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1.

No caso em tela o princípio é o da INTRANSCENDÊNCIA DA


PENA, diferentemente do princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA onde
garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham
praticado crimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma
conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber
apenas a punição que lhe é devida.

INTRANSCENDÊNCIA DA PENA ----> A pena é imposta ao condenado, e somente a


ele.

INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA -----> A pena de cada infrator é individual, segundo a


gravidade do crime cometido.

2. Lei em sentido formal é a descrição, anotação ou tipificação do crime no


ordenamento jurídico.

Lei em sentido material é o conteúdo, a ocorrência real da lesão jurídica descrita na lei em
sentido formal.

3. ----> Súmula nº 502 do STJ - Trata-se de enunciado de súmula por meio do qual o
STJ afasta por completo a possibilidade de aplicação do princípio da
adequação social à conduta de expor á venda CDs e DVDs pirateados. Trata-se de
conduta típica, prevista no art. 184, 1º e 2º do CP.

4. LUTA

Regra geral: LUTA 

Segundo Masson, não se aplica a teoria da ubiquidade:

a) Crimes conexos

b) Crimes plurilocais

c) Infrações penais de menor potencial ofensivo

d) Crimes falimentares

e) Atos infracionais

No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme a qual o lugar do


crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. CERTO

5. CRIMINOLOGIA: Ciência que estuda o fenômeno criminal, a vítima, as


determinantes endógenas e exógenas, que isolada ou cumulativamente atuam
sobre a pessoa e a conduta do delinquente, e os meios laborterapêuticos ou
pedagógicos de reintegrá-lo ao agrupamento social.
6. POLÍTICA CRIMINAL: Ciência ou a arte de selecionar os bens (ou direitos), que
devem ser tutelados jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar
tal tutela, o que iniludivelmente implica a crítica dos valores e caminhos já eleitos.
7. TEORIA DO DELITO: Na lição de Zaffaroni, chame-se teoria do delito "a parte da
ciência do direito penal que se ocupa de explicar o que é delito em geral, quer
dizer, quais são as características que devem ter qualquer delito. Esta explicação
não é um mero discorrer sobre o delito com interesse puramente especulativo,
senão que atende à função essencialmente prática, consistente na facilitação da
averiguação da presença ou ausência de delito em cada caso concreto".
8. ABOLICIONISMO PENAL: É um movimento relacionado à descriminalização, que
é a retirada de determinadas condutas de leis penais incriminadoras e à
despenalização, entendida como a extinção de pena quando da prática de
determinadas condutas.
9. DIREITO PENAL DO INIMIGO: Günter Jakobs, por meio dessa denominação,
procura traçar uma distinção entre um Direito Penal do Cidadão e um Direito Penal
do Inimigo. O primeiro, em uma visão tradicional, garantista, com observância de
todos os princípios fundamentais que lhe são pertinentes; o segundo, intitulado
Direito Penal do Inimigo, seria um Direito Penal despreocupado com seus
princípios fundamentais, pois que não estaríamos diante de cidadãos, mas sim de
inimigos do Estado.

A) Súmula 501, do STJ, é cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o resultado da incidência
das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n.
6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

No julgamento do HC 95435/RS, STF, a conclusão foi pela não possibilidade da combinação de leis penais,


sob pena de se criar uma terceira lei a ser aplicada ao caso.

B) Ultra-atividade – ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os  fatos ocorridos
durante a sua vigência;

O Princípio tempus regit actum prescreve que em regra a lei rege os fatos praticados durante sua vigência.

C)  Súmula 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

D)  Artigo 9.CADH  Princípio da legalidade e da retroatividade

            Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que forem cometidas, não
sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável.  Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável
no momento da perpetração do delito.  Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena
mais leve, o delinqüente será por isso beneficiado.

E) Não se admite analogia in malam partem no Direito Penal

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA é causa de exclusão da tipicidade material, os requisitos são:

OBJETIVOS - Mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação,


reduzídissimo grau de reprovabilidade da conduta e inexpressividade da lesão jurídica provocada.

SUBJETIVOS - os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente e, ainda, os motivos.

MIRA * OLHE REPARE

Mínima Ofensividade da conduta
Inexpressividade da L(H)esão jurídica

Reduzido grau de Reprovabilidade do comportamento

Ausência de P(ar)eericulosidade da ação ou nenhuma periculosidade

Princípios que caem em prova

A) Imputabilidade: a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no


momento da ação ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento.

B) Culpabilidade: o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da


vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade
de imposição de pena.

C) Antijuridicidade: a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico


praticado por alguém capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos
penalmente protegidos.

D) Conceito de Princípio da Legalidade: a obediência às formas e aos procedimentos


exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo
normativo.

E) Princípio da Tipicidade: a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo


descrito na lei penal vigente no momento da ação ou da omissão.

