Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
INTRODUÇÃO
O impulso magnético é provocado por uma bobina que pode ser estimulada ou
inibida, proporcionando uma ação na região cortical. Esta técnica é regulada por meio do ajuste
adequado da frequência e da intensidade destes impulsos. A indução de uma maior duração da
excitabilidade neural requer a utilização de alta frequência, ao contrário da aplicação de baixa
frequência, que reduz a excitabilidade cortical com uma durabilidade de horas ou dias.
Entretanto, após a indução de alta frequência faz-se necessário à utilização de um mecanismo
de refrigeração por ocasionar o aquecimento da bobina, gerando um alto custo para o manuseio
da aparelhagem (OKANO; ET AL., 2013; WAGNER; VALERO; PASCUAL, 2007).
A EMT divide-se em: repetitiva (EMTr), onde os pulsos são aplicados com uma
frequência constante, e EMT de pulso único, onde uma única corrente é levada ao córtex. Outra
modalidade não invasiva, indolor e de fácil manipulação, denominada Estimulação
Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), possui uma aparelhagem mais barata, diferente
da EMT que necessita de uma refrigeração, o que a torna mais dispendiosa (FREGNI;
PASCUAL, 2001; BOGGIO, 2006; COSTA et al., 2012).
apetite (BOGGIO; ET AL., 2006; BOLOGNINI; ET AL., 2011; ANTAL; PAULUS, 2010;
PALM; ET AL., 2008; MONTENEGRO; ET AL., 2011; MONTENEGRO; ET AL., 2012;
COGIAMANIAN ET AL., 2010).
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Título Autores|Ano Objetivo
Efeitos da estimulação
Avaliar os efeitos da estimulação transcraniana por corrente
transcraniana por corrente continua COSTA, T.
contínua sobre funções visuais básicas processadas por
sobre o processamento visual L., 2014.
diferentes vias e grupos de células no sistema visual.
básico.
Tabela 1. Resultados
pode oferecer em indivíduos com dor lombar crônica, porém, que um efeito mais duradouro
somente foi alcançado com associação da técnica de estimulação elétrica periférica.
Partindo para o âmbito psíquico, a EMT apresentou a potencial utilização no
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e no transtorno depressivo maior.
DUTRA, ET AL. (2017) aponta que a estimulação cerebral não invasiva melhora a cognição
de indivíduos com TDAH, porém pode apresentar efeito oposto em indivíduos sem o transtorno.
Já em relação ao transtorno depressivo maior, BRUNONI (2012) trás resultados que
demonstram que a ETCC pode ser utilizada de forma complementar ao tratamento
farmacológico, ou mesmo substituí-lo em indivíduos que não podem ou não querem fazer uso
de medicação.
A EMT também se mostrou eficiente na reabilitação de disfunções neurológicas,
como afasias e parestesias. SILVA, ET AL. (2018) indica a ETCC na reabilitação de pacientes
com afasia de Broca ou anômica decorrentes de acidente vascular encefálico; e GIONGO
(2015) indica para pacientes com parestesia pós cirurgias buco-maxilo, evidenciando, através
de testes táteis e térmicos, que a ETCC aliviou as parestesias.
Além disso, a ETCC pode ser utilizada como método avaliativo das funções
cerebrais. COSTA (2014) trouxe a ETCC como um método de estimulação de diferentes células
do córtex visual, tornando a técnica um potencial método do estudo do sistema visual. Da
mesma forma fez OLIVEIRA, ET AL., 2016., mas com um estudo voltado para a percepção de
tempo no córtex préfrontal dorsolateral, comprovando que os córtex direito e esquerdo agem
de forma diferente.
Apenas o estudo de SILVA (2016), que verificou as respostas fisiológicas do
exercício físico em idosos associado a ETCC, não apresentou resultados significantes,
afirmando que os efeitos do exercício nos participantes que não passaram pela ETCC foram os
mesmos dos que utilizaram a terapia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANTAL, A.; PAULUS, W. Transcranial magnetic and direct current stimulation in the therapy
of pain]. Schmerz, 24:161-6, 2010.
BOGGIO, P. S.; ET AL. Effects of transcranial direct current stimulation on working memory
in patients with Parkinson's disease. Journal of Neurological Science, v. 249, n.1, p. p. 31-38,
Nov. 2006.
BOLOGNINI, N.; ET AL. Neurophysiological and behavioral effects of tDCS combined with
constraintinduced movement therapy in poststroke patients. Neurorehabil Neural Repair,
25:819-29, 2011.
COGIAMANIAN, F.; ET AL. Non-invasive brain stimulation for the management of arterial
hypertension. Medical Hypotheses, 74:332-6, 2010.
COSTA, M, V.; ET AL. A estimulação transcraniana por corrente contínua como recurso
ergogênico: uma nova perspectiva no meio esportivo. Revista da Educação Física/UEM, v.
23, n. 2, p. 167-174, 2. trim. 2012.
MONTENEGRO, R. A.; ET AL. Transcranial direct current stimulation influences the cardiac
autonomic nervous control. Neuroscience Letters, 497:32-6, 2011.
CONEXÃO UNIFAMETRO 2020
XVI SEMANA ACADÊMICA
ISSN: 2357-8645
NITSCHE, M.A.; PAULUS, W. Excitability changes induced in the human motor cortex by
weak transcranial direct current stimulation. The Journal of Physiology, V. 527, p.633-639,
Sep., 2000.
NITSCHE, M. A.; ET AL. Transcranial direct current stimulation: State of the art. Brain
Stimulation, V.1, no. 3,p.206-223. Jul., 2008.
NORRIS, S.; DEGABRIELE, R.; LAGAPOULOS, J. Recommendations for the use of tDCS
in clinical research. Acta Neuropsychiatrica, v.22; p.197-98, 2010.
PALM, U., ET AL. Skin lesions after treatment with transcranial direct current stimulation
(tDCS). Brain Stimulation, 1:386-7, 2008.
SCHESTATSKY, P.; ET AL. Rapid therapeutic response toa nodal tDCS of right dorsolateral
pré-frontal córtex in acute mania. Brain Stimulation, V.6, no.4, p.701-3. Jul. 2013.