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Direito Comercial I (24/06/2009)

Art. 1087 CC=> cuida da dissolução de pleno dir., remete ao art.1044 CC.

Art. 1044 CC => dissolve de pleno dir. nas mesmas hipóteses previstas no art. 1033
CC, e sendo empresárias, também em relação a falência.

Art. 206, II, c, CC => falência, causa de dissolução judicial. Lei 6.406.
A falência decorre de declaração judicial do estado de insolvência, de sentença
judicial. Sem decisão judicial não há estado de falência.

Art. 1033 CC
I – com vencimento do prazo.
II – Destrato social, quando há consenso unânime.
III- Se aplica à sociedade com prazo indeterminado, por decisão de maioria absoluta.
Só se aplica a sociedade simples, nome coletivo ou comandita simples.
Não se aplica a limitada, porque entra em colisão com regramento específico da
limitada. Art. 1076, I CC combinado com art. 1071, VI cc – deve ter pelo menos ¾ do capital,
independendo se tiver ou não prazo indeterminado.

Quando tem prazo determinado só pode ser dissolvida pela unanimidade.

IV- Sociedade unipessoal temporária.


V- sociedade que tem que ter autorização governamental para funcionar.
Ex: sociedade estrangeira, instituição financeira, sociedade de seguros e previdência.
Em razão do interesse público dos objetos que elas exercem, exigem uma
autorização.

Há também, possibilidade de dissolução de pleno direito pelo contrato social.

Art. 1035 CC => também aplicável a limitada, pq trata-se de matéria de desfazimento


de vínculo.

Dissolução de pleno direito é de reserva legal e também previsto no contrato social,


mas este só pode prever outras situações não previstas pelo legislador não pode ser contrário
a lei, prevendo as hipóteses legais como não causador de dissolução de pleno dir.
Dissolução judicial

Art. 1034 cc => hipóteses de dissolução total da sociedade:


- quando a sua constituição for anulada, em razão de algum vício
- quando o seu fim social não é mais exeqüível, há o rompimento da affectio
societatis

Há também a hipótese de dissolução parcial da sociedade.

Art. 1029 cc quando o sócio quer sair da sociedade, só há a ruptura do affectio


societatis só em relação a ele; mas o fim social ainda é exeqüível.

Legitimação para a ação da dissolução.


Há um litisconsórcio passivo necessário (quando, pela natureza da demanda, a
sentença tem que ser a mesma para todas as partes envolvidas).

Ação autônoma = quando o sócio se retira extrajudicialmente e não concorda com


os seus haveres.

É um litisconsórcio entre os sócios e a sociedade, pq está é devedora dos haveres. A


sentença será decretada em face dos sócios e da sociedade, devedora dos haveres.

Apuração dos haveres => em caso de falecimento é feito em relação aos herdeiros
(quando não entram na sociedade) quando o sócio exerce seu direito de retirada; quando em
caso de exclusão do sócio.

Pode-se dar extrajudicialmente (art.1031 CC) ou judicialmente (quando houver uma


ação de dissolução parcial da sociedade promovida pelo sócio que quer se retirar desta ou por
exclusão judicial do sócio)
Ex: falecimento do sócio, exclusão extrajudicial do sócio, retirada extrajudicial nos
termos do art. 1077 CC
Se dá no plano administrativo da sociedade.

Art. 1031 CC – apuração de haveres


Ocorre quando a sociedade se resolve em relação ao sócio.
É feito um balanço especial de determinação dos haveres, no qual deverão ser
considerados os bens que constituem o ativo corpóreo e os bens incorpóreos que compõem o
estabelecimento.
Deve trazer os valores reais do patrimônio, não só o do balanço.

O critério é o do patrimônio líquido, valor de mercado.

Mas, pode também ser baseado no fluxo de caixa descontado, tem em mira a
potencialidade do estabelecimento gerar lucro, analisa a rentabilidade.
Mas, nunca pode ser menor que o patrimônio líquido.

O contrato pode prever qualquer formulação de apuração de haveres desde que não
seja menor que o patrimônio líquido.

O contrato pode prever qualquer formulação de apuração de haveres desde que não
seja menor que o patrimônio líquido.

§ 1º => houve resolução parcial da sociedade, implica em redução do capital social,


salvo se os demais sócios adquirem para si as cotas do sócio que se retirou.
Ainda que haja a diminuição do patrimônio social, por haver o pagamento dos
haveres ao sócio que saiu, porque patrimônio social é diferente de capital social.
A apuração de haveres leva em consideração o patrimônio.

§ 2º => pagamento em dinheiro, até 90 dias contados da apuração (deve iniciar com
a verificação do fato jurídico que ensejou a apuração)
Se a sociedade não respeitar esse prazo, cabe ao prejudicado propor ação autônoma
de apuração de haveres.

Cabe ação autônoma de apuração de haveres quando discordar do valor dos haveres
apurado e quando o prazo não é respeitado.

Mas, o contrato pode dispor em contrário.

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