões
anteriores, não pode haver síntese de proteínas a partir de ácidos graxos.
Av Itália, km 08 - Campus Carreiros – Rio Grande – RS, CEP: 96203-900, Tel.: (53) 3233-6959
Home Page: eqa.furg.br E-mail: eqa@furg.br