ʕ•́ᴥ•̀ʔ っ ANALOGIA

- É uma forma de INTEGRAÇÃO/ AUTOINTEGRAÇÃO do Direito;

- NÃO EXISTE NORMA PARA O CASO CONCRETO (existe lacuna); segue dois


pressupostos:

i) "in bonam partem";

ii) omissão involuntária do legislador; 

- NÃO é FONTE do direito penal (nem mediata ou imediata)

- NÃO é admitida  em normas INCRIMINADORAS (Analogia para punir), somente em


normas não incriminadoras e desde que seja para beneficiar o réu).  
- Cria se nova norma a partir de outra (analogia legis) ou do ordenamento juridico
(analogia juris)

- É possível sua aplicação no direito penal somente IN BONAM PARTEM.

- Pode: entendimento firmado em súmula de tribunal superior analogicamente a outra


situação semelhante.

- Ex: isenção de pena, prevista nos crimes contra o patrimônio, para o cônjuge e,


analogicamente, para o companheiro.

CONFLITO APARENTE DE NORMAS


Quer conflito? então CASE

Consunção- principio da absorção (crime +grave absorve o menos grave)

Alternatividade- vários verbos/núcleos. Basta a prática de um só verbo e já configura o


crime ou vários verbos, ainda assim será um unico crime.

Subisidiariedade- Se o fato não constitui crime mais grave

Especialidade- lei especial prevalece sobre a geral

A LEI TEMPORÁRIA "em sentido estrito", consiste em norma que traz em seu bojo tempo de vigência
prefixado. 

A LEI EXCEPCIONAL " Lei Temp. em sentido amplo" , por sua vez, consiste em norma que tem por escopo
atender necessidades estatais transitórias, tais como guerra ou calamidade, perdurando por todo o período
considerado excepcional. 

CONCLUSÃO = Daí dizer-se serem ultra-ativas, ou em outras palavras, irradiarem efeitos mesmo depois da
sua vigência.

Lugar --> Ubiquidade ( Art. 6º C.P:  "Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado" - por isso
ubiquidade.);

Tempo --> Atividade ( Art. 4º C.P: " Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado" - atividade = hora que ocorre a conduta.)

LEI PENAL NO ESPAÇO

Princípio da Proteção/da Defesa/Real: 


CUIDADO COM OS PRAZOS

CP: "O dia do começo


CPP é o inverso... “Não se
INCLUI-SE no cômputo do
computará no prazo o dia
prazo. Contam-se os
do começo, incluindo-se,
dias,os meses e os anos
porém, o do vencimento”.
pelo calendário comum".

Veja a previsão normativa:


 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - (...)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
 
CÓDIGO PENAL
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
 
SÓ LEI PODE CRIAR CRIME ou PENA. É o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PENAL, ou, que
no Direito Penal, coincide com o PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. Reserva Legal
porque esse assunto (criar crimes e penas) está RESERVADO PARA AS LEIS. É um
assunto PERTENCENTE (RESERVADO) a LEI.
 
A ANALOGIA NÃO PODE CRIAR CRIMES (ou aumentar pena). 
 
Mas o que se proíbe no direito penal é a ANALOGIA que prejudique, que cause um
MAL PARA A PARTE (IN MALAM PARTEM).
 
Assim, é permitida a ANALOGIA E O COSTUME PARA O BEM DA PARTE (IN BONAM
PARTEM).
 
Logo, a analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em
direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em
atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.

ANALOGIA INCRIMINADORA OU EM MALAM PARTEM FERE O PRINCÍPIO DA


LEGALIDADE OU DA RESERVA LEGAL. Só lei cria tipo penal incriminador.

"Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal" e reiterado no art. 5º, XXXIX, CF”. 
Assim, infringe o princípio da legalidade a descrição penal vaga e indeterminada de
um tipo penal incriminador, que não possibilita determinar qual a abrangência do
preceito primário da lei penal e possibilita com isso o arbítrio do julgador.
 
Também infringe o princípio da legalidade a cominação de penas relativamente
indeterminadas em margens elásticas. Enfim, em razão do princípio da legalidade é
vedado o uso da analogia para punir alguém por um fato não previsto em lei, por ser
este semelhante a outro por ela definido. Lembrar que, em matéria penal, as
“ambiguidades” caminha ao lado das “arbitrariedades”.
O crime (preceito primário) deve vir acompanhado de sua respectiva pena (preceito
secundário).

INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA

Interpretação extensiva é aquele em que o interprete ESTENDE, AMPLIA o significado


da norma, pois considera que a norma “falou” menos do que desejava o legislador.
 
Assim, segundo a questão, diante dos princípios da LEGALIDADE, da RESERVA LEGAL,
da TAXATIVIDADE, da DETERMINAÇÃO, é vedada (STF) a INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
de lei penal incriminadora. O interprete da lei não pode ampliar o significado do que
está ESCRITO na norma incriminadora.

NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS


As normas penais não incriminadoras (que não criam crimes) não estão reservadas lei.
As leis podem trata de normas penais não incriminadoras, mas não é sua exclusividade.
Pode ser criada por medida provisória, por exemplo.
Portanto, O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais
incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras.

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