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Polticas Sociais e Territorios
Polticas Sociais e Territorios
REITOR
Fábio Josué Souza dos Santos
VICE-REITOR
José Pereira Mascarenhas Bisneto
SUPERINTENDENTE
Rosineide Pereira Mubarack Garcia
CONSELHO EDITORIAL
Ana Lúcia Moreno Amor
Josival Santos Souza
Luiz Carlos Soares de Carvalho Júnior
Maurício Ferreira da Silva
Paulo Romero Guimarães Serrano de Andrade
Robério Marcelo Rodrigues Ribeiro
Rosineide Pereira Mubarack Garcia (presidente)
Sirlara Donato Assunção Wandenkolk Alves
Walter Emanuel de Carvalho Mariano
SUPLENTES
Carlos Alfredo Lopes de Carvalho
Marcílio Delan Baliza Fernandes
Wilson Rogério Penteado Júnior
COMITÊ CIENTÍFICO
(Referente ao Edital nº. 002/2020 EDUFRB – Edital de apoio à
publicação de livros eletrônicos)
EDITORA FILIADA À
Heleni Duarte Dantas de Ávila
Jucileide Ferreira do Nascimento
Silvia de Oliveira Pereira
(Orgs.)
ISBN: 978-65-87743-28-8.
CDD: 361.61
Sine Calmon
Poeta e Músico do Recôncavo
Sumário
Apresentação
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do
Nascimento, Silvia de Oliveira Pereira ........................................................... 11
Prefácio
Maria Helena Elpídio ................................................................................................ 13
Parte I
Políticas Sociais, Territórios e Estado
Posfácio
Sobre os autores.....................................................................................................207
Apresentação
As organizadoras
Prefácio
negro em diáspora, que não esquece que a terra é coletiva e seus fru-
tos pertencem a quem os produzem. Um povo que, mesmo com o as-
sombro do açoite, sabe que a escravidão não é uma vocação natural e
nem foi um acaso histórico. E que desautoriza a política de morte, de
genocídio, a seguir impune. Pois, o neoliberalismo, o neoconservadoris-
mo, o machismo, o racismo, o sexismo, são armas da naturalização das
opressões e da exploração. Sendo assim, faces explícitas da necropolí-
tica, denunciadas e analisadas no decorrer destas páginas.
Na compreensão crítica e dialética que trata a política social
e o território, a/o leitora/leitor terão acesso a um conjunto de capí-
tulos que evidenciam as particularidades nos modos de produzir e
reproduzir a vida em tempos adversos do capitalismo em crise. Das
contradições do Estado nos processos de implementação de políti-
cas sociais, dos direitos, e seus desafios para a profissão e demais
sujeitos sociais que têm relação direta com tais políticas e serviços.
Tenho afirmado nos meus escritos que território é o chão da
luta de classes em movimento. Partindo deste pressuposto, vale res-
saltar no livro Política Social e Territórios a busca coerente da produ-
ção com os fundamentos do Serviço Social, ao considerar o direito e
a política social como mediações e campos permanentes de disputas
entre as classes. Isto posto, vale ressaltar que são atravessados por
mudanças estruturais e conjunturais do trabalho e das expressões
da questão social, em sua forma universal e particular. Assim, fica o
registro de uma semente que começa a germinar para um profícuo e
reconvexo amadurecimento de futuras gerações profissionais no solo
fértil do Recôncavo.
Introdução
2012 e 2017. Vale observar que essa taxa incide sobre a população
jovem (15 a 29 anos) do sexo masculino.
Estamos falando do cenário de um país em que raça é um dos
elementos estruturantes da desigualdade social e se por um lado,
não há qualquer novidade nisso, já que os movimentos sociais ne-
gros vêm apontando esse problema há décadas, só muito recente-
mente é que Políticas Sociais com recorte de raça e gênero vêm
sendo implementadas. É verdade também que tais políticas têm um
avanço importante ao final dos anos 90 e isso se estende até mais ou
menos o ano de 2016. A partir desse momento experimentamos uma
ameaça constante às Políticas e Direitos conquistados pela popula-
ção negra brasileira, fato que tem requerido articulação, vigilância
constante e atuação dos movimentos sociais.
Esse capítulo está dividido em 3 seções, nas quais apresenta-
remos alguns conceitos em torno das Políticas com recorte racial no
Brasil, em seguida faremos um balanço das ações afirmativas imple-
mentadas nos últimos anos e o contexto dessa implementação e fi-
nalmente, à guisa de conclusão, o texto retoma alguns aspectos con-
siderados relevantes para uma agenda de pesquisa sobre o tema.
tudantes com renda familiar per capta igual ou inferior a 1,5 salários
mínimos. A Lei prevê ainda que essas vagas sejam preenchidas por
estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e por pessoas
com deficiência, nos termos da legislação, em proporção ao total de
vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, in-
dígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Fe-
deração onde está instalada a instituição, segundo o último censo da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Lei nº
13.409, 2016).
Após a Lei de Cotas todas as IFES e os Institutos Federais (IFs)
adequam as suas resoluções para atender ao novo modelo. As Uni-
versidades Federais criadas após 2012 já iniciam seus trabalhos ado-
tando a reserva de vagas em compasso com a Legislação em vigor.
