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LOPES
1. FUNÇÃO CARDÍACA
Lei do Tudo ou Nada: se o estímulo for forte o suficiente para provocar uma resposta do
neurônio, esta resposta será máxima. O coração obedece a esta lei, somente enquanto as condições
ambientais forem constantes. Ph sanguíneo, fadiga muscular, composição do sangue e temperatura
podem modificar a resposta cardíaca aos estímulos.
Lei de Starling ou Lei do Coração: quanto maior o fluxo para o ventrículo, maior será o
estiramento da fibra muscular e maior será a força de contração.
a. aorta
v. cava sup.
válvula válvula
a.pulmonar aórtica pulmonar
v. pulmonar AE válvula
mitral
AD
VE
a. coronárias
válvula VD
tricúspide
v. cava inf.
Rendimento Cardíaco
a) Cardíacas
- Hipertireoidismo
- Anemia
- Hipertermia
- Hipertensão
Bulhas Cardíacas
São sons normais que ouvimos quando auscultamos o coração. Representam abertura e
fechamento das válvulas cardíacas na sístole e diástole.
1ª BULHA:
a) fechamento da válvula tricúspide (A-V) e sua vibração;
b) abertura das válvulas aórticas e pulmonares;
c) saída de sangue dos ventrículos (fase de ejeção rápida)
d) choque do sangue na aorta e na artéria pulmonar
2ª BULHA:
a) queda da pressão nos ventrículos
b) fechamento da válvula aórtica e pulmonar;
c) vibração da artéria aorta e artéria pulmonar;
d) abertura das válvulas A-V
3ª BULHA:
É um som fraco e abafado de difícil percepção que esporadicamente pode ocorrer quando
há incoordenação nos batimentos dos dois ventrículos.
Sopros Cardíacos
a) exercícios físicos;
b) anemia e tireotoxicose;
c) estenose valvular
1) estenose mitral/tricúspide: sopro na diástole
2) estenose aórtica/pulmonar: sopro entre a 1ª e 2ª bulhas
3) insuficiência da válvula aórtica: sopro pré-sistólico
a) Controle Nervoso
- Ph baixo: a acidose inativa o nó sino-atrial e produz bradicardia CO2 elevado (até 60 mmHg):
taquicardia O2 baixo: taquicardia
c) Controle mecânico
Coração Esquerdo
A insuficiência do coração esquerdo e a pressão arterial elevada têm como complicação o edema
pulmonar.
2. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
Tipos de respiração
*** O ar ambiente tem cerca de 21% de oxigênio. No pulmão há uma concentração de 15%
e apenas 5 % são aproveitados na hematose. O ar expirado tem 18% de oxigênio e 2% de
CO2.
Músculos Respiratórios
Pressão
negativa
Músculos
intercostais
PP PV
Movimentos inspiratórios
Músculos 2% CO2
intercostais 18% 02
Movimentos expiratórios
Controle da respiração
È executado por mecanismos regulados pelo Centro Respiratório (Bulbo), pelo controle químico
e pelo controle nervoso.
Concentrações de CO2:
De 40 a 60 mm Hg - Respiração normal
O aumento do CO2 acima de 60 mmHg provoca acidose por produção de H2CO3 ( ácido
carbônico), o Ph sanguíneo baixa e o resultado é a taquipnéia.
Pressão
intra-torácica
apnéia
X2
co
apnéia
Ciclo de Hering-Breuer
1 INTRODUÇÃO
Na prática odontológica é comum nos depararmos com doentes portadores de patologias diversas:
hipertensos, cardiopatas, diabéticos, asmáticos. Estes pacientes merecem atendimento especial e para
tanto, necessitamos de conhecimentos que nos permitam avaliá-los corretamente e tratá-los
convenientemente.
Cultura é o principal elemento de diagnóstico sem a qual nada poderemos realizar. A leitura de
bons livros sobre o assunto, facilitará o exercício profissional neste aspecto.
2 LIPOTÍMIA
É a diminuição da tensão de Oxigênio nos tecidos, ocasionada por stress: emocional, visual ou
auditivo. Pode ocorrer antes, durante ou após o atendimento.
a) confusão mental;
b) taquipnéia;
c) palidez cutânea;
d) sudorese fria;
e) escurecimento da vista;
f) zumbido no ouvido;
g) tonturas, agitação;
h) hipotensão postural;
i) taquisfigmia;
j) pulso filiforme.
a) tranqüilizar o paciente;
b) afrouxar roupas;
c) posição de Trendeleburg;
d) manter o ambiente arejado;
e) estimular a respiração;
f) oxigenoterapia (se necessário).
