O documento discute o controle de convencionalidade no Brasil. Explica que este controle verifica a compatibilidade das normas jurídicas com tratados internacionais de direitos humanos. O controle concentrado cabe ao Supremo Tribunal Federal por meio de ações como ADCs e ADPFs. O controle difuso é exercido pelos juízes em seus respectivos tribunais.
O documento discute o controle de convencionalidade no Brasil. Explica que este controle verifica a compatibilidade das normas jurídicas com tratados internacionais de direitos humanos. O controle concentrado cabe ao Supremo Tribunal Federal por meio de ações como ADCs e ADPFs. O controle difuso é exercido pelos juízes em seus respectivos tribunais.
O documento discute o controle de convencionalidade no Brasil. Explica que este controle verifica a compatibilidade das normas jurídicas com tratados internacionais de direitos humanos. O controle concentrado cabe ao Supremo Tribunal Federal por meio de ações como ADCs e ADPFs. O controle difuso é exercido pelos juízes em seus respectivos tribunais.
2 – Considerando a sistemática do ordenamento jurídico brasileiro e
levando em conta tua resposta na questão anterior quanto ao modelo de funcionamento para a internalização do DIP no DI, discorra sobre o controle de convencionalidade, explicando em conclusão quais são os poderes da República com competência para aferir esse controle e em quais oportunidades que isso se dá (1,5 pontos)
Uma norma interna para ter eficácia, além de estar necessariamente em
conformidade com a Constituição Federal, também precisa estar em concordância com os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Estado brasileiro. Portanto, afirmamos que o controle de convencionalidade refere-se ao controle da compatibilidade das normas jurídicas diante de tratados internacionais de direitos humanos. O doutrinador Valério Mazzuoli esclarece com maestria a forma em que se dá o controle de convencionalidade. Para Mazzuoli, os tratados internacionais de direitos humanos incorporados no ordenamento jurídico brasileiro na forma do Art. 5º, §3º da Constituição Federal, isto é, com status de emenda constitucional, servem de parâmetro para o controle de convencionalidade. Nesse sentido, utiliza-se o controle de constitucionalidade concentrado para dizer que uma determinada norma interna fere o artigo de um determinado tratado internacional. Dessa maneira, por meio do controle de convencionalidade propõe-se ações no âmbito do controle de convencionalidade concentrado, quais sejam, ADI (ação direta de inconstitucionalidade), ADC (ação declaratória de constitucionalidade) e ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental). Além do controle de convencionalidade concentrado também é possível aplicar o controle de convencionalidade difuso. Com relação aos tratados internacionais de direitos humanos que não foram incorporados no ordenamento jurídico brasileiro na forma de status de emenda constitucional, de acordo com a doutrina de Valério, esses tratados continuam com status constitucionais. Embora não sejam formalmente constitucionais, para Mazzuoli são materialmente constitucionais. No entanto, nesse caso específico o controle de convencionalidade se dá somente de forma difusa e não de forma concentrada. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal confronta o entendimento de Valério sobre o status constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos não introduzidos na forma de emenda constitucional. O Supremo Tribunal afirma que tais tratados possuem apenas caráter supralegal, de modo que não é possível aplicar nesses casos o controle de convencionalidade. Quanto a competência do controle de convencionalidade, o concentrado é exercido pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da ação declaratória de constitucionalidade, ação direta de inconstitucionalidade ou arguição de descumprimento de preceito fundamental. Já o controle de convencionalidade difuso é aquele aplicado internamente pelos juízes e tribunais nacionais, dentro de sua respectiva competência e em conformidade com os procedimentos previstos na ordem jurídica.
FONTE: MAZZUOLI, Valério de Oliveira. O controle jurisdicional de
convencionalidade das leis. Ed 2º, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.