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A lógica dos conceitos;

Abstração:
Parte do processo pelo qual se conhece algo.
A abstração é onde os sentidos externos captam objeto que é individual.
Após isso, já pelos sentidos internos, memória e imaginação, ocorre a exclusão daquilo que é
individual daquele objeto em si. Após a exclusão do que é individual, resta a essência da
coisa, que é quando realmente se conhece algo, acontece a geração do verbo mental.

Predicado:
A substância com os nove tipos de acidentes constituem os dez gêneros supremos do ente,
também chamados predicamentos ou categorias. Assim como o ser se reflete no conhecimento
e na linguagem, a esses modos de ser correspondem os diversos tipos ou gêneros de
predicados que se podem atribuir a uma coisa. “Já que quantas vezes se diz ente, quer dizer,
de quantas maneiras algo se predica. E por essa razão chamam-se predicamentos aos gêneros
supremos em que o ente se divide, pois se distinguem segundo o diverso modo de predicar.
Podemos atribuir ao Mateus os seguintes predicados: ‘é homem’ (substância), ‘é bom’
(qualidade), ‘é magro’ (quantidade), ‘é filho de Celia’ (relação) ‘está na sua sala de aula’
(onde), ‘está sentado’ (posição), ‘tem celular’ (posse), ‘chegou às 08:10’ (tempo), ‘está
escrevendo’ (ação), ‘tem sede’ (paixão)

Predicáveis:
Para se ter um entendimento mais perfeito das Categorias de Aristóteles, assim como
estabelecer uma melhor divisão e demonstração para alcançar a definição, é necessário
conhecer os predicáveis, a saber:
1) gênero - Isso quer dizer que só ao gênero cabe se predicar a inferiores cujas espécies são
diferentes.
2) espécie - A espécie possui dupla relação: por um lado ela é subordinada ao gênero, ou seja,
o gênero se predica da espécie (“Homem é animal”); por outro lado, ela é subordinante ao
indivíduo, ou seja, a espécie se atribui aos indivíduos (“Carlos é homem”; “João é homem”).
3) diferença - Antes de tudo, a diferença é uma forma que faz diferir do outro. “Racional” é
uma diferença que faz diferir de “bruto”. Note-se, portanto, que a diferença é sempre uma
relação
4) próprio - Aquilo que, sem referir à quididade da coisa, pertence, porém, só a essa coisa e
pode converter-se com ela.
5) acidente - Há três gêneros máximos de acidentes: 1) os que decorrem da essência. 2) 2.1)
inseparáveis do indivíduo, como por exemplo a cor da pele. 2.2) separáveis do indivíduo,
como por exemplo seu peso, sua altura
Analogia:
Ela age sobre conceitos, um conceito análogo diz que os objetos são diferentes, mas um pouco
parecidos. A analogia ajuda no conhecimento daquilo que pelos sentidos é difícil de se
conhecer. Tomemos o exemplo do sol e uma bola incandescente, são coisas diferentes, mas
parecidos, são esféricos, quentes e luminosos. Veja que o sol não é conhecido em sua
totalidade pelo homem, mas uma bola incandescente pode sim ser conhecida, portanto pode-
se usar o conhecimento sobre a bola incandescente pra se conhecer o sol.
Juízo:
Juízo é um ato mental de afirmação ou negação de uma ideia a respeito de outra, isto é, da
coexistência de um sujeito e um predicado.
Os juízos se dividem de acordo com a qualidade, a quantidade, a relação e a modalidade.
Quanto à qualidade, podem ser afirmativos ou negativos. Os afirmativos sustentam a
conveniência do predicado ao sujeito (o homem é racional), enquanto os negativos sustentam
a não conveniência entre eles (o homem não é imortal). De acordo com a quantidade, os
juízos podem ser de três tipos: universais, quando o sujeito é tomado em toda sua extensão
(todo homem é mortal); particulares, quando o sujeito é tomado em parte de sua extensão
(alguns homens são brasileiros); e individuais ou singulares, situações em que o sujeito é
tomado no mínimo de sua extensão (Aristóteles é filósofo).
Raciocínio:
Consiste em manipular a informação disponível, obtidas pelos juízos onde é feita a articulação
sobre aquilo que sabemos ou supomos, ser verdadeiro e extrair consequências disso, obtendo
informação nova. O resultado de um processo bem sucedido de raciocínio é que você fica
sabendo de algo que não sabia antes ou ao menos acreditando. O ponto de partida do
raciocínio nem sempre é algo concreto, mas pode ser também por suposições ou hipóteses,
como “Se eu comprar uma Dodge Ram”?

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