Oxigênio é droga e como tal não deve ser utilizado aleatoriamente.. Deveremos considerar a
possibilidade de fogo, ressecamento de via aérea e intoxicação. Em paciente com respiração espontânea o
oxigênio deve ser administrado em máscara a 5 litros/min. Isto eleva a concentração de O2 no sangue em
40%.
3 HIPERVENTILAÇÃO
3.1 Conduta
Sentar o paciente, tranquilizá-lo, respirar pausadamente, saco de papel sobre a cabeça para forçar
o paciente respirar o mesmo ar, administrar oxigênio associado a 5% de CO2, utilizar tranquilizante
(causa básica é o medo e a ansiedade).
4 HIPOGLICEMIA
Hipoglicemia é a diminuição da taxa de glicose circulante e deve ser diferenciada da lipotímia pois
apresenta sintomas semelhantes. Tem como causas básicas:
a) Excesso de insulina;
b) Supressão da Alimentação;
c) Exercício físico prolongado.
A glicose é a única reserva de energia que o cérebro dispõe para realizar seu metabolismo. Em
conseqüência, a sua diminuição acarretará os seguintes sintomas:
a) palidez cutânea;
b) sudorese fria;
c) escurecimento da vista;
d) tonturas e fraquezas;
e) náuseas e tremores;
f) apatia e irritabilidade;
g) hipotensão postural;
h) fome e convulsões.
4.1 Prevenção
Orientação ao paciente.
4.2 Tratamento
Deve-se considerar no tratamento a gravidade do caso:
a) casos leves:
- 10 a 20g de carboidratos;
- copo de leite integral.
b) casos graves:
- glicose E.V. a 50% (20 a 50 ml); ou VO
- hospitalização (soro glicosado)
4.3 COMPLICAÇÕES
5 HIPERGLICEMIA
É considerado diabético o paciente que apresenta taxas de glicose acima de 140 mg%/plasma em
jejum. Para a prática odontológica, é importante sabermos que a glicose aumentada interfere no
funcionamento dos fibroblastos e leucócitos. Em consequência ocorre uma deficiência de cicatrização e
propensão à infecção por estafilococos e gram-negativos.
O médico deve orientar o Cirurgião-Dentista sobre o estado geral do paciente e suas condições
para intervenções odontológicas.
O paciente diabético suporta taxas elevadas de glicose, mas não suporta as taxas diminuídas. O
importante é fazer-mos com que o nosso paciente diabético não desenvolva quadro de hipoglicemia
durante ou após o tratamento odontológico. Alguns fatores precipitam a hipoglicemia, que é perigosa
para o paciente diabético:
a) infecção;
b) medicamentos;
c) cirurgias;
d) tratamentos prolongados.
5.1 Conduta:
6 CRISE CONVULSIVA
É um distúrbio neuronal que provoca convulsões focais ( tipo pequeno mal) ou generalizados
( tipo grande mal).
6.1 Causas
6.2 Sintomas
a) início súbito;
b) convulsões gerenalizadas;
c) mordedura da lingua;
d) confusão mental;
e) relaxamento de esfíncteres;
f) amnésia após a crise.
Uma vez iniciada uma crise convulsiva, deve-se tomar as seguintes medidas:
7 CRISE ASMÁTICA
7.1 Sintomas
7.2 Tratamento
a) spray (Salbutamol)
b) inalação com 1 gota de berotec + 2 ml de SF.
7.3 Prevenção:
a) anamnese;
b) usar anestésico com vaso constritor adrenérgico;
c) minimizar o stress;
d) atendimento curto.
8 CHOQUE
8.1 Tipos
8.2.1 Sintomas
Na anafilaxia, o paciente pode passar rapidamente de uma sensação de calor para um quadro de
insuficiência respiratória . Atenção para os seguintes sinais e sintomas:
a) sensação de calor;
b) vasodilatação periférica;
c) agitação;
d) tosse espasmódica (bronco-espasmo);
e) prurido;
f) edema laríngeo (aperto na garganta);
g) sudorese e palidez;
h) perda dos sentidos;
i) convulsões;
j) relaxamento dos esfíncteres;
l) náusea e vômitos;
m) dor pré-cordial;
n) hipotensão.
8.2.3 Prevenção
Anamnese bem dirigida e não administrar drogas que o paciente relate alergia.
Suspensão do agente causal e medidas de combate aos sintomas, com reposição da volemia. O
profissional deve ficar atento para o desenvolvimento das fases descritas abaixo, sabendo que as fases
podem não seguir necessariamente a mesma ordem descrita:
9 SÍNCOPE VASO-VAGAl
Mesmo tendo o paciente se recuperado da situação, convém encaminhá-lo para consulta em centro
especializado.
10 CRISE HIPERTENSIVA
A pressão arterial de um adulto acima de 18 anos deve variar até 135 x 85 mmHg. Acima de 140 x
90 é considerada hipertensão. Sendo considerada crise hipertensiva pressões acima de 210. Esta situação
exige tratamento imediato com a seguinte conduta:
90 104 130
D____________________________________________________________________________
Dor no peito com duração de 1 a 3 minutos. Dor acima de 30 minutos indica Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM). É uma dor ocasionada por obstrução coronariana ocasionando isquemia temporária do
miocárdio e os seguintes sintomas:
a) dor no peito irradiando para a hemimandibula;
b) formigamento de membros;
c) dor em hemitórax;
d) dor em membro superior esquerdo;
e) dificuldade respiratória.
a) medir a PA;
b) se pressão sistólica acima de 90 mm hg, fazer isordil 5 mg – sublingual;
c) repetir após 15 minutos se necessário;
d) se houver dificuldade respiratória fazer oxigênio 5 litros/min;
e) monitorar a pressão arterial.
12.1 Sintomas:
a) ansiedade;
b) pulso acima de 200 b.p.m
c) náusea;
d) vômito;
e) inquietação;
f) fraqueza e desmaio.
12.2 Causas
12.3 Conduta
a) tranqüilizar o paciente;
b) sedação se for o caso;
c) manobras vaso-vagais:
- provocar vômitos;
- provocar tosse;
- engolir gelo picado;
- comprimir as carótidas.
d) encaminhar ao médico caso não melhores.
13.1 Definição
Conjunto de manobras que visam reverter o caracterizado por apnéia (ausência de respiração) e
ausência de quadro pulsos.
A Reanimação Cardio-pulmonar (RCP) deve ser iniciada por quem diagnostica a parada, não
podendo ser protelada. Deve-se iniciar a reanimação enquanto se aguarda atendimento especializado.
Chamar o resgate e iniciar a desfibrilação é fundamental para salvar a vida do paciente, visto que somente
2% das RCP apresentam sucesso sem desfibrilador.
Procurar manter a vítima em uma superfície firme com a cabeça mais baixa que os pés e, se
possível, solicitar auxílio enquanto inicia a RCP.
13.6 Manobras
Devemos observar quatro aspectos na reanimação cardio- pulmonar: abertura da via aérea,
ventilação artificial e circulação artificial (ABC)
Manobra destinada a liberar a via aérea, removendo qualquer tipo de objeto que possa ocasionar
uma dificuldade na ventilação:
Toda reanimação cardio-pulmonar deve ser iniciada por duas insuflações, através de equipamentos
ou boca-boca:
b) Como Ventilar:
- iniciar com 2 ventilações de 1 a 1,5 seg cada;
- continuar na relação 1 insuflação para cada 5 seg. se não estiver respirando mas houver
Circulação;
- faça 2 insuflações para cada 15 compressões se não houver circulação.
13.6.3 Circulação Artificial - (Compressão Torácica Externa) (C)
A compressão torácica externa visa manter artificialmente a circulação cerebral e pode ser
realizada por um ou dois reanimadores:
a) onde comprimir: Palma da mão sobre a metade inferior do esterno (linha intermamilar);
b) que tipo de compressão: 100 compressões por minuto;
c) como comprimir ( 3 a 5 cm) :
- 15 compressões para 2 ventilações se estiver sozinho ou acompanhado.
A via venosa deve ser a mais calibrosa possível, acima do diafragma, de preferência nos braços.
13.7 Medicação
Quando o resgate chegar. A decisão deve ser do médico, quando considerar a vítima irrecuperável.
Se houver sucesso na RCP, transferir o paciente para uma UTI o mais breve possível.
14 MEDICAÇÃO EMERGENCIAL
14.1 LIPOTÍMIA
OXIGÊNIO em máscara: 5 a 6 litros/min com cautela para não deprimir o centro respiratório.
14.2 HIPOGLICEMIA
15 MATERIAL NECESSÁRIO