Você está na página 1de 2

CAPÍTULO 7

1) Se P(x)= anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0, com an0 e p(x)= bpxp+bp-1xp-1+...+b1x+b0, com n  p


a  a 
e bp0, tome q0(x)= n x n p . P(x)p(x)q0(x)=  a n1  n b p1 x n1 + ... tem grau no máximo
bp  bp 
 
igual a n1.
Pondo P(x)p(x)q0(x) para desempenhar o papel de P(x), vemos que existe um polinômio
q1(x) tal que P(x)p(x)q0(x)p(x)q1(x)= P(x)p(x)[q0(x)+q1(x)] tem, no máximo, grau n-2.
Prosseguindo, vemos que existe um polinômio q(x)= q 0(x)+q1(x)]+...+qn-p(x) tal que
P(x)p(x)q(x) tem grau, no máximo, igual a p1. Chamando P(x)p(x)q(x) de r(x), está
provado o que se queria demonstrar.

2) Se P(x)=p(x)q1(x) + r1(x) e P(x)=p(x)q2(x) + r2(x) com os graus de r1(x) e de r2(x)


ambos menores que o grau de p(x), temos, subtraindo, p(x)[q 1(x)q2(x)]= r2(x) r1(x),.
Se q1(x)q2(x) não for identicamente nulo, o grau do primeiro membro será igual a ou
maior que o grau de p(x), ao passo que o grau do segundo membro será menor que o
grau de p(x). Logo, q1(x)q2(x) é identicamente nulo, ou seja, q 1(x)=q2(x). Substituindo,
obtemos 0= r2(x) r1(x), ou seja, r1(x)= r2(x).

3) a) Se  é raiz simples de p(x) então p(x)=(x-)q(x), com q()  0. Daí, p()=(-)q()=0


e, como p’(x)=(x-)’q(x)+(x-)q’(x)= q(x)+(x-)q’(x), p’()=q()  0.

b) Se p() = 0 e p’()  0, então p(x)=(x)q(x) pois  é raiz de p(x) e, como p’(x) =


(x-)’q(x)+(x-)q’(x)= q(x)+(x-)q’(x), q() = p’()  0.

c) Se  é raiz dupla de p(x) então p(x)=(x-)2q(x), com q()  0. Daí, p()=(-)q()=0 e,


como p’(x)=[(x-)2]’q(x)+(x-)2q’(x)= 2(x)q(x)+(x-)2q’(x) e p’’(x) = 2q(x)+4(x)q’(x)+
(x-)2q’’(x), p’()=0 e p’’() = 2q()  0.

d) Se p() = p’() = 0 e p’’()  0, então p(x)=(x)q(x) pois  é raiz de p(x) e, como p’(x)
= (x-)’q(x)+(x-)q’(x)= q(x)+(x-)q’(x), q() = p’() = 0; logo,  é raiz de q(x) e, portanto,
q(x) é divisível por (x), o que garante a existência de um polinômio q 1(x) tal que
q(x)=(x)q1(x). Então p(x)=(x)q(x) = (x).(x)q1(x) = (x-)2q1(x); como p’(x)=
[(x-)2]’q1(x)+(x-)2q1’(x)= 2(x)q1(x)+(x-)2q1’(x) e p’’(x) = 2q1(x)+4(x)q1’(x)+
1
(x-)2q1’’(x), p’’() = 2q(), q() = p' ' ()  0.
2

4) Errado. Se p(x)=x2-1, temos p’(x)=2x. 0 é raiz simples de p’(x) mas não é raiz dupla de
p(x).

( x  1)( x  3)( x  4) ( x  2)( x  3)( x  4) ( x  2)( x  3)( x  4)


5) p(x)= 2 +1 +4 +
(2  1)(2  3)(2  4) (1  2)(1  3)(1  4) (1  2)(1  3)(1  4)
( x  2)( x  3)( x  4) 4 65
3 =  x 3  10x 2  x  15.
(1  2)(1  3)(1  4) 3 3
6) Seja p(x)= anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 e suponhamos an>0. Seja k o maior dos números
a 0 , a 1 ,..., a n1 .
Se x>1, a n1x n1  ...  a1x  a 0  an1 x n1  ...  a1 x  a0  an1 xn1  ...  a1 x  a0 
kxn-1+...+kxn-1+kxn-1=nkxn-1. Se tomarmos um valor para x que, além de ser maior que 1,
nk nk
seja também maior que , teremos x> , anx>nk, anxn>nkxn-1> a n1x n1  ...  a1x  a 0 ,
an an
p(x)>0.

n1 n1 n1 n1


Se x< 1 , a n1x n1  ...  a1x  a 0  an1 . x  ...  a1 . x  a 0  k x +...+ k x +k x

n1
=n k x . . Se tomarmos um valor para x que, além de ser menor que 1, seja também
nk nk
menor que  , teremos x<  , anx< nk, anxn < nkxn-1 (como n é ímpar, xn-1 é
an an
n1
positivo), a n x n  nk x (na desigualdade anterior os dois membros são negativos; de
dois números negativos, o menor é o que tem o maior módulo),
a n x n  a n1x n1  ...  a1x  a 0 e, como anxn é negativo, p(x)<0.
Caso fosse an < 0, bastava aplicar a conclusão ao polinômio p(x).
Pela continuidade do polinômio, se p(x 1)<0 e p(x2)>0, existe x0 compreendido entre x1 e x2
tal que p(x0)=0.

x n1  1
7) 1 não é raiz do polinômio pois p(1)=n+10. Se x 1, p(x)= . Como n é par, não
x 1
existe x real, x1, tal que xn+1=1. Logo, p(x)  0 também para todo x real diferente de 1.

8) Obtém-se x0=3; x1=2,333; x2=2,238; x3=2,236; x4=2,236. Como 2,2362<5 e 2,2372>5, a


resposta é 2,236.

9) Devemos determinar a raiz real de p(x)=x 3-a. A fórmula do método de Newton é


x a 2
3
p( x n ) a
xn+1= x n  = xn  n 2 = xn  2
.
p' ( x n ) 3x n 3 3x n
2 a
No caso a=2, a fórmula fica xn+1= xn  2
. Começando com se x0=1, obtém-se
3 3xn
x1=1,3333; x2=1,2639; x3=1,2599; x4=1,2599. Como 1,25993<2 e 1,26003>2, a
3
aproximação de 2 com 4 decimais exatas é 1,2599.

Você também pode gostar