A agenda racial
Considerações finais
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
Gênero e feminismo
14 A autora é referida em todas as suas obras com o nome em letras minúsculas, in-
clusive nas fichas catalográficas, com exceção apenas quando o seu nome ou sobre
nome ocorre em início de frases. Este é, portanto, o modelo adotado pelas autoras
deste capítulo quando utilizam esta referência.
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do Nascimento e
60 Silvia de Oliveira Pereira (Orgs.)
Transversalidade de gênero
15 Santos (2012) expressa que não se pode compreender como “questão social”
a desigualdade e a pobreza situadas fora do modo de produção capitalista. Ela re-
corda que anterior ao capitalismo, no escravismo e no sistema feudal, já existiam a
exploração do trabalho, a diferença entre as classes e a propriedade privada. Entre-
tanto nesse novo modo de produção, essas se tornam centrais para a sua existência
e reprodução.
Política Social e Territórios 71
Diante do espelho
Referências
Introdução
Identidades na rua
Considerações finais
31 Trecho do Poema Aviso da Lua que Menstrua de Elisa Lucinda. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/elisa-lucinda-aviso-da-lua-que-menstrua/ Acessado em:
02/07/2020.
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do Nascimento e
94 Silvia de Oliveira Pereira (Orgs.)
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
Mundo do trabalho
gan, George Bush, George Bush Jr. Já os liberais influenciaram os governos de Bill
Clinton e Barack Obama.
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do Nascimento e
130 Silvia de Oliveira Pereira (Orgs.)
Trabalho Pós CF
Considerações finais
Referências
Introdução
Uberização do trabalho
Tempos de pandemia
Considerações finais
Referências
Introdução
Colonialismo e apropriações
Escravidão e reminiscências
47 Nem mesmo entre os escravos deixaram de existir distinções. Algumas se re-
feriam ao trabalho exercido pois havia diferenças entre servir na casa-grande ou
trabalhar no campo, ser escravo na grande propriedade ou "escravo de ganho" nas
cidades [...] Uma coisa era o preto retinto em um extremo e o mulato claro em outro.
Em geral, mulatos e crioulos eram preferidos para as tarefas domésticas, artesanais
e de supervisão, cabendo aos escuros, sobretudo aos africanos, os trabalhos mais
pesados (FAUSTO, 2016, p. 32).
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do Nascimento e
168 Silvia de Oliveira Pereira (Orgs.)
53 “Na história da acumulação primitiva, o que faz época são todos os revoluciona-
mentos que servem de alavanca à classe capitalista em formação, mas, acima de
tudo, os momentos em que grandes massas humanas são despojadas súbita e vio-
lentamente de seus meios de subsistência e lançadas no mercado de trabalho como
proletários absolutamente livres. A expropriação da terra que antes pertencia ao pro-
dutor rural, ao camponês, constitui a base de todo o processo” (MARX, 2013, p. 964).
Heleni Duarte Dantas de Ávila, Jucileide Ferreira do Nascimento e
174 Silvia de Oliveira Pereira (Orgs.)
54 Em “O Capital”, Volume 1 (2013), Capítulo 13: O trabalho Feminino (p. 575).
55 Os primeiros estudos sobre a divisão sexual do trabalho têm início na França
(1970) através do movimento feminista que questionava os sobretrabalhos que era
realizado pelas mulheres, invisibilizado na compreensão do que era de fato trabalho
em seu sentido produtivo. O trabalho que realizavam no âmbito privado/doméstico,
por exemplo, “[...] era analisado no âmbito dos papeis sociais biológicos da mulher:
da natureza da mulher, do amor, do cuidado, do dever materno” (HIRATA; KERGO-
AT, 2007, p. 597).
Política Social e Territórios 175
Considerações finais
Referências
Introdução
Sexualidade na escola
Sexualidade e prevenção
Considerações finais
Referências
Sobre os autores
Georgina Gonçalves
Assistente Social (UCSAL/2005). Mestre em Educação (UFBA/2001)
e Doutora em Ciências da Educação (Université de Paris VIII/2006).
Docente da graduação e pós-graduação (CAHL/POSTERR/UFRB).
Ex-diretora do CAHL (2011- 2015), ex-vice-reitora da UFRB (2015-
2019). Consultora da Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvol-
vimento Científico e Tecnológico do Estado do Maranhão e membro
da Rede Internacional de Pesquisa sobre Avaliação pelo Estudante.
Professora do Programa de Pós-Graduação de Estudos Interdiscipli-
nares sobre Universidade (EISU/UFBA).
Rosenária Ferraz
Assistente Social (UFJF/1999). Mestra em Serviço Social
(UFRJ/2006) e Doutora em Serviço Social (UERJ/2011). Pós-dou-
tora (NEIM/UFBA/2019). Docente da graduação e pós-graduação
(CAHL/POSTERR/UFRB). Desenvolve estudos e pesquisas acerca
de temas como: direitos humanos, sociologia do trabalho, gênero,
violência doméstica, sexismo e racismo, prática profissional, forma-
ção profissional e projeto ético-político, movimentos sociais, ética,
criança e adolescente e teoria social. Membro do Grupo de estudos
e pesquisas marxistas (CAHL/UFRB).
ISBN: 978-65-87743-28-8