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INTRODUÇÃO

Trabalho da disciplina de Psicologia das Organizações, da professora Juliana


Chaves, que tem como objetivo avaliar o conhecimento dos alunos sobre o conteúdo
de 2º Revolução Industrial, Taylorismo e Fordismo cuja referência são os textos um
(Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo), texto dois (Cenários
Contemporâneos do Mundo do Trabalho) e o filme “A classe operária vai ao
paraíso”. Além de expor as discussões como fetiche, problemas de saúde de
trabalhadores, dentre outros fatores que foram analisadas durante as aulas
síncronas.

Além de ter como objetivo fazer com que os futuros administradores tenham uma
consciência mais humana em relação a seus funcionários, assim ajudar a identificar
problemas empresariais decorrentes do dia a dia de empresa e obter êxito para
conseguir resolve-los com exemplos já existentes que funcionaram.
DESENVOLVIMENTO
No filme pode-se analisar que os meios de produção eram da 2º Revolução
Industrial, baseados no modelo de Ford e de Taylor um dos problemas que são
vistos é o fato de o operário estar muito tempo na empresa, mas não possuir um
conhecimento do que ele produz diariamente já que nunca viu o produto pronto. Isso
se dá como um aperfeiçoamento do trabalho no modelo de Taylor, uma já que o
operário ele realizaria apenas uma função na fábrica assim diminuindo o tempo de
produção e como consequência traria um melhor custo beneficio ao dono da fábrica
e os operários tornam-se pensativos em relação ao resultado final.

Igualmente, vemos que no filme tem alguns “cientistas” que cronometram o


tempo das funções de cada operário sempre pedindo mais produtividade, isso fazia
com que gerasse um descontentamento da parte dos funcionários visto que quando
conseguiam atingir a meta estipulada pediam para aumentar a meta. Além de pedir
para que diminuísse movimentos vistos como desnecessários para “ganhar tempo”
no método de produção, dessa forma analisa-se que através desses modelos de
trabalho o que diferencia o operário da gerência é a força intelectual.

Também é demonstrado que devido à insatisfação dos funcionários os


mesmos utilizam métodos para “sabotar” o sistema e pararem a produção para
ganhar descansos e pausas, já que o único momento em que paravam de trabalhar
era no horário de almoço que tinham apenas cinco minutos e com uma carga horária
de doze horas. Visto isso os funcionários desse modo de produção eram visto como
“preguiçosos” em que a gerência devia estar sempre próxima para que continuem a
trabalhar fazendo assim um principio de controle.

Isso gera muitos acidentes durante o dia a dia e no filme vemos o


personagem Lulù Massa perder um de seus dedos devido querer cumprir sua função
como os gerentes pedem, assim gera um enorme descontentamento desse
funcionário e dos outros operários que já estudavam sobre uma possível greve.
Dessa forma nesse modelo de produção os operários além de serem comparados a
máquinas sempre aumentando a produção, sendo explorado por ter uma mão de
obra baixa e não ter uma assistência adequada quando ocorrem acidentes, além de
gerar um aspecto robotizado devido às atividades simples diárias.

Outro objeto de estudo é o “fetiche” que o filme apresenta onde a mulher de


Lulù utiliza cabelo falso (peruca), tintura de unhas dentre outros instrumentos para
melhorar sua aparência diante a sociedade, além possuírem uma casa cheia de
artigos que após umas de suas crises Lulù se pergunta o motivo de ter comprado
todos aqueles bens por valores exorbitantes. A compra desses bens vem devido à
alienação do trabalhador capitalista, em que os produtos são para possuir uma
classe social, estabelecida entre os homens encontrada no estranhamento que
intensifica com o capitalismo.

Com o tempo de trabalho, os operários com o passar dos anos vão adquirindo
doenças, tiques e outros problemas, que são frutos das péssimas condições de
trabalho fornecidas na época, esse aspecto comum é representado no filme por
Militina que de muito tempo trabalhando ele é internado em um hospício. Mostrando
que o homem não é uma maquina apesar de que nesse sistema ele é visto como
uma.

Quando Lulù volta a trabalhar na fabrica observa-se uma diferença na forma


de produção, que agora as maquinas são de esteiras demonstrando ao público uma
importante mudança que virá a se tornar uma forte característica do Fordismo. Além
de não serem mais “comandados” pela gerência e sim por maquinários diminuindo
ou aumentando a produção. Com isso, se sabe que os funcionários voltaram as
fabricas com mias incentivos já que o Fordismo ele tem aumento salariais em
relação ao método de Taylor.

Outro fator é a diferenciação entre o engenheiro do funcionamento da fábrica


e os operários que no Fordismo e Taylorismo é resultante da separação social entre
trabalho material e o trabalho intelectual. Dessa forma levava uma divisão social que
leva a crer que o operário possui uma tarefa que não exige conhecimentos, mas
apenas força bruta enquanto o trabalho intelectual é o responsável exclusivo pelo
conhecimento.
CONCLUSÃO
Após análise do filma podemos retratar que o mesmo foi muito correto em
recriar as características dos modelos de produção Fordista e Taylorista
apresentando suas qualidades e defeitos, além de observar a sociedade ao redor
desse modo de produção que teve suas vidas muito afetadas.

Com isso é possível entender que existe formas de o funcionário exercer suas
atividades diárias com eficácia e eficiência, mesmo quando o serviço se torna mais
humanizado e o ser humano mais valorizado como um todo. Que através disso
devemos sim ouvir os trabalhadores e ver seus pontos de vistas e suas variadas
forma de executar o serviço além de nos alertar para não agir visando único e
exclusivamente o lucro.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
GRAMSCI, Antônio. Americanismo e Fordismo. In: GRAMSCI, A. Maquiavel, a
política e o Estado Moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989, p. 375-413.
Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

GOULART, Iris Barbosa; GUIMARÃES, Renata Fraga. Cenários contemporâneos


do mundo do trabalho. Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e
temas correlatos, v. 3, p. 17-36, 2002.

NAVARRO, Vera Lucia; PADILHA, Valquíria. Dilemas do trabalho no capitalismo


contemporâneo. Psicologia & Sociedade, v. 19, n. spe, p. 14-20, 2007